1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Meu começo como escritora foi muito gradativo, já que, apesar de escrever muito desde criança, sobretudo poesia, eu nunca tinha pensado ou manifestado desejo de ser escritora (Hoje vejo que isso foi falta de orientação, pois segui a carreira docente – estudando Letras, é verdade – que era o exemplo que tinha em casa – minha mãe era professora). Na adolescência e durante parte da minha juventude, escrevi muito pouco, só em casos pontuais, movida por alguma questão. Assim, em Buenos Aires segui a carreira de Letras e, já no Rio de Janeiro (cheguei em 1996), fiz o Mestrado em Linguística Aplicada, uma Especialização em Tradução e outra em Produção Editorial. Aos poucos, fui me aproximando do mundo dos livros. Além do mais, em paralelo a esses estudos, eu fazia cursos na Estação das Letras de Poesia e Literatura Infantil, algo que estava pendente em minha vida já fazia muito tempo, pois o bichinho da escrita nunca me abandonara. E é interessante pensar agora que, quando morava em Buenos Aires, por várias vezes procurei informação para estudar Literatura Infantil, sem saber muito bem por quê.
O fato é que a Docência e a Tradução não me deram a realização pessoal que todo ser humano procura. Quando fiz Produção Editorial me aproximei mais do meu verdadeiro caminho que, graças a Deus, entendi que era escrever. Uma coisa que adoro fazer! Escrever para crianças não é algo que eu procurei, mas algo que veio naturalmente. Não consigo fazer contos para adultos, por exemplo. Já tentei e não ficaram bons. Quanto à poesia, quando escrevo poemas infantis faço meu o pensamento de Mario Quintana: “a criança que brinca e o poeta que faz um poema estão ambos na mesma idade mágica”. Então o que faço é me esforçar em não crescer para não perder o frescor que um surpreendente jogo de palavras pode trazer. Um jogo de palavras bem jogado é a Beleza em sua plenitude. E a idade das crianças e dos poetas – eu acrescentaria – é também a idade da Beleza. Eu adoro brincar, adoro ser criança e acho que o mundo precisa de mais beleza.
O fato é que a Docência e a Tradução não me deram a realização pessoal que todo ser humano procura. Quando fiz Produção Editorial me aproximei mais do meu verdadeiro caminho que, graças a Deus, entendi que era escrever. Uma coisa que adoro fazer! Escrever para crianças não é algo que eu procurei, mas algo que veio naturalmente. Não consigo fazer contos para adultos, por exemplo. Já tentei e não ficaram bons. Quanto à poesia, quando escrevo poemas infantis faço meu o pensamento de Mario Quintana: “a criança que brinca e o poeta que faz um poema estão ambos na mesma idade mágica”. Então o que faço é me esforçar em não crescer para não perder o frescor que um surpreendente jogo de palavras pode trazer. Um jogo de palavras bem jogado é a Beleza em sua plenitude. E a idade das crianças e dos poetas – eu acrescentaria – é também a idade da Beleza. Eu adoro brincar, adoro ser criança e acho que o mundo precisa de mais beleza.
2) Três livros seus para quem não te conhece.
Marina de água doce e Livro-herói (Editora K2Elles) são meu primeiro e meu segundo livro, respectivamente. Eles reúnem poemas infantis bem líricos, voltados ao universo da criança, e que se focam no prazer de ler e de escrever. O segundo livro é, claramente, uma homenagem ao livro, como objeto de afeto.
O terceiro livro, que vou lançar agora, no dia 16 de outubro, na Livraria Blooks, é Lindo de se olhar (Editora Bambolê) e é meu primeiro conto. Nele uma criança fica assustada diante da presença de uma figura monstruosa, que por sua vez também fica assustada com a presença do menino.
Tive sorte de contar com ilustradores bem talentosos. Neste, que vou lançar agora, a ilustradora foi Tânia Ricci, já no primeiro foi Fabio Campos e, no segundo, Zuza Amaro.
O terceiro livro, que vou lançar agora, no dia 16 de outubro, na Livraria Blooks, é Lindo de se olhar (Editora Bambolê) e é meu primeiro conto. Nele uma criança fica assustada diante da presença de uma figura monstruosa, que por sua vez também fica assustada com a presença do menino.
Tive sorte de contar com ilustradores bem talentosos. Neste, que vou lançar agora, a ilustradora foi Tânia Ricci, já no primeiro foi Fabio Campos e, no segundo, Zuza Amaro.
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Bem, o que mais quero é continuar publicando meus livros. Cada tentativa de publicação de um livro é como escrever uma nova história: tem um começo, um meio e um fim. Portanto, estamos sempre iniciando uma nova empreitada. O que quero é continuar escrevendo, continuar publicando, continuar sem desistir, aqui no Brasil e, claro, um desejo que espero concretizar nestes próximos cinco anos, é ver minhas obras publicadas em países hispânicos e, especialmente, no meu pais, Argentina. Tenho material escrito em espanhol que quero muito ver publicado.
Mais informações em www.facebook.com/pulandodepoesia
Foto: Arquivo pessoal
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