terça-feira, 31 de março de 2009

DF: Fome de Rosas


Parabéns, Rosângela, por mais um lançamento!

Eu estarei lá para receber o meu autógrafo!

sexta-feira, 27 de março de 2009

DF: E o blog começa uma nova fase...

Caros leitores,

Passei longos meses sem fazer nenhuma postagem no blog da AEI-LIJ DF. Chegou a hora de retornar a ativa! Quero aproveitar o momento e comunicar a II Feira de Formosa - GO está sendo planejada. E tudo indica que será um sucesso, assim como foi a Festa Literária de Pirenópolis. Em breve, terei mais informações sobre esse evento, e, é claro, publicarei-as aqui!

Espero a contribuição dos autores associados para a circulação de notícias aqui no blog.

Abraço,

Tatiana

RS: Histórias sobre Porto Alegre

A Biblioteca Lucilia Minssen, órgão da Secretaria de Estado da Cultura, realiza nesta quarta e quinta-feira, às 15h, encontro com escritores e contação de histórias sobre seus livros, que tratam de Porto Alegre. O evento comemorativo ao aniversário da capital gaúcha ocorrerá na Sala A2B2, localizada no 2º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736), com agendamento para escolas, pelo telefone 3225-7089. O valor do ingresso é de R$ 5,00.

No dia 25 de março, Hermes Bernardi Jr. falará sobre “Abecedário Alegre do Porto”, um roteiro turístico pela cidade, com várias poesias mostrando pontos como o Mercado Público, Casa de Cultura Mario Quintana e Usina do Gasômetro. No dia seguinte, Léia Cassol discorrerá sobre “Um Dia Especial”, acerca de um menino que vem de outro Estado para morar em Porto Alegre e vai conhecendo os lugares característicos.

Postado por H 

quinta-feira, 19 de março de 2009

RS: Seminário Formação de Mediadores de Leitura

Do Boletim PNLL - Edição nº 147 - 16 a 22/03/2009

Foi realizado em São Paulo, nos dias 12 e 13, o Seminário Formação de Mediadores de Leitura. O evento contou, em sua mesa de abertura, com a participação de Juca Ferreira, ministro da Cultura; Marcelo Soares, diretor de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para Educação Básica; Jorge Yunes, presidente do Instituto Pró-Livro; Sigrid Weiss, presidente da Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários; Carlos Tibúrcio, assessor da Presidência da República; Fabiano dos Santos, do Ministério da Cultura; e José Castilho Marques Neto, secretário executivo do PNLL, que coordenou os trabalhos. Na ocasião, foi feita uma homenagem ao dia do bibliotecário, comemorado em 12 de março. 

O evento também contou com a presença dos escritores Marina Colassanti, Affonso Romano de Sant´Anna e Bartolomeu Campos de Queirós; Anna Claudia Ramos, da AEI-LIJ; Cleide Soares, do programa Arca das Letras, do MDA; Eliane Pszczol do PROLER/FBN; Ezequiel Theodoro, da ALB/Unicamp; Francisco Gregório Filho, da Cátedra da Leitura da Unesco-PUCRJ; Georgete Lopes Freitas, da CFB; Ilce Cavalcanti, da BN; Ísis Valéria Gomes, da FNLIJ; Jason Prado, do Leia Brasil; Jéferson Assumção, secretário de Cultura de Canoas; João Luís Ceccantini, da Unesp; Lucília Garcez, da UNB; Marisa Lajolo, secretária de Educação de Atibaia; Regina Pamplona, assessora do deputado Marcelo Almeida, da Frente Parlamentar da Leitura; Rosângela Rossi, assessora da Presidência da República; Tânia Rösing, da Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo; e Telma Teixeira, da OEI.

A leitura inserida na vida das pessoas
O ministro Juca Ferreira comentou que os três ambientes prioritários para o desenvolvimento da leitura são a família, a escola e a biblioteca. Também abordou a relação profunda e extremamente particular entre o leitor e o livro, pois só se aprende a ler lendo. Destacou a ação do Ministério frente à necessidade premente de modernização das bibliotecas como novos centros de cultura, que se consubstanciam no programa Mais Cultura. E reforçou a criação de uma instituição específica para a área, a Fundação ou Instituto Nacional do Livro.

Ações do MEC dão materialidade ao Livro e à Leitura
Durante o Seminário Formação de Mediadores de Leitura, Marcelo Soares, diretor de Política de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para Educação Básica do Ministério da Educação, citou diversas ações que possuem interface com o PNLL e que foram instituídas para materializar a política relacionada ao livro e à leitura no Brasil. Destacou ainda que o grande desafio no momento é criar uma estratégia de formação do professor/leitor.

Bibliotecas em todas as cidades do Brasil
Durante o debate, que abriu o segundo dia do Seminário Formação de Mediadores de Leitura, foi divulgado que o ministro da Cultura Juca Ferreira e o presidente Lula anunciam ainda este ano que foi zerado o número de municípios brasileiro sem biblioteca. Segundo Fabiano dos Santos, responsável pelo programa Mais Cultura do MinC, o presidente está bastante engajado e cobra quase que diariamente os resultados do projeto.

Carta Aberta e curso de formação de mediadores
No decorrer do Seminário Formação de Mediadores de Leitura, foi redigida uma Carta Aberta em prol do Livro e da Leitura. Também foi escrita uma proposta para formação de professores mediadores de leitura, com cinco módulos de 40 horas cada. Os principais pontos deste trabalho serão a construção do eu-leitor, um processo de sensibilização e de imersão cultural; a vivência de leitura em meios eletrônicos; e a elaboração de projetos de práticas leitoras em cada um dos módulos. Além disso, os participantes reforçaram as recomendações feitas no Fórum Literatura na Escola e que podem ser conhecidas clicando aqui.
Postado por H 

terça-feira, 17 de março de 2009

RS: Novos associados AEILIJ-RS - Dilan Camargo e Laura Castilhos

Dois novos associados superbacanas do RS que passam a integrar a AEILIJ:

Dilan Camargo, autor de vários títulos, entre eles O embrulho do Getúlio e Vampiro Argemiro, além de ter ganho o Prêmio Açorianos de Literatura Infantil com o livro Brincriar (Editora Projeto/2007). De seu blogue, no link ao lado, diz em determinado trecho Brincar com as palavras, no contexto da poesia, é um exercício de liberdade, de criatividade, de recriação da nossa imaginação, da nossa esperança, da nossa capacidade de reinventar nossa própria vida, de recriar nosso destino. Alimentando as nossas inteligências racional e emocional, pela leitura, tornando-nos donos da nossa consciência e o real protagonista da nossa história. Quem lê cria a própria história.

Laura Castilhos, ilustradora, com inúmeros títulos ilustrados no currículo e alguns Prêmios Açorianos de Melhor Ilustração. Em trecho de um depoimento ao trabalho dela, Teresa Poester, artista plástica e professora do Instituto de Artes da UFRGS, diz do trabalho de Laura No seu trabalho como ilustradora a narrativa visual se impõem de tal forma que não se sabe o que vem antes, texto ou imagem. De uma trajetória considerável como artista plástica resulta essa ilustração tosca, talhada a machado e cheia de uma ternura que vem da inteligência das mãos em intimidade com os mais diversos materiais. 

Muito bem-vindos, queridos autores de palavras e imagens. Entrem em nossa casa, a AEILIJ, e sintam-se à vontade!

Postado por H 

RS: Associadas além fronteiras

De 16 a 22 de março, acontecerá - em Santiago do Chile - organizado por OCARIN-EMTIJCHILE, um evento que reunirá professores, diretores, escritores, atores e atrizes, diretores e dramaturgos de dez países latinoamericanos, México e dois países europeus. 

As escritoras, e associadas AEILIJ, Marô Barbieri e Helô Bacichette são convidadas especiais da organização do Fórum que tem entre os organizadores a Academia Chilena de Literatura Infantil y Juvenil e a Sociedade de Escritores de Chile. 


Postado por H 

terça-feira, 10 de março de 2009

RJ: Lançamento do livro "A Borboleta Azul"


O associado José Maurício Séllos convida para o lançamento do livro "A Borboleta Azul".

Será no dia 14 de março, às 16 horas.

Local: Livraria Museu da República - Palácio do Catete

* O Museu dispões de estcionamento e fica em frente à estação de metrô do Catete.

segunda-feira, 9 de março de 2009

RS: Dia Internacional da Mulher é todos os dias

Confiram, no O Estado de São Paulo on-line, a entrevista com Edy Lima, escritora gaúcha que atualmente reside em São Paulo. Edy Lima é autora do livro A vaca voadora, entre outros quarenta e tantos títulos.

Um trecho da entrevista

"Para retribuir a página de uma revista com o retrato de Lobato, que ele mesmo me enviou com dedicatória, mandei meu primeiro conto publicado e aproveitei para falar de minha vontade de ir para São Paulo", conta Edy. "Queria ter a chance de me desenvolver pessoal e profissionalmente." O famoso escritor não só respondeu à carta, como indicou um pensionato para que ela pudesse ficar quando chegasse à capital paulistana. Lobato datilografou em 1945:

"Muito boa a sua literatura inicial, reveladora de excelentes dotes que poderão ir longe, se devidamente cultivados (...) Mandei ver as pensões de freiras e fui informado de que a melhor é a de Santa Monica (...) Faça-se humildezinha, porque essas tais damas católicas são umas pestes (...) Depois de assegurados o teto e a comida, venha - e aqui cuidaremos do resto. Esse resto depende da impressão de sua pessoa sobre os prováveis ou possíveis patrões, e de conversa, porque é conversando que as creaturas (sic.) se entendem."

Valeu a dica, Marta Lagarta!


Postado por H 

domingo, 1 de março de 2009

RS: Vice-versa de março de 2009

Após o recesso, o vice-versa está de volta com dois autores indicados ao Prêmio Açorianos de Literatura Infantil 2008. O veterano Dilan Camargo e Alexandre Brito, estreante em LIJ. No próximo vice-cersa a terceira indicada na mesma categoria, Ana Terra, também dará as letras por aqui.

Dilan pergunta. Alexandre responde.

Dilan Camargo - Na tua estréia na literatura para crianças, com o teu Circo Mágico, chegaste a finalista do Açorianos 2008. Como te sentes agora no ambiente da literatura infantil? 

Alexandre Brito - Bem a vontade Dilan. Na verdade fiquei surpreso com o grau de naturalidade com que isso aconteceu. Sinto que os escritores que lidam com esse universo, como você, têm um entendimento e uma elaboração intelectuais que se dão em bases muito interessantes, com as quais me identifico. Compreendem a grandeza/importância (e universalidade) do simples. Como já disse alguém, "...não há nada mais profundo que a pele." Nós seres humanos costumamos complicar demais as coisas. complicar o que não é complicado. Assim, como buda procurou e achou o tal "caminho do meio", quem escreve para a criança, de certa forma, deve procurar o "caminho do simples". Achá-lo pode ser complicado. Até porque "simples" não quer dizer "fácil". Mas também não é tão difícil assim. É um desafio e uma aventura muito legais, tanto do ponto de vista artístico, quanto existencial. 

DC - Tens uma larga experiência escrevendo poesia para adultos. Como foi escrever poesia para crianças? Mudaste a tua visão da poesia? 

AB - Alarguei. Tive de ampliar meu horizonte. Ampliar no sentido de ser capaz de criar dentro de um espaço estrito, definido, dado. No poema adulto exploro as possibilidades da linguagem sem qualquer limite ou pudor. O que é uma bela empreitada. Já na construção do poema para a criança o desafio é outro. Trabalho dentro de parâmetros pré-determinados. É como futebol. O poema adulto é futebol de campo. O poema para criança é futebol de salão. São exigidos em ambos os casos, empenho, arte e maestria com a bola, mas o espaço, a quantidade e a natureza dos elementos em jogo são diferentes. No fim o que realmente interessa é botar a pelota no fundo da rede e correr pro abraço comemorar o gol. 

DC - No teu contato com as crianças como percebes a recepção da poesia por elas? 

AB - É espantosa. Espantosa pelo aspecto do encantamento. As crianças possuem uma capacidade surpreendente de maravilharem-se. São pessoas inteiras, intensas, verdadeiras. Seres completos. De uma inteligência muito muito peculiar. Inteligência ainda não integralmente tutoriada pelo ego e pelo super-ego. A inteligência em estado bruto, puro. Por isso essa usina de perguntas que são, de curiosidade ilimitada, de liberdade de pensamento e imaginação. Interessante notar o quanto a linguagem poética as sensibiliza. Os elementos estéticos, sonoros, musicais, como a rima por exemplo, lhes são extremamente agradáveis, familiares. Um bom poema lhes enche de fascínio e admiração. Outra coisa maravilhosa: com elas não tem curé-curé. São absolutamente autênticas. uma sinceridade só. Se gostam, gostam, se não gostam, não gostam. ponto. Parece que possuem um desconfiômetro natural para a boa poesia. Nesse sentido sou todo alegria, pois o meu primeiro livro, "Circo Mágico", foi super bem recebido. Pelas escolas que percorri e com as crianças que conversei, tive um retorno extremamente gratificante. Mas preciso registrar uma coisa. Algo que me impactou de forma indelével foi me dar conta de estar, decisivamente, fazendo parte do processo de construção de alguém. Uma sensação, uma experiência, impagáveis. E o melhor, se repete a cada encontro, a cada lançamento. Isso reforçou meu senso de responsabilidade artística. Nunca havia experimentado algo sequer parecido anteriormente. A poesia adulta, acredito, raramente oferece esse tipo de remuneração. É maravilhoso. 

DC - E agora, Alexandre? Quando tens uma "inspiração" para escrever um poema, é fácil distinguir se ele se destina aos adultos ou às crianças? 

AB - Sim. Acho que sim. Com esse exercício, com os dois lados do cérebro trabalhando juntos, quer dizer, o "tico" e o "teco", tô começando a aprender a chutar com os dois pés (risos). 

DC - Vem por aí um novo livro de literatura infantil? 

AB - Sim sim sim. Vem dois. Livros de poesia. Para crianças de todas as idades espero. O "Lagartixas", que está pronto, com poemas curtos, poemínimos. E o "Museu Desmiolado", ainda em escrevinhação, o "Desmiolado" é um livro com poemas que contam de um museu estranho, improvável, divertido. um museu de museus. E nesse museu de museus tem até o "museu do chulé". O "Museu Desmiolado" é desmiolado mesmo. risos.


Alexandre pergunta. Dilan responde.

Alexandre Brito - Dilan, em que medida (ou de que maneira) a experiência direta com o leitor da tua obra infantil, esse contato sincero, caloroso, epidérmico, que se dá com as crianças nas visitas às escolas e Feiras de Livros pelo Rio Grande (e fora dele) mexeu com a tua visão de mundo? 

Dilan Camargo - Profunda e radicalmente. Posso dizer que redescobri a natureza da infância na sua inocência e na sua capacidade de perceber o mundo de modo sensível e inteligente.Percebi o quanto o nosso mundo adulto tornou-se alheio, omisso e até hostil ao mundo infantil, principalmente visível em certos segmentos da sociedade, voltados ao consumismo e às representações de status.
Descobri porém, com alegria, a existência de um nova geração de pais e mães que compartilham afetivamente a educação de seus filhos e que procuram criá-los à luz dos valores humanos mais elevados. Reforcei minhas convicções na importância da educação, principalmente ao conviver com professoras e crianças das escolas públicas, nas diferentes séries, e sentir o quanto a escola representa nas suas vidas. Foi nessas visitas que recebi um belo elogio de uma pequena leitora: “Dilan, gostaria que tu fosses meu pai”. E depois, uma menininha me fez uma das perguntas filosoficamente mais complexas: “Dilan, com quantos anos tu nasceu?” Como não mudaria minha visão de mundo? E, olha Alexandre, literatura para mim é linguagem e visão de mundo.

AB - Ainda sobre essa mesma experiência, no tocante à criação, essas vivências provocaram alguma mudança, algum impacto na literatura que fazias até então? 

DC - Sem dúvida. Pude perceber a imensa distância que uma boa parte da literatura infantil mantém do mundo infantil, e o quanto a minha própria deveria ainda aproximar-se. Reformulei meu texto, em alguns aspectos, e consolidei-o noutros, num processo contínuo de aprendizado e aperfeiçoamento. Apostei mais na minha intuição poética. Tenho evitado a chatice de um “pedagogismo literário” ou de um “lirismo artificial”, sentimentalista, que desconsidera a sensibilidade e a inteligência infantil. Passei também a escrever poemas interativos, o que venho fazendo desde o poema “Chamem o poeta” para adultos. Um dos poemas de maior interação do meu recente livro “BrincRIar” é justamente “Ado...ado...ado”.

AB - Esta é uma pergunta estilo "quatro em uma". risos. meu primeiro contato com a tua obra (e contigo) aconteceu no final dos anos 70 com a peça teatral "Casa da Suplicação", de tua autoria e dirigida pelo talento do saudoso Carlos Carvalho. na esfera dramatúrgica, tens algum texto voltado para o público infantil, em fase de gestação ou em vias de montagem? discorra pra gente sobre a dramaturgia que se faz hoje para as crianças. 

DC - A “Casa da Suplicação” foi escrita nos tempos do período ditatorial no Brasil e procurava ser uma denúncia da repressão e da falta de liberdade. Uma peça política, como os tempos exigiam. Hoje, felizmente, a arte libertou-se da política, ao menos da imediata, já que numa dimensão mais ampla toda arte é política. Tenho boas lembranças daquela empreitada artística e dos bons amigos que fiz, como tu e nosso saudoso Carvalho. Já estou numa idade de rever fotografias. ( risos )
Conheço pouco a dramaturgia feita para crianças, atualmente. Passou meu tempo de levar minhas filhas ao teatro infantil ( risos ) Considero o teatro infantil muito importante para as crianças porque hoje elas estão expostas demasiada e irresponsavelmente a uma “dramaturgia televisiva” inadequada para pessoas em formação, sem as defesas psicológicas e culturais dos adultos.
Gostaria muito de adaptar o meu personagem “O vampiro Argemiro” para o teatro infantil.

AB - Juntamente com a escritora Ana Terra, tive a alegria de dividir contigo a lista de indicados ao Prêmio Açorianos de Literatura Infantil em 2008. o que representou para você a distinção de receber este prêmio, que talvez seja o mais importante na cena literária Gaúcha?

DC - Primeiro, tive a alegria de repartir a tríplice indicação juntamente contigo (e já no teu primeiro livro para a gurizada) e com a Ana Terra. Com a indicação, já estávamos premiados. O Prêmio Açorianos, certamente o mais importante no âmbito da literatura gaúcha, é sempre um registro histórico do reconhecimento literário e social de uma obra, no caso o meu livro de poemas para crianças “BrincRIar”. Foi uma alegria e um estímulo, principalmente para um dos meus livros mais próximos do mundo infantil, e um dos mais bonitos, graças às belíssimas ilustrações do Joãocaré. É um livro que já nasceu feliz e que gosta de brincriar com as crianças. 

AB - Pra terminar, conte alguma coisa pra gente dos teus projetos para 2009. daqueles guardados na manga. vem livro novo por aí? 

DC - Neste verão tenho andado de mangas curtas... ( risos ) Conclui a revisão final de um livro de poemas para a gurizada: “A galera tagarela”. Ele já havia sido publicado há alguns anos. Retirei justamente aqueles poemas que considerei distantes de um formato de literatura infantil que tenho buscado. Mais da metade dos poemas são novos. O livro já está com o Joãocaré e tenho certeza de que ele fará ilustrações muito bonitas.
Terminei também a versão final de um livrinho em narrativa: “Diário sem data de uma gata”. É o pequeno diário de uma gata siamesa. Inspirado no cotidiano da Lili, a gata da Magda e minha, nessa ordem. ( risos )
É provável ainda que neste ano saia publicado um livro de poemas para o público infanto-juvenil pela Editora Projeto. A Annete Baldi é corajosa e aposta em livros de poemas, também. O título provisório dele é : WWW.poesia.com Escrevo para um outra faixa etária, os jovens. Meus antigos leitores infantis poderão me reencontrar. 
Estou também concluindo um livro de poemas para adultos:”Poesia Perra”. É um livro de poesia pesada, “cansado de lirismo”, como o poema do Manoel Bandeira. Dou voz a um “ser-sem-ser “ que fala da crise social da violência brasileira. Penso que estamos brincando de sociedade no Brasil e que a epidemia da violência vai piorar. Tenho outros projetos literários a meio caminho. Há muito que andar.
Alexandre! Um abração!

Postado por H