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segunda-feira, 17 de junho de 2019

SP: Nova Associada: Edith Chacon

EDITH CHACON

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Desde sempre a LIJ esteve presente em minha vida. Primeiro pela minha mãe embalando-me com as cantigas de ninar, depois pelo meu pai que contava e inventava histórias sempre, sempre... Momentos de encantamento e afeto. Foi ele que, sem saber, me mostrou a Poesia da vida e das palavras. Aos 9 anos, Monteiro Lobato invadiu minha vida e a boneca Emília se fez mediadora. Não tinha papas na língua. Tudo que ela dizia e fazia era tudo que eu queria ser e fazer. E assim, como a personagem de Clarice, minha felicidade clandestina levou-me à biblioteca escolar, a leituras e mais leituras e, como já dava aulas para minhas bonecas, o desejo de ser professora aumentou. Fiz faculdade de letras na PUC/SP porque queria levar a magia e a polissemia das palavras para que meus alunos se encantassem com a literatura literária. Não queria alunos passivos, quietos, com medo de enfrentar o desafio da língua portuguesa e da vida. A professora e escritora portuguesa Isabel Alçada comenta que “Ninguém consegue tornar-se atleta se for para os estádios observar provas desportivas ou se dedicar à consulta de obras sobre a sua modalidade preferida. [...]”, ou seja, se se treina para ser um bom atleta, por que não para ser um bom leitor e escritor?
Sim, meus alunos foram protagonistas, autores/produtores de coletâneas de textos escritos e ilustrados por eles. Muita leitura, muita discussão, muita fantasia, muito trabalho e respeito com a língua portuguesa. Transformar as aulas em oficinas fazia parte dessa empreitada. Desarrumar a sala, ir para o pátio, dar uma volta no quarteirão. Sentir os cheiros. Ouvir o silêncio e os ruídos. Tocar no outro, treinar o olhar e os cinco sentidos. Criar um ambiente afetivo e propício para que os alunos se sentissem desafiados, pudessem provocar e se sentir provocados. Para que se perguntassem. Para que fossem tocados pelo texto de alguma forma. Para que, repito, não fossem passivos diante do mundo. Para que pudessem sonhar e viver diferentes aventuras embarcados nas tramas das benditas, malditas e inquietantes personagens dos livros. Para que gostassem de ler e de escrever, sem medo do que pudessem sentir. E, assim, a escritora também foi desabrochando. Fui desengavetando meus escritos, lendo para meus filhos, para meus alunos – primeiros críticos literários, depois para amigos e o “Simplesmente Ler”, meu primeiro livro de poesias, foi publicado, em 2011, pela Editora Callis.
Um de meus maiores prazeres é estar com meus leitores em escolas, bibliotecas, feiras literárias, eventos como a FLIP e outros. É só me chamar que eu vou!

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Era uma vez outra vez, ilustrado pela Priscilla Ballarin, publicado por Edições Barbatana (2017) é um convite à brincadeira. Livro-jogo, cujas folhas são soltas e dobradas em forma de sanfona. Cada lado da folha corresponde a uma estrofe do poema
A Coleção “Vamos brincar de rimar” da Editora Biruta é composta por três livros ilustrados pela Fran Junqueira, Farra no quintal (2018), Festança e A galinha xadrezinha bota ovo pintadinho (2019). Além de fazerem um jogo com as rimas, terminam com uma pergunta e convidam o leitor para dar continuidade à brincadeira.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Meus planos são ler e escrever cada vez mais e mais para meu prazer e para poder compartilhar com meus leitores essa magia que a literatura nos proporciona e nos traz tanto sentido à vida.
Ainda tenho muitos rascunhos de livros para serem concluídos e outros que estão em fase de publicação. No prelo, estão o livro infanto-juvenil Somos o que somos, mas nem sempre,
ilustrado por Fernando Pires, pela Editora Leitura & Arte; o livro Bichobrinca – em versos e cartas, que também contém jogos, ilustrado pela Carla Caruso (Editora Estrela Cultural) e (Des)apontado, ilustrado pela Priscilla Ballarin (Editora Amelì).

Mais informações em 
https://www.facebook.com/edith.chacontheodoro

Foto: Eloisa Mangussi Franchi Dutra, da Biblioteca Itinerante Território Vivo

terça-feira, 11 de junho de 2019

PR: Nova Associada: Ross Mary Capriotti Strano Vieira

ROSS MARY CAPRIOTTI STRANO VIEIRA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
A paixão pelos livros, pela leitura e pela escrita me acompanha desde a infância. Ainda na escola ganhei meu primeiro concurso escrevendo uma redação sobre Monteiro Lobato cujo prêmio foi um exemplar do livro Reinações de Narizinho. Que incentivo para continuar!
Mais tarde, quando ainda quase uma menina, fui trabalhar numa escola de educação infantil, essa relação amorosa se expandiu no contato com as crianças e as com as diversas formas que uma história pode assumir. Vivíamos diferentes personagens, criávamos mundos imaginários e assim nos nutríamos das palavras e dos símbolos da cultura.  Inventávamos histórias e poesias.
Novos caminhos se abriram e de professora passei a autora de material didático para crianças, o que estreitou ainda mais minha relação com a literatura infantil pois essa atividade demanda contato permanente com as produções literárias destinadas à essa faixa etária.
Foi somente em 2015, cursando a pós-graduação em Literatura infantil e contação de histórias na Fatum que resolvi publicar o primeiro livro. E não foi apenas um, já de estreia lançamos dois volumes de uma coleção destinada a crianças bem pequenas. Dessa experiência surgiu o convite para ministrar o módulo Leitura para bebês na pós-graduação. Assim, não por acaso, estou cada vez mais mergulhada nesse mundo maravilhoso da literatura infantil.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Abraço, editora InVerso, faz parte de uma coleção chamada Primeiro Olhar, escrita em coautoria com Eliziane Nicolao e ilustrado por Karen Basso. O livro conta a história do abraço que Leonardo ganhou de seu pediatra e que lhe ensinou um aspecto importante da vida. Qual é o alcance de um ato de amor?
Escola, editora InVerso, também faz parte da coleção Primeiro Olhar e fala da delicada e sensível experiência pela qual passam as crianças pequenas em seu primeiro dia na escola. Dona Filó, a ursa, prepara tudo com muito carinho para receber seus alunos. Será que os filhotes vão gostar?

O presente de Alice escrevi sozinha. As ilustrações são de Vanessa Martinelli e também saiu pela editora InVerso. O livro conta a história de Alice que ao fazer aniversário recebe muitos abraços e presentes, entre eles um especial. Com ele sua festa se transforma num alegre desfile de personagens queridos e conhecidos de muitas gerações. Essa é uma história que nunca acaba porque ao final do livro cada criança pode criar sua própria versão da festa, num jogo de letras e personagens que alimenta o protagonismo infantil e amplia a experiência literária.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
A infância me encanta e desafia. Acredito na inteligência das crianças, na potência da infância e no poder das histórias, por isso quero continuar escrevendo para elas. Seja uma proposta de vivência a ser realizada na instituição de educação infantil, seja uma história que apresente à criança mundos possíveis e lhe permita descobrir quem é, quem quer ser e sobretudo quem ela pode ser, colaborando assim para o pleno exercício do direito que toda criança tem de ser um sujeito de linguagem. 

Ross Mary Capriotti Strano Vieira é autora e editora de materiais didáticos e professora do módulo Leitura para bebês na pós-graduação. Licenciada em Letras Inglês pela UFPR e Pedagogia pelo Centro Universitário Claretiano, Pós-graduada em Informática na educação, pelo IBPEX, Educação Infantil e alfabetização, pela UTPR e Literatura Infantil e contação de história, pela Fatum.

Mais informações em 
https://www.facebook.com/rossmary.vieira

Foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

RJ: Nova Associada: Cristina Pezel

CRISTINA PEZEL

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Iniciei minha carreira literária em 2013, escrevendo vários contos e poesias que foram premiados e publicados em antologias de concursos literários por todo o Brasil, como Prêmio Cataratas, Prêmio SESC de Poesias Carlos Drummond de Andrade – Distrito Federal, Primeiro Prêmio Miró de Literatura de Florianópolis, Prêmio Barriguda / Concurso Literário de Contos – FEMUP Paranavaí, dentre outros. Em 2016 meu original "O Mistério da Trave" foi selecionado para publicação pela editora Bambolê (2017), e meu livro de fantasia juvenil O MUNDO DE QUATUORIAN foi publicado pela editora Mundo Uno (2017 e 2018). Desde então tenho participado de vários eventos em bibliotecas, escolas, ou feiras literárias e eventos como GGRF e CCXP.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
O MISTÉRIO DA TRAVE: O pai de Diego coleciona moedas desde menino, mas o filho não tem interesse em dividir seu hobby. Contudo, Diego terá outra chance de conhecer a história desses pequenos metais, pois a trave do campinho de futebol é um portal que o transportará para o passado, no ano de 1994, onde conhecerá seu pai ainda garoto. Esse encontro inusitado fará com que Diego passe a enxergar o pai com mais admiração. Quando está prestes a voltar para casa, nova confusão o leva para o ano de 1974.
O MUNDO DE QUATUORIAN 1 - Uma revelação ocorrida há mil cento e onze anos pode ser a chave para impedir a deflagração do destino de Quatuorian. O segredo está guardado num templo deste mundo fantástico até um momento futuro em que a profecia anuncia o retorno do Imperador milenar.
O MUNDO DE QUATUORIAN 2 - Um Império é tomado por meios escusos. Todas as províncias e vilarejos sofrem com a decadência de Quatuorian e as vis mudanças implementadas pelo dominador.

A situação em Quatuorian torna-se ainda mais difícil com ataques de criaturas sombrias evocadas por um poder maligno. Algo maior está por acontecer, e somente Julenis, Teriva, Vinich poderão impedir esse destino, com a ajuda do Imperador lendário que precisa ser trazido ao tempo presente. Reviravoltas e surpresas aguardam o leitor no desfecho desta aventura original  repleta de ação e magia: um universo rico e profundo que convida a mergulhar e viver no fantástico Mundo de Quatuorian.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Tem mais uma fantasia juvenil em revisão, com perspectiva de publicação em 2019 ou 2020, e duas Graphic Novels para o público juvenil e adulto, também na temática fantástica. Depois disso, pretendo retomar O MUNDO DE QUATUORIAN para mais uma história nesse mundo, com alguns dos personagens da história anterior.

Mais informações em 
www.cristinapezel.com.br

Foto: Arquivo pessoal

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

SC: Nova Associada: Neida Rocha

NEIDA ROCHA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Minha carreira literária iniciou em 1981, quando, morando em Blumenau/SC, mandei para o Jornal Correio do Povo de Porto Alegre/RS, o poema “Páscoa” em homenagem ao meu irmão falecido, aos 20 anos na Páscoa de 1973. Aos 45, casada e com dois filhos, retornei aos estudos para fazer Letras, pois queria conhecer a parte teórica do que eu fazia (escrevia). Durante o estágio, percebi que os alunos levavam muito peso em suas mochilas escolares e foi quando surgiu a ideia do primeiro livro infantil “Danilo, sua Mochila e seus Amigos”. Concluí a Graduação de Letras Português/Inglês aos 50 anos e a Especialização com 53 anos. Sou uma escritora eclética, mas estou me aperfeiçoando na Literatura Infantil, pois temos que ter ações que incentivem a leitura de forma lúdica.


2) Três livros seus para quem não te conhece.
1) “DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS” narra a história de um menino de 11 anos que ao dirigir-se para a escola, cai e vive uma aventura com seu material escolar: Dr. Rabisco (lapiseira), Pintadinhos (lápis de cor), Borralheira (borracha) e outros.
Esse livro, além de tratar da questão do peso da mochila escolar, faz uma analogia com a nossa bagagem emocional e os sentimentos desnecessários que carregamos em nosso coração.
Também tem em e-book (Português/Espanhol, Português/Inglês e Português/Alemão).
Nas visitas que faço em escolas e grupos, levo o boneco Danilo (1,70cm) para alegrar as crianças e adultos.
2) “PLANTANDO COM AMOR” narra a história de uma planta que vive na janela de um apartamento. A família se muda, esquece o vaso para trás e a menina depois volta para buscá-la.
Esse livro trata de nossas dificuldades em aceitar as mudanças em nossas vidas e a resistência em sair de nossa zona de conforto, pois mesmo não gostando da situação, nos acostumamos com ela.
3) “SONHOS DE UM VAGA-LUME” narra a história de um vaga-lume que se apaixona por uma lâmpada pisca-pisca de Natal.
Esse livro apresenta uma analogia com nossa vida, quando colocamos o foco nas coisas que dão resultados diferentes do que imaginamos e nos esquecemos de apreciar as coisas boas que estão a nossa frente. Também tem a versão “SONHOS DE UM VAGA-LUME” para colorir.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Bem, estou com 65 anos e em cinco anos estarei com 70. Meu plano, em primeiro lugar, é continuar com saúde e com a mesma energia que tenho hoje.
Sou aquariana e movida a projetos. Criei com a amiga e escritora Andréa Gustmann, a Câmara Literária de Pomerode – CliP Mulher. Atualmente estamos trabalhando em quatro coletâneas em nível nacional e a Antologia “Fantasias”, de Literatura Infantil.
Faço contação de histórias e oficinas literárias.
Tenho muitos projetos de livros para publicar, entre eles, a saga do menino Danilo que se vê em outras situações, sendo cada aventura um livro. Estou na fase final de um romance que será publicado na forma de uma “dobradinha” com minha autobiografia: “Animus/Anima – a Dualidade do Ser”.

Mais informações em 
http://www.neidarocha.com.br/

Foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

SC: Nova associada: Elizabeth Fontes

ELIZABETH FONTES

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sempre fui apaixonada pelos livros e pela leitura. Pelas crianças, também. Meu trabalho com literatura infantil juvenil começou pela música, pois fui educadora musical por muitos anos. Neste convívio com as crianças nas aulas de musicalização, era comum eu também ler e contar histórias para introduzir os conceitos musicais, ou mesmo, utilizar canções e sonoplastias para enriquecer o contexto literário. Foi assim que comecei a ser “escritora e compositora”, escrever poesias infantis que depois eram musicadas e viravam canções que cantávamos em nossas aulas. Da inspiração literária do “Sítio do Pica Pau Amarelo” de Monteiro Lobato à inspiração musical da “Arca de Noé” de Vinícius de Moraes, este exercício de escrever poemas que viravam músicas para crianças me acompanhou desde sempre. Livros, poesias, histórias e canções também fizeram parte da minha vida familiar e anos depois, com a chegada das minhas filhas, no exercício prazeroso de ser mãe, de ler e cantar para elas. Durante muitos anos fui colecionando textos e canções numa gaveta. Fiz poesia e música para as filhas, para as sobrinhas e um monte mais, para outras crianças. Para bichos, flores, festas e gentes...  Só muito tempo depois, as meninas já estavam adultas, é que nasceram os primeiros contos infantis e juvenis, nos livros que foram publicados em 2013 e 2014.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Quando morei na Colômbia, entre 2008 e 2013, trabalhei como voluntária em projetos sociais de uma ONG Brasileira em Bogotá, chamada Fundação Aquarela, que assiste crianças portadoras de câncer ou em risco social. Do trabalho que realizei como arte terapeuta, surgiu meu primeiro livro para as crianças, o “História de uma Aquarela”. O livro bilíngue, português-espanhol, foi publicado em Bogotá em 2013 pela Editora Panamericana. O texto fala sobre as mudanças que acontecem na vida das pessoas e como elas se sentem ao ter que deixar seu país de origem e ir para outros lugares. Traz o tema da adaptação a uma nova cultura, o como lidar com os sentimentos de perda e a questão do trabalho humanitário como meio de envolvimento social para a superação da saudade. O livro, todo feito em aquarelas, foi ilustrado por Malu Rodrigues.
Em 2014, de volta ao Brasil, publiquei “Sobre os Jardins” (Editora Univille), texto poético sobre a vida e os valores humanos, baseado na metáfora dos elementos de um jardim. O livro, também ilustrado por Malu Rodrigues, traz a riqueza de conteúdos filosóficos que as crianças podem experimentar em contato com as flores, plantas, pedras, insetos, num convite à contemplação e ao diálogo entre imagens e palavras. Borboletas conduzem o fio da leitura. Paciência e perseverança são algumas das sabedorias a serem redescobertas nesta prática de observar profundamente, mais que com os olhos de ver, com os olhos de sentir.  O livro teve sua segunda edição atualizada em 2018.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Muitos! Quero continuar mergulhada no universo infantil juvenil. Escrever contos, compor músicas e poesias para as crianças. Cantar e contar histórias. Ler muito e aprender mais. No próximo ano pretendo publicar meu livro de poesias e canções infantis, que está em fase de ilustração. Quero continuar meu projeto de compor trilhas sonoras para livros infantis e lançar o “Sarauzinho para crianças”, projeto literário de contação de historias, poesia e músicas interpretadas por crianças. Nos próximos anos, além de publicar livros de literatura infantil juvenil, pretendo participar de concursos. Quero ainda gravar um CD com músicas infantis de minha autoria e publicar um livro de partituras.

Mais informações em 
https://www.facebook.com/beth.fontes1 
https://www.aletradarte.com/post-unico/2018/05/03/Artistas-de-Joinville

Foto: Gustavo de Francisco

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PE: Nova Associada: Patrícia Vasconcellos

PATRÍCIA VASCONCELLOS

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sempre adorei livros, livrarias, bibliotecas. Meus pais foram grandes contadores de histórias. Quando me tornei mãe colocava meus filhos para dormir com histórias, de boca ou dos livros, e esse era um ritual mágico. Até que um dia resolvi compartilhar com outras crianças as que inventava para eles. Os livros foram surgindo, resolvi criar uma editora (a Caleidoscópio), fui publicando, e, de repente, percebi-me escritora. Um encantamento no meu viver. 

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Comecei com o "Trocando de lugar", ilustrado por Camila Cahú,  que conta a história de um passarinho que queria conhecer o fundo do mar e de um peixe que queria conhecer o céu; surge uma fadinha e vivem uma grande aventura.
"O rei poderoso", ilustrado por Eduardo Souza e Gabriela Araujo, conta a história de um rei muito ocupado, sempre resolvendo os problemas do seu reino e deixando de lado o que realmente importava para ele; esse vem acompanhado de um CD com audiodescrição, numa parceria com Liliana Tavares.
"Mala quadrada, cabeça quadrada" é o primeiro livro ilustrado que publicamos, uma história narrada por três autores: o texto é meu, as ilustrações são de Eduardo Souza, a diagramação é de Gabriela Araujo; projeto gráfico de Eduardo e Gabriela. Esse é o meu preferido no momento.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Continuar escrevendo para crianças, publicando livros para crianças do mundo inteiro. No início de novembro teremos a publicação da coletânea de 19 escritoras brasileiras, Com os pés na terra, com ilustrações de Roberta Asse, numa intervenção linda de fotografia e desenho. Vamos lançá-lo no Mulherio das Letras, no Guarujá, Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris, Bruxelas, Recife e tantos outros cantos onde as autoras desejarem. E isso me deixa muito feliz por ver a literatura infantil brasileira se espalhando pelo mundo. Também estou reorganizando 14 histórias minhas em um único volume, numa edição mais retrô, capa dura, com possibilidades de tradução para o espanhol e o inglês. E estamos ajudando outras autoras a publicarem suas narrativas, com qualidade no objeto livro, inclusive na Eslovênia, com ilustrações em xilogravura. A Caleidoscópio tem um selo cartonera, a Maracajá Cartonera, e promovemos publicações (tenho um livro cartonera com capa de xilogravura do mestre J. Borges), oficinas de encadernação, emponderando grupos que ficam à margem para que a literatura seja encarada como um direito humano. Realizamos, anualmente, a Festa da Palavra, entre árvores, pássaros, na zona rural de Lagoa dos Gatos (PE), evento que foi selecionado para o Prêmio IPL-2017.  Para arrematar, o lançamento de uma Revista e a participação em festas e eventos literários (vamos fazer nossa primeira participação em Óbidos (Portugal), na FOLIO, e seguiremos para contações e lançamentos em livrarias que promovem a literatura da língua portuguesa.
Ufa!

Mais informações em 

Foto: Roberto Arrais

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

PR: Nova associada: Marcia Paganini Cavéquia

MARCIA PAGANINI CAVÉQUIA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Produzo livros didáticos de língua portuguesa para crianças e jovens há 25 anos. Esse trabalho me “obrigou”, de maneira maravilhosa, a ler tudo o que existe de literatura infantil e infantojuvenil. Nos didáticos, escrevia, ocasionalmente, textos literários autorais (contos, recontos, poemas, cartas literárias...) e fui descobrindo meu estilo e me apaixonando cada vez mais pela escrita literária. O trabalho com os didáticos é muito árduo e toma muito do tempo do autor, inclusive tempo de vida pessoal. Por isso, apesar de muitos originais e ideias guardadas, em relação à literatura, viabilizar as obras sempre ficava para depois. Nos últimos três anos, tomei a decisão de batalhar para finalizar meus originais e publicá-los. 

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Em 2016, lancei um e-book, Histórias bem-contadas (Madrepérola), em coautoria com Ricardo Dalai. Fizemos todo o projeto, com a colaboração de uma ilustradora (Cassia Naomi) e de um designer gráfico (Erick Lopes), pois todos nós queríamos aprender a fazer e-book do começo ao fim, assim como dominamos todo o processo dos didáticos e do livro impresso de modo geral. Também queríamos ver como seria a receptividade do público diante do livro digital. No momento, estamos fazendo uma nova edição dessa obra para lançá-la de forma impressa. Além dessa obra, acabo de lançar o livro ABC das coisas boas (Bambolê). Foi uma parceria incrível que fiz com a ilustradora Carla Pilla. Nessa obra, texto e imagem se complementam. Tenho trabalhado também com a edição de livros de literatura de outros autores para ajustá-los às exigências dos editais do PNLD literário. Esse trabalho é maravilhoso, muito produtivo, uma constante aprendizagem.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Tenho outros três originais que estão em produção para serem lançados ainda esse ano ou no começo do próximo e, como disse, há muitos projetos para serem concretizados. Nos próximos cinco anos, pretendo formar um catálogo com uma quantidade relevante de títulos, primando sempre pela qualidade do texto e do projeto gráfico-editorial. Alguns de meus novos projetos são em parceira com outros autores. Também desejo investir em epub, áudio-livro e material audiovisual para complementar os livros. Minha formação é de autora e editora então minha cabeça não funciona apenas no original de autor. Não consigo pensar somente no texto, nas no design também. Por isso, prefiro as parcerias com editoras que me deem autonomia para sugerir ou opinar quanto ao projeto gráfico-editorial.  E, é claro, pretendo continuar o trabalho com os didáticos. Penso em produzir uma coleção de livros de educação literária para o Fundamental I e outra para o Fundamental II. Formar leitores deve ser um compromisso de todos nós, escritores, ilustradores, editores, professores...

Mais informações em 

Foto: Arquivo pessoal

quinta-feira, 26 de julho de 2018

RJ: Nova Associada: Cynthia Magnani

CYNTHIA MAGNANI

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Escrever sempre foi minha paixão, por isso escolhi o jornalismo como profissão. Aos 12 anos escrevi meu primeiro livro de poesias, mas nunca cheguei a publicá-lo. Com o nascimento da minha filha em 2017, nos EUA, decidi que escreveria para ela em português, para aguçar seu interesse pela leitura e manter seus laços com a cultura brasileira dos seus pais. 

2) Três livros seus para quem não te conhece.
“Um Novo Lar” (ABC Multicultural) é o primeiro livro lançado da série “As Aventuras do Gato Tico”. Os dois próximos livros já estão em fase de produção, em português e inglês, e deverão ser lançados este ano, 2017.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Lançar mais títulos em português e inglês, ajudando a divulgar a cultura brasileira nos EUA e dando suporte para pais brasileiros de filhos nascidos no exterior que querem alfabetizar suas crianças também em português. Estes são os objetivos do projeto “Brazilian Tales”, que lancei em 2018. 

Mais informações em 

Foto: Vander Zulu

sexta-feira, 4 de maio de 2018

BA: Novo associado: Tom S. Figueiredo

TOM S. FIGUEIREDO

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
As histórias em quadrinhos estão lá no meu começo com a LIJ. Inicialmente como leitor, depois como roteirista profissional, integrando a equipe de Antonio Cedraz, o criador da Turma do Xaxado, com quem escrevi centenas de tiras, histórias em quadrinhos e livros ilustrados. De lá para cá, minha relação com o universo infantojuvenil se expandiu para outros veículos além do Livro, como o Teatro, o Cinema e a Televisão, sempre tendo em mente a ideia de escrever respeitando a inteligência da criança. Em 2017, finalmente lancei meu primeiro romance, “Bem-vinda assombração”.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
O romance “Bem-vinda assombração” (2017), a minissérie em quadrinhos “Em terras americanas” (2015) e o livro ilustrado “A Moça-gorila e o Engolidor de Elefantes” (2013).
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Escrever as sequências de “Bem-vinda assombração”, mais dois romances que estão na fila e traduzir alguns desses. Ver a série de TV infantojuvenil que estou desenvolvendo com recursos da ANCINE produzida e exibida na TV brasileira e concluir o percurso do meu roteiro de longa-metragem “Pedro e a cobra-de-fogo” no mercado internacional.

Mais informações em www.assombrada.com.

Foto: Luciana Leitão

domingo, 8 de abril de 2018

SP: Nova associada: Fabiana Gutierrez

FABIANA GUTIERREZ

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sempre gostei muito de ler e escrever mas não imaginava que um dia poderia me tornar escritora. Através do trabalho que desenvolvemos em Carlotas, passei a escrever diversos contos e perfis de personagens e, a partir daí, pensar em histórias mais extensas. Clara nasceu em 2015 mas ficou na gaveta por dois anos até encontrarmos uma editora que entendesse a proposta e a abrangência que os personagens de Carlotas têm. Clara Cabelo Laranja é o primeiro e já tenho outros prontos para lançar.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
"Clara Cabelo Laranja" (Cria Editora) é o primeiro que lancei em dezembro de 2017.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Quero lançar diversos outros livros que ajudem nas reflexões sobre Diversidade, Respeito e Empatia, que é a missão de Carlotas. Trazer a literatura como parte dessa conversa é importante, não apenas para ajudar a ampliar o diálogo sobre esses temas, mas para reforçar a importância da educação na transformação social do país. 

Mais informações em 

Foto: Anne Kaiser

quarta-feira, 21 de março de 2018

RJ: Nova associada: Agláia Tavares

AGLÁIA TAVARES

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sou jornalista e trabalho como tal no IBGE há 16 anos. Como tenho filhos, conheci de perto a literatura infantil desde que meus gêmeos (hoje com 9 anos) estavam na barriga. Lia desde que eram bebês no ventre. E sempre li, depois que nasceram. Até que comecei do nada a escrever e me lancei no mundo dos escritores. Hoje tenho um livro lançado em 15 de dezembro de 2017 e outro no forno, prestes a ser lançado, agora em abril.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Só tenho um lançado: "Bela e o menino manchado" (Inverso). O outro será "O vovô da Lalá", sobre depressão.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Continuar no IBGE, onde também escrevo, e continuar lançando livros. Tenho 12 originais já escritos e prontos para serem publicados. 


Mais informações em 


Foto: Arquivo pessoal

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SP: Novo associado: João Paulo Hergesel

JOÃO PAULO HERGESEL

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Sou um curioso nato. Gosto muito de experimentar. E foi experimentando romances juvenis durante a adolescência que senti algo despertando em mim: era a necessidade de dialogar com pessoas da minha idade. Conforme fui ficando mais velho, veio a vontade de falar com os que eram mais novos. E assim me tornei um adulto que passa mais tempo no universo infantojuvenil do que naquele em que a sociedade espera que eu viva.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
O primeiro certamente é Anilina, ziguezague e Désirée (Editora Patuá, 2011), que foi o meu marco inicial. Trata-se de uma antologia de contos juvenis que reúne desde histórias de ficção realista (o garoto que odeia o próprio nome; a garota que se apaixona pela própria sombra; o rapaz que desconhece a cor dos próprios olhos) a realismo mágico (o mimeógrafo com depressão; o gato que preside uma empresa; a personagem que sai do livro para brigar com o autor).
O segundo é Um gato caolho do rabo comprido (Jogo de Palavras, 2013), com seis contos infantojuvenis que ganharam prêmio pelo conjunto. São releituras de contos de fadas clássicos narradas pela visão caolha de um gato de rua: um patinho lindo que faz de tudo para conquistar sua grande paixão; três cachinhos dourados que precisam se livrar de um urso malvado; carros alegóricos de soldadinho e bailarina que querem desfilar juntos no carnaval; dentre outros episódios.
O terceiro é a minha obra mais recente, Como calar a boca de um dragão (Jogo de Palavras, 2017). Premiada no Concurso Monteiro Lobato de Contos Infantis em 2012, é a história de uma princesa adolescente que se aborrece com os resmungos do dragão que mora nos fundos do palácio e tenta encontrar uma forma de acabar com isso. Publicar essa obra foi tarefa difícil: precisei fazer edições em ilustrações de domínio público, com traço a lápis, em preto e branco – foi o caminho encontrado para viabilizar uma publicação independente sem que o preço final do produto ficasse inacessível.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Estou com um livro em editoração, Criaturas de Linguagem (Fragmentos, 2017?), e organizando uma antologia com outros cinco escritores paulistas de até 25 anos de idade, O parque (Jogo de Palavras, 2017?). Também segue em andamento o projeto Garoto com Gato, patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, que resultará em um romance juvenil inédito, ainda sem título definido. Tenho me arriscado também na produção de roteiros, tendo criado alguns curtas-metragens e uma série juvenil chamada RevoltZ, exclusivamente para a produtora Telemilênio, que me permitiu colaborar na roteirização de algumas webséries. Sigo apresentando originais a editoras, participando de concursos literários e fechando parcerias para produções independentes, além de expandir meu projeto de realizar encontros literários gratuitos em escolas públicas. Ah, e também desejo terminar o doutorado!

Mais informações em http://escritorjp.blogspot.com.br/

Foto: Rafaela Lopes

terça-feira, 4 de julho de 2017

MG: Novo associado: Henrique de Almeida Barbosa do Vale

HENRIQUE DE ALMEIDA BARBOSA DO VALE

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Comecei a escrever literatura infantil há uns quatro anos, quando li e me encantei com alguns livros infantis que minha esposa (ela é bibliotecária) trazia da escola para preparar atividades de leitura.  Uma das primeiras histórias que escrevi foi Capitão Barbante, que conta sobre um boneco de jornal que ganha vida, e foi inspirado numa brincadeira de infância. Esta obra foi enviado para umas vinte editoras. Quase um ano depois recebi resposta da Editora Compor aceitando o texto, mas deveria simplificar o vocabulário. Isso me deu ânimo para continuar escrevendo (estava quase desistindo) e também ensinou uma valiosa lição sobre adequar o vocabulário para a faixa etária.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
1- Capitão Barbante (Editora Compor) - conta a história de um pirata de jornal que busca o barco perdido. 
2- Vamos apostar corrida? (Editora Bambolê) - uma releitura mais abrasileirada do conto norte-americano "The Gingerbread Man", mas nessa versão o doce é de pé-de-moleque e ganha vida por obra do Saci Pererê.
3- Úrsula e o urso polar (CEPE) - conta a história de Úrsula, uma menina que encontra um picolé, mas descobre que é um ovo e dentro se esconde um ursinho polar.
  
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Meu plano para os próximos cinco anos é ter filhos e continuar escrevendo para crianças. 


Foto: Arquivo pessoal

quarta-feira, 22 de março de 2017

RS: Nova associada: Eleonora Medeiros

ELEONORA MEDEIROS

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Quando criança, sempre preferi ler, rabiscar e escrever a brincar na rua. Meu fascínio pela leitura e seu processo começou no Curso de Magistério onde como aluna, mediadora de leitura, encantei-me com o poder que os livros têm sobre a infância. No curso, havia uma professora de LIJ que acreditava no meu potencial e encorajou-me a aprofundar os estudos nesta área, procurei também apoio em cursos de teatro e jogos dramáticos. Formada em Pedagogia e ministrando aulas especializadas durante 20 anos, pude aprofundar estudos  sobre o interesse infantil no universo literário.  Aos poucos fui construindo uma vasta biblioteca pessoal e colecionando histórias na alma para espalhar e repartir com quem encontrava no caminho. O desejo de difundir a literatura infantil levou-me à iniciativa de abrir uma livraria especializada em LIJ que recebia publico infantil para audição de histórias e poesias, saraus, oficinas, leitura e aquisição de livros para que cada um pudesse fazer a sua biblioteca pessoal. No meio de tantos contos que chegavam às minhas mãos, minhas narrativas começaram a brotar. Uma pequena editora interessou-se e fizemos uma bela parceria. Gosto de pensar que a Literatura infantil é um passarinho, que procura fazer ninho no coração das crianças. Hoje viajo a convite, levando histórias para que elas façam novos ninhos.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
A história que escrevi em 1998, "Uma colcha para cobrir o mundo", ilustrada  por Dane D'Angeli, é uma viagem no universo mágico da relação entre uma neta e sua avó. O livro evoca os laços entre nossos familiares e os cuidados que devemos ter com o ambiente que nos rodeia despertando o cuidado com a natureza e seus seres vivos. Um tema abordado com delicadeza, nestes tempos acelerados, onde tudo é urgente. Como faz falta sentar e apreciar o por do sol, colher frutas no pomar, refrescar os pés no riacho, fazer um cafuné no filho. São gestos simples, tão importantes e tão esquecido.
"Luzia  A gatinha pretinha" foi meu maior desafio. O processo de criação desabrochou em mim diferentes veias artísticas. Ilustrei o livro em parceria com minha filha mais velha Paola Medeiros. Compus 10 canções e melodias com  Cesar Santos, cantor e compositor, e gravei as canções do CD que acompanham o livro. Produzi um musical com a  professora de ballet  Lenise Ebre e suas 38 alunas. O musical do livro foi apresentado em 2 sessões no Teatro Rosalina Pandolfo, em Uruguaiana e no Centro Cultural em Alegrete. A história é meu carro chefe! Sou convidada a levar Luzia a muitas feiras de livros escolares pelo estado do RS e também a feiras de âmbito municipal, estadual e nacional, como foi o caso da Feira de Resende – FLIR – e a de Joinville. Devo muito a esta gatinha!  Aqui meu foco era a aceitação das diferenças e a quebra de tabus e superstições.
"A Princesa escabelada e o galante vendedor de pentes” escrevi na época em que li os livros de Diana Corso e desejei aventurar-me  no mundo dos contos de fadas. O resultado foi um livro divertido para crianças e pré-adolescentes, que estão em um momento de descobertas e mudanças. Narra a aventura de dois personagens que desejam ser quem realmente são, mas batem de frente com  as expectativas do mundo em relação a eles.  

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Pretendo seguir estudando e viajando, criando e publicando. O estudo aprofundado da palavra é algo que desejo muito, através de cursos de escrita criativa, especializações, mestrado, doutorado. É um sonho de consumo distante para quem mora no interior e não tem acesso a grandes instituições. Por isso, tenho metas e planos que pretendo realizar em um futuro a longo prazo. Nos próximos cinco anos pretendo continuar estudando livros especializados, da área da literatura e aprendendo com pessoas que encontro ao levar as histórias. Planejar o futuro é algo incrível, pois estes planos passam pelo imaginário e assim podemos ser o que sonhamos ser. Eu sou muito feliz, sou o que sonhei ser até aqui. Levo para minha comunidade e por onde ando a minha contribuição, as minhas histórias e aquelas que recolho pelo caminho em minhas andanças. 


Foto: Arquivo pessoal

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

PR: Nova associada: Jaqueline Conte

JAQUELINE CONTE

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Ler literatura e escrever, sobretudo poemas, sempre foi natural para mim, desde pequena. Esse mundo me atraía demais. Foi o amor pela escrita que me motivou a ingressar na faculdade de jornalismo. Mas o trabalho intenso na profissão acabou por me afastar dessa veia literária. Depois que me tornei mãe e passei a ler diariamente para minha filha, reaproximei-me da literatura infantil e desse universo maravilhoso da infância. Aliado a esse fato, quando minha filha tinha 6 anos, comecei a fazer uma pós-graduação em Economia Criativa e Colaborativa e a refletir sobre a minha essência. A paixão por escrever era clara e o próprio trabalho de conclusão de curso deu início à primeira iniciativa literária infantojuvenil, o projeto Mil Futuros Desejáveis (http://jqconte.wix.com/milfuturosdesejaveis e http://www.facebook.com/milfuturosdesejaveis); ainda em desenvolvimento, pela complexidade da proposta e da execução, que envolve co-criação, interação e leitura compartilhada. Esse projeto me abriu muitos caminhos e foi o responsável por colocar a literatura infantil no centro dos meus objetivos e esforços profissionais. Hoje faço pós-graduação em Produção e Gestão Editorial Multiplataforma, na PUC-PR, e acabei de ser aprovada para o mestrado em Linguagens, da UTFPR, que começa em 2017, durante o qual pesquisarei a literatura infantojuvenil e o livro digital interativo.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Acabo de lançar meu primeiro livro, de poemas para crianças: “Na casa amarela do vovô, Joaninja come jujubas” (Curitiba: MercadoLivros, 2016), também com uma proposta interativa. Ao lado dos poemas, a criança tem espaço para fazer sua própria versão do texto em forma de imagem, ou seja, pode desenhar o poema ou recriá-lo como quiser. Estou muito feliz com a receptividade que o livro vem tendo, em tão pouco tempo, e com as coisas maravilhosas que as crianças estão produzindo (e me enviando). Só por um dos feedbacks que tive já posso dizer que valeu a pena. Uma mãe me mandou uma mensagem dizendo que a filha adorou o livro e que a obra havia despertado na criança o prazer de ler poemas. Pode haver coisa melhor?.

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Aprender muito mais sobre literatura infantojuvenil, concluir o mestrado em Linguagens e Tecnologia e desenvolver vários projetos na área, alguns já iniciados e outros que com certeza surgirão. Gostaria de contribuir para projetos de incentivo à leitura e para que a literatura para crianças seja cada vez mais forte e valorizada no Brasil.

Jaqueline Conte é jornalista, com 19 anos de atuação em mídia impressa, agências de comunicação e comunicação pública. Pós-graduada em Economia Criativa e Colaborativa; Fotografia; e Marketing e Publicidade. Formada em Pâtisserie e Boulangerie pelo Centro Europeu. Pós-graduanda em Produção e Gestão Editorial Multiplataforma, pela PUC-PR, e mestranda em Linguagens pela UTFPR.


Foto: Arquivo pessoal

terça-feira, 11 de outubro de 2016

RJ: Nova associada: Cecilia Botana

CECILIA BOTANA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Meu começo como escritora foi muito gradativo, já que, apesar de escrever muito desde criança, sobretudo poesia, eu nunca tinha pensado ou manifestado desejo de ser escritora (Hoje vejo que isso foi falta de orientação, pois segui a carreira docente – estudando Letras, é verdade – que era o exemplo que tinha em casa – minha mãe era professora). Na adolescência e durante parte da minha juventude, escrevi muito pouco, só em casos pontuais, movida por alguma questão. Assim, em Buenos Aires segui a carreira de Letras e, já no Rio de Janeiro (cheguei em 1996), fiz o Mestrado em Linguística Aplicada, uma Especialização em Tradução e outra em Produção Editorial. Aos poucos, fui me aproximando do mundo dos livros. Além do mais, em paralelo a esses estudos, eu fazia cursos na Estação das Letras de Poesia e Literatura Infantil, algo que estava pendente em minha vida já fazia muito tempo, pois o bichinho da escrita nunca me abandonara. E é interessante pensar agora que, quando morava em Buenos Aires, por várias vezes procurei informação para estudar Literatura Infantil, sem saber muito bem por quê.
O fato é que a Docência e a Tradução não me deram a realização pessoal que todo ser humano procura. Quando fiz Produção Editorial me aproximei mais do meu verdadeiro caminho que, graças a Deus, entendi que era escrever. Uma coisa que adoro fazer! Escrever para crianças não é algo que eu procurei, mas algo que veio naturalmente. Não consigo fazer contos para adultos, por exemplo. Já tentei e não ficaram bons. Quanto à poesia, quando escrevo poemas infantis faço meu o pensamento de Mario Quintana: “a criança que brinca e o poeta que faz um poema estão ambos na mesma idade mágica”. Então o que faço é me esforçar em não crescer para não perder o frescor que um surpreendente jogo de palavras pode trazer. Um jogo de palavras bem jogado é a Beleza em sua plenitude. E a idade das crianças e dos poetas – eu acrescentaria – é também a idade da Beleza. Eu adoro brincar, adoro ser criança e acho que o mundo precisa de mais beleza.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Marina de água doce e Livro-herói (Editora K2Elles) são meu primeiro e meu segundo livro, respectivamente. Eles reúnem poemas infantis bem líricos, voltados ao universo da criança, e que se focam no prazer de ler e de escrever. O segundo livro é, claramente, uma homenagem ao livro, como objeto de afeto.
O terceiro livro, que vou lançar agora, no dia 16 de outubro, na Livraria Blooks, é Lindo de se olhar (Editora Bambolê) e é meu primeiro conto. Nele uma criança fica assustada diante da presença de uma figura monstruosa, que por sua vez também fica assustada com a presença do menino.
Tive sorte de contar com ilustradores bem talentosos. Neste, que vou lançar agora, a ilustradora foi Tânia Ricci, já no primeiro foi Fabio Campos e, no segundo, Zuza Amaro.

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Bem, o que mais quero é continuar publicando meus livros. Cada tentativa de publicação de um livro é como escrever uma nova história: tem um começo, um meio e um fim. Portanto, estamos sempre iniciando uma nova empreitada. O que quero é continuar escrevendo, continuar publicando, continuar sem desistir, aqui no Brasil e, claro, um desejo que espero concretizar nestes próximos cinco anos, é ver minhas obras publicadas em países hispânicos e, especialmente, no meu pais, Argentina. Tenho material escrito em espanhol que quero muito ver publicado. 

Mais informações em www.facebook.com/pulandodepoesia

Foto: Arquivo pessoal

terça-feira, 13 de setembro de 2016

SP: Nova associada: Silvana Salerno

SILVANA SALERNO

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
A magia da literatura sempre fez parte do meu universo. Desde pequena, adorava inventar histórias e lia muito, de modo que o mundo da imaginação permeou minha infância e continua permeando minha vida. Tenho 20 livros publicados – 19 no Brasil e um no Chile – e estou sempre em contato com a criançada. Hoje mesmo inaugurei a VIII Semana de Literatura da EMEF Maria Berenice para falar com as crianças do segundo ano que leram África: Contos do rio, da selva e da savana. Uma alegria daquelas! Escrevo obras da imaginação e da emoção, como Serelepe: A história da amizade entre um menino e um esquilo. Como o nome diz, trata da amizade, da dificuldade de entrosamento para quem muda de cidade e de escola, e de acolhimento. Curto muito as mitologias. Escrevi A saga de Hércules para contar a vida desse grande herói desde o seu nascimento e fiz as adaptações A Ilíada e a Guerra de Troia e A Odisseia. Eu me tornei escritora meio sem pensar, foi acontecendo. As artes são muito fortes na minha vida: fui dançarina, participei de um ateliê de artes por 7 anos, curto música, cinema e teatro e incorporo isso nos meus livros. A arte é a linguagem da criança e é a minha linguagem.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
1. Viagem pelo Brasil em 52 histórias (Cia. das Letrinhas) - Meu livro mais premiado, traz os recontos da literatura oral e histórias que criei para mitos como a bruxa de Santa Catarina, a princesa que foi encantada em Jericoacoara, Iemanjá, o saci, o capeta etc.
2. Qual é o seu Norte? (Cia. das Letrinhas) - Almanaque com histórias da Amazônia é composto de histórias pouco conhecidas, que coletei no oeste do Amazonas, no Amapá e Pará do índios ticuna, oiampi... Criei uma história para falar sobre a vida dos ribeirinhos que ainda dependem do regatão, escrevi sobre a vida do Chico Mendes e das comunidades que vivendo da floresta sem desmatá-la e de toda a magnífica diversidade da floresta. Este livro é minha declaração de amor à Amazônia.
3. Histórias da América Latina (Planeta) - Uma história para cada um dos 21 países e um ilustrador diferente para cada uma, um resultado muito bom! Viajei muito, ouvi muitas histórias e pesquisei bastante antes de escrever, começando pela Argentina e terminando no México, passando por Cuba e Haiti. Universos diferentes e semelhantes ao mesmo tempo, pois a emoção é a mesma.  

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Escrever muito! Tenho em rascunho vários livros para concluir – livros do mundo da imaginação e da magia. Alguns estão quase concluídos, outros devem ser publicados em 2017. Adoro escrever, interagir com o leitor, dialogar com ele. Os livros que escrevo são para a criança mas não são infantilizados, têm linguagem normal, e podem ser lidos por qualquer idade. Escrevo livros que o adulto pode ler – como acontece – e curtir. E os ilustradores são grandes parceiros que enriquecem incrivelmente a obra, conversando esteticamente com o texto.


Foto: Diego Rodrigues

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

RJ: Nova associada: Claudia Nina

CLAUDIA NINA

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Meu primeiro livro infantil surgiu a partir de um trabalho de final de curso da FGV, o Publishing Management. Eu precisava criar um produto relacionado a qualquer área do mercado editorial. Resolvi entregar um livro editado e publicado. Assim nasceu A barca dos feiosos (Ponteio), com ilustrações de Zeka Cintra, em 2011, hoje sem editora, sobre uma rainha maluca que decide criar uma barca para abolir os feios de seu reino mixuruca. Além de ser divertido, o que para mim é o mais importante, o livro é uma espécie de alegoria da Primeira Guerra; a diversidade, a intolerância e a omissão dos bons são alguns dos conceitos ali submersos. Trabalhar com infantis e juvenis são um estado de graça: as ideias me aparecem a toda a hora e de repente. A barca, por exemplo, foi o resultado de um sonho. Acordei com tudo pronto. Só faltou escrever.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Nina e a lamparina (DSOP),  ilustrado por Cecília Murgel, sobre o medo do escuro, vencedor do kit escolar da cidade de Belo Horizonte. Muitas escolas de diversos cantos do país têm utilizado o livro de formas imprevistas, como um colégio de Goiás, que, do primeiro ao sexto ano, direcionou a obra para uma matéria de empreendedorismo!
A misteriosa mansão do misterioso Senhor Lam (Vieira & Lent), também ilustrado por Cecília Murgel, trata do tema da solidariedade diante de uma tragédia coletiva e foi inspirado nas paisagens deslumbrantes da Patagônia, para onde viajei em 2014.
Meu trabalho mais recente é A Repolheira (Aletria), sobre uma vendedora de repolhos, triste e solitária, em um período mais ou menos localizado no que poderia ser a Idade Média, em um país distante e gélido. As transformações da personagem são a grande surpresa da história, ilustrada pela espanhola Raquel Diaz Reguerra. 

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Pretendo dar continuidade a uma trilogia juvenil. Acabei de finalizar o primeiro, que se chama Amor de longe, e ainda é um original. Uma história que tem como cenário a cidade de Porto Alegre, onde morei nos anos 1980. Os juvenis são um grande desafio, que tenho descoberto com alegria, até por conta da influência das minhas filhas, com 10 e 12 anos, que crescem com meus livros.

Mais informações em http://claudianina.blogspot.com.br.

Foto: Arquivo pessoal

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

RJ: Nova associada: Patricia Perez

PATRICIA PEREZ

1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Ser ilustradora profissional e Ilustrar livro infantil sempre foi meu grande sonho. Entrei para o curso de Belas Artes da UFRJ em 2001, e depois de formada, comecei atuar na mesma instituição como designer e ilustradora de peças editoriais (livros, revistas, cartazes), mas ainda faltava a 'cereja do bolo', o livro infantil. Meu trabalho de ilustração de livro infantil é recente, no ano de 2013 meu primeiro livro infantil foi publicado: 'O Sentido do Coração' da autora Lygia Boudoux, estou com mais um projeto com a mesma editora e outro com a Editora Melhoramentos.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
O sentido do coração (Cuore, escrito por Lygia Boudoux) – A autora constrói um conto de fadas, usando como referência as tapeçarias medievais A Dama e o Unicórnio, expostas no Museu de Cluny, França. Introduz os cinco sentidos humanos estudados nas aulas de Ciências. E no decorrer da narrativa, descobre-se um sexto sentido: o sentido do coração. Meu trabalho de ilustração segue uma poética tradicional encontrada nos contos de fadas mais famosos.

Estou com outros projetos em fase de produção e não posso comentar sobre eles, mas boas novidades virão. :)

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Ilustrar cada vez mais! E me formar no Mestrado em Artes Visuais na UFRJ, pois acabei de ser aprovada para o programa.

Mais informações em http://www.patiperez.com.

Foto: Patricia Perez

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

RJ: Nova associada: Renata Goulart

RENATA GOULART


1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Tive uma infância um tanto solitária, pois morava com a minha família numa chácara no estado do RJ. E minhas irmãs, por serem mais velhas, muitas vezes não tinham os mesmos interesses que eu. Então, os livros eram a minha melhor companhia. Monteiro Lobato e Vicente Guimarães, com a sua inesquecível Coleção Vovô Felício, preenchiam com muita alegria os momentos em que eu não estava na escola.

Segui gostando muito de ler e de escrever. E, em parte por esse motivo, escolhi ser advogada, profissão que amava exercer. 

Com a chegada dos filhos, resgatei meu encantamento pela literatura infantil, pois sempre tive o hábito de ler para eles desde que estavam na minha barriga.

Em 2010 morei em Portugal por alguns meses e, nessa época, minha filha mais velha, então com apenas 2 anos de idade, já amava livros. Dentre os nossos passeios preferidos, estavam idas a bibliotecas e livrarias. E foi a partir daí que surgiu a inspiração para o meu primeiro livro infantil.

2) Três livros seus para quem não te conhece.
Conte-me uma história antes que eu aprenda a ler (Chiado) – O livro conta em versos rimados o amor de Mariana por tudo que diz respeito aos livros, histórias e leitura. Através do livro, também busco chamar a atenção para a importância de se ler para os pequenos, de forma que se tornem adultos leitores. Daí o título.

Tenho outros dois livros escritos aguardando publicação. E um terceiro, em fase de pesquisas, tendo como pano de fundo a história do Brasil.

3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Continuar me inspirando para escrever novas histórias. E quando se tem crianças pequenas em casa, inspiração é o que não falta! Continuar estudando e aprimorando a escrita. E também, claro, publicar meus livros infantis. 

Também penso em desenvolver nos próximos anos um projeto de incentivo e conscientização para que os pais leiam mais para os seus filhos.