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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PE: Nova Associada: Patrícia Vasconcellos

PATRÍCIA VASCONCELLOS

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sempre adorei livros, livrarias, bibliotecas. Meus pais foram grandes contadores de histórias. Quando me tornei mãe colocava meus filhos para dormir com histórias, de boca ou dos livros, e esse era um ritual mágico. Até que um dia resolvi compartilhar com outras crianças as que inventava para eles. Os livros foram surgindo, resolvi criar uma editora (a Caleidoscópio), fui publicando, e, de repente, percebi-me escritora. Um encantamento no meu viver. 

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Comecei com o "Trocando de lugar", ilustrado por Camila Cahú,  que conta a história de um passarinho que queria conhecer o fundo do mar e de um peixe que queria conhecer o céu; surge uma fadinha e vivem uma grande aventura.
"O rei poderoso", ilustrado por Eduardo Souza e Gabriela Araujo, conta a história de um rei muito ocupado, sempre resolvendo os problemas do seu reino e deixando de lado o que realmente importava para ele; esse vem acompanhado de um CD com audiodescrição, numa parceria com Liliana Tavares.
"Mala quadrada, cabeça quadrada" é o primeiro livro ilustrado que publicamos, uma história narrada por três autores: o texto é meu, as ilustrações são de Eduardo Souza, a diagramação é de Gabriela Araujo; projeto gráfico de Eduardo e Gabriela. Esse é o meu preferido no momento.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Continuar escrevendo para crianças, publicando livros para crianças do mundo inteiro. No início de novembro teremos a publicação da coletânea de 19 escritoras brasileiras, Com os pés na terra, com ilustrações de Roberta Asse, numa intervenção linda de fotografia e desenho. Vamos lançá-lo no Mulherio das Letras, no Guarujá, Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris, Bruxelas, Recife e tantos outros cantos onde as autoras desejarem. E isso me deixa muito feliz por ver a literatura infantil brasileira se espalhando pelo mundo. Também estou reorganizando 14 histórias minhas em um único volume, numa edição mais retrô, capa dura, com possibilidades de tradução para o espanhol e o inglês. E estamos ajudando outras autoras a publicarem suas narrativas, com qualidade no objeto livro, inclusive na Eslovênia, com ilustrações em xilogravura. A Caleidoscópio tem um selo cartonera, a Maracajá Cartonera, e promovemos publicações (tenho um livro cartonera com capa de xilogravura do mestre J. Borges), oficinas de encadernação, emponderando grupos que ficam à margem para que a literatura seja encarada como um direito humano. Realizamos, anualmente, a Festa da Palavra, entre árvores, pássaros, na zona rural de Lagoa dos Gatos (PE), evento que foi selecionado para o Prêmio IPL-2017.  Para arrematar, o lançamento de uma Revista e a participação em festas e eventos literários (vamos fazer nossa primeira participação em Óbidos (Portugal), na FOLIO, e seguiremos para contações e lançamentos em livrarias que promovem a literatura da língua portuguesa.
Ufa!

Mais informações em 

Foto: Roberto Arrais

sexta-feira, 4 de maio de 2018

BA: Novo associado: Tom S. Figueiredo

TOM S. FIGUEIREDO

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
As histórias em quadrinhos estão lá no meu começo com a LIJ. Inicialmente como leitor, depois como roteirista profissional, integrando a equipe de Antonio Cedraz, o criador da Turma do Xaxado, com quem escrevi centenas de tiras, histórias em quadrinhos e livros ilustrados. De lá para cá, minha relação com o universo infantojuvenil se expandiu para outros veículos além do Livro, como o Teatro, o Cinema e a Televisão, sempre tendo em mente a ideia de escrever respeitando a inteligência da criança. Em 2017, finalmente lancei meu primeiro romance, “Bem-vinda assombração”.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
O romance “Bem-vinda assombração” (2017), a minissérie em quadrinhos “Em terras americanas” (2015) e o livro ilustrado “A Moça-gorila e o Engolidor de Elefantes” (2013).
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Escrever as sequências de “Bem-vinda assombração”, mais dois romances que estão na fila e traduzir alguns desses. Ver a série de TV infantojuvenil que estou desenvolvendo com recursos da ANCINE produzida e exibida na TV brasileira e concluir o percurso do meu roteiro de longa-metragem “Pedro e a cobra-de-fogo” no mercado internacional.

Mais informações em www.assombrada.com.

Foto: Luciana Leitão

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

NE: Literatura é liberdade, principalmente para as crianças

Por Ivani Cardoso 




A literatura infantil e juvenil brasileira está em expansão. Do ponto de vista do mercado, há um amadurecimento proporcionado pelos programas do governo de incentivo à leitura e pela compra de livros infantis e juvenis, que acabou se refletindo no aumento da produção de LIJ, na sua visibilidade nas feiras internacionais, em traduções para outros idiomas (ainda que tímidas), e na vinda de agentes literários para os eventos de literatura no Brasil. Essa a é a opinião de Cláudia Ribeiro Mesquita, gerente editorial de literatura infantil e juvenil das Edições SM. Para ela, a literatura para crianças e jovens deve ser tratada sem preconceitos, com a liberdade que a arte demanda: “na literatura cabem todos os tipos de personagens e enredo, todos os temas, todos os registros de linguagem que sirvam à realização do projeto narrativo do autor. Isso vale para todas as idades”, analisa.

Você acha que há temas proibidos no universo infantil?

Não. As crianças não são ingênuas e estão constantemente expostas a toda sorte de acontecimento. Mas exposição não implica necessariamente assimilação, então acho que há formas de abordar os assuntos, sejam eles delicados, polêmicos ou rotineiros. A literatura, como as outras artes, tende a expressar sua época, as questões sociais, econômicas, de costumes. Com a literatura infantil não é diferente. O que importa não é o tema, mas como ele é desenvolvido literariamente. Também é preciso levar em conta o contexto de discussão. A literatura de qualidade, além oferecer ao leitor fruição estética, propicia o desenvolvimento de seu senso crítico e o contato com universos subjetivos e culturais diversos, passando longe de soluções didáticas, pedagógicas. Ela também dá ao adolescente e à criança a possibilidade de sairem deles mesmos, de se conhecerem pela identificação ou oposição à trama e/ou personagens, sem juízo de valor, maniqueísmo, estereótipo.

Temas mais delicados para o universo infantil devem ser tratados com mais cuidado?

Sim. Justamente porque a sociedade e seus valores sempre, ainda que de modo indireto, ou mesmo pela negação, penetram no âmbito da literatura e afetam o modo de perceber, sentir, pensar e dizer as coisas. Então me parece normal que questões que estejam afloradas na esfera sociocultural ressurjam em forma de literatura. Na literatura cabem todos os tipos de personagens e enredo, todos os temas, todos os registros de linguagem que sirvam à realização do projeto narrativo do autor. O preconceito na literatura infantil deve ser tratado sem viés pedagógico, sem panfletagem. De preferência com a liberdade que a arte demanda. Isso vale para todas as idades.

Quais são os temas mais comuns ao universo infantil?

Assuntos polêmicos têm se revelado uma tendência de mercado, especialmente os ligados à sexualidade. Ainda há pouca literatura no Brasil para crianças e jovens que contemplem relações de gênero, homoafetividade e novos padrões de identidade, por exemplo. Essas questões ainda permanecem como tabu, não estão suficientemente amadurecidas pela sociedade, mas houve um avanço, a diversidade está em discussão e existe concretamente para quem quiser ver. Ainda que timidamente, esses temas têm sido incorporados à literatura infantil e juvenil.

Como encara a questão da moral na literatura infantil e juvenil?

Cabe à criança construir seu padrão moral a partir do próprio repertório, do seu entorno, dos valores familiares, de seus contextos social, econômico e cultural, do que constitui sua identidade. Literatura é liberdade, apesar da literatura infantil e juvenil ter nascido comprometida com um projeto moralizante, educador, do qual ela vem se desvencilhando pouco a pouco.

Como os pais podem incentivar o hábito da leitura?

Oferecer contato com o livro, com narrativas variadas de modo geral (não só textual, mas orais, imagéticas). Desmistificar a literatura e tirá-la do pedestal. O gosto pela leitura é uma construção diária de intimidade, prazer, conhecimento, que acontece no longo prazo e sem obrigações.

As crianças atualmente convivem muito com as novas tecnologias. Como despertar o interesse pelo livro impresso?

Computadores, celulares e redes sociais são apenas outros suportes (o papel é um) que devem ser integrados ao dia-a-dia das crianças e dos adolescentes, como possibilidade de enriquecimento. Hoje é muito fácil encontrar o título e o resumo de um livro na Internet, por exemplo. Isso é ótimo. A questão é suscitar no leitor em formação o desejo de aprofundar-se nesta leitura. O principal desafio é descobrir como usar as novas tecnologias a favor da leitura. Um dos caminhos pode ser o de explorar os variados perfis de leitor e de leitura, tendo em vista as plataformas disponíveis (e-book, smartphone, tablet, computador, audiobook e o papel).

Como a senhora avalia a aceitação da literatura infantil e juvenil brasileira no exterior?

A literatura infantil e juvenil no Brasil tem qualidade reconhecida internacionalmente, temos autores premiados e publicados em outros países como Lygia Bojunga, Ana Maria Machado, Tatiana Belinky, Marina Colasanti, Ricardo Azevedo, Ziraldo e, mais recentemente, Nelson Cruz, Roger Mello, nomes totalmente ligados à literatura infantil e juvenil desde os anos 1980, só para citar alguns. Hoje a literatura infantil e juvenil brasileira está em alta. Acho que há dois fatores no âmbito da criatividade que contribuem para este movimento: o engajamento de escritores da chamada literatura adulta que passaram a valorizar a LIJ e, portanto, a se dedicar a ela; e o envolvimento de quadrinistas, desenhistas e artistas plásticos que se somaram aos ilustradores clássicos de LIJ. Isso, entre outros fatores, enriqueceu muito a qualidade da LIJ no Brasil.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

NE: Filig estreia site com novidades sobre o festival internacional de literatura infantil

O site oficial do Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns, o Filig, estreou nessa quinta-feira (18) repleto de novidades sobre o universo dos livros para as crianças. O internauta vai encontrar na página (www.filigfestival.com.br) a programação do evento, perfis dos autores convidados e resenhas de obras, além de informações sobre a cidade que sediará o Filig. Antes e durante o festival, que acontece de 9 a 12 de outubro, o público também poderá conferir as novidades pelo Facebook, Twitter  e Instagram (@filigfestival).

O site apresenta o primeiro festival internacional de literatura infantil realizado no Nordeste, com expectativa de reunir cerca de seis mil pessoas no Agreste pernambucano. O espaço mostra a programação do evento, ainda com novidades a serem divulgadas. Biografias e entrevistas com os autores convidados para o evento também estão disponíveis. Além disso, uma parte especial da página é dedicada às notícias sobre o festival. O site tem ainda uma seção dedicada às resenhas de livros coordenada pelo curador do Filig, o escritor Antonio Nunes, o Tonton. Neste espaço, são apresentados títulos úteis para quem se interessa pela literatura voltada às crianças, servindo como ponto de partida ou aprofundamento no tema, ou como dicas de leitura.

Para quem vai a Garanhuns participar do Filig, a página traz informações sobre os principais pontos turísticos da cidade, com destaque para o Parque Ruber Van der Linden, conhecido como Pau Pombo, onde serão realizadas várias atividades: apresentações culturais, rodas de leitura, feira de livros, bate-papos e leitura numa biblioteca montada para o evento. Opções de hospedagem no município e como chegar a ele, distante 230 quilômetros do Recife, também estão no site.

NE: Caruaru ganha festival literário



No período de hoje (22) até o próximo sábado (dia 27/09), uma série de atividades voltadas à formação de leitores terá lugar em diversas escolas e espaços públicos da cidade de Caruaru, agreste pernambucano, a cerca de 130 km do Recife. A programação e os autores participantes, assim como todas as informações referentes ao evento podem ser obtidas em www.carulit.com.br. Dentre os destaques, o cartunista e ilustrador Ziraldo, criador do simpático Aru, mascote do evento. Vale a pena conferir!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

NE: Carta Aberta aos presidenciáveis e demais candidatos a cargos eletivos

Em 2008/2009 o Ministério da Cultura apresentou um projeto de revisão da Lei de Direito Autoral. Diversos pontos do projeto causaram grande polêmica entre os criadores, pois legalizavam a cópia integral das obras, sem a necessidade de pagamento ou autorização dos criadores. Mediante o protesto geral de muitos segmentos envolvidos direta ou indiretamente, foram feitas consultas públicas através de seminários em todo o país, dando voz a representantes das cadeias criativas, produtivas e distribuidoras dos bens culturais. O projeto sofreu várias revisões, mas nunca foi levado a público o novo teor do texto final. Com as mudanças no ministério, o projeto ficou parado, mas, no calor das campanhas eleitorais, o assuntou voltou à pauta. Sendo assim, a AEILIJ decidiu tornar pública essa Carta Aberta aos presidenciáveis e demais candidatos a cargos eletivos, questionando suas propostas e opiniões sobre o assunto.

OS ESCRITORES E ILUSTRADORES DE LITERATURA PARA CRIANÇAS E JOVENS E AS ELEIÇÕES

A AEILIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil) representa centenas de autores por todo o Brasil. Somos uma entidade atuante nas feiras do mercado editorial e em inúmeros programas de incentivo à leitura de Literatura, além de atividades beneficentes e solidárias. Nós, autores de Literatura Infantil e Juvenil, dividimos nosso tempo entre o trabalho de criação de nossos livros e o de percorrer colégios e eventos culturais para incentivar crianças e jovens à leitura, não apenas de nossos livros em particular, mas da Literatura como um todo. E fazemos isso, com frequência, voluntária e gratuitamente. Nossa remuneração é extraída dos percentuais que ganhamos sobre as vendas dos livros, que nunca ultrapassam os 10% do preço de venda. São nossos Direitos Autorais garantidos por lei. São o que nos confere subsistência em troca de um trabalho árduo de criação e de difusão da Literatura em espaços culturais.

Em passado recente, por iniciativa de órgãos públicos e privados, nós, autores, nos sentimos extremamente apreensivos e ameaçados pelas propostas de revisão da Lei de Direito Autoral, que limitariam a possibilidade de dispormos de nossa produção, dando direito a outros de copiarem livremente nossos livros sem necessidade de licença ou pagamento. Sob o conceito vago de “papel social da arte”, nosso país ameaçou andar na contramão de sociedades mais dinâmicas, fato que desencorajaria e limitaria a produção de conhecimento e, principalmente, de Literatura, de forma livre e democrática.
Agora, no calor das eleições, a AEILIJ vem convidar os candidatos aos mais altos cargos executivos e legislativos do Brasil a aprofundar a questão acima e a trazer a público suas propostas com relação ao assunto.

A leitura no Brasil assiste a um momento generoso, em que jovens acorrem espontaneamente a eventos, como a recente Bienal do Livro de São Paulo, e se apresentam como leitores em diversos momentos de nossa vida social. Isso é efeito, entre outros fatores, do trabalho de décadas desses autores, que tanto se empenharam em aproximar a Literatura dos leitores, principalmente crianças e jovens. Acreditamos que a Literatura é um bem humano, que aprimora o espírito e a mente, bem como estimula a fraternidade entre as pessoas e a consciência crítica e cidadã de cada um.

Sem autores não há Literatura. A Literatura desapareceria. Ao atentarem contra a possibilidade de os autores tirarem sua subsistência de seu trabalho, privando-os de seus direitos autorais e confiscando suas obras, essas ações matarão a Literatura Brasileira.

Acreditamos também que uma eleição não deve se resumir ao denuncismo histérico, mas ao confronto de propostas, de projetos, de visões do Brasil.

É por isso que a ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORES E ILUSTRADORES DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL pede a seus filiados, aos autores de Literatura de modo geral, e ao público que vê a importância da Literatura em nossas vidas e em nossa sociedade que privilegiem com seu voto os candidatos que apresentarem projetos claros, explícitos em relação à garantia da integridade dos direitos dos autores – os Direitos Autorais -, que se comprometam de fato com a democratização e a disseminação da Literatura bem como de todas as atividades culturais.

Pedimos também a todos os que concordarem com esta carta aberta que a compartilhem, disseminem, divulguem e defendam.

AEILIJ

quinta-feira, 31 de julho de 2014

NE: Pernambuco recebe Festival Internacional de Literatura Infantil


Em coletivas de imprensa realizadas ontem, simultaneamente em Garanhuns e no Recife, foi formalmente anunciado o I FILIG - Festival Internacional de Literatura Infantil de Garanhuns, que terá lugar nesta bela cidade pernambucana, conhecida como a cidade das flores, distando cerca de 220 km da capital.

O festival, sob a produção da Proa Cultural - marketing e projetos, conta com o apoio da Prefeitura da Cidade de Garanhuns, bem como da Secretaria de Educação Municipal e do SESC, conta com o patrocínio da Ferreira Costa - home center, cujas origens remontam a 130 anos passados nesta mesma cidade.

O evento, que será realizado no período de 9 a 12/10 deste ano, terá, ainda, uma série de atividades paralelas que se iniciam já na próxima 2a feira, dia 04/08, contando com Oficinas de formação de mediadores de leitura e de Gestores de bibliotecas comunitárias. Em outubro, os dias serão repletos de atividades com autores pernambucanos, nacionais e internacionais.

Serão homenageados todos os criadores nacionais da literatura infantil e juvenil (LIJ), em especial neste ano em que a AEILIJ completa 15 anos de fundação. Para comemorar a data, durante o FILIG 2014 haverá uma bela exposição contando a história dessa organização que congrega criadores de textos e imagens dedicados ao público infantil. Em breve, será disponibilizado site do evento contendo dicas sobre a cidade, como chegar (é fácil), onde se hospedar, tudo para facilitar a sua participação.

Para maiores informações sobre o município, sua geografia, história, cultura e tantos outros aspectos, sugerimos acessar aqui. E para noticias veiculadas pela mídia sobre o evento: Diário de Pernambuco, O grito! (NE10), Jornal do Commercio.

Sejam todos bem-vindos a este belo evento. Aguardamos todos vocês em Garanhuns, de 9 a 12/10.

Afinal, foi tudo planejado com muito carinho e dedicação.

Cordial abraço e até lá, Tonton (curador do FILIG 2014).

terça-feira, 27 de maio de 2014

NE: Convocação para Assembleia Geral Ordinária da AEILIJ



Conforme publicado no jornal O Dia, do dia 22/05/2014, página 05, Caderno Classificados (seção Negócios - Avisos), está convocada a Assembleia Geral Ordinária da AEILIJ, conforme edital de convocação abaixo:

CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA AEILIJ

A Presidência da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil  - AEILIJ, inscrita no CNPJ/MF sob nº 03.374.569/0001-05, no uso de suas atribuições legais e estatutárias,  CONVOCA, todos os seus associados para  participarem da Assembleia Geral Ordinária que se realizará no dia 31 de maio de 2014, em primeira convocação às 17h30min com a presença de no mínimo 1/3 (um terço) do número total de associados até esta data. E, em segunda e última convocação às 18h, com qualquer número de associados que acontecerá no 16o Salão FNLIJ no Centro de Convenções Sul América  com a finalidade de tratar acerca das mudanças necessárias para atualização/modificação do estatuto da associação com vistas à sua modernização, onde será discutida e deliberada a seguinte ordem do dia:
I – Reratificação da Diretoria eleita; II - Posse da Diretoria eleita; III - Alteração do endereço da Associação; IV - alterações do estatuto; VI - Revisão dos pré-requisitos para se associar; VII - Funções dos Representantes Regionais; VIII - Isenção da anuidade para quem faz parte da Diretoria; IX - Valor da anuidade; X – Assuntos gerais.

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2014.
Sandra Pina (Presidente) e Anielizabeth Bezerra Cruz (Vice-Presidente) - Presidência AEILIJ - 2013-2015

AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil
Rio De Janeiro, RJ 20000-000
Brazil

segunda-feira, 21 de abril de 2014

NE: Tem um escritor em minha escola


De malas prontas, levando comigo uma alegria imensa de retomar o contato com os pequenos leitores e as escolas desta terra que adotei e que me adotou... No bolso esquerdo, bem do lado do coração, segue comigo o meu companheiro fiel... um "dedal", cheio de histórias para contar. O nome dele? Dédalo, para soltar a imaginação e voar solto na amplidão.

terça-feira, 15 de abril de 2014

NE: Roger Mello fala ao Correio Criança


NE: Roger Mello, ilustrador brasileiro, recebe o Prêmio Andersen (o "Nobel" da LIJ)


Com muita honra e satisfação, reproduzimos a maravilhosa notícia de que o ilustrador brasileiro, Roger Mello, foi anunciado como o vencedor do Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Prêmio Nobel da Literatura Infantil, na categoria ilustração. Ele é o primeiro candidato latino-americano a vencer nessa categoria.

Para detalhes, deixamos os links para notícias veiculadas nas seguintes mídias:

Jornais O Globo e Zero Hora

Revista Crescer

Jornal Público (Portugal)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

NE: Ilustra Recife - vale a pena conferir!



O Museu Murillo La Greca inaugura na próxima quinta-feira, dia 09/01/2014, às 19h a primeira edição da mostra coletiva Ilustra Recife. A exposição apresenta de forma didática o processo e espaço criativo de diversos ilustradores de cidade, expondo fotografias dos ateliês, rascunhos, esboços e desenhos, assim como o produto final no qual o desenho, pintura, colagem foram aplicados. A exposição é uma ação coletiva, elaborada de forma experimental por toda a equipe do Museu Murillo La Greca, envolvendo a participação de toda a equipe do educativo, coordenação e demais funcionários. Contando também com a participação de João Lin na curadoria. A exposição conta com a participação dos seguintes artistas: Anabella Lopez, Bárbara Melo, Beto França, Camilo Maia, Eduardo Santos, Fernanda Simionato, Laerte Silvino, Liz França, Márcio Vieira, Rosinha, Simone Mendes, Valeria Rey Soto e Hassan Santos. Podemos acompanhar desde a ilustração de Livros didáticos, como é o caso da obra de Murillo La Greca referente ao arcabuzamento de Frei Caneca que ilustra diversos livros que narram a história de Pernambuco, como as xilogravuras de Rosinha, as colagens de Barbara Melo e as aquarelas de Simone Mendes, entre tantas outras formas de expressão. A programação da mostra, que perdurará até o dia 30 de março/14, contará também com mesas e debates acerca de temáticas relativas à ilustração desde seu espaço mercadológico, sobre suas diversas possibilidades de produção, até paradoxos como ilustração manual x digital. Para esses debates serão convidados tanto os ilustradores da mostra quanto profissionais envolvidos neste universo. 

Duração: 09/01/2014 à 30/03/2014. 
Horário de funcionamento: de terça à sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. 
Maiores informações: educativommlg@gmail.com / murillolagreca@gmail.com 
Pelos fones: (81) 3355-3126 | 3127 | 3129

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

NE: A magia tem de continuar...


Com os votos de todos os que fazem a AEILIJ, uma entidade de criadores de textos e imagens, de sonhos transformados em realidade e com a magia da força da colaboração entre iguais, desejamos a todos os que apreciam a literatura infantil e juvenil, de autores nacionais e de todos os recantos desse mundão, um 2014 repleto de encantamentos e de muitas alegrias.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

NE: Para Ana Maria Machado e seus muitos encantamentos...


No último sábado, dia 16/11, tivemos a felicidade de ouvir, bem de pertinho, Ana Maria machado falar às crianças (de muitas gerações)  presentes à Fliporto Criança. Na pauta, não podia faltar, é claro, a "Menina bonita de laço de fita". Ela nos contou como surgiu a inspiração para o livro. E eis quando me preparava para redigir uma nota para este blog, me chega via Face Book, o link para o vídeo sobre o livro exibido pela TV Futura. Como dizem, para as coisas boas acontecerem, o mundo conspira a nosso favor...

Agradeço a gentileza da querida Anna Cláudia Ramos, pela mediação da mesa junto à Ana Maria Machado que, com muita paciência, autografou todos os livros de sua autoria disponíveis na Casa do Livro Infantil e da Leitura de Olinda (CLILO). E olha que não são poucos...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

NE: Para conhecer um pouco mais da AEILIJ



AEILIJ reúne autores e ilustradores de infantis e juvenis

Por Ivani Cardoso

Com mais de 400 associados de vários estados brasileiros, a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil, desde 1998, representa profissionais dessa área. Na presidência está Sandra Pina, escritora, jornalista e tradutora. Ela explica que a associação nasceu da necessidade de reunir profissionais que, pela natureza de seu ofício, trabalham muito isolados. “A ideia, desde o início, foi a troca de experiência e informação”, comenta. A entidade não tem uma sede física, mas o endereço oficial para correspondências é no Rio de Janeiro, cidade onde se encontra a maior parte da diretoria atual. Nas últimas décadas aumentou muito o número de ilustradores em atividade e muitos publicam no Exterior, da mesma forma que ilustradores estrangeiros têm sido contratados por editoras brasileiras. Entre as dificuldades encontradas pelos associados, Sandra destaca a falta de interesse para a Literatura Infantil e Juvenil no Brasil: “muito pouco da produção é encontrada nas livrarias ou resenhada pelos veículos de comunicação: “de modo geral, as livrarias vendem os best-sellers importados ou os chamados livros-brinquedo. Nada contra, mas ainda falta muito para o livro fazer, realmente, parte da infância brasileira. Afinal, quantos pais, avós, tios optam por comprar livros para suas crianças?” 

sábado, 12 de outubro de 2013

NE: Plano Nacional do Livro e Leitura deve virar lei‏

Câmara dos Deputados - 04/10/13 

O brasileiro lê, em média, quatro livros por ano – menos da metade do que é lido, por exemplo, em Portugal, onde a média é de 8,5 livros por ano. O dado é apontado na pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em março deste ano e revela um decréscimo do número de livros lidos pela população, que em 2007 era de 4,7 livros por ano. Para debater a importância de políticas públicas que incentivem a leitura e democratizem o acesso ao livro, as comissões de Educação e de Cultura realizaram uma audiência pública nesta terça-feira (1), na Câmara dos Deputados.  

O debate apontou para a necessidade de transformar em lei o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), desenvolvido pelos ministérios da Cultura (MinC) e Educação (MEC) desde 2006. Para tanto, a coordenadora da Frente Parlamentar Mista do Livro e Leitura e idealizadora da audiência, deputada Fátima Bezerra (PT/RN), lançou manifesto durante o encontro para que o Executivo envie ao Congresso um projeto de lei (PL) sobre o assunto. A ideia é colher assinaturas até o fim do mês, quando a parlamentar entregará o documento à ministra da Cultura, Marta Suplicy. 

“Demos mais um passo para fomentar, institucionalizar e fortalecer uma política pública que considero estratégica. É fundamental que o acesso ao livro seja encarado como política de Estado. Vamos fazer andar o projeto sobre o fundo setorial do livro, leitura e literatura; vamos cobrar do governo o envio dos projetos que institui o PNLL como lei, e que cria o Instituto Nacional do Livro, da Leitura e da Literatura”, enfatizou Fátima Bezerra. 

Para o secretário executivo do PNLL, José Castilho, além de tornar o plano uma política de Estado, é esse tripé que fará a diferença para a democratização do acesso ao livro e fortalecimento da leitura. Segundo ele, não há divergências em relação à necessidade de tornar o Brasil um País de leitores, mas reforçou que, ao mesmo tempo, a inexistência de políticas públicas fragiliza as iniciativas. “Não podemos ficar à mercê das mudanças de governo. O Estado funciona com marcos legais e investimentos. E essa lei vai balizar o restante das nossas necessidades. O projeto está pronto e acredito que muito em breve deve chegar ao Congresso Nacional.” 

Fabiano dos Santos, diretor do Livro, Leitura e Literatura do MinC, reforçou a importância da institucionalização do plano. Segundo ele, até agora o que se construiu foi uma política de livro, não de leitura, “e esta precisa avançar”. 

“Talvez seja a hora de termos o PAC da formação das pessoas”, destacou o deputado José Stédile (PSB/RS), em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desenvolvido pelo governo federal desde o governo Lula. Stédile reforçou a falta de interesse de prefeituras em investir em bibliotecas, diminuindo o acesso à leitura da população que não tem recurso para adquirir livros. 

Boas práticas  

Em contrapartida, várias experiências independentes de incentivo à leitura são realizadas Brasil afora e duas delas foram apresentadas durante o debate. São bibliotecas comunitárias implantadas em escolas pelo Instituto Ecofuturo e as oficinas e rodas de leitura promovidas pela organização Vaga Lume em comunidades tradicionais e rurais na Amazônia Legal. 

Mas trabalhos independentes, muitas vezes, encontram barreiras. A falta de metodologia para avaliar os resultados obtidos nas oficinas e rodas de leitura da Vaga Lume, por exemplo, tem sido um obstáculo para o avanço do trabalho. A historiadora Sylvia Guimarães, uma das idealizadoras do projeto, aproveitou o debate para pedir aos parlamentares e aos membros do Executivo que olhem para essas iniciativas e pensem, por exemplo, editais e políticas que contemplem quem tem know how. Também sugeriu à academia que faça parcerias com essas instituições para que pesquisas sobre resultados obtidos, por exemplo, possam ser realizadas. 

Patrícia Lacerda, do Instituto C&A, uma das parceiras das escolas comunitárias do Instituto Ecofuturo, lembrou que se tem pouco tempo até a próxima eleição e que é preciso agilidade na formulação e aprovação dessa lei que trone livro e leitura política de Estado. 

Levar esse debate para a ponta também foi uma demanda apresentada. Ruivo Lopes, integrante da Rede de Saraus da Periferia, de São Paulo, destacou que o PNLL pode salvar vidas nas periferias das cidades. “Com o acesso à leitura, a gente pode mudar o futuro dos jovens da periferia, a gente pode mudar a cara do mapa da violência desse País”, disse. 

in: http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=4643

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

NE: A voz dos autores

Reproduzimos abaixo, a entrevista de Sandra Pina, presidente da AEILIJ, ao Blog da Editora DCL.


Para acessarem o texto original, cliquem aqui.


Por Paula Thomaz

A premissa é perfeita para aquela que um dia seria escritora: ela nasceu em uma família que adorava histórias após as refeições, os mais velhos contavam causos da infância, das crianças e de tudo o que se podia imaginar. Sua mãe lia livros e revistas em quadrinhos todas as tardes para ela e suas irmãs. Ela cresceu, virou jornalista, publicitária e há pouco mais de 10 anos, aventurou-se na escrita de suas próprias histórias. Essa é Sandra Pina que, passada uma década de carreira como escritora, eis que ela se torna representante maior dos escritores e ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Na última eleição da Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, ocorrida no mês de junho, ela foi escolhida a presidente da AEILIJ.


Nesta entrevista a autora de mais de 25 livros, entre eles, “Um barco, um avião, uma bolha de sabão”, “E assim surgiu o Maracanã”, publicados pela DCL, fala sobre sua visão do mercado editorial, das questões que envolvem a produção de LIJ, os desafios de sua gestão e que pretende ser “porta-voz de um grande grupo na defesa da profissionalização do nosso ofício. Daqui a dois anos, quando a gestão acabar, os associados da AEILIJ poderão dizer se cumprimos ou não o papel que nos foi designado”. Leia a íntegra:

Editora DCL – Sandra, qual o panorama do mercado editorial especificamente falando deLIJ?
Sandra Pina (SP– Acho que sempre vale lembrar que o mercado editorial de LIJ no Brasil é bastante peculiar. Ao contrário de outros países, onde a livraria é um foco importante, por aqui a produção editorial está mais voltada para a escola. Os grandes compradores dos livros de LIJ são as escolas e o governo (federal, estadual e municipal). O que nos leva a uma situação meio “antagônica”, quero dizer, se, por um lado temos compradores “fieis” e “constantes” (as escolas continuam a usar nossos livros nos currículos, e o governo, em suas diversas instâncias, continua a lançar editais para abastecer bibliotecas e programas de leitura, por outro, não há um investimento em pontos de venda. Qualquer um que chegue numa livraria hoje, encontrará livros coloridos (os chamados livros brinquedo) expostos e, com um pouco de sorte, livros de autores brasileiros espalhados pelas prateleiras, mas não verá nenhum tipo de estratégia de marketing que “convide” o público a conhecer esse ou aquele livro, por exemplo (é claro, salvo no caso dos best sellers que já chegam em terras brasileiras na esteira da fama internacional). Em suma, alguns autores de LIJ podem até ser bem conhecidos dentro do âmbito escolar, mas não conseguem fazer o “crossover” para um público maior, ou mesmo para o público que frequenta livraria.
Sei que existem diversas “questões” envolvendo a exposição de um produto no ponto de venda e, mais que isso, sei que se questiona o hábito do brasileiro de frequentar a livraria. Mas isso também me leva a pensar: se o público não vai até o livro, por que o livro não pode ir até o público? Por que os marketeiros de plantão não constroem uma estratégia que leve o livro infantil a outros pontos de vendas, por exemplo? Por que o mercado editorial de LIJ não pode se expandir até a loja de brinquedos? ou até a banca de jornais? ou ao supermercado? ou à lojinha de conveniência? Acho que sempre vale a pena lembrar o “case” daquele chinelinho tão famoso, né?


DCL – O que representa para você estar à frente da AEILIJ atualmente?
SP – A AEILIJ é uma instituição que vem crescendo lenta e consistentemente ao longo dos seus 14 anos de existência. Pessoalmente, acredito na força na união e, a meu ver, esse é um dos pontos fortes da AEILIJ. Autores da palavra e da imagem trabalham de forma muito isolada e a associação é um espaço onde podem trocar experiências, discutir angústias profissionais, buscar soluções para questões delicadas de mercado, etc. Por outro lado, é também um lugar onde os autores podem ir além, participando de ações solidárias, por exemplo, como as coleções de livros acessíveis que fizemos em parceria com a Fundação Dorina Nowill ou os encontros com leitores na ong Meninos de Luz, aqui no Rio de Janeiro. Enfim, para mim, estar à frente da AEILIJ é uma oportunidade de dar continuidade a esse trabalho, esse sonho, iniciado por um pequeno grupo de meia dúzia há 14 anos, e que hoje congrega mais de 400 autores espalhados pelo Brasil todo.





DCL – O que representará para os autores e ilustradores associados a sua gestão?
SP – Essa é uma boa questão. Acho que só poderá ser completamente respondida depois que a gestão acabar. Mas eu e a Anielizabeth, nossa vice-presidente, não temos a pretensão de descobrir a pólvora ou operar algum milagre. O que queremos é ser representates dos nossos associados nas questões que forem levantadas; porta-voz de um grande grupo na defesa da profissionalização do nosso ofício. Daqui a dois anos, quando a gestão acabar, os associados da AEILIJ poderão dizer se cumprimos ou não o papel que nos foi designado.



DCL – Dá para incluir anseios seus, de escritora, na sua gestão?
SP – Procuro deixar bem separados esses meus dois lados, o de escritora (da minha carreira pessoal) e o de presidente da AEILIJ, embora, eu só esteja ocupando o cargo porque sou uma escritora, e porque tenho uma carreira pessoal, né? Mas existem os anseios profissionais que não estão ligados diretamente ao lado criativo e à carreira (edição de livros, vendas, etc.). Falo de reconhecimento profissional, de sermos (nós, criadores de livros para crianças de jovens) repeitados com relação às nossas criações de texto e de imagens, nas questões contratuais, nas prestações de contas de DAs,  nos convites (muitas vezes absurdos) que recebemos, etc. Creio que esses “anseios” têm sido prioridade em todas as gestões que passaram pela AEILIJ, e seguramente, continuarão sendo prioridade em nossa gestão.


DCL – Qual a receita do sucesso de um livro de LIJ? Ele precisa ter finalidade moral e pedagógica necessariamente?
SP – Ops! Acho que todos os autores de LIJ tentam, de alguma forma, descobrir essa receita! (risos) Mas não acredito na “finalidade moral e pedagógica”, acredito no encantamento. Um leitor percebe quando uma história é escrita para “ensinar” alguma coisa, independente da idade que tenha. Nós adultos achamos que as melhores histórias são aquelas que nos fazem pensar, que nos levam a questionar, a querer mais, não é mesmo? Acho que isso vale também para o leitor criança/adolescente. Se existir uma “moral” ou “pedagogia” na história, que ela seja percebida naturalmente pelo leitor e não esteja “descaradamente” explícita no texto ou na ilustração. Para ensinar existem os livros didáticos. A literatura é para provocar sentidos, questionamentos, ideias, para mexer com o leitor, tirá-lo de sua zona de conforto, independente de ser através do drama, do riso, da fantasia, da poesia, etc.


DCL – Há algum tempo a LIJ era relegada à um papel menor no mercado editorial. Qual o lugar da LIJ no mercado hoje? Ela já alcançou sua maturidade literária e ganhou seu devido lugar na cultura do brasileiro?
SP – Infelizmente ainda há pessoas (inclusive na academia) que ainda pensam a LIJ como uma “literatura menor”, mas essa visão está mudando, mesmo que lentamente. Todos esses programas de incentivo à leitura espalhados pelo país estão mostrando que, se queremos adultos mais conscientes e esclarecidos, essa formação passa pela LIJ, uma vez que é com ela que a criança tem seu primeiro contato com a literatura.
Por outro lado, os números mostram que a LIJ representa atualmente uma importante fatia do mercado editorial brasileiro hoje. Diversas editoras começaram a investir mais seriamente no segmento, por exemplo.
A LIJ brasileira é (e falo isso sem a menor sombra de dúvida) de altíssima qualidade literária. É claro que existem livros com mais qualidade que outros, como em qualquer lugar do mundo ou em qualquer segmento literário, mas, no geral, nossa LIJ não fica devendo a ninguém. Nossos autores de texto estão cada vez mais maduros e criando histórias cada vez melhores, e nossos autores de imagem, em sua maioria, vem alcançando padrão internacional, buscando qualificação técnica, desenvolvendo pesquisas, etc. Acho que ainda temos uma boa estrada a trilhar para alcançar nosso devido lugar e respeito na cultura brasileira, mas creio que estamos no caminho certo.

DCL – Contudo, ainda há desafios para Literatura Infantil e Juvenil? Quais?
SP – Desafios sempre há, e sempre haverá. Além dos desafios individuais de criação, da angústia da folha em branco (risos), há um desafio em especial que vem se colocando à frente dos criadores de LIJ nos dias atuais, que é o tão falado “politicamente correto”. Temos visto nossos textos e imagens sendo “alterados” em nome do politicamente correto; expressões idiomáticas, palavras, imagens são questionadas. Então o desafio que se coloca é o de contornar essa questão. É como se, por escrevermos para crianças e jovens, nossas histórias tivessem que acontecer em “mundos, cenários e com personagens ideais”, sem “defeitos”. Porém, se a literatura tem um papel questionador na sociedade, qual o objetivo de mostrar um mundo perfeito? O que nos faz pensar, o que mexe com os sentidos do ser humano são as imperfeições, não é mesmo? São aquelas situações que nos incomodam, né? Creio que mostrar um “mundo perfeito” na LIJ, seria como criar um bebê numa redoma de vidro, sem deixá-lo criar anti-corpos naturais para combater as bactérias que irão atacá-lo ao longo de sua vida.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

NE: 15o Salão Anual da FNLIJ (de 5 a 16/06/2013)



Foi aberto ontem, e segue até o próximo dia 16 deste mês, o 15o Salão Anual da FNLIJ. Maior evento nacional dedicado exclusivamente à literatura infanil e juvenil, conta com a participação de inúmeras editoras, sendo importante oportunidade para se conhecer o que de melhor e de mais recente se publica na área, razão pela qual, neste evento, são realizados diversos lançamentos, contando com a participação de escritores e ilustradores de todo o país (com grande participação de associados da AEILIJ). Além de discussões para a cadeia produtiva, há espaço para a cadeia criativa, bem como para pais, educadores e, claro, para o público infantojuvenil, destinatário principal do evento. Vale a pena conferir!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

NE: Talento pernambucano: André Neves receberá o Troféu Monteiro Lobato


O escritor e ilustrador pernambucano André Neves foi o vencedor da edição 2013 do Troféu Monteiro Lobato de Literatura Infantil, promovido anualmente pela revista Crescer.


Nesta mesma edição, são apresentados os 30 melhores livros de LIJ do ano de 2013 na escolha dos jurados da Revista Crescer. A relação completa desta lista pode ser acessada aqui.

Vale a pena conferir as duas matérias.