sábado, 29 de dezembro de 2012

SP: Feliz 2013 Sampa!!!!!

Amigos!

A Corrida Internacional de São Silvestre

 É a mais famosa corrida de rua do Brasil, realizada todos os anos na cidade de São Paulo. Leva o nome do papa da igreja católica canonizado neste dia, anos depois da sua morte.
No dia 31 de dezembro, o percurso será percorrido a partir das 6,50 hs da manhã, para cadeirantes, às 8,40 hs para mulheres e às 9,00hs para os homens. A largada será em frente ao MASP, na Avenida Paulista. Estão inscritos 25 mil corredores.

O Reveillon na Paulista

A virada do ano da avenida Paulista começa às 20,30 hs e terá 15 minutos de queima de fogos à meia-noite de 31 de dezembro para 1ºde janeiro de 2013. Sampa, conhecida como cidade multicultural levará ao palco do Reveillon, diversas atrações para todos os gostos
O tema do Reveillon deste ano será o amor que paulistanos e paulistas em geral, sentem pela metrópole.


Desejo a todos um Feliz 2013 com muitos e muitos livros.

Um grande e carinhoso abraço,

Regina Sormani

domingo, 23 de dezembro de 2012

RJ: Encontro de final de ano da AEILIJ

No último dia 20, diversos escritores e ilustradores de literatura infantil e juvenil se reuniram na Lagoa (Rio de Janeiro) para celebrar o final de ano com muita festa, livros e abraços. Vieram autores do Rio, de São Paulo, do Paraná e de Brasília. Foi uma noite muito divertida que contou até com um amigo oculto literário e uma super foto do grupo inteiro, emoldurada pelo belo visual da Lagoa Rodrigo de Freitas. O encontro do ano que vem já está marcado. Até lá!

A autora Simone Pedersen com Nina e Guigo.

Em sentido horário: Naná Martins, Thais Linhares, Marcelo Pimentel, Luiz Antonio Aguiar, Rogério Andrade Barbosa, Anna Claudia Ramos, Cristina Villaça, Fernanda de Moraes Machado, Sandra Pina, Anielizabeth e Jô Oliveira.

Mauricio Veneza, Edna Bueno, Sandra Ronca e Cris Alhadeff.

Simone Pedersen, Thais Linhares, Zé Zuca, Marcelo Pimentel e Sonia Rosa.

Jô Oliveira, Sandra Pina, Anielizabeth, Anna Claudia Ramos, Eliana Martins e Alexandre de Castro Gomes.

Marilia Pirillo, Sandra Ronca e Cris Alhadeff. A piada deve ter sido boa!


Luiz Antonio Aguiar, Mauricio Venaza, Alexandre de Castro Gomes e Rogerio Andrade Barbosa.

Eliana Martins, Mauricio Veneza, Alexandre de Castro Gomes, Simone Pedersen e Ingrid Osternack

Preparativos para a foto do grupo.

Foto dos autores de LIJ.

Foto da galera.

Nina e Sandra Ronca.

O amigo oculto da Sonia Rosa é...

Sandra Lopes e Adriano Renzi.

Outra piada boa.

E o pessoal não parava de chegar.

Sabrina, JP Veiga, Thais Linhares, Ingrid Osternack e Alexandre.

Rogério, de costas, e a risada da Marilia.

Cris Alhadeff e Georgina Martins.


Edna Bueno anuncia seu amigo oculto.


Luiz Antonio Aguiar e Sandra Pina.

Alex e Sandra Lopes.

Fonte: http://alexandredecastrogomes.blogspot.com.br/2012/12/encontro-de-autores-na-lagoa.html

domingo, 16 de dezembro de 2012

SP: A história de Heitor (11)

Capítulo XI




A região onde estavam não tinha sido atingida pelo desastre.
Caminharam pelos campos e já haviam entrado na mata. Uma raposa-do-campo passou por eles, mas seguiu seu caminho em outra direção.
Tauá fazia muitas perguntas, pois queria saber tudo sobre Heitor. Ele respondia, contando sobre sua vida, o lugar onde havia nascido; as primeiras aventuras, sobre Lorena e Mercúrio que tinham vindo de um lugar distante, os outros lobinhos que eram seus irmãos, a fartura de água e alimento perto do rio.
– Sua família tem nomes estranhos, garoto, mas creio saber a razão.
– Quando conheci Tinoco ele me disse a mesma coisa. E encontrou outro nome para mim.
– E qual foi?
– Toró... Caiu uma chuva forte quando nos conhecemos e ele disse que sempre se lembrava disso quando pensava em mim.
– Parece que esse nome lhe cai bem.
Heitor animou-se e remexeu as orelhas.
– Vamos nos afastar daqui – comentou Tauá.
– Para onde? – perguntou Heitor.
– Para longe, bem longe daqui. Outro tipo de lugar distante, com rios, cascatas e cachoeiras; com alguma caça e muitos frutos.
Faziam algumas pausas para caçar e para dormir. Heitor aprendeu muita coisa com Tauá sobre aquela região. Como eram suas matas, nascentes e rios, quais os animais que ali viviam, onde havia água e como encontrá-la.
Finalmente, chegaram ao alto de uma colina, de onde se avistava um rio correndo pela planície. Para qualquer direção que se olhasse, tudo que enxergavam era mata nas partes mais altas e o capinzal nas baixadas.
Heitor encontrara um lugar para viver. Havia sinais de outros lobos pela região. Tauá parou ao lado de Heitor e disse:
– Você está pronto, Toró. Este é o lugar. Vá procurar um local para marcar como seu território. Aqui não falta espaço.
Tauá confirmara o nome que Tinoco lhe dera. Isso era um bom sinal. Olhou para a loba e fez todo o gestual de cumprimentos que ela merecia. Tauá respondeu na mesma medida. Separaram-se em seguida e cada qual partiu na direção escolhida.

Nilza Azzi

sábado, 15 de dezembro de 2012

SP: Feliz Natal!!!!

Meus caros amigos!

Desejo a todos um natal de PAZ, AMOR e UNIÃO.


Este cartão natalino faz parte de uma série de 36 artes feitas pelo Marchi para a agência Interlitho de Colônia, Alemanha. A técnica utilizada foi ecoline.
Grande abraço,
Regina Sormani

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SP: Conheça como funciona o Ônibus-Biblioteca - Roteiro de Leitura

O Ônibus-Biblioteca é um projeto da Secretaria da Cultura, idealizado por Mário de Andrade em 1935. Hoje, o projeto atende as regiões perifericas de São Paulo, que são desprovidas de bibliotecas.
Existem doze ônibus funcionando, cada um atende seis pontos, perfazendo setenta e dois locais.

Conheça este belo projeto assistindo a entrevista do bibliotecário João Batista para o Canal do Ônibus: 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SP: Quem conta um conto... - Simone Pedersen

Olá!
Mais um mês se passou e mais um ano chega ao fim. Foi ótimo passá-lo com você!
E para encerrar 2012 com chave de ouro, convidamos a escritora paulista
SIMONE PEDERSEN. Ela nos trouxe uma auto-reflexão que, de forma delicada, traduz o espírito natalino.
Curtam, pois

UM ENCONTRO DO DESTINO

Ontem, eu estava em Araraquara a caminho de uma escola. Havia me hospedado em um confortável hotel do outro lado da cidade e pelo mapa parecia um caminho bem simples.
E era. Para quem lá vive. São tantas rotatórias, e eu, que nunca me perco, parei para pedir informações 28 vezes. Na última, já nas redondezas segundo meus cálculos infalíveis, interpelei um homem que passava calmamente na calçada. Eu havia sido muito bem tratada até então, com sorrisos e pequenas reuniões sobre qual seria o melhor caminho para uma paulista com cara de perdida. O que eu não esperava era que se esse homem dissesse que ia para aqueles lados exatamente, e se eu quisesse, ele iria comigo para mostrar o caminho que era um tanto complicado, apesar de estarmos perto do local.
Em um segundo eu me lembrei de todos os conselhos de menina: “nunca pegue carona de estranhos”, pensei nos filmes de terror, seriados e serial killers da vida. Respondi seca que eu não costumo dar carona para estranhos. E foi nesse momento que meu mundo desmoronou. A minha voz soou tão seca que me fez tremer, como se tivesse rachado o coração ao meio. Até tive tempo de me perguntar quem eu era, quando ele se debruçou na porta colocando parte da cabeça dentro do carro, tirou o boné e me disse:
- Eu tenho 86 anos, sou pai de três e avô de cinco, a senhora não precisa ter receio algum de mim. Em sou um homem de bem.
Realmente, como eu poderia desconfiar de alguém que eu escolhi aleatoriamente? Um senhor de tanta idade. Talvez pelo leve cheiro de cachaça. De qualquer forma, eu me senti diminuir até virar algo invisível aos meus olhos. Envergonhada, pedi que entrasse culpando os dias de hoje e a violência pela minha falta de educação e humanidade. Ele entrou e continuou a me ensinar que eu realmente havia sido uma árvore seca de galhos afiados:
- A senhora não repare nas minhas roupas, é que eu estava trabalhando em casa e sai de qualquer jeito.
Foi então que reparei as calças costuradas no meio da perna, de forma caseira, tentando remendar o que há tempos eu e outros haveríamos jogado fora. Se me sentia invisível, comecei a sentir certa tontura. Acho que era vergonha, vergonha de mim, que justamente nesse dia estava um tanto arrumada. Ele falou em trabalhar com aquela idade. Tive medo de perguntar o que ele fazia.
- O senhor não viu como eu fico em casa, respondi tentando remendar o nosso encontro, que como a calça dele já não tinha mais conserto.
Ele me ensinou todo o percurso, com todas as rotatórias e possibilidades para alguém que eu havia pré-julgado estar embriagado.
Na porta da escola, me mostrou a entrada principal, falou um pouco sobre a fábrica de suco de laranja na frente e se despediu. Eu disse que poderia levá-lo até a casa do amigo, mas ele declinou. Disse-me que preferia chegar a pé, que um carro com placa de uma cidade tão distante chamaria muito a atenção.
Quando chegou à esquina, ele se virou e acenou para mim com um sorriso largo e o boné na mão direita. E eu fiquei sentada no carro, o observando diminuir a passos largos, assim como eu mesma diminui a cada palavra dele.
Ainda hoje continuo pequena. E essa crônica não é história de escritora. É a história de uma pessoa que não enxerga mais a bondade humana, mesmo quando ela se apresenta vestida de bom velhinho. Shame on me.

Postado por Eliana Martins às 12:22  

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RJ: AEILIJ Solidária no Solar Literário

Nos meses de outubro e dezembro, as crianças do Solar Meninos de Luz, receberam as visitas dos autores: Sandra Ronca, Simone Alves Pedersen e Felipe Vellozo.






SP: A história de Heitor (10)

Capítulo X

Heitor caminhou a noite inteira, guiado apenas por seu instinto e pelos sentidos, com a enorme necessidade de encontrar comida. Mas o solo, que mais parecia um carvão, não mais guardava os odores de quem o povoara, fosse vegetal ou animal. Algumas sementes ainda brotariam, se os campos não fossem invadidos, mas isso ainda ia demorar.
Ele seguia sem um rumo certo, num território que não lhe pertencia, numa terra estranha e meio morta.  Mas o horror que lhe causara a cena dos lobos, naquela colina que levava à toca dos humanos, lhe dava forças para afastar-se cada vez mais daquela região.
 Heitor ainda custava a acreditar no que vira; aqueles belíssimos animais perto dos homens, quase comendo em suas mãos, sem nenhuma distinção mais dos outros bichos que tinham aquela linguagem estranha que ele já ouvira – au, au, au... auuuuul! – Aquilo era triste demais.
Quando estava quase amanhecendo, ele encontrou um ninho abandonado, que caíra de uma árvore, com dois ovinhos. Foi tudo que comeu. Ali mesmo deitou-se na sombra, encolheu-se e dormiu um pouco.
Heitor encontrou uma bela mata, com uma nascente de água limpa e fresca no meio de uma clareira. Finalmente havia caça abundante, água e frutos. Aproximou-se, subiu numa pedra e ficou esperando o melhor momento, escolhendo qual seria a sua presa. Depois de comer e beber, deitou-se e dormiu de novo. Mas, quando menos esperava, ouviu aqueles estalidos e aquele cheiro dos humanos que o perseguiram. Ele quis correr, mas dessa vez suas pernas não obedeciam; não conseguiria escapar, era seu fim.  Tudo ficou escuro como a noite fechada, ele deu alguns passos, perdeu o equilíbrio e começou a cair. Com o susto, abriu os olhos e viu que nada daquilo era real; estava delirando por causa da fraqueza ou talvez tivesse sido um sonho.
Ele não prosseguiu antes do fim da tarde, cada vez com menos forças.  Continuou como no dia anterior, com suas últimas forças. Depois de algum tempo encontrou uma poça de água, retida num tronco oco e comeu alguns insetos, mas era pouco para suas necessidades.
Heitor já não conseguia sustentar a marcha por muito tempo. Percorria certa distância, na direção que seu instinto indicava, mas logo parava, acreditando que não iria mais em frente.
Estava cochilando, numa dessas pausas, quando sentiu que estava sendo cheirado. Era outro lobo, logo percebeu. Abriu os olhos e viu um lindo lobo vermelho, parecido com Mercúrio.
Heitor encolheu-se, mas o outro logo disse:
– Perdido por aqui? – e continuou – Sou Cacá e vivo em terras vizinhas.
– Estou vagando, sem água e sem alimento – Heitor respondeu. Estou muito fraco, sem forças para continuar.
– Depois você me conta o que aconteceu. Parece mesmo que está muito fraco para caçar, mas se conseguir reunir um pouco, só um pouquinho mais de forças, eu o levo até uma lobeira perto daqui, carregada de frutos.
Ele conseguiu! Não era à toa que ele era um habitante do cerrado, um animal resistente. 

Nilza Azzi

Desenho  de Dener (E.E. Coronel Adolfo de Aguiar - Araxá - MG)

sábado, 1 de dezembro de 2012

RS: Sarau AEILIJ

Vai ser na próxima quarta-feira, dia 05, a partir das 18 horas, na sala Lili Inventa o Mundo, na Biblioteca Lucília Minssen - parceira da AEILIJ-Regional RS - o nosso Sarau de final de ano, encerrando as atividades de 2012.

A proposta é reunir associados e convidados - escritores e ilustradores - num momento descontraído de troca de experiências em LIJ.

Na ocasião, também se fará um balanço das realizações da associação em 2012 e a divulgação de projetos e atividades para 2013.

Associados, compareçam! Tragam seus convidados!

Postado por Jacira Fagundes

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NE: Escritora de Literatura Juvenil vence o Jabuti na categoria Livro do Ano


O 54º Prêmio Jabuti anunciou na noite desta quarta-feira (28/11), durante cerimônia realizada na Sala São Paulo, os vencedores das categorias mais aguardadas do setor literário brasileiro. Com o livro Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda, a jornalista Miriam Leitão recebeu o prêmio de Livro do Ano de Não Ficção. Já a autora Stella Maris Rezende foi contemplada com o Livro do Ano de Ficção pela obra A mocinha do Mercado Central.

O desfecho da cerimônia foi marcado por discursos emocionados das duas ganhadoras. "Eu estou transbordando de alegria", afirmou no palco Miriam Leitão, após ter seu nome anunciado pelo apresentador da noite, Carlos Tramontina. Já Stella Maris descreveu-se como "muito emocionada" e classificou a distinção como um momento "mágico".

Stella Maris comentou ainda o fato de ter competido contra si mesma na categoria juvenil: enquanto "A mocinha do mercado central" ficou em primeiro, seu "A guardiã dos segredos de família" terminou em segundo. "Me parece que é a primeira vez que ganha um juvenil [como livro do ano de ficção]", afirmou a autora, antes de lembrar que faz 33 anos que publicou sua primeira obra.

Com ilustrações de Laurent Cardon e apresentação escrita pelo ator Selton Mello, "A Mocinha do Mercado Central" retrata as transformações da jovem Maria Campos, que decide aventurar-se por diferentes experiências e, em cada uma delas, adota um novo nome cujo significado a ajuda a vencer os desafios.

Stella Maris já havia sido indicada ao Jabuti três vezes. Para a autora, o reconhecimento de uma obra juvenil abre espaço para que esse gênero da literatura juvenil seja mais apreciado pelos leitores e pela mídia. “É a juventude querendo se conhecer”, disse ela ao se referir ao crescente interesse dos jovens pela literatura.

Com informações dos sites:



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SP: Página do Ilustrador - Laerte Silvino

PÁGINA DO ILUSTRADOR - 26


Nesta edição apresentamos LAERTE SILVINO

Laerte Silvino nasceu em Recife, é ilustrador e quadrinista. 

Trabalhou em diversas empresas como ilustrador e hoje divide suas atividades entre seu estúdio e o jornal em que trabalha. Já publicou seus desenhos e quadrinhos em várias revistas nacionais, livros didáticos, de quadrinhos e de literatura infantil e juvenil. 


ILUSTRAR É PRECISO
Laerte Silvino

Ilustrar não é tarefa fácil, ao contrário do que muitos pensam. Conceber uma única imagem para tantas palavras é algo muito difícil. Tem que ter a precisão e a paciência de de um cirurgião para escolher a forma, a técnica, as cores, a síntese e a ideia certa e certeira para aquele texto. E a imagem tem que acrescentar alguma coisa ao texto, se não, para quê serviria a ilustração?

Por ser um trabalho por diversas vezes e por diversos motivos árduo, a gente de vez em quando pensa em desistir. Largar os pincéis, os lápis e o computador e se enfiar numa gravata, num escritório, bater ponto, ter horário normal. Mas, e aí, a vida não ficaria com menos cores? Como viveríamos sem nunca mais ver o olhar alegre de uma criança maravilhada por aquele livro que você ilustrou?

Uma vez que se tem essa sensação não há como voltar. Não há como desistir. Não há como querer gravatas, escritório, ponto e horário. Pelo contrário, você quer fazer mais desenhos, fazer mais livros, fazer mais crianças felizes.

Como disse Fernando Pessoa: "Viver não é necessário; o que é necessário é criar". Acrescento que criar também é uma forma de viver, por isso Ilustrar é preciso, é tão preciso.

CONHEÇA MAIS 
SOBRE O TRABALHO 
DE LAERTE SILVINO
PRÓXIMA EDIÇÃO: BRUNO GROSSI (BEGÊ)

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SOBRE A "PÁGINA DO ILUSTRADOR"
DO BLOG AEILIJ PAULISTA
Venho convidar os colegas ilustradores para participar da página do Ilustrador no blog AEILIJ Paulista.
Não é necessário ser de São Paulo, pode ser de qualquer Estado ou mesmo fora do Brasil; o importante é ser associado.
 
Covido também os coordenadores regionais a repassarem estas informações aos ilustradores para que todos tenham conhecimento deste canal.
Não há regra, você pode colocar um passo-a-passo ou falar um pouco sobre seu trabalho...
Abaixo vocês podem conhecer as outras edições:
6 - Danilo Marques
7 - Roney Bunn
9 - (que na verdade era para ser 8, rs) Cris Alhadeff
10 - Naomy Kuroda
11 - Anielizabeth
12 - Adriano Renzi
13 - Carla Pilla
14 - Mauricio Veneza
15 - Monika Papescu
16 - Isabela Donato
17 - Lucilia Alencastro
17 - (errei, era pra ser 18, mas como errei o 9, então ok, rs) Andrea Ebert
18 - Jô Oliveira

domingo, 25 de novembro de 2012

SP: A história de Heitor (9)

Capítulo IX

Estava no meio do descampado, debaixo de uma árvore baixa e retorcida, quando viu uma sombra que avançava lentamente em sua direção. Prestou um pouco mais de atenção e viu que não era uma sombra: Era Tinoco, naturalmente acompanhado da própria sombra. Heitor não sabia como seu amigo aguentava aqueles pelos tão compridos. O rabo, imaginava, era para que ele não se desequilibrasse e inclinasse todo para frente com aquele focinho tão comprido. Não teve ânimo para sair do lugar e esperou por Tinoco ali mesmo. O  tamanduá chegou bem perto e só então Heitor reparou em suas unhas enormes. Ficou feliz por serem amigos.
– E então, Heitor? O que faz aqui tão desanimado?
– Tive um encontro com os humanos. E o meu não foi dos bons; fugi de lá e não posso voltar. Concordo com você: aquele é um lugar muito perigoso. O pior, Tinoco, é que já procurei, mas aqui não há comida para mim. Estava esperando o começo da tarde para caminhar mais um pouco, procurar alguma coisa para comer. Há dois dias saio para caçar e nada encontro, nem caça, nem frutas; nem mesmo no rio acho alimento.
– Outros animais passam por aqui e eu fico sabendo das coisas. As notícias correm.
– Vou chamá-lo de Toró, posso? Cada vez mais acho que este novo nome lhe cai muito bem. E Tinoco ria todo contente. "Lembra" do toró que caiu quando nos conhecemos? Desde aquele dia não vejo a hora de nos encontrarmos, para falar sobre isso; aquela chuva foi seu batismo, Toró. – O que acha?
– É bonito, Tinoco, obrigado. Combina mais com um lobo do cerrado?
– Certamente, Toró. Soa muito bem.
– E será que vou me acostumar?
– Claro, Toró. Você ainda é novinho; terá muito tempo.
– Está bem! – disse – Talvez você tenha razão, mas tenho um assunto mais urgente para resolver e não sei como: Estou começando a ficar com muita fome.
– É sobre isso mesmo que eu ia falar, Toró. Alguns lobos, de passagem por aqui, contaram sobre um lugar onde os humanos – imagine – os humanos estão dando comida aos animais famintos por causa da destruição de seus territórios. É só caminhar na direção daquele cumaru enorme, dali siga sempre em frente até a Pedra do Tamanduá, – você vai reconhecer, porque é parecida comigo – logo se avista um campo e, bem longe, no fim desse campo, o lugar onde a comida está. É só comer.
– Sem precisar muito esforço?
– Isso mesmo. Sem precisar gastar tanta energia!
– Frutas ou bichos?
– Carne, respondeu, pondo a língua para fora. Pena que não haja frutas e algumas formigas.
– Obrigada, Tinoco. Vou procurar esse lugar, então.
– Por nada, Toró. Amigo é pra isso mesmo.
Heitor ergueu-se, espreguiçou e partiu na direção indicada. O cumaru era muito grande mesmo e passara bem pela queimada, por ser muito alto. Mas não havia uma sombra sequer dos bichos de poucas luas atrás, qualquer das espécies que vinham em busca de seus frutos, tanto do chão, como do ar. Porém, dava para perceber uma trilha no chão, rastros de outros animais que haviam passado por ali. Depois de caminhar um  bom tempo, um longo tempo para um lobo faminto, ele avistou a pedra. Com boa dose de imaginação ela podia parecer com um tamanduá.
– Que vaidoso! – pensou Heitor.
O campo era enorme e, de onde estava, Heitor não avistava nada, mas como tinha confiança no amigo, seguiu em frente. Andou e andou, e só ao cair da tarde avistou o lugar. Aqueles humanos eram diferentes dos que encontrara anteriormente; usavam umas peles compridas que o vento sacudia. Eram muito estranhos, mas não inspiravam medo; pareciam bondosos e amigáveis. Era um lugar bonito, com uma colina de pedra toda arrumadinha em pedaços iguais.
Heitor viu alguma coisa ser colocada no alto daquela colina; viu um lobo desconhecido subir, agarrar o alimento e sair correndo. Ouviu o barulho do osso que ele fora roer no escuro, depois viu mais um outro e mais outro. Sem conseguir resistir, iam buscar o alimento que lhes eram oferecidos, mas logo saíam nervosos e assustados, com o rabo entre as pernas. Ele também percebeu vários humanos parados lá em cima. Não eram ameaçadores; nada fizeram a não ser olhar. E um daqueles humanos trazia a comida e soltava uns sons estranhos, que seu instinto não percebia como ameaça, mas ainda assim entendia como perigo. O cheiro dos humanos não era familiar, nem agradável.
Heitor, um lobo-guará altivo, belo, já com quase um metro de altura, misterioso e selvagem, um verdadeiro filho do cerrado, não podia aceitar aquilo. A fome era muito grande, mas ele era garboso demais para sofrer aquela humilhação. Ele queria seguir seu instinto, procurar, de acordo com os seus sentidos, aquilo que a natureza pródiga do cerrado oferecia, fossem frutos, caça ou aqueles animais que encontrava no rio enquanto ainda era um lobo filhote. Decidido, virou-se e foi embora dali.

Nilza Azzi

Desenho de Bruna Carolina Lourenço
E.E. Coronel José Adolfo de Aguiar - Araxá - MG

Postado por Regina Sormani às 14:05  

RS: Lançamento de Cirandas de Villa-Lobos – Reinvenções no dia 26 de novembro

Cirandas - cantigas de roda, infantis, ingênuas e delicadas? Não na concepção de Villa-Lobos, que em sua série "Cirandas" transforma as cantilenas em peças musicais de forte apelo dramático. Em um trabalho pioneiro, reúnem-se a escritora Marô Barbieri, a artista plástica Clara Pechansky, e a pianista Olinda Allessandrini, que reinventam os "Cirandramas" criados por Villa-Lobos, mantendo o mesmo senso estético que norteou o compositor. O grupo lança, no StudioClio, o livro "Cirandas de Villa-Lobos - Reinvenções", peça inspirada no legado de Villa-Lobos e composta por ilustrações, minicontos e CD da obra musical.


Postado por Jacira Fagundes

SP: Conto & Encanto da Poesia - O trem e o rio

O trem e o rio

Por cima daquela ponte
Vai um trenzinho dizendo:
Vou correndo, vou correndo, vou correndo!

Debaixo daquela ponte
Passa um riozinho cantando:
Vou levando, vou levando, vou levando!

Afinal, pra que a pressa,
Que coisa, que força é essa,
Por que toda essa corrida?
O trem e o rio respondem:
É a vida, é a vida, é a vida!


Do livro REBENTA PIPOCA de Regina Sormani, editora Pioneira. Ilustrações de Marchi

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SP: Homenagem a Eva Furnari

Queridos amigos:

Aconteceu, dia 21 de novembro, às 19,30 hs, na Casa das Rosas, a homenagem prestada pela AEILIJ paulista à ilustradora Eva Furnari.
Parabéns aos organizadores do evento, aos associados, e à homenageada.
Um beijo,
Regina Sormani







segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RJ: A escritora Naná Martins lança o livro Pedzeré

A escritora Naná Martins lança o livro Pedzeré, Linhas e Cores. O livro é ilustrado por Maurício Negro e editado pela FTD.

O lançamento acontecerá no dia 18/11, às 16 horas, na Livraria da Travessa de Ipanema.


Postado por AEILIJ - RIO DE JANEIRO às 10:53  

Um comentário:

Naná Martins21 de novembro de 2012 05:16
Mil beijocas e obrigada pelo carinho! A festa foi bonita!
Naná Martins

domingo, 11 de novembro de 2012

RJ: Paixão de Ler

Segunda-feira, dia 12 de novembro, estaremos levando ao Centro de Artes Calouste Gulbenkian mais um dicussões AEILIJ, tendo como Tema O diálogo da Narrativa Visual com o texto.

Mediação: Sandra Ronca. Provocadores : Thais Linhares e Marcelo Pimentel .

Segue o convite: