Sexta-feira, 03 de Setembro de 2008
No Vice-Versa de Setembro, as escritoras Alina Perlman e Mariluiza Campos.
Alina Perlman
Mariluiza Campos
Perguntas de Mariluiza
1) Desde quando você escreve para crianças e quantos livros foram publicados?
2) Fale sobre o seu processo criativo. Como é que “nasce” uma estória infantil?
3) Diga o nome do livro de sua autoria que mais gostou de escrever.
4) Para quem você faria um elogio? Para quem você faria uma crítica?
Resposta de Alina
1) Escrevo para crianças há mais de 20 anos e tenho 38 livros publicados.
2) Minhas histórias nascem da observação de tudo que me cerca, dos casos que ouço, dos sonhos que tenho, do contato com crianças, das minhas lembranças, das coisas que me afligem, me perturbam, me divertem, me emocionam. Às vezes peno para desenvolver uma idéia, às vezes ela surge pronta e acabada na minha frente. É uma surpresa a cada texto.
3) Acho difícil escolher meu livro preferido. Fico sempre empolgada com o texto que estou escrevendo. Quanto aos livros já publicados, depende se estou triste ou de bom-humor, mais disposta ou mais sensível... Eu elejo o favorito conforme meu momento, dia a dia!
4) Meu elogio vai para o trabalho que a cúpula da AEILIJ vem desenvolvendo e suas conquistas.
Critico os egocêntricos, os indiferentes, os desrespeitosos. Uma mudança de atitude da parte deles deixaria o mundo um pouco melhor.
Perguntas de Alina
1)Fale um pouco sobre sua obra: quantos livros já publicou, algum fato curioso, um ilustrador especial de um texto seu...
2)O que a levou a escrever livros infantis?
3)Você tem feito um belo trabalho de tradução – conte um pouco sobre ele.
4)Para quem você deixaria um elogio? E uma crítica?
Respostas às perguntas de Alina:
1) Tenho escrito para crianças desde a década de 70. De lá para cá escrevi cerca de 60 estórias, das quais 29 foram publicadas em livros, coletâneas com outros autores e jornais.
Considero muita sorte minha ter 5 das minhas estórias publicadas, ilustradas por filhos meus.
2) Quando meus filhos eram pequenos (tive 6) eu me
recusava a lhes contar as estórias de fadas da minha
infância. Elas me tinham assustado muito, sobretudo
por se referirem muitas vezes a meninas órfãs que tinham madrastas malvadas. Lembro-me de chorar à noite, sozinha na minha cama, com medo de ficar órfã.
Passei então a inventar estórias e, para poder contá-las
sempre do mesmo jeito, como as crianças exigem, comecei a escreve-las. Quando fui apresentada a Teresa
Noronha, escritora de renome, com muitos livros escritos e premiados, ela me deu umas dicas, assim como Lucília Junqueira de Almeida Prado, e eu consegui conhecer editoras e ver meus livros publicados.
3) Meu primeiro trabalho de tradução foi quando eu tinha
20 anos. Eram dois ou três livrinhos de orações para crianças, traduzidos do francês. Muitos anos depois me encomendaram traduções do espanhol de livros de Anna May Alcott e de Spiryi. Muitos outros anos depois conheci um poeta belga e traduzi e publicamos 3 coletâneas de poemas dele. Infelizmente só conseguimos publicar quando pagamos a editora. O que torna impossível divulga-lo, pois ele deixou, depois que
faleceu, mais de 30 coleções.
4) Gosto muito do trabalho que está sendo feito por Regina Sormani, como representante da AEI-LIJ, aqui em São Paulo. Ela é uma coordenadora dinâmica e uma boa amiga.
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