Espelhos Partidos – um conto sem fadas é um livro juvenil da escritora Sonia Salerno Forjaz, associada da AEILIJ paulista. publicado pela Editora Aquariana – selo DeLeitura -isbn: 978-85-7217-126-7, ilustrado por Thais Salerno Forjaz.
Espelhos Partidos conta a história da paixão de Flávia, uma adolescente de quinze anos, por um homem mais velho. Paixão que evolui em encontros secretos, dentro de auras de proibição e sedução capazes de envolver uma garota romântica; e que reacende um conflito familiar. Depois de algum sofrimento, ajudada por uma psicóloga, Flávia dá os primeiros passos em direção ao amadurecimento que resulta dessa dor.
O tema central do romance é a busca do autoconhecimento pela via do amor. Em especial: a oportunidade de enfrentar o “lado escuro”, o lado não aceito socialmente, que rasga a máscara de “boazinha” da face que os outros veem e que Flávia quer ver no próprio espelho.
Espelhos Partidos pode ser caracterizado como narrativa maravilhosa, mas não tem fadas. As fadas foram substituídas por mulheres fortes que encaram e resolvem seus problemas a despeito da dor. Convivem com elas homens que, mesmo se expondo menos às emoções, também buscam um rumo nas relações interpessoais que os tempos redesenham.
Sinopse:
Flávia, uma adolescente de quinze anos, se apaixona por Júlio, que tem o dobro de sua idade. A paixão evolui em encontros secretos que a envolvem completamente. O fato de o pai ter-se separado de sua mãe e casado com uma mulher mais jovem, faz com que Flávia queira que Júlio abandone a mulher para viver com ela, a “outra” – uma identificação em espelho ainda inteiro. Quando o romance é descoberto, Flávia se vê incompreendida e sozinha. O espelho está partido. Flávia não se enxerga mais nele.
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O SER / O TER - infantil, de Sonia Salerno Forjaz, publicado pela Aquariana, selo DeLeitura. ISBN 978-85-7217-116-8, com ilustrações de Tati Móes.
Uma nave pode modificar a vida de uma aldeia, de um castelo, de qualquer lugar onde Ser possa fazer diferença? Ser ou Ter? Escolha seu caminho.
Livro com duas capas diferentes (1ª e 4ª), de modo que o leitor tenha de virá-lo para ler suas duas histórias. O Ser conta sobre o aparecimento de uma nave espacial em um campo de trigo de uma aldeia, cujo mistério é desvendado pelas crianças. Seu tripulante, chamado de Ser, vem de um mundo justo, sem preconceitos e sem posses. O Ter trata de um rei, Terêncio, que de tanto acumular riquezas é conhecido por rei Ter. Autoritário e egoísta, ele ouve o boato sobre a espaçonave, decreta que ela é sua propriedade, mas acaba sozinho e deprimido no seu palácio. Entre o Ser e o Ter, no meio do caminho (do caminho para onde?), há uma mata que tem segredos, mete medo, uma mata que mata ou transmuda. Mas transmuda o quê?
O Ser/O Ter traz duas histórias paralelas. Seus protagonistas não interagem, mas um deles determina a atuação do outro. Alguns poucos personagens movimentam-se no texto, permeando as duas histórias. Nas páginas centrais, uma ilustração comum as integram. A linguagem, construída com ritmo e algumas rimas, soa agradável e lúdica. A obra aborda a ética e questões humanas essenciais com a delicadeza de que as crianças necessitam. E valoriza a clareza com que as crianças são capazes de perceber os valores que realmente importam em nosso mundo: “Só as crianças sabem o que nem mesmo o rei pode saber".