quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SP: Era uma vez... Espelhos Partidos / O Ser / O Ter



Espelhos Partidos – um conto sem fadas  é um livro juvenil da escritora Sonia Salerno Forjaz, associada da AEILIJ paulista. publicado pela  Editora Aquariana – selo DeLeitura -isbn: 978-85-7217-126-7, ilustrado por Thais Salerno Forjaz.

Espelhos Partidos conta a história da paixão de Flávia, uma adolescente de quinze anos, por um homem mais velho. Paixão que evolui em encontros secretos, dentro de auras de proibição e sedução capazes de envolver uma garota romântica; e que reacende um conflito familiar. Depois de algum sofrimento, ajudada por uma psicóloga, Flávia dá os primeiros passos em direção ao amadurecimento que resulta dessa dor.

O tema central do romance é a busca do autoconhecimento pela via do amor. Em especial: a oportunidade de enfrentar o “lado escuro”, o lado não aceito socialmente, que rasga a máscara de “boazinha” da face que os outros veem e que Flávia quer ver no próprio espelho.

Espelhos Partidos pode ser caracterizado como narrativa maravilhosa, mas não tem fadas. As fadas foram substituídas por mulheres fortes que encaram e resolvem seus problemas a despeito da dor. Convivem com elas homens que, mesmo se expondo menos às emoções, também buscam um rumo nas relações interpessoais que os tempos redesenham.

Sinopse:

Flávia, uma adolescente de quinze anos, se apaixona por Júlio, que tem o dobro de sua idade. A paixão evolui em encontros secretos que a envolvem completamente. O fato de o pai ter-se separado de sua mãe e casado com uma mulher mais jovem, faz com que Flávia queira que Júlio abandone a mulher para viver com ela, a “outra” – uma identificação em espelho ainda inteiro. Quando o romance é descoberto, Flávia se vê incompreendida e sozinha. O espelho está partido. Flávia não se enxerga mais nele.
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O SER / O TER - infantil, de Sonia Salerno Forjaz, publicado pela Aquariana, selo DeLeitura. ISBN 978-85-7217-116-8, com ilustrações de Tati Móes.

Uma nave pode modificar a vida de uma aldeia, de um castelo, de qualquer lugar onde Ser possa fazer diferença? Ser ou Ter? Escolha seu caminho.

Livro com duas capas diferentes (1ª e 4ª), de modo que o leitor tenha de virá-lo para ler suas duas histórias. O Ser conta sobre o aparecimento de uma nave espacial em um campo de trigo de uma aldeia, cujo mistério é desvendado pelas crianças. Seu tripulante, chamado de Ser, vem de um mundo justo, sem preconceitos e sem posses. O Ter trata de um rei, Terêncio, que de tanto acumular riquezas é conhecido por rei Ter. Autoritário e egoísta, ele ouve o boato sobre a espaçonave, decreta que ela é sua propriedade, mas acaba sozinho e deprimido no seu palácio. Entre o Ser e o Ter, no meio do caminho (do caminho para onde?), há uma mata que tem segredos, mete medo, uma mata que mata ou transmuda. Mas transmuda o quê?

O Ser/O Ter traz duas histórias paralelas. Seus protagonistas não interagem, mas um deles determina a atuação do outro. Alguns poucos personagens movimentam-se no texto, permeando as duas histórias. Nas páginas centrais, uma ilustração comum as integram. A linguagem, construída com ritmo e algumas rimas, soa agradável e lúdica. A obra aborda a ética e questões humanas essenciais com a delicadeza de que as crianças necessitam. E valoriza a clareza com que as crianças são capazes de perceber os valores que realmente importam em nosso mundo: “Só as crianças sabem o que nem mesmo o rei pode saber".

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SP: Um livro do qual gostei muito - Tagarela

Quero começar falando sobre a autora do livro TAGARELA, a Alina Perlman, associada da regional paulista da AEILIJ. Ela é uma amiga querida, e, na minha opinião, uma das melhores escritoras de livros infantis da atualidade.

Tagarela conta a história de Cecília, uma garotinha simpática, alegre e inteligente.

Porém, essa graça de menina falava o tempo todo, sem parar. Falava, falava, falava...ufa! Em casa, não dava sossego aos pais, perguntava a respeito de todos os assuntos e na escola, então, deixava a professora maluca. Era, sim, muito querida pelas colegas, mas, nem elas aguentavam tanta falação.
Cecília adorava sair para ir ao teatro ou cinema, mas, ficar quieta nesses lugares era um problemão. Como controlar aquela coceirinha na língua?

Certo dia, porém, a menina começou a ficar rouca e a mãe a levou ao médico que receitou vários remédios para rouquidão. Nada adiantou e então Cecília foi levada a um especialista que explicou que a menina tinha um problema numa das cordas vocais e decretou:

— Operação simples. É feita no consultório e a menina pode voltar para casa no mesmo dia.

Bom, a tal operação foi feita com sucesso, mas, Cecília teria que ficar sem falar durante uma semana. Ficou combinado que os pais dariam a ela um sininho para chamar as pessoas, um caderno e uma caneta para escrever aquilo que precisasse.

Nem é preciso dizer que a carga da caneta acabou, muitos outros cadernos foram comprados e as pessoas ficaram malucas de tanto ouvir o sininho tocar...

Certa noite Cecília acordou com sede e tocou o sininho pra chamar alguém. Tocou, tocou e ninguém ouviu. Ficou muito brava mesmo, mas, como gritar? Estava proibida de falar. De repente ouviu uma explosão seguida de um grito. Olhou-se no espelho e percebeu que  havia um buraco em cada um dos seus cotovelos. Vocês devem conhecer a expressão"falar pelos cotovelos". Era isso, exatamente, o que estava acontecendo.

A essa altura, a história se torna mais e mais interessante, com passagens muito engraçadas. Mas, não vou contar o final, não. Recomendo a leitura a todos, tenho certeza que vocês irão gostar. E pra finalizar, quero dizer que as ilustrações são da Ana Raquel e que este livro foi publicado pela editora Formato.

Um forte abraço,
Regina Sormani

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SP: Página do Ilustrador - Alexandre Siqueira

PÁGINA DO ILUSTRADOR 23

Nesta edição apresentamos o ilustrador
ALEXANDRE SIQUEIRA


Ilustrador e Caricaturista, nascido em 1976 natural de São Paulo capital.
Formado pela EPA Escola Panamericana de Arte em 1993;

com o (apadrinhamento) do professor e grande amigo LUIZ ROSSO;





Alexandre Siqueira iniciou sua vida profissional
na produtora credenciada a Walt Disney,
HGN Produções Cinematográficas,
em seguida estagiou na Andrade & Strelniek Propaganda.





Através da Impacto de Quadrinhos atuou no mercado americano,
entretanto, como diretor de arte, na RTB;
participou de produções junto as grandes produtoras/estúdios
de desenhos animados e agências de publicidade,
também dividiu trabalhos com outros artistas
e é criador da Turminha da Fidelidade.



Com enorme experiência, Siqueira, fundou seu estúdio com um novo conceito de superação,
inovação e ousadia, assim, desfrutando da alta tecnologia e atendendo a diversidade de mídias,
propõe para seus clientes de qualquer segmento soluções criativas e ousadas
nas produções de Filmes Publicitários,
Animações 2d/3d, Ilustrações, CG, entre outros métodos/estilos.




Graduando pela UNIFEV em Produção de Multimídias,
concluído o curso sequencial de Produtor em Audiovisual,
também é colaborador do Folha de São Paulo
e atende toda a demanda de trabalho do território nacional e internacional.






Nos colocamos a disposição
Um grande Abraço,
contato@siqueirarts.com.br
Tel: (17) 3423.4743


Ilustrador associado AEILIJ de todo Brasil,
participe da página do ilustrador,
envie seu material para
contato@danilomarques.com.br

SP: Canto e Encanto da Poesia - Plenilúnio

Plenilúnio

Ah, que alegria!...
Um anjo em liberdade.
Tão belo tão doce!...
E, ao leve, brilha no azul de uma noite de lua prateada de abril.

É ela, imagino.
Imagino.
Ó, linda mulher, és tu?

Quero
Colher a flor de teu sorriso.
Quero
florescer no intenso de teus olhos.
Quero
mergulhar no uniVerso encantado dentro de ti.

Venha,
Tranquila e silenciosa a noite convida
Venha. Vamos dançar. Tenho fome sem fim
de vida. Vamos dançar.

• FBN© 2007 * Prenilúnio - Categoria: poesia. Autor: Welington Almeida Pinto

RJ: Programa Leitura em Debate

Programa Leitura em Debate, da Biblioteca Nacional, mediado pela escritora e associada Anna Claudia Ramos. Dia 29/9 às 18 hs.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

RJ: AEILIJ e Solar Meninos de Luz


A AEILIJ Solidária, em parceria com o Solar Meninos de Luz, promove, durante o ano de 2011, encontros das crianças do Solar com escritores e ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil.




Alexandre de Castro Gomes e Cris Alhadeff.


Mauricio Veneza


Eliana Martins

RJ: Assembléia Geral da AEILIJ

A Assembléia Geral da AEILIJ aconteceu no dia 02 de setembro de 2011 no auditório José Lins do Rego, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.


No momento da foto, alguns já haviam se retirado.
Na foto, abaixo: Naná Martins, Maurício Veneza, Felipe Vellozo, Leo Cunha, Anna Claudia Ramos, Alexandre de Castro Gomes e Flávia Côrtes. Acima: Sandra Ronca, Hermes Bernardi Jr. (Presidente da AEILIJ), Sandra Pina (Vice-presidente), Andrea Viviana Taubman e Cristina Villaça.

PR: Parceria AEILIJ - PR com a Casa da Cultura Polônia Brasil - SOCIEDADE POLONO BRASILEIRA TADEUSZ KOSCIUSZKO

A AEILIJ-PR agradece aos escritores e ilustradores, artistas e convidados que participaram e prestigiaram a 5ª Primavera dos Museus e em especial à escritora e ilustradora Márcia Széliga pela curadoria do evento.

CASA POLÔNIA BRASIL - SOCIEDADE POLONO BRASILEIRA TADEUSZ KOSCIUSZKO.
Rua: Ébano Pereira, 502 - Centro- Curitiba/PR. 
Fotos de Schirlei Freder.

Convidados apreciando a abertura do evento, com a participação da Consul da Polônia Sra. Dorota Barys.

Ciclo de debates: "A ilustração de livros infanto-juvenis", com as convidadas: 
Heliana Grudzien, Mari Inês Piekas e Márcia Széliga.

Exposição: "O feminino na Arte de descendentes poloneses e na Ilustração de Livros".

Exposição: "O feminino na Arte de descendentes poloneses e na Ilustração de Livros".

Exposição: "O feminino na Arte de descendentes poloneses e na Ilustração de Livros".

Ciclo de Debates: "A mulher na Poesia e na Literatura Infanto Juvenil Paranaense"
Convidadas: Adélia Woellner, Marilza Conceição e Isabel Furini, com a apresentação de Márcia Széliga.

Ciclo de debates: "A arte paranaense representada por descendentes polonesas, suas experiências, influências e expressão" com as convidadas , Everly Giller, Dulce Osinski, Heliana Grudzien e Maria Luiza Kozicki.

Ciclo de Debates: A mulher no cinema, com os convidados Walton Wysocki, Ana Johann e Alberto Bolliger. 

Ciclo de Debates: "A mulher no cinema", com os convidados: Ana Johann,  Walton Wysocki, e Alberto Bolliger.
Painel com ilustrações de Walton Wysocki.

Jazz Maia Trio: Marília Giller, Ian Giller Branco, Allan Giller Branco.

Oficina de Cartazes com Heliana Grudzien.

Oficina de Cartazes com Heliana Grudzien.

Oficina de Linoleogravura com Everly Giller.

Oficina de Linoleogravura com Everly Giller.

Oficina de Linoleogravura com Everly Giller.

Oficina de Wicinanki com Emília Piaskowski.


Postado há 16th September 2011 por Marilza Conceição
Localização: São Francisco, 502 - Centro - Curitiba - PR, Brasil

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SP: Era uma vez... O dia seguinte



Meus caros,
Saboreiem o livro de Luis Eduardo Matta.
Boa leitura!
Um abraço,
Regina Sormani


O DIA SEGUINTE

Uma aventura eletrizante pela Nova York pós-11 de setembro.

Atentado às Torres Gêmeas é o ponto de partida para uma história de suspense que celebra a amizade entre os diferentes.


Antônio, um adolescente paulistano de 14 anos, acabara de chegar a Nova York, na companhia de sua mãe. Mas nada de férias ou diversão. O motivo da viagem era dos mais tensos: os dois estavam na cidade em busca de pistas do pai de Antônio, desaparecido há algumas semanas. Farid Wassouf, um brasileiro de origem síria, era um dos diretores de uma empresa de comércio internacional, e havia viajado até os Estados Unidos para investigar uma fraude que descobrira na firma. Desde então, sumiu sem deixar vestígios.

Naquela manhã, a mãe de Antônio iria se encontrar com Yaakov Zilberman, um judeu americano que era sócio de Wassouf na empresa, além de ser seu amigo de longa data – ignorando a persistente rixa entre judeus e árabes. Ela tinha esperanças de que Zilberman pudesse lhe ajudar a encontrar seu marido. Marcaram o encontro no terraço do World Trade Center. A data era 11 de setembro de 2001. Poucos minutos depois de se despedir de sua mãe, no lobby das Torres Gêmeas, Antônio viu, atordoado, o prédio vir abaixo.

O ataque terrorista orquestrado por Bin Laden é apenas o ponto de partida para uma aventura eletrizante, que leva Antônio a se enredar numa sequência de revelações e perigos encadeados com a velocidade dos melhores thrillers. Com a morte súbita da mãe, só resta ao garoto tentar desvendar, por conta própria, o paradeiro do pai. Para isso, seu único aliado é Michael, filho de Yaakov Zilberman, que tem a mesma idade e sente a mesma dor: seu pai, afinal, também fora vítima do atentado contra as Torres Gêmeas.

Michael, porém, faz questão de se revelar pouco simpático à presença de Antônio. Uma antipatia que muda com o decorrer dos sobressaltos. Juntos, os dois saem por Nova York em 12 de setembro, um dia estranho na cidade, em busca de pistas de Farid Wassouf. Tudo o que sabem é que o empresário sumira após ter se encontrado com o detetive particular que investigava a fraude na companhia. Este, por sua vez, fora cruelmente assassinado.

O dia seguinte retoma o estilo das deliciosas narrativas de suspense dos livros para adolescentes dos anos 80, escritos por craques como Marcos Rey e Lúcia Machado de Almeida. Imbuídos apenas de valentia e muita criatividade, Antônio e Michael precisam desvendar enigmas e se safar de bandidos perigosos, enquanto estreitam a confiança um no outro.

Os mistérios, com o decorrer das páginas, se multiplicam. Quem é Bispo, o hábil enxadrista que surge como um nome temido em diálogos dos adultos? Será ele mocinho ou vilão? Por que a mãe de Michael insiste em esquecer a fraude na empresa? E o misterioso Barba Negra, qual o seu papel nessa história? Com uma rara habilidade para construir suspenses, Luis Eduardo Matta fisga a curiosidade do leitor até a última linha.


TRECHO

Antônio estava há um minuto no quarto ocupado por ele e pela mãe, no décimo andar do hotel Marriott, e havia acabado de encontrar sua carteira no fundo da mala, quando ouviu um estrondo do lado de fora. Talvez tivesse sido só impressão, mas ele era capaz de jurar que o quarto havia tremido ligeiramente.

O que teria sido aquilo?

Ele foi até a janela, que dava para os fundos, para a praça interna do complexo do World Trade Center, e viu algumas pessoas correndo. Algumas gritavam e gesticulavam freneticamente, olhando para o alto. Antônio seguiu o olhar delas e viu uma fumaceira densa se espalhando pelo ar. Ela estava saindo de uma das Torres Gêmeas. A da esquerda. Onde estava sua mãe.


O AUTOR

Luis Eduardo Matta nasceu no Rio de Janeiro, em 1974. É autor de vários livros, entre eles, os thrillers O véu, 120 horas e Ira implacável, e os juvenis Morte no colégio, Roubo no Paço Imperial e O rubi do Planalto Central. Participou de antologias de contos, como Território V, Jogos criminais e Internautas: os chips reinventando o nosso dia a dia. Tem diversos artigos e ensaios publicados, a maioria no portal Digestivo Cultural. Mais informações sobre ele podem ser encontradas no site www.lematta.com.

Título: O dia seguinte  
Autor: Luis Eduardo Matta
Público-alvo: a partir de 12 anos
ESCRITA FINA EDIÇÕES

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

NE: Um livro daqueles...



Sabe um daqueles livros que dá vontade de ler, reler e ler outra vez por que sempre temos algo de novo a descobrir a cada leitura? Você chama esses livros de Clássicos? Pois é, é justamente isso que podemos dizer de "Nos bastidores do imaginário: criação e literatura infantil e juvenil", de Anna Cláudia Ramos. Este texto é resultante do Curso de Mestrado em Ciência da Literatura, defendido em dezembro de 2005, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Partindo de três distintas visões - o de pesquisadora, o de escritora e o de leitora -, Anna Cláudia nos brinda com maravilhosas reflexões acerca de obras de mestres consagrados, como Ana Maria Machado, sua própria trajetória e o processo criativo de uma literatura que verdadeiramente dialogue com a alma da criança e do adolescente. Este é também um daqueles livros que a gente se orgulha de ter lido e que costuma dizer que adoraria ter escrito. 

Se vale pena ler? Pena é não ler...

Para saber mais de sua vida e sua obra, recomendamos visitar o site oficial da autora: http://www.annaclaudiaramos.com.br/

Anna Cláudia Ramos foi presidente e, atualmente, toma parte no Conselho Consultivo da AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil.

sábado, 10 de setembro de 2011

SP: Página do Rospo (3)



A LUA E A SAPABELA


No brejo, Rospo, o sapo brejeiro, enamorado que só ele, tentava, com seus boleros de amor, conquistar a sempre tão distante e bela Lua.

Derramava ao luar a sua elegante voz.

Como se fosse o último romântico do século, tocava a sua viola e, bolerando, bolerando, declarava seu impossível amor pela insensível Lua, que no azul, distraída passeava.

Entre as folhagens, a Sapabela, entristecida, ouvia o sapo cantor e suspirava.

—“Que pena que ele só pensa na Lua. Se ao menos lembrasse que eu existo!”

E o sapo a cantar desabafava:

—“Não adianta! A lua nem ouve os meus boleros. Serei sempre um sapo solitário...”

E porque às vezes o amor está tão perto, mas a gente nem repara, o sapo continuava sonhando com a distante Lua, dedicando-lhe seus apaixonados boleros de amor, sem ao menos ouvir, atrás das folhagens, o palpitante coração da Sapabela.


MARCIANO VASQUES

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PR: Convite 5a Primavera dos Museus

Informações sobre programação e inscrições para oficinas através do fone (41)3524-9721 com Márcia Széliga ou pelo e-mail casaculturapbr@gmail.com. Para a abertura de exposição e mesas redondas a entrada é franca.


PROGRAMAÇÃO em 3 modalidades de eventos:
1.      Ciclo de debates – entrada franca
2.      Exposições – abertas ao público para visitação – entrada franca
3.      Oficinas – inscrições abertas. Vagas Limitadas. Materiais inclusos.

EVENTO 1: Ciclo de debates: de 18 a 23 de setembro, das 19:00 às 21:00hs
5 mesas redondas, cada mesa para um dia, profissionais de cada área da cultura paranaense, da memória do histórico dos imigrantes à contemporaneidade.

Dia 19, Segunda: A mulher no cinema. Convidados: Walton Wysocki, Ana Johann
Dia 20, Terça: A mulher na Poesia e na Literatura Infanto-Juvenil Paranaense. Convidadas: Isabel Furini, Marilza Conceição (Coordenadora AEILIJ - Paraná), Adélia Woellner
Dia 21, Quarta: A ilustração de livros infanto-juvenis: convidadas: Márcia Széliga, Mari Inês Piekas, Heliana Grudzien
Dia 22, Quinta: A Arte Paranaense representada por descendentes polonesas, suas experiências, influências e expressão. convidadas: Dulce Osinski, Everly Giller, Heliana Grudzien, Maria Luiza Kozicki
Dia 23, Sexta: O Folclore Polonês - do grupo de dança ao artesanato típico. Convidados: Valdir Luiz Holtman, Cecília Szenkowicz Holtman

EVENTO 2: Exposições:
Cerimônia de abertura dia 16 de setembro às 19:00, encerramento às 22:00, com a presença da Sra. Consul da Polônia Dorota Barys, e com apresentação às 20hs do Jazz Maia Trio - Marília Giller, Ian Giller Branco e Allan Giller Branco, tendo como convidado especial Tiago Portella Otto. 

Visita às exposições diariamente das 9:00 às 18:00. Encerramento dia 7 de outubro às 18:00. 
  
Exposição 1:  Das Regionais às Jazz Bands: Exposição de fotografias e pesquisa da pianista Marilia Giller, sobre a história do Jazz no Paraná. Apresentação musical do Jazz Maia Trio, com Marília Giller, Ian Giller Branco e Allan Giller Branco, convidado especial: Tiago Portella Otto. Sala de exposições Tadeusz Kosciuszko.
Exposição 2: O Feminino na Arte de descendentes poloneses e na ilustração de Livros. Artistas participantes: Everly Giller, Heliana Grudzien, Márcia Széliga, Mari Inês Piekas, Maria Luiza Kozicki, Dulce Osinski, Walton Wysocki. Sala de exposições Tadeusz Kosciuszko.

EVENTO 3: Oficinas:
As oficinas serão ministradas por mulheres profissionais das artes e da literatura de grande reconhecimento no meio cultural local e nacional. Espaço da sala piso superior Sociedade Tadeusz Kosciuszko - Casa de Cultura Polônia Brasil
INSCRIÇÕES ABERTAS pelo telefone (41) 3524-9721 , com Márcia Széliga e pelo   e-mail: casaculturapbr@gmail.com.            
As inscrições devem ser feitas através de confirmação por e-mail com apresentação de comprovante de depósito bancário. Ficha de inscrição e dados para depósito em anexo. Material do curso incluso. VAGAS LIMITADAS.

OFICINA 1: Dia 17 sábado, das 14:00 às 17:00 Linoleogravura - com Everly Giller Valor: R$45,00 
OFICINA 2: Dia 18 domingo, das 09:00 às 12:00  ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de Histórias  Valor:R$45,00
OFICINA 3: Dia 20 terça, das 14:00 às 17:00  Cartazes - com Heliana Grudzien  Valor: R$45,00
OFICINA 4: Dia 21 quarta, das 14:00 às 17:00   Poesia e arte na interação entre pais e filhos - com Márcia Széliga  Valor: R$45,00
OFICINA 5: Dia 22 quinta, das 14:00 às 17:00  Poesia e Filosofia para Crianças - oficina de poesia com Isabel Furini.  Valor: R$45,00
OFICINA 6: Dia 23 sexta, das 14:00 às 17:00  Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz Holtman  Valor:R$45,00
OFICINA 7: Dia 24 sábado, das 14:00 às 17:00  Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz Holtman - segunda parte   Valor:R$45,00
OFICINA 8: Dia 25 domingo, das 09:00 às 12:00  Ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de Histórias      Valor:R$45,00



Postado há 9th September 2011 por Márcia Széliga

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NE: Plano Nacional do Livro e da Leitura - PNLL



No último dia 1 de setembro, foi promulgado o Decreto n. 7.559 que trata do Plano Nacional do Livro e da Leitura - PNLL, que, segundo o próprio texto legal, "consiste em estratégia permanente de planejamento, apoio, articulação e referência para a execução de ações voltadas para o fomento da leitura no País".

Dentre os objetivos do PNLL estão a democratização do acesso ao livro e o desenvolvimento da economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao desenvolvimento da economia nacional.
Cabe-nos, então, mais que torcemos para que este Plano Nacional seja exitoso, colaborar ativa e efetivamente para a sua consecução, o que, sem dúvida, contribuirá decisivamente para a construção de um país mais justo e com igualdade de oportunidades para todos. Afinal, sabemos - desde há muito - que um país se constrói, também, com leitores capazes e conscientes, bem como com livros.
Para iniciarmos a caminhada, convido-os a conhecer o texto deste Decreto em sua íntegra, disponível aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7559.htm

NE: Um pernambucano que ganhou e deu asas à imaginação


De 21 de setembro a 27 de novembro do corrente ano (de 3a à 6a feira, das 09 às 18h e nos sábados e domingos, das 12 às 18h), o Centro Cultural dos Correios no Recife estará de portas abertas para receber os visitantes da exposição "Imagem e leitura: uma visão nordestina", do artista pernambucano Jô Oliveira. 

De 21 a 25/09, o autor estará presente para interação com o público em geral e com alunos de escolas agendadas (agendamento pelo telefone 8617-1554, com Roberta).

Ainda no dia 25/09, das 15 às 17h, o autor receberá a também escritora Lenice Gomes, para um animado bate-papo sobre este mundo do imaginário e da literatura infantil.

Vale a pena conferir!

Maiores informações pelos telefones: (81) 3424-1935 e 3424-5739.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SP: Vice-Versa de setembro de 2011

Queridos amigos!
Apreciem, no mês de setembro, as entrevistas da escritora Rosa Amanda Strausz (RJ) e do escritor Leo Cunha (MG)
Um abraço,
Regina Sormani


Rosa Amanda Strausz

Leo Cunha


Respostas de Rosa Amanda

1- Seu "Deus me livre!" é uma pérola do humor politicamente abusado. Você acha que o mercado hoje (incluindo todo mundo: autores, editoras, escolas, crítica etc) está menos ou mais careta do que quando você escreveu esse livro, na década de 1990?

R: O mercado infantil do livro sempre foi muito careta. Existe um grude pedagógico no livro do qual ninguém se livra. De um modo geral, as crianças veem barbaridades na TV, na internet e nos videogames, mas se um livro traz a palavra "merda" cai o mundo. Sexualidade na novela, pode. No livro, não pode.

2- Você foi uma das pioneiras no Brasil a usar a internet para divulgar e debater a literatura infantil e juvenil, ainda na década de 90, com o site Doce de Letra. Você acha que a LIJ tem explorado bem os recursos da internet e do ciberespaço, tanto em termos de divulgação quanto como ferramenta criativa? O que você destacaria?

R: Não tem,  não. As exceções são raras. Entre elas, destaco o trabalho que o Guto Lins vem fazendo com o Eros & Psique.com.br. Mas as dificuldades são muitas, principalmente porque as editoras não investem em nada que não estejam acostumadas a fazer. 

3 - Vários de seus livros parecem inspirados em passagens de sua vida familiar e afetiva. Quando os filhos acabarem de crescer, você acha que isso vai mudar alguma coisa na sua produção?

R: Tudo o que eu vivo pode ser transformado em matéria ficcional e as vivências familiares não são exceção. Mas, meus livros também são inspirados em outros livros - como no caso da Alecrim, que tem os livros da Sylvia Orthof como referência; em Os meninos-caracol uso a história do Gato de Botas para falar de reforma agrária. Outros saem de relatos, como Uólace e João Victor, que nasceu de conversas que tive com um menino de rua e com o pessoal do projeto Recuperarte. Enfim, a vida está aí, não falta material. É mais fácil eu parar de escrever para crianças pelos entraves do mercado do que por falta de inspiração.

4 - Tenho a sensação de que o mercado editorial, atualmente, tem priorizado bastante os livros em série e as coleções bem amarradas. Quais as vantagens e desvantagens dessa opção editorial, na sua opinião?

R: A vantagem mais imediata é a orientação do leitor. Quando ele gosta de um autor ou de um gênero, pode se guiar pela coleção, que funciona como uma espécie de curadoria. A desvantagem é dar ao leitor a ideia de que ele vai encontrar sempre mais do mesmo, o que nem sempre é verdade. Pessoalmente, acho muito chato escrever para coleções, o que não me impede de fazê-lo.


Respostas de Leo Cunha

1) A musicalidade da palavra é um referencial forte na sua obra. É fácil perceber isso na poesia e você chegou a transformar poemas em canções no Clave de Lua. Mas, até mesmo na crônica essa característica está presente. Não dá para esquecer do "bendi teu fruto" do livro Tela Plana - crônica de um país telemaníaco. Como é a sua relação com a música? O que você gosta de ouvir? Você usa a música como inspiração enquanto está escrevendo?

R: Sou fascinado pela música e pelos músicos. Aliás, tenho muita inveja dos músicos, o dom deles me parece algo mágico, inexplicável. Por sorte (ou por escutar muita música desde pequeno), meus textos têm mesmo um forte elemento sonoro. Eu tenho diversos "parceiros" espalhados pelo Brasil, músicos e professores de música que, mesmo sem me conhecer pessoalmente, resolvem musicar poemas meus e me mandam email contando isso e enviando a canção em MP3. Tenho cerca de 60 poemas musicados, e na maioria das vezes nunca encontrei o compositor!
Meu gosto musical é muito eclético: ouço muito rock, muita MPB e adoro os clássicos do cancioneiro norte-americano, como Gershwin, Cole Porter, Irving Berlin, Rodgers e Hart. Entre os letristas, meus ídolos são Chico Buarque, Aldir Blanc, Cazuza e Arnaldo Antunes. Quando estou escrevendo, porém, não posso escutar músicas que tenham letra, pois isso me distrai demais. Prefiro escrever no silêncio ou ouvindo música instrumental, seja erudita ou jazz.

2) Poesia, conto ou crônica? Quando você se senta diante da tela branca do computador, o que o faz decidir?

R: Muitas vezes uma mesma ideia já circulou entre as três formas. Uma frase ou um diálogo nasceu num poema e migrou para uma crônica. Ou um poema curto se alongou e virou uma narrativa  em prosa poética. Foi o que ocorreu com meu livro "O sabiá e a girafa" (publicado originalmente pela Nova Fronteira, e que em breve será relançado pela FTD), que nasceu como um poeminha, mas cresceu e virou uma narrativa mais longa.
Mas muitas vezes eu tento me disciplinar para criar num gênero específico. Por exemplo: se estou escrevendo um livro de poesia com um determinado tema, eu tento focar meus rabiscos nessa direção. O mesmo ocorre se estou organizando um livro de crônicas.

3) Sua tese de mestrado discutia o hipertexto, você acompanha de perto as novas linguagens, brinca com as possibilidades da máquina em poemas animados. Como a tecnologia influencia o seu trabalho?

R: Sou principalmente um curioso, em termos de tecnologia. Gosto de pensar nas potencialidades que determinados softwares ou ambientes trazem para a criação literária. Acredito que a literatura infanto-juvenil ainda está engatinhando em termos de explorar narrativas ou poesia hipermidiática. A maioria do que vemos está puxando muito para o game do que para o que pode haver de literário nestes recursos.
Não tenho um talento natural para lidar com a tecnologia, pelo contrário, o que eu consegui criar usando estes recursos (por exemplo, no livro Vendo Poesia) foi fruto de muita observação, muita insistência, teimosia, erros e frustrações. 

4) Outro dia, conversando com um DJ de 21 anos a respeito de mash ups, ele me saiu com essa: "a gente só ampliou essa história de intertextualidade da geração de vocês para as outras mídias". O que você acha disso?

R: Concordo em parte. Realmente a produção literária das gerações pré-internet já era fortemente intertextual, recheada de alusões, citações, homenagens, pastiches, colagens. Na literatura infantil, por exemplo, a presença dos recontos e das paródias é marcante.
Os mash ups seguem a mesma linha, acredito, e conseguem criar muita coisa legal, recorrendo à lógica da colagem e/ou da convergência de mídias e plataformas. Na área da criação artística, porém, muitas vezes os mash ups cruzam a linha (que é tênue, obviamente) entre a intertextualidade e o plágio. 

Abraços,
Leo Cunha

SP: Era uma vez... Crisântemo amarelo



Alô, pessoal!
A história de hoje foi escrita pelo escritor Sérsi Bardari, associado da regional paulista da AEILIJ.
Boa leitura!
Um beijo,
Regina Sormani


Crisântemo amarelo

Sérsi Bardari
Ilustrações: Mirella Spinelli
Cortez Editora

Em uma chácara de veraneio nas redondezas de Sabaúna, no Estado de São Paulo, vive Rita Wittenberg, filha dos caseiros da propriedade.
O pai, ex-funcionário da rede ferroviária, luta com dificuldades para adaptar-se aos trabalhos rurais e enfrentar a própria depressão. A mãe, outrora vaidosa e com futuro promissor na sociedade mogiana, vê-se obrigada a trabalhar como operária em uma granja, deixando parte dos serviços da casa e do sítio para a filha fazer. Apesar da dura realidade, Rita encara os estudos com determinação. Nem mesmo os quatro quilômetros de estrada de terra a pé, para chegar à escola, a faziam desistir. Essa era a rotina da linda garota loira, descendente de alemães.
Uma dia, no entanto, o que parecia simples fatalidade revela-se o começo de novas perspectivas. Apaixonada por crisântemos amarelos, Rita jamais poderia imaginar que uma singela flor viesse a se tornar símbolo de seu desenvolvimento e abrir portas para um futuro repleto de possibilidades.
Mas, para chegar a esse ponto, Rita teve de crescer e passar pelas dores e alegrias que levam ao amadurecimento. O encontro do primeiro amor, o despertar da solidariedade, o valor de um verdadeiro amigo, a desilusão com certos ideais, o sabor de uma inusitada vitória: tudo isso está no caminho dessa garota, que busca encontrar seu lugar no mundo dos adultos.
Em paralelo à trajetória de Rita Wittenberg, Crisântemo amarelo traça como pano de fundo o desenvolvimento de um grupo de adolescentes nascidos  e  criados em uma região onde, muito antes da moda multiculturalista, a vida, os valores, a cultura já se desenvolviam de modo multicultural. Filhos e netos de alemães, italianos, japoneses, árabes, espanhóis e, obviamente, portugueses “miscigenam-se” nesse enredo de rito de passagem.

sábado, 3 de setembro de 2011

SP: Página do Rospo (2)

ROSPO E O CORAÇÃO


—Estão os três amigos numa festa, quando o Rospo faz uma inesperada declaração.

—Sapabela, eu a amo do fundo do meu coração!

—Rospo, que surpresa!

—Está errado, Rospo.

—O que está errado, Doutor Aparecido Palestra ?

—Dizer que ama alguém do fundo do coração, pois amamos com o cérebro. O coração é apenas um músculo. É com o cérebro que sentimos...

Como a Sapabela demonstra estar impressionada com a intervenção do amigo cientista, Rospo decide enfrentar a argumentação.

—Errado nada, meu caro Doutor! As palavras nascem em universos específicos. Nascido no trovadorismo, o “amor que vem do coração”, tornou-se um símbolo universal aceito por todos os povos e épocas.

—Que interessante, Rospo...

—Tem a ver com o pulsar da vida, Sapa.

—Fale mais.

—O coração, para a ciência, é apenas um órgão, mas no universo literário & poético é o símbolo universal do amor. Seria esquisito se o romantismo tivesse escolhido outro órgão. Creio que não soaria bem alguém dizer que ama alguém do fundo dos seus rins ou do fundo do seu fígado.

—Ou do fundo do seu cérebro!- arremata a Sapabela.

- E então, meu caro doutor Aparecido Palestra, satisfeito?

—Você tem razão, meu jovem amigo, eu sou especialista no universo cientifico, mas desconheço os motivos do universo poético.

—Mas eu fiquei curiosa com uma coisa, Rospo...

—O que foi, Sapabela?

—Que história é essa de “Amo você do fundo do meu coração!”?

—É...bem...er..hã...
— Explique, meu amigo, a palavra é toda sua.

—O coração está pulsando muito rápido, Doutor...
—Eis aí um momento em que os dois universos se cruzam.


MARCIANO VASQUES

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SP: Quintas (61)

ESTILHAÇOS


Iras, erros em vidas errantes,
murros na mesa,
palavras geladas cortando mais que facão.
O diapasão, e vozes, o carvoeiro. O arame farpado, e as farpas de poucas palavras.
Navalhas, canalhas, mulheres ralhando, algumas falando aflições,
fiando segredos,
perdas, perdões. Pardais e tudo um dia se vai.
Até a chuva na calha? Amora? Romã? O aroma, a canela? O alecrim? O anis?
A caiação, a janela?
Lá na bica, ninguém viu, só se fala de boca, um homem cansado chorou.
Terá o pranto escorrido nas coisas do dia ou era orvalho?
Lá, onde se dizia, jogavam baralho na frágil fumaça do dia, cada história, menino!
Sempre havia uma mulher de olhar nublado
que perdia as almas que bailavam,
no alvoroço das falas. Uma fulana, comadre.
Não passam de mutilações os descasos.
Lá, onde é longe, e era, meninas brincavam,
E brinco e anel e ninguém presta atenção no tempo, como ele merece.
Seu moço, eu pudesse, só diria
Do verde brilhando na varejeira.
Réstias, assoalhos, sarilhos, cada qual estava tão ocupado,
Que nem se ouviu dizer
Que até o apito da fábrica
Traz em si o brusco desejo da poesia.

“Se você jurar que não conta para ninguém!”

Um homem caiu do andaime. Como chovia naquele sábado!
E o menino? Para aonde ele foi?
Já está de carretel a correr ventania. Ligeireza de tempo.
E cá entre nós, ladrilhos, pastilhas,
E uma mulher buscava macela.
Tempo?
Ainda bem que as crianças nem ligam.


MARCIANO VASQUES

SP: Mural - setembro de 2011



NÚMERO 23 - SETEMBRO DE 2011

O Mural é uma agenda cultural postada todo início de mês,
porém, editada ao longo do mês conforme os eventos surgem.
A agenda das bibliotecas é renovada semanalmente.
Amigo associado de qualquer cidade do Estado de São Paulo,
contribua...
aguardamos notícias dos eventos do interior.
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CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA AEILIJ
Pelo presente edital o Presidente da AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura infantil e Juvenil, CNPJ 03.374.569/0001-05, com base em todo o território nacional, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, convoca todos os associados da entidade, para Assembleia Geral, que se realizará no
dia 02 de setembro de 2011,
das 18h às 21h,
no auditório José Lins do Rego (anexo ao Clube de Negócios - pavilhão 4 da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro) na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Porto Alegre, 20 de agosto de 2011
Sendo a 2ª convocação 30 minutos após a 1ª, funcionando com qualquer nº de membros da categoria presente, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1) Aumento da anuidade 2) Prestação de contas da gestão 2009 a 2011. 3) Critérios estatutários para filiar-se, frente às novas mídias 4) Projetos de intercâmbio 5)Assuntos diversos do interesse da categoria.

Esta instância tem poderes deliberativos e as decisões tomadas atenderão a todos os integrantes da categoria profissional independente do comparecimento.
Hermes Bernardi Jr. - Presidente AEILIJ

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ASSOCIADOS NA BIENAL

Ana Cristina Melo:
Estarei autografando no estande da Editora Vermelho Marinho (Q12 - Pavilhão Verde), no dia 7, de 14h às 16h.

Claudia Gomes:
Amanhã eu estaria lá no stand da Biblioteca Nacional da Ala Azul ao meio dia. (contação de histórias e poesias)

Cristina Villaça:
Amanhã (dia 02) o tatu irá à bienal do livro!
VIVA EU, VIVA TU, VIVA O RABO DO TATU!
escrita fina edições, às 15h00

Kátia Pino:
Sábado, dia 03 de Setembro de 2011, das 16:30 às 18 horas, pavilhão verde, Rua P, estande 22 - Oficina Editores.
Relançamento dos meus dois livros: O premiado "Lili, a estrela do mar" (Infantil) e "Sou Mulher" (crônicas e poesias).

Léo Cunha:
Dê um pulo no stand da FTD. Vou lançar meu novo livro de crônicas, "Ninguém me entende nessa casa!", a partir das 15 horas.

Aguardo no e-mail contato@danilomarques.com.br as demais programações que me enviarem para postar aqui.

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PROGRAMAÇÃO FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
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AEILIJ PAULISTA NO ESPAÇO PRALER
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OUTROS EVENTOS
DOS ASSOCIADOS
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FÁBIA TERNI

Poesia premiada MAGIA ATLÂNTICA, publicada na Revista da Liv. da Vila, Vila do Leitor, na edição especial da FLIP, julho pp.
9° livro Tia Me Compra Um Pastel e Outras Histórias, Cortez Editora, 2011 , acaba de ser selecionado pelo programa Minha Biblioteca da Prefeitura de S. Paulo.

MESA REDONDA
- Dia 06 - Mesa-redonda "Diálogos literários", no Salão do Livro Infantil de Minas Gerais. Participantes: Leo Cunha e Fanny Abramovich. Mediação: Neusa Sorrenti.
Local: Serraria Souza Pinto (BH)
Horário: 19 horas
- Dia 09 - Mesa-redonda "A Literatura Infantil e Seus Passos de Gigante: A Quantas Anda o Gênero no Brasil?", como parte dos "Encontros de Interrogação"
Participantes: Eva Furnari, Leo Cunha, Marcia Camargos e Marisa Lajolo, com mediação de Suzana Vargas
Local: Itaú Cultural (SP)
Horário: 18 horas
CONVITE
Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba
CASA DA CULTURA POLÔNIA BRASIL
Rua Ébano Pereira, 502 CENTRO - 80410-240 - Curitiba – Paraná
(SOCIEDADE POLONO-BRASILEIRA “TADEUSZ KOSCIUSZKO")
PROGRAMAÇÃO em 3 modalidades de eventos:
1. Ciclo de debates – entrada franca
2. Exposições – abertas ao público para visitação
3. Oficinas – inscrições abertas. Vagas Limitadas. Materiais inclusos.
EVENTO 1: Ciclo de debates: de 18 a 23 de setembro, das 19:00 às 21:00hs5 mesas redondas, cada mesa para um dia, profissionais de cada área da cultura paranaense, da memória do histórico dos imigrantes à contemporaneidade.

Dia 19, Segunda: A mulher no cinema. Convidados: Walton Wysocki, Ana Johann
Dia 20, Terça: A mulher na Poesia e na Literatura Infanto-Juvenil Paranaense. Convidadas: Isabel Furini, Marilza Conceição, Adélia Woellner

Dia 21, Quarta: A ilustração de livros infanto-juvenis: convidadas: Márcia Széliga, Mari Inês Piekas, Heliana Grudzien
Dia 22, Quinta: A Arte Paranaense representada por descendentes polonesas, suas experiências, influências e expressão. convidadas: Dulce Osinski, Everly Giller, Heliana Grudzien, Maria Luiza Kozicki
Dia 23, Sexta: O Folclore Polonês - do grupo de dança ao artesanato típico. Convidados: Valdir Luiz Holtman, Cecília Szenkowicz Holtman
EVENTO 2: Exposições:Cerimônia de abertura dia 16 de setembro às 19:00, encerramento às 22:00, com a presença da Sra. Consul da Polônia Dorota Barys, e com apresentação às 20hs do Jazz Maia Trio - Marília Giller, Ian Giller Branco e Allan Giller Branco, tendo como convidado especial Tiago Portella Otto.

Visita às exposições diariamente das 9:00 às 18:00. Encerramento dia 7 de outubro às 18:00.

Exposição 1: 
Das Regionais às Jazz Bands: Exposição de fotografias e pesquisa da pianista Marilia Giller, sobre a história do Jazz no Paraná. Apresentação musical do Jazz Maia Trio, com Marília Giller, Ian Giller Branco e Allan Giller Branco, convidado especial: Tiago Portella Otto. Sala de exposições Tadeusz Kosciuszko.
Exposição 2: O Feminino na Arte de descendentes poloneses e na ilustração de Livros. Artistas participantes: Everly Giller, Heliana Grudzien, Márcia Széliga, Mari Inês Piekas, Maria Luiza Kozicki, Dulce Osinski, Walton Wysocki. Sala de exposições Tadeusz Kosciuszko.
EVENTO 3: Oficinas:As oficinas serão ministradas por mulheres profissionais das artes e da literatura de grande reconhecimento no meio cultural local e nacional. Espaço da sala piso superior Sociedade Tadeusz Kosciuszko - Casa de Cultura Polônia Brasil
INSCRIÇÕES ABERTAS pelo telefone (41) 3524-9721 , com Márcia Széliga e pelo e-mail: casaculturapbr@gmail.com.
As inscrições devem ser feitas através de confirmação por e-mail com apresentação de comprovante de depósito bancário. Ficha de inscrição e dados para depósito em anexo. Material do curso incluso. VAGAS LIMITADAS.
OFICINA 1: Dia 17 sábado, das 14:00 às 17:00 Linoleogravura - com Everly Giller Valor: R$45,00

OFICINA 2: Dia 18 domingo, das 09:00 às 12:00 ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de HistóriasValor:R$45,00

OFICINA 3: Dia 20 terça, das 14:00 às 17:00 Cartazes - com Heliana Grudzien Valor: R$45,00
OFICINA 4: Dia 21 quarta, das 14:00 às 17:00 Poesia e arte na interação entre pais e filhos - com Márcia Széliga Valor: R$45,00
OFICINA 5: Dia 22 quinta, das 14:00 às 17:00 Poesia e Filosofia para Crianças - oficina de poesia com Isabel Furini. Valor: R$45,00
OFICINA 6: Dia 23 sexta, das 14:00 às 17:00 Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz HoltmanValor:R$45,00
OFICINA 7: Dia 24 sábado, das 14:00 às 17:00 Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz Holtman - segunda parte Valor:R$45,00
OFICINA 8: Dia 25 domingo, das 09:00 às 12:00 Ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de HistóriasValor:R$45,00


LANÇAMENTOS

Pré-lançamento do livro IVAN BALANGANDÃ de Helô Bacichette
Data:17 de setembro, sábado.
Local: Livraria Mercado de Ideias - Caxias do Sul - RS -
Horário: das 14h às 17horas.