domingo, 28 de abril de 2019

RJ: Fotos do Discussões AEILIJ na FLIST

Discussões AEILIJ na FLIST! 
Hoje as convidadas Flávia Côrtes, Regina Michelli e Thais Linhares falaram sobre "A importância de bruxas, fadas e outros seres fantásticos na Literatura Infantil".
Um bate-papo maravilhoso sobre o maravilhoso. Pena que o tempo foi curto. Mas, por outro lado, se achamos que foi curto é porque foi muuuito bom.



















sexta-feira, 19 de abril de 2019

RJ: FLIST 2019

Tem discussões AEILIJ na FLIST! 
No dia 28 de abril, Flávia Côrtes, Regina Michelli e Thais Linhares falarão sobre "A importância de bruxas, fadas e outros seres fantásticos na Literatura Infantil".
Imperdível! A gente se vê lá!


BR: Vencedores do II Prêmio AEILIJ e chamada para a votação do Livro do Ano


É com imensa satisfação que anunciamos os ganhadores das três categorias do II Prêmio AEILIJ. 
Os jurados tiveram imensa dificuldade em selecionar somente três livros, tamanha a qualidade dos concorrentes finalistas. Depois de várias conversas, ficou definido que nesse ano as borboletas pousariam em "Biruta" (Moderna), de Sônia Barros, "88 histórias: contos e minicontos" (Cortez), de Severino Rodrigues, e "Agora pode chover" (Melhoramentos), de Anna Cunha.
Esse ano tivemos ainda a estréia do selo Hors Concours, uma forma de homenagearmos as obras clássicas, de qualidade indiscutível, que tiveram nova edição com novo projeto gráfico. 
Parabéns a todos!
A cerimônia de premiação ocorrerá em data a ser reservada, na sede da AEILIJ no Rio de Janeiro, quando conheceremos o "Livro do Ano" de 2018.
Agora é com os associados!
Leiam e votem em um dos outorgados, com exceção do ganhador do selo Hors Concours, para receber também o título de "Livro do Ano". Está em jogo todo o conjunto da obra. Temos até o final do mês para a votação! O e-mail, para onde o voto deverá ser encaminhado, está na imagem.
Em tempo: Todos os associados podem votar. Não é necessário estar em dia com a anuidade.

Resenhas dos livros agraciados com o selo da borboleta:


BIRUTA
Texto de Sônia Barros
Moderna – 2018
Resenha de Luiz Antonio Aguiar


“Era uma vez uma galinha... que quase foi parar na panela”. Vivia num galinheiro, foi aos poucos perdendo a visão, até se tornar quase cega, tadinha. Daí, fez-se noite para sempre, para ela. E Biruta não entendia o que estava acontecendo. Tudo se passa num pequeno sítio. Depois de uma ou outra confusão, armada com suas colegas penosas, o dono do galinheiro decidiu seu destino. Frita ou assada, Biruta não passaria daquele domingo. Mas, é aí que entra na história a compaixão de um menino, essa coisa mágica, que ninguém entende direito, mas que todo mundo sabe que existe, e que liga as crianças aos bichos. Nesse momento, Biruta  se transforma numa história de amor. Terna, muito, muito simples, mas por demais tocante. As ilustrações de Odilon Moraes recontam em paralelo essa história, sensível ao fato de que ela tem,  de excepcional, sua singeleza.  A história de Biruta, poderia ser uma, mas foi outra. E isso porque esse encontro, da galinha cega com um menino amoroso, trouxe a luz de volta e, à galinha Biruta, devolveu um mundo  para ela enxergar. Com o coração. 


88 HISTÓRIAS: CONTOS E MINICONTOS
Texto de Severino Rodrigues
Cortez - 2018
Resenha de Leo Cunha


O tênue e impreciso limiar entre a literatura juvenil e a adulta é testado neste livro. Severino Rodrigues desafia o leitor a decifrar seus curtos textos, e em muitos casos, a completar o que ali está apenas sugerido ou aludido. Alguns minicontos se limitam a esboçar, enigmaticamente, um personagem. Outros são flashes de situações tocantes, perturbadoras, ou mesmo cômicas. Eis, por exemplo, o nº 16: "Respeitando as crenças do surfista, o tubarão abocanhou a perna sem a tatuagem de ferradura". Em alguns momentos, a prosa é seca, em outros, poética. Repleto de simbologia e referências a clássicos da literatura e da mitologia, o livro nos convida a múltiplas leituras e interpretações. A questionar, apenas, a estranha opção pela diagramação centralizada.


AGORA PODE CHOVER
Ilustrações de Anna Cunha
Melhoramentos – 2018
Resenha de Marilia Pirillo


No dia de seu aniversário, a menina Tatiana é tomada de saudades e busca em sua volta os sinais da presença do avô. Ela tem algo a lhe dizer, algo que não pode ser dito a tempo, antes dele partir. O avô tinha combinado com a neta que quando ela sentisse sua falta era só olhar pro céu pois ele estaria ali, voando perto dela. Tratar da morte sem tristeza ou lamento, através de um texto inspirador e poético, é o que “Agora pode chover” consegue fazer. Neste livro a delicadeza e a leveza estão em cada palavra do escritor Celso Sisto e em cada uma das lindas imagens que Anna Cunha produziu. Imagens de tons suaves, imprecisas, que conduzem o leitor em um cenário onírico onde, no bater das asas transparentes de um libélula, a menina faz voar suas palavras de saudade. Livre e leve, por fim, a menina Tatiana pode comemorar o seu aniversário com alegria, no mesmo dia que o avô também o faria.


UMA HISTÓRIA PELO MEIO
Texto de Elvira Vigna
Ilustrações de Raquel Matsushita
Positivo - 2018
Resenha de Marilia Pirillo

“Uma história pelo meio” foi publicado em 1982 e, para nossa alegria e deleite, relançado em 2018 numa edição primorosa da Editora Positivo. Nesta incrível obra, ao desconstruir a narrativa linear, começando a história pelo meio e a dividindo em três histórias que aos poucos se entrelaçam, Elvira Vigna, mais uma vez, desconstrói com maestria com alguns padrões da LIJ. Porque, Elvira Vigna, ao escrever para crianças e jovens leitores, nunca subestimou seu público e, tampouco, a sua capacidade leitora. Com uma história aparentemente simples, Elvira toca em temas importantes como respeito ao meio ambiente, equilíbrio ecológico, liberdade e justiça sem, em nenhum momento, ser moralista ou didática. Pelo contrário, Elvira Vigna, respeita tanto seus “pequenos leitores” que os convida e os provoca a reescreverem sua narrativa: costurando fatos, personagens, diferentes pontos de vista e tecendo, a partir deles possíveis desdobramentos, finais e, por que não?, novas narrativas.
As ilustrações de Raquel Matsushita entram na brincadeira também e, fugindo do óbvio, deixam páginas brancas e  lacunas para serem preenchidas pelo olhar e pela imaginação do leitor.

terça-feira, 9 de abril de 2019

BR: Finalistas do II Prêmio AEILIJ

Os vencedores de cada categoria, assim como o livro que recebeu o novo selo de Hors Concours da AEILIJ, serão anunciados durante o evento Conversa Literária Edição Especial, que ocorrerá no próximo dia 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, na Biblioteca Parque Estadual do Rio de Janeiro.


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Finalistas de Texto Literário Infantil


AGORA PODE CHOVER
Texto de Celso Sisto
Melhoramentos – 2018
Resenha de Marilia Pirillo

No dia de seu aniversário, a menina Tatiana é tomada de saudades e busca em sua volta os sinais da presença do avô. Ela tem algo a lhe dizer, algo que não pode ser dito a tempo, antes dele partir. O avô tinha combinado com a neta que quando ela sentisse sua falta era só olhar pro céu pois ele estaria ali, voando perto dela. Tratar da morte sem tristeza ou lamento, através de um texto inspirador e poético, é o que “Agora pode chover” consegue fazer. Neste livro a delicadeza e a leveza estão em cada palavra do escritor Celso Sisto e em cada uma das lindas imagens que Anna Cunha produziu. Imagens de tons suaves, imprecisas, que conduzem o leitor em um cenário onírico onde, no bater das asas transparentes de um libélula, a menina faz voar suas palavras de saudade. Livre e leve, por fim, a menina Tatiana pode comemorar o seu aniversário com alegria, no mesmo dia que o avô também o faria.


BIRUTA
Texto de Sônia Barros
Moderna – 2018
Resenha de Luiz Antonio Aguiar

“Era uma vez uma galinha... que quase foi parar na panela”. Vivia num galinheiro, foi aos poucos perdendo a visão, até se tornar quase cega, tadinha. Daí, fez-se noite para sempre, para ela. E Biruta não entendia o que estava acontecendo. Tudo se passa num pequeno sítio. Depois de uma ou outra confusão, armada com suas colegas penosas, o dono do galinheiro decidiu seu destino. Frita ou assada, Biruta não passaria daquele domingo. Mas, é aí que entra na história a compaixão de um menino, essa coisa mágica, que ninguém entende direito, mas que todo mundo sabe que existe, e que liga as crianças aos bichos. Nesse momento, Biruta  se transforma numa história de amor. Terna, muito, muito simples, mas por demais tocante. As ilustrações de Odilon Moraes recontam em paralelo essa história, sensível ao fato de que ela tem,  de excepcional, sua singeleza.  A história de Biruta, poderia ser uma, mas foi outra. E isso porque esse encontro, da galinha cega com um menino amoroso, trouxe a luz de volta e, à galinha Biruta, devolveu um mundo  para ela enxergar. Com o coração. 


CASA DE PASSARINHO
Texto de Ana Rosa Costa
Positivo – 2018
Resenha de 
Luiz Antonio Aguiar

Desde que as histórias começaram a existir no mundo (e na imaginação das pessoas, especialmente das crianças) que os bichos não somente falam, mas possuem sentimentos. Isso faz parte do encantamento universal que os bichos exercem sobre os pequenos. São seres diferentes de nós. Alguns voam, alguns rastejam. Mas serão tão diferentes assim? Alguns constroem suas casas, vivem juntos, casados, tem seus filhotes e os preparam para o mundo. Como serão afinal? Neste livro, a vida e a casa de passarinhos são reveladas, como se as ilustrações de Odilon Moraes e o texto de Ana Rosa nos permitisse vê-los em sua intimidade (e passarinho tem intimidade?... tem sim!). São gravuras curiosas, de verdade, numa técnica já explorada antes por Odilon, que somente sugere e convida o leitor a completar a  imagem com sua imaginação.  Provocar a imaginação, fazer sorrir com aquela mentirazinha sem maldade, que qualquer criança logo compreende como fantasia é o resgate maior de Casa de Passarinho  (a começar pelo título).  Este livro brinca com a criança. Com o mundo da criança. 


O MENINO DO BOLSO FURADO
Texto de Maria Helena Bazzo
Passarinho – 2017
Resenha de Leo Cunha

Quem é esse menino que espanta, assombra e diverte a meninada de uma praça qualquer? Um menino que é história e memória, que é emoção e sorriso? O que é seu bolso furado? Um portal para os contos, os de fada e os atuais? Uma janela para a poesia, de Quintana a Elias José, de Cecília a Cora Coralina? Se ele mora nos livros e os livros em seu bolso, quem é esse menino que bate as asas e renasce num ninho? Maria Helena Bazzo, sutil e econômica, não traz respostas, mas nos deixa repletos de perguntas e, mais, de literatura. Com ilustrações de Thais Beltrame e produção caprichadíssima da editora Passarinho.  


QUINTAL DE SONHOS
Texto de Christian David
Editora do Brasil – 2018
Resenha de Marilia Pirillo

Num quintal repleto de sonhos Etiene é um menino que além do nome diferente guarda em si uma certa melancolia por não ter conhecido o avô e um desassossego pelo desaparecimento do pai - que partiu em uma viagem da qual não retornou. Com as últimas palavras que ouviu do pai, ecoando em sua cabeça: “Não esqueça do segredo do quintal, Etiene, procure lá.”, o menino não sabe explicar o que procura exatamente, mas segue inquieto: tentando entrar no quarto trancado onde estão as coisas do falecido avô ou cavoucando o quintal da casa. As ilustrações poéticas de Natália Gregorini contam segredos que o escritor Christian David delicadamente esconde. A soma do texto sensível com as belas ilustrações compõem uma história bonita sobre a importância da busca de nossas raízes e do conhecimento do passado para o entendimento do nosso presente e de quem somos.


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Finalistas de Texto Literário Juvenil


88 HISTÓRIAS: CONTOS E MINICONTOS
Texto de Severino Rodrigues
Cortez - 2018
Resenha de Leo Cunha

O tênue e impreciso limiar entre a literatura juvenil e a adulta é testado neste livro. Severino Rodrigues desafia o leitor a decifrar seus curtos textos, e em muitos casos, a completar o que ali está apenas sugerido ou aludido. Alguns minicontos se limitam a esboçar, enigmaticamente, um personagem. Outros são flashes de situações tocantes, perturbadoras, ou mesmo cômicas. Eis, por exemplo, o nº 16: "Respeitando as crenças do surfista, o tubarão abocanhou a perna sem a tatuagem de ferradura". Em alguns momentos, a prosa é seca, em outros, poética. Repleto de simbologia e referências a clássicos da literatura e da mitologia, o livro nos convida a múltiplas leituras e interpretações. A questionar, apenas, a estranha opção pela diagramação centralizada.


BEIJOS DE CHOCOLATE BRANCO
Texto de João Paulo Hergesel
Jogo de Palavras - 2018
Resenha de Leo Cunha

João Paulo Hergesel poderia entrar na lista de finalistas do Prêmio Aeilij 2019 pelo conjunto da obra. É animador ver um autor jovem (nascido em 1992) emplacando três boas narrativas em um ano. O infantil "A vaca presepeira" é mais divertido e "Quem disse que não te entendo?" é mais complexo e sentimental. A opção pelo breve "Beijos de chocolate branco" – claramente o mais singelo entre os três livros – cai na conta de sua protagonista, a charmosa Olívia, que, ao contrário da maioria das adolescentes, luta para ganhar peso. Mas o que vale mesmo é sua leveza emocional. Para João Paulo, fica o desafio de retomar a cativante personagem em outra aventura, mais alentada. 


CHARLES CHAPLIN: UM TESOURO EM PRETO E BRANCO
Texto de Flávia Muniz
FTD - 2017
Resenha de Luiz Antonio Aguiar

Charles Chaplin pode muito bem ser visto como um precursor de uma cultura especial, a cultura pop. Não era um herói, nem um anti-herói. É alguém que, querendo mais do que tudo viver sua vida à margem da hostilidade do mundo, se mete em encrencas. Alguém que poderia, em alguns de seus momentos, ser um de nós  E isso, naturalmente, através de um dos personagens mais famosos, não somente do cinema, mas do universo cultural, o nosso  Carlitos, o Vagabundo, como ficou mundialmente conhecido.  Por isso, já é instigante a ideia e a realização de um livro homenageando sua  figura terna, tão crítica a uma modernidade que ia se formando às custas  daquele tesouro de humanidade dos homens e mulheres de seu tempo. E esse livro tinha de ser, naturalmente em  preto e branco, justamente a magia fundadora do cinema,  que o tornou uma arte com tantos fãs devotados, e que o projeto gráfico e as ilustrações de Charles Chaplin resgatam. Além disso, há a saudade, é claro, a menção a cenas e situações que fizeram e fazem, até hoje de Carlitos um ícone a despertar compaixão... e risadas.


MEUS SEGREDOS NÃO CABEM NUM  DIÁRIO
Texto de Manuel Filho
Melhoramentos - 2017
Resenha de Leo Cunha

Esta envolvente novela juvenil explora vários registros (carta, email, whatsapp, diário), algo visto também, de forma mais radical, em outra interessante obra concorrente ao Prêmio Aeilij, "A queda dos Moais". Manuel Filho cria uma delicada relação entre avó e neta, que começa num tom de quase impaciência e incompreensão, depois desabrocha num jogo de espelhos e coincidências, a sublinhar que, nesse mundo tão veloz e tecnológico, as coisas não são assim tão diferentes de antigamente. Especialmente os sentimentos, as angústias, as pequenas alegrias e conquistas de um adolescente. O livro é um elogio à amizade e ao afeto, uma resposta contra o assédio e o bullying.


SUSPIROS DE LUZ
Texto de Roseana Murray
Escarlate - 2018
Resenha de Luiz Antonio Aguiar

A ancestral arte da poesia em haicais ganha em Suspiros de Luz, de Roseana Murray, a delicadeza dos momentos mínimos, que é toda a sua essência, mas eternizados em poderosas imagens poéticas. E que extraem desses momentos  relances diversos, por vezes inusitados, da luz, e de reflexos que somente a sensibilidade poderia enxergar como poesia. São poemas impressionistas, nesse sentido, captando instantes  e fixando-os sob a forma do haicai, que tem toda a sua magia na síntese – de fato, suspiros de luz. As ilustrações de Walter Lara ajudam a que esses momentos sejam fixados, sem perder nem força, nem delicadeza, seja no salto de uma baleia, projetando-se das profundezas. Seja no bater praticamente imperceptível das asas de uma borboleta – ou meramente em reflexos. A magia não se perde, nem nas ilustrações, nem na constatação de que as fadas correm o mundo sem deixar pegadas. Dia ou noite, na mata ou sob a a água, neste livro, a percepção da luz, seja num momento tênue ou ofuscante, gera poesia.


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Finalistas de Conjunto de Ilustrações


A FLOR DO MATO
Ilustrações de Marcelo Pimentel
Positivo – 2018
Resenha de Marilia Pirillo

Neste livro, Marcelo Pimentel narra, através de belas imagens, uma história sobre a lendária personagem do folclore brasileiro Comadre Florzinha também conhecida como Flor do Mato. 
As lembranças do encontro com a personagem, durante a infância, são narradas ao neto pelo avô que relembra ter sido seduzido por uma borboleta vermelha, destoante de todo o cenário preto e branco que o cercava. Ao seguir a borboleta, o avô menino entra na mata onde encontra Florzinha - menina bonita, com longos cabelos cacheados e enfeitados por uma flor vermelha. Enquanto os dois brincam, vão aos poucos adentrando mais e mais na mata fechada. Encantado e sem perceber o tempo passar o menino é “despertado” pelo seu cachorro que o guia de volta para casa. As memórias em preto e branco se contrapõem as cenas do tempo presente: coloridas ilustrações com inspiração na estética do Maracatu rural e seus trajes característicos, repletos de estampas florais e arabescos multicoloridos.


AGORA PODE CHOVER
Ilustrações de Anna Cunha
Melhoramentos – 2018
Resenha de Marilia Pirillo

No dia de seu aniversário, a menina Tatiana é tomada de saudades e busca em sua volta os sinais da presença do avô. Ela tem algo a lhe dizer, algo que não pode ser dito a tempo, antes dele partir. O avô tinha combinado com a neta que quando ela sentisse sua falta era só olhar pro céu pois ele estaria ali, voando perto dela. Tratar da morte sem tristeza ou lamento, através de um texto inspirador e poético, é o que “Agora pode chover” consegue fazer. Neste livro a delicadeza e a leveza estão em cada palavra do escritor Celso Sisto e em cada uma das lindas imagens que Anna Cunha produziu. Imagens de tons suaves, imprecisas, que conduzem o leitor em um cenário onírico onde, no bater das asas transparentes de um libélula, a menina faz voar suas palavras de saudade. Livre e leve, por fim, a menina Tatiana pode comemorar o seu aniversário com alegria, no mesmo dia que o avô também o faria.


BICHOS DA NOITE
Ilustrações de Odilon Moraes
Positivo - 2018
Resenha de Marilia Pirillo

A casa no escuro descansa de seus afazeres, mas, de repente, se torna um lugar estranho e povoado pelas criaturas da noite, aquelas que saem das tocas quando anoitece e tudo é sono e silêncio. Mariana Ianelli escreve de forma poética e Odilon Moraes ilustra com maestria o suspense e o medo que os tais bichos da noite podem despertar nos moradores da casa. Realidade e o sonho se misturam nas imagens que sugerem e insinuam o perigo que ronda uma casa ao anoitecer. Com seu traço clássico e marcante e sua aquarela com poucos toques de cor, Odilon retrata a monstruosidade que estes seres podem adquirir quando a luz da casa se apaga e a imaginação assume o comando. Sob a luz do luar, os bichos da noite brilham e saem para passear. A menina da casa tem pesadelos, mas desperta em seu quarto cercada de cuidados e de amor. E todo aquele medo que sentia volta pra toca junto dos bichos da noite.


MANU E MILA
Ilustrações de André Neves
Brinque-Book – 2018
Resenha de Marilia Pirillo

Em um belo dia de sol com céu anil e nuvens branquinhas, Manu e Mila decidem procurar pela alegria. Será que ela está naquele jardim florido? Manu duvida: o mundo é tão grande, a alegria pode estar em qualquer lugar! Mila acha que a alegria pode estar escondida nas pequenas coisas, até embaixo de uma pedra ou de uma folha. Já Manu acha que ela deve estar escondida entre as coisas grandes, em um mar, em uma montanha ou numa grande cidade. Manu e Mila são bem diferentes e discordam em muitas coisa, mas combinam perfeitamente nas suas brincadeiras. Através das delicadas e poéticas imagens de André Neves, nós, leitores, embarcamos junto com as crianças Manu e Mila nessa busca. Com sensibilidade e atenção a gente pode perceber que a alegria não está assim tão longe nem tão escondida. A alegria pode estar bem ao nosso lado ou, ainda, dentro de nós.


TALVEZ EU SEJA UM ELEFANTE
Ilustrações  de Jean-Claude Alphen  
Melhoramentos – 2017
Resenha de Leo Cunha

Jean Claude teve um ano precioso, com vários lançamentos que poderiam figurar entre os finalistas do Prêmio AEILIJ, como "Pinóquia"e "O patinho matemático". A opção do júri foi pelo inusitado "Talvez eu seja um elefante", com a jornada irônica e nonsense de um coelho magrelo e orelhudo em busca de sua identidade. O personagem é quase um patinho feio às avessas, pois se encaixa perfeitamente (ou acha que sim...) em todo lugar. Ele se convence de que é um urso, depois pensa que é uma raposa, um elefante, etc. A ilustração quase minimalista, que contrapõe muitos brancos a uns poucos traços e manchas de cor, ressalta os contrastes apresentados pela narrativa textual.


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Os jurados do Prêmio AEILIJ 2018:

Marilia Pirillo é gaúcha de Porto Alegre, mas vive há quinze anos no Rio de Janeiro.
Estudou artes plásticas, mas formou-se em Publicidade e Propaganda pela PUC/RS.
Iniciou a carreira trabalhando com projeto gráfico, editoração e ilustração publicitária e editorial.
Em 1995 ilustrou seus primeiros livros de literatura e hoje, tem mais de 60 títulos publicados com suas ilustrações.
Em 2004, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive e passou a se dedicar exclusivamente à criação de textos e imagens para livros voltados às crianças e aos jovens leitores.
Participou de oficinas de criação literária, estudou pintura, aquarela, acrílica e, em 2007, fez dois cursos de aperfeiçoamento em ilustração infantil em Sármede, na Itália.
Tem doze títulos publicados como escritora.
Para saber mais  visite: www.mariliapirillo.com

Luiz Antonio Aguiar é escritor, aquariano, rubro-negro e carioca. Publicou seu primeiro livro, "Tristão, as aventuras de um menino da cidade grande", em 1985. Ganhou prêmios no Brasil e no exterior, inclusive 2 Jabutis: em 1994, com "Confidências de um pai pedindo arrego", e em 2013, com "Os anjos contam histórias". É roteirista de histórias em quadrinhos, com histórias originais e adaptações de clássicos da Literatura. Fez mestrado em Literatura, na PUC-RJ, que concluiu com uma dissertação sobre Leitura Literária na Cultura de Massas - que hoje chamaríamos de Cultura Pop. Aliás, esse é um dos seus principais focos de interesse: os clássicos da Literatura e sua influência decisiva na Literatura Pop, como acontece em gêneros como Terror, Fantasia, Aventura, Suspense e Mistério. Dá aulas de Literatura para professores e bibliotecários em cima desses temas e corre o Brasil com palestras sobre Literatura na Vida da Gente, Literatura que dá Gosto de Ler e com oficinas de Criação Literária. Presta consultoria e redige textos (inclusive livros) para editoras, produtoras e empresas, por meio da empresa: VEIO LIBRI PRODUÇÕES LITERÁRIAS. 

Leo Cunha formou-se em Jornalismo (1991) e em Publicidade e Propaganda (1993), pela PUC-MG, e escreveu mais de 60 livros, entre literatura infantil e juvenil,  crônicas e poesia.
É Mestre em Ciência da Informação - UFMG (1999) e Doutor em Artes pela Escola de Belas Artes - UFMG (2011).
Seus livros receberam diversos prêmios no campo da literatura infantil e juvenil, entre os quais: João-de-Barro, Jabuti, Nestlé, FNLIJ, Biblioteca Nacional, Adolfo Aizen, Concurso Nacional de Histórias Infantis do Paraná.
Escreveu 3 peças de teatro infantil: "O que você vai ser quando crescer?" (que estreou em BH em 2016), "Ëm boca fechada não entra estrela"  (Porto Alegre, 2017) e "O Reino Adormecido" (Petrópolis, 2018).
É professor universitário desde 1997, na PUC-Minas (pós-graduação) e no UniBH, onde também edita a revista Única.
Teve uma coluna sobre literatura infantil na revista "Canguru", de 2015 a 2018.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

BR: Chapa Viva Literatura

Queridos colegas: Segue a chapa VIVA Literatura, que se candidatou para assumir a nova diretoria da AEILIJ na gestão 2019-2021 (a partir de 01 de julho). 
Lembro que, em maio, ainda precisaremos dos votos dos associados para ratificar o pleito. 
Tenho certeza absoluta que a nossa Associação estará em ótimas mãos. São profissionais muito qualificadas e amigas queridas de todos.
Viva a LIJ!