quinta-feira, 23 de junho de 2016

RJ: Nova associada: Flavia Lins e Silva

FLAVIA LINS E SILVA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Publico os livros da Pilar desde 2001. Foram os primeiros que escrevi e a Pilar é minha personagem mais antiga, que viaja comigo para um lado e para o outro. Talvez ela seja fruto das leituras que fiz na infância: uma mistura de Emília, Pippi Meialonga, Mafalda, Asterix, Volta ao mundo em 80 dias, sei lá mais que livros se misturaram no liquidificador da minha imaginação. Gosto muito de escrever sobre viagens, locais diferentes e meu livro mais premiado é “Mururu no Amazonas”, sobre uma garota virando mulher, vagando pelos rios com seu “casquinho”, com seu barco. Escrevo também muitos roteiros para TV e com Detetives do Prédio Azul sonho com uma possível aproximação dos telespectadores com o mundo literário. Vejo muitos fãs do conteúdo da TV buscando os livros e acho que a TV pode e deve ser uma parceira da literatura nacional. Nossas animações têm crescido muito e tenho agora um projeto de animação com Mariana Massarani que sonho muito em realizar. Acho que as ilustrações brasileiras dariam ótimas series de animação. Temos aqui traços lindos, coloridos, originais demais!

2) Três livros seus para quem não te conhece.
1 – Diário de Pilar na Grécia -  (Zahar) é meu livro mais conhecido. Pilar ganha uma rede mágica do avô e parte para o mundo grego, onde se depara com personagens da mitologia grega e vive uma aventura inesquecível ao lado de seu gato Samba e do amigo Breno. Eles já viajaram juntos também para a Amazônia, Egito, Machu Picchu e África (Da Nigéria a Angola, depois até a Bahia). Agora estou escrevendo Pilar na China e estou encantada com esta civilização milenar. 
2 – Mururu no Amazonas - (Manati) ganhou o prêmio João de Barro, de Minas Gerais, foi escolhido melhor livro juvenil em 2010 pela FNLIJ. É um livro para leitores de 14 ou 15 anos. Agora gostaria de ver Mururu encenado no teatro. Gosto muito quando as mídias conversam. Livro que vira peça. Seriado que vira livro... 
3 – Detetives do Prédio Azul – aventuras culinárias (Zahar) É o terceiro livro da série que publico desta série. O primeiro é narrado pelo detetive Capim, o Segundo pela detetive Mila e, neste terceiro, acompanhamos a transição de Tom para o detetive Pippo, o novo dono da capa verde. Entre cada caso, vem uma receita ligada à história, porque o detetive Pippo é filho de um grande cozinheiro italiano. É um bom livro para leitores iniciantes.

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Nosso tipo de trabalho não dá folga, não é? Aonde vamos, o trabalho vai junto, dentro da nossa cabeça inquieta. Tenho uma lista de livros que ainda gostaria de escrever e espero ter mais tempo para os livros nos próximos cinco anos. Acho muito prazeroso escrever para TV, mas consome bastante tempo. Agora estou querendo escrever mais filmes de longa-metragem para a infância e pegar trabalhos um pouco mais tranquilos. Já escrevi 200 casos dos detetives para a Telinha e tem mais cinquenta a caminho. Ufa! Meu sonho é tirar um ano sabático para escrever mais livros em algum lugar do planeta...

Mais informações em http://www.flavialinsesilva.com.br.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

RJ: Nova associada: Sol Mendonça

SOL MENDONÇA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Escrevo desde pequena. E ouço histórias desde antes de escrever. Meu pai é escritor e minha mãe costumava chegar em casa quase toda semana com livros novos. Isso nos anos 1980, quando Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, Ziraldo, Ruth Rocha, Fernanda Lopes de Almeida e muitos outros produziam muito. Fora isso estudei no CAP-UERJ desde o primário, que dedicava boa parte de seu projeto pedagógico ao incentivo à leitura e à vivência com todos os gêneros literários. Portanto, minhas influências literárias são autores que se dedicaram à LIJ. Foram os livros para crianças que me ensinaram a pensar, a ser crítica, a ver o mundo poeticamente, a entender as complexidades humanas. Então, quando comecei a pensar em ser escritora, o caminho natural foi escrever pensando também nas crianças e nos adolescentes, que necessitam de muita, muita leitura literária, de prosa e poesia, de quadrinhos a crônica, para viver no mundo "adulto". Comecei a publicar com um livro de poesia que não tinha sido feito para criança somente mas também pode ser apreciado por crianças - o E com quantos paus se faz uma canoa?, em 2011. Antes disso, eu já tinha escrito outros textos. Um deles, o juvenil Depois a gente vê como fica, foi publicado 10 anos depois de eu ter iniciado.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
1 - E com quantos paus se faz uma canoa? (Gryphus) é um poema de perguntas baseado na pergunta do repertório popular célebre, que é também uma brincadeira. Então eu brinco: Com quantos meninos se faz uma roda? Com quantos limões se tem limonada? Com quantos carimbos se diz funcionária? Com quantos tropeços se acerta o passo? Com quantos domingos se está descansada? O poema não responde nada, claro. As ilustrações, da Carla Pilla, misturam colagens, objetos fotografados... 
2 - Lá no Meu Quintal (Livros Ilimitados) foi ilustrado pelo Agostinho Ornellas, que é também a inspiração para o menino protagonista. A história real gira em torno de curiosos bichos de estimação e de árvore de estimação, a Minda, do protagonista, que não eram muito apreciadas pelos adultos da família. Em seu mundo particular onde ele construía um cenário cinematográfico e o retratava em seus desenhos, ele vive aventuras com seus amigos "diferentes". Um dia, ele sofre sua primeira decepção.
3 - Depois a gente vê como fica (Livros Ilimitados) é uma novela juvenil que reúne todos os elementos presentes dos textos para jovens: namoros, relacionamento com os pais e com os amigos, a escola, mas com uma abordagem pouco comum. Os personagens Luísa, Marina e Beto são amigos inseparáveis e vivem um triângulo amoroso no Ensino Médio. O ano narrado no livro é repleto da angústias, incertezas e transformações para os três amigos. Em uma trama paralela, está o relacionamento de Márcia e Claus, os pais de Luísa. A voz de Márcia ganha força em alguns capítulos, enriquecendo o olhar sobre como uma mesma situação pode ter vários pontos de vista. As canecas de cerâmica de artista plástica Gláucia de Barros e ilustram o livro com os personagens estampados, são um destaque da edição.

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Meus planos para os próximos cinco anos incluem publicar juvenis, publicar mais poesia e mais infantis, e iniciar na dramaturgia infantil, talvez adaptando, talvez criando do zero. Quero me dedicar também ao projeto Liberte o Escritor, que eu criei em 2014, de incentivo à escrita de literatura, para jovens de ensino fundamental. Quero me dedicar mais prioritariamente ao fazer e também ao incentivo ao consumo literário.

Mais informações em www.soldeler.blogspot.com.br.

Foto: Sandra Ronca

segunda-feira, 20 de junho de 2016

RJ: Buchicho no Estande da AEILIJ - Salão FNLIJ 2016

A 18ª edição do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens encerrou ontem. Foram 12 dias do maior evento de LIJ do Brasil. Uma festa bonita que atinge a maioridade em meio a uma crise cultural e financeira, mas que mantém-se em pé e reafirma sua importância no cenário literário nacional graças aos esforços e à dedicação da Fundação.

A AEILIJ, que no ano que vem também fará 18 anos de existência, esteve mais uma vez presente no Salão e montou um estande para receber associados, amigos e curiosos. Este ano pudemos contar com a calorosa recepção da querida e simpática professora Miriam Ribeiro. Como dizem por aí, nosso estande “bombou”. O espaço tornou-se um dos mais disputados por autores, editores, professores e visitantes da feira. Crianças se agruparam para ver os profissionais da AEILIJ deixarem seus recados no mural amarelo. Grupos se juntaram para acompanhar a tatuagem do nosso Ninho de Livros, a casinha que nos foi gentilmente cedida pela Satrápia. Filas se formaram no estande para sessões de autógrafos de autores que recém terminavam de se apresentar no Espaço FNLIJ de Leitura.

Fotos, abraços, dicas, apresentações, orientação para a montagem de portfolios, reuniões com editores, encontros emocionados, doações de livros para deficientes visuais... Teve de tudo um muito.
Este ano a AEILIJ expôs parte do trabalho que vem desenvolvendo nos últimos anos. Estavam lá os livros em braille escritos e ilustrados por associados ao longo de anos de parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Criamos um álbum com todos os boletins publicados pela Associação desde o primeiro, impresso em setembro de 2003. Nossos anuários com os lançamentos dos associados de 2014 e 2015 eram consultados por quem quisesse. A antologia “Trem de Histórias” (Vem uma nova aí!) também podia ser lida no estande. Penduramos banners com nossos últimos trabalhos sociais: a Blitz Literária, realizada em parceria com a Secretaria de Educação, e o nosso apoio ao projeto Ninho de Livros, da Satrápia. Aliás, nossa casinha amarela foi um sucesso.

Tudo isso mostra um pouco do que é a AEILIJ. O que a Associação representa. Nos últimos dias, tive de responder à duas perguntas feitas tanto em entrevista quanto nos bastidores. Pra que serve a AEILIJ? O que ganho em me associar?

São perguntas pertinentes. A AEILIJ tem três objetivos primordiais. O primeiro é defender os interesses dos associados e da categoria. Foi assim quando nos colocamos contra as alterações na lei de Direitos Autorais, quando ela estava em consulta pública. Foi assim quando fomos à Brasília representar os autores nas discussões a repeito de um gestor público para o conteúdo da internet. Foi assim quando divulgamos cartas abertas e apoiamos outras entidades em assuntos como a interrupção de compras de livros pelo governo e o movimento a favor do autor presente no RS. Foi assim quanto levamos a discussão dos Direitos Autorais para a Unigranrio, FIRJAN e SME-RJ. Isso só para ficar entre as mais recentes.

O segundo objetivo é gerar e participar de campanhas e ações pelo incentivo à leitura, e, com isso, ampliar o alcance e a divulgação do livro de literatura infantil e juvenil, expandindo assim o público leitor. A Blitz Liteária, o Ninho de Livros, as mesas de debates (Discussões AEILIJ), os seminários em Porto Alegre, a parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos e demais esforços da AEILIJ Solidária são algumas das ações com este sentido.

O terceiro objetivo é o acolhimento dos autores. Não devemos confundir isso com a obrigação de divulgação de seus trabalhos. A AEILIJ não fará ninguém famoso. A AEILIJ não agenciará o trabalho de ninguém. A AEILIJ não garantirá o selo de qualidade do autor. A AEILIJ não telefonará ou mandará e-mail pessoal para cada associado para convidá-lo para alguma coisa, a não ser que seja convite específico. Quando houver chamamento para determinada ação, este será provavelmente realizado nas redes sociais. É importante que o associado acompanhe as postagens. O que fazemos é acolher. Mantemos espaços públicos virtuais (página no Facebook, site, blog, lista de discussões...) onde associados se ajudam com dicas e trocas de experiências. Falamos sobre contratos, alertamos sobre maus pagadores, aconselhamos quanto à criação de portfolio, avisamos sobre eventos, apresentamos pessoas, e por aí vai. Claro que, vez ou outra, há a oportunidade do associado mostrar seu trabalho. Embora o objetivo principal seja o acolhimento, há ações de divulgação. Temos a Expo Cores e Formas, o Anuário AEILIJ, novas antologias, o espaço para divulgação de lançamentos no blog, os convites para ações solidárias e, quem sabe (isso não é uma promessa), a possibilidade de participar de editais pagos.

A AEILIJ cobra de seu associado a taxa de ¼ de salário mínimo por ano, com a possibilidade de pagar a metade disso a partir do segundo ano. Tal desconto é por tempo limitado. É pouco para o tanto que fazemos pela categoria. Pense nisso.

Em relação às regionais: Mantemos coordenações regionais no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Nordeste e em Brasília. Esta última foi ocupada nos últimos dias pelo associado Álvaro Modernell. A AEILIJ nacional dá apoio as ações promovidas nos estados, mas não é responsável por gerir essas ações. Para isso há os coordenadores. Entre em contato com a sua coordenação com propostas e se ofereça para trabalhar em conjunto com ele para levar as ideias adiante.

A oportunidade surge quando a gente busca por ela.

Viva a LIJ!
Alexandre de Castro Gomes







































quinta-feira, 2 de junho de 2016

RJ: XIX D!scussões AEILIJ

O Salão começa na semana que vem e a AEILIJ preparou uma mesa sobre um assunto que interessa a todos nós.
Meu agradecimento às editoras Camila Werner e Daniele Cajueiro e à escritora, jornalista e editora Anna Rennhack.
Viva a LIJ!


quarta-feira, 1 de junho de 2016

RJ: Assembleia Geral Ordinária da AEILIJ

A AEILIJ promoverá sua Assembleia Geral Ordinária durante o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens.

A AGO ocorrerá no dia 11 de junho de 2016, na Sala Multiuso do Centro de Convenções Sulamerica e terá a primeira chamada às 10h. Na ocasião falaremos sobre

a) alteração do endereço da sede da Associação
b) discussões sobre o PMLLB (Plano Municipal do Livro, Leitura e Bibliotecas do Município do Rio de Janeiro)
c) aprovação das contas do primeiro ano de mandato da gestão atual (período junho/2015 a maio/2016)
d) alteração do tempo de mandato da diretoria
e) assuntos gerais

Todos os associados estão convocados.