quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

RJ: Feliz Natal da Thaís Linhares


SP: Canto & Encanto da Poesia - Em miniatura

Estou apresentando nesta página, com muita alegria, a poesia das queridas amigas: Fabia Terni, Mariluiza Campos e Eliana Martins.
Grande beijo e obrigada.
Regina Sormani


Em Miniatura

Há um nanocristal que brilha
só um nanosegundo;
coisa de um novo mundo.

Um pedacinho de um átomo
mede-se por nanômetros,
um milionésimo de um milímetro.

São os novos anões
da ciência,
da Branca de Neve também,
trabalham, trabalham, trabalham
sem deixar nenhum sinal;
invisível a olho nu,
assim é um nanocristal.

Com a nanotecnologia
vão surgir mini robôs
que destroem mini micróbios,
portadores de grandes doenças.

Grande alegria pras crianças
tristezas em miniatura,
saúde em dose gigante,
rápido, num instante.

Quanto dura um nanosegundo?
muito menos que um instante.
Não é alucinante?

Fabia Terni
Publicada em Mosaico Coletânea Poética,
São Paulo, Editora Parma, 2008 pg. 62 


A TRANSFORMAÇÃO DO GASTÃO 

Tão gastador era o Gastão,
Gostava tanto de gastar e tanto gastava
Que cada dia que passava
O pobre ficava mais pobretão.

Mas eis que lhe apresentaram
A prendada e prestativa Diva.
Ela deixou a alma dele tão cativa
Que logo mais os dois se casaram.

Foi então que se viu o que faz o ardor do amor,
Como ele transforma e reforma,
E mesmo um inveterado gastador transtorna.
Gastão por paixão, corrigiu seu perdulário pendor!

Hoje – chega a ser cômico – ficou econômico!
Já não é mais mão-aberta
E muito juízo acoberta
O enlevo revelado por Gastão, ex-gastador crônico.

Mariluiza Campos


Eu, a meia e Papai-Noel

Ouvi dizer que papai-noel
pra todo mundo dá presente.
Todo mundo nada!
Nunca deu pra gente.

E olha que sempre pomos
pendurada na porta, a meia;
que nem todo mundo põe.
Mas ela nunca amanheceu cheia.

Tá certo que é meia velha,
mas limpinha, sem chulé.
Nela, pomos os pedidos,
os desejos e muita fé.

Ouvi dizer também que a fé
tira até montanha do chão.
Mas é só um presente que eu quero,
Papai-Noel,
não precisa tanta força, não...


Para meus queridos amigos de São Paulo,
com meus votos de maravilhosas festas!

Eliana Martins

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

RJ: JP Veiga também nos desejou um Feliz Natal!

Abaixo, a história que o JP nos deixou de presente!


Aí, então, o macaquinho perguntou:

- Dizaí, paizão, o quê vou ganhar de natal?
- Necas!, disse o gorilão, macacos não comemoram natal!

Disse e encerrou o assunto; virou para o lado e começou a comer uns piolhinhos bem crocantes.

- Massss vocêssss deviamssss... Chiou uma grande cobra colorida, toda enrolada e com a linguona rodando feito pião!
- Vocêssss deviamssss...

Falou e pulou como uma mola, abocanhando o ar, porque os macacos pularam de banda, escapando por um triz.

- Ssssssacaramssss? Perguntou a danada com ares de entendida.
- Natal é isssssosss!

Os macacos fugiram pulando, com a dúvida na cabeça: a cobra tinha avisado antes do bote?

Aqui digo eu, amigo da cobra e dos macacos:

- Natal é isso, não importa sexo, credo, cor, quem se é ou o que se tem. 

Natal é mais que isso tudo, é tempo de se perdoar, fazer o bem, olhar o próximo com mais ternura e até mesmo avisar antes de atacar!

JP Veiga

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

RJ: Um abraço de Natal do Jô Oliveira

Quem apareceu por aqui para nos desejar um Feliz Natal desta vez foi o Jô Oliveira!
A imagem que ele nos deixou de presente faz parte do livro Natal de Jesus, escrito pelo César Obeid e editado pela Salesiana.


domingo, 20 de dezembro de 2009

RJ: Leo Cunha deseja um Feliz Natal!

Leo Cunha nos envia um lindo poema de Natal, publicado no livro Cantigamente pela Ediouro, em 1998.

A ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal
invadia a decoração
moderna da minha sala.

Era de plástico e madeira,
tão morta quanto os outros
móveis mortos da casa.

Mas ela vivia:
crescia e multiplicava
presentes da noite pro dia.

Mamãe tentava me enganar
que era Papai Noel
quem trazia as surpresas.

Mas eu sabia muito bem:
aquela árvore de mentira
era na verdade, escondida,
um belo pé de brinquedo.

sábado, 19 de dezembro de 2009

RJ: A AEILIJ deseja a todos um Feliz Natal!

As imagens e textos deste cartão são criações dos associados da AEILIJ. A concepção visual e projeto gráfico são de Sandra Ronca e Roney Bunn.


RJ: Natal por Eliana Martins

A Eliana Martins, nossa associada meio paulista, meio carioca, nos enviou um poema. Será de Natal?


SERÁ QUE É HISTÓRIA DE NATAL?

Me pediram pra contar
uma história de natal.
Mas não consigo lembrar,
apesar de saber um monte.
Bem...Vou tentar:

Um dia, do outro lado da ponte,
vi uma menino brincando.
Fui até lá e quando,
de repente, ele me viu,
deu um sorriso tão grande,
que até no sol refletiu.

E daí foi só amizade!
Jogo de bola, história,
tanta coisa legal
que me ficou na memória!
Depois...Ele sumiu.

Quem era ele, afinal?
Será que isso é história de natal?
Eu não soube nada dele,
nem ele soube de mim.
Só sei que foi tão legal...!
Só sei que foi assim.

Feliz Natal!

Eliana Martins

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

RJ: Marília Pirillo nos deseja Feliz Natal!!!


RJ: O presente de hoje é ofertado por Naná Martins

BRILHINHOS DE NATAL
Por Naná Martins

O céu, vestido com a cor da noite, estrelou. 
Brilhinhos, muitos brilhinhos...
Pequenos pontinhos …
São pequenos pontinhos de luz.

Brilhinhos, muitos brilhinhos ...
Tudo que veem dali são presentes.
Você e toda a gente.
Tudo em volta nos torna presente.

São presentes.
Presentes de sempre.
São nossos presentes.
Presentes para toda essa gente.

Brilhinhos, muitos brilhinhos...
Pequenos pontinhos...
Cada brilhinho é um presente.
É preciso brilhar sempre…

E, o Céu, vestido com a cor da noite, estrelou.
Brilhinhos, muitos brilhinhos...
Pequenos pontinhos, pequenos pontinhos de luz …
Dizendo: - “Seja feliz e viva contente, pois tudo é presente!”

Brilhinhos ...
Pontinhos ...
Luz ...
Gente ...
Presente ... 

RS: E o Açorianos vai para...



Caio Riter e Márcia Leite, pela coleção Historinhas bem (Escala Educacional). Categoria Infantil.

Caio Riter e Márcia Leite, pela coleção Historinhas bem (Escala Educacional). Categoria Infantil.


Postado por H

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

RJ: Presentinho de Natal de Flávia Savary

TRÊS VELAS

Verônica morava longe, do outro lado da cidade. Como viera também de muito longe, ia se acostumando às distâncias. A única que estranhava era aquela entre as pessoas. Tão diferente de onde ela nascera... Lá, tudo era motivo de festas. Aqui, não — mal se cumprimentavam as pessoas.

Um dia, talvez por ser época de Natal e se terem habituado com sua face morena e sorridente a distribuir um café gostoso pelos corredores, acabou por ser convidada para uma ceia. A casa, cercada por belo jardim, tinha muros altos e muitos portões. Assim foi a descrição dada por certa colega que conhecia uma das empregadas da tal casa. Em sua terra natal era tão diferente... Os jardins eram todos públicos, e muro, coisa que não existia.

Verônica ficou feliz, no início. “Até que enfim uma festa!”, exultou. E lá de trás, do passado, trazida pelo sopro da memória, veio a poeira do chão de terra, levantada nos barracões promovidos a salões de dança. Ao invés de desperdiçar as noites, fechada em si mesma, assistindo a vida alheia nas novelas, passou a sonhar, debruçada na janela, contando estrelas e ouvindo serestas no radinho. Já não seria tão diferente de sua terra, pensou, tendo uma festa para ir. Conheceria outras e novas pessoas. Quem sabe até não arranjaria um namorado? E seguiu sonhando, igual fazia em sua terra natal — a ponto de esquecer as coisas como elas são.

— Verônica — perguntou uma amiga —, já escolheu o presente que vai dar pra dona da casa?

Ela olhou a amiga, com cara de quem é acordada no melhor do sonho.

— Presente, Marlene? Na minha terra, a gente levava uma vela com um laço vermelho, rezava, cantava e dançava. A gente levava só a gente mesmo. Mais nossa fé e alegria.

— Ih, boba, mas aqui é diferente! Aqui tem que levar presente, senão passa vexame.

E o tal presente desandou seu presente. De sonho a espinho. Já não tinha graça contar estrelas, nem ouvir radinho. O pensamento fixo no presente que agradasse a uma pessoa que mal conhecia.

E Verônica mudou, de novo. Tanta mudança em sua vida, desde que saíra da terra natal... De sorridente a ensimesmada. No mundo da lua. Foi para mais longe do que qualquer estrada podia levar. Vagando em torno daquele presente que assombrava sua fantasia. A cada pessoa que pedisse sugestão, ouvia uma diferente. E a televisão, que só mostrava um presente mais caro que o outro, prestação a perder de vista?

— Ai, na minha terra, bastava uma vela e pronto. Se muito, uma flor. Mas aqui...

— Verônica, aqui é diferente — diziam todos.

Seu programa se resumiu, daí em diante, a correr shoppings, magazines, feiras, camelôs. Qualquer lugar onde se vendesse coisa de comprar.

— Que gosto tem essa dona, meu Deus? Só conheço de ver de repente. E tá sempre falando ao telefone. Presente é coisa de coração pra coração.

E olhava vestido, pregadeira, cachorrinho de porcelana...

— Que gosto tem essa dona, meu Deus?

Resolveu entrar numa igreja para pedir uma luz. Na saída, Verônica viu, no corredor lateral, a lojinha de apetrechos da fé. Num canto, penduradas pelos pavios, velas compridas, amareladas, de pagar promessa, de sair em procissão. Comprou duas. Mais duas fitas carmim, de Nossa Senhora Aparecida. Carregou-as com cuidado, modo não quebrar. Dormiu. E tornou a sonhar.

Chegou o dia da festa. Ônibus vazio, só ela, o trocador, o motorista e um casal bem jovenzinho, com um nenê de colo. Deu tanta volta, nunca tinha ido para aqueles lados. Em frente à casa, ela saltou. Um homem de terno pediu que mostrasse o convite, que ela tirou do bolso do vestido bem passado. Entrou.

Diante da porta da casa, Verônica parou.

— Tão diferente da minha terra natal... Que tanto de brilho, gente, barulho, som alto e pisca-pisca, meu Deus!

E, de repente, acabou-se a luz!

Verônica acendeu as duas velas. A cera escorria devagar, em lágrimas quentes. A dona da casa, que estava por perto, veio correndo abraçá-la, chorando de alegria — é que a dona tinha pavor de escuro. Foi a luz de Verônica que salvou seu Natal!

...E ela viu que lá não era, afinal, tão diferente da sua terra natal...

(Conto do livro 25 SINOS DE ACORDAR NATAL, Editora Salesiana, SP, 2001. Ilustrações da autora. Em 2002 a obra recebeu o Prêmio Murilo Rubião para melhor livro de conto, na celebração do 44º aniversário da UBE, União Brasileira de Escritores)

RS: Prêmio Açorianos de Literatura 2009


A 16º edição do Prêmio Açorianos de Literatura Adulta e Infantil será realizada hoje, às 20h no Teatro Renascença (av. Erico Verissimo, 307) e no saguão do Centro Municipal de Cultura. A comemoração conhecida como A Noite do Livro, é dedicada aos melhores da produção literária e livreira de Porto Alegre.

O evento premiará as melhores obras nas 10 categorias do concurso: narrativa longa, poesia, conto, crônica, ensaio de literatura e humanidades, literatura infantil, literatura infanto-juvenil, categoria especial, capa, projeto gráfico/design. Também serão conferidos seis destaques: editora e/ou livraria; projeto de incentivo; promoção e divulgação da literatura; mídia digital; mídia impressa; rádio e TV. Além disso, será anunciado o livro do ano, que será escolhido entre os vencedores de todas as categorias e receberá um prêmio em dinheiro no valor de R$ 10 mil.

Postado por H 

RS: A poesia infantil no meio do redemoinho



A revista eletrônica de poesia infantil Tigre Albino no 7 já está em rede, disponível para os seus leitores. Ela entra em seu terceiro ano de existência, trazendo artigos, entrevistas, relatos de experiências de educadores e uma apresentação do que tem de bom no campo editorial para crianças e jovens. 

A presente edição traz um texto de Maria da Glória Bordini sobre o que é e para que serve a poesia infantil, a partir de suas expressões populares e cultas. Segundo Bordini, esse tipo de poesia serve de apoio para a criança se desenvolver e se situar no mundo, nesse caminho quase sempre doloroso que é se distanciar das asas protetoras dos pais. 

O segundo artigo, de Ana Munari, desenleia os inúmeros fios que constituem os poemas de uma autora com reconhecimento internacional, Marina Colasanti, especialmente aqueles de Poesia em 4 tempos, e, logo em seguida, Daniela Silva examina os poemas de Olavo Bilac endereçados às crianças. 

O quarto artigo é uma janela aberta para a narrativa e nela Sirlene Cristófano discute a narrativa de A Bolsa Amarela, Lygia Bojunga, indagando como a Literatura Maravilhosa é capaz de educar para incluir, já que a diversidade encontrada nessa obra abre espaços para vozes socialmente excluídas. Para a seção Tigre em Movimento, a editora Elizabeth D’Angelo Serra pediu que Mari Regina Rigo relatasse o trabalho que está realizando na Escola E.M.E.F. Castelo Branco, de Canoas, RS, baseado no projeto “Nas asas da poesia” e Gilsa Elaine de Lima, convidada por Miguel Rettenmaier, mostra como a internet vem servindo de suporte para discussões sobre autores ou obras literárias, especialmente, neste caso, sobre a produção de Cecília Meireles. 

E quem é Maria Valéria Rezende? Essa poetisa vive numa torre de marfim ou no meio do redemunho? Em vez de simplesmente falar sobre a autora, Annete Baldi conversa com ela na seção Tigre ao Espelho, para que ela mesma conte sua história e, especialmente, deixe claro o que entende por poesia para crianças.

Na última seção, o leitor poderá entrar em contato com um Giuseppe Ungaretti para crianças. Giuseppe Ungaretti? Como? Ele não é um escritor considerado hermético? Sim, ele é considerado hermético, mas veja a tradução de muitos de seus poemas utilizados em salas de aula da Itália. 

O Tigre tem também Ana Klauck, discutindo se quando tem rei, tem princesa e tem poesia, trata-se de poesia ou de uma história. Gabriela Luft mostra suas preocupações com o Anacleto, de Bartolomeu Campos de Queirós, seguida de Lígia Cademartori, que inicia uma longa e agradável conversa com os professores. E. finalmente, Marisa Lajolo, que discute a obra de um menino que vendia palavras.

Postado por H 

SP: Pé de meia literário (4)

Um Papai Noel de saco cheio!
Edson Gabriel Garcia

Fico imaginando como seria a vida sem natais e sem papais noéis. Seria sem graça, já que o bom velhinho ajuda a encantar a vida de todos nós... ou seria mais interessante pois teríamos desde cedo a oportunidade de viver a vida como ela é? Pois é nunca consegui chegar a conclusão alguma. Aliás, desde os meus tempos de pai de filhos pequenos, convivi com essa dúvida cruel e atroz. Acabei optando, por razões nada originais, por desmascarar o bom velhinho, explicando desde cedo aos meninos e à menina que o papai Noel deles, bom ou ruim, era eu mesmo e que o presente desejado, tinha que ser desejado dentro dos limites possíveis e propostos, já que a grana para isso sairia do orçamento nosso. De qualquer forma curtimos bons natais, inventando outras formas de viver esses dias natalinos e noelinos. E todos eles (meus três filhos) sobreviveram e nem por isso são pessoas diferentes das outras.

Enfim, por essas e por outras, é que o tal Papai Noel – mesmo hoje que a minha barba branca e meu saco cheio me aproximam no quesito simpatia ao bom velhinho – nunca me desceu redondo pela goela abaixo (alguém poderá até insinuar que isto teria a ver com a minha infância pobre... trauma...etc).

O fato é que hoje, neste dezembro casmurrento, cheio de chuvas torrenciais, que viram pelo avesso minha doce Sampa e que não perdoam sequer as luzes natalinas, fico pensando se não podíamos arrumar alguma coisa bastante interessante para o Papai Noel fazer, já que cada vez mais o consumismo imposto e infartante tira da criançada o sabor da imaginação.

Pensei, pensei e descansei.
Pensei, pensei e ponderei.
Pensei, pensei e ... bingo! Claro! Por quê, não? Encher o saco do Papai Noel! Epa! Peraí! Não é isso que você está pensando. Estou falando de encher o saco do Papai Noel ,,, de livros! E sugerir a ele que passe o resto dos dias distribuindo livros de presente de natal para a meninada.

Oxalá dessa forma, mudando o destino do Papai Noel, mudaremos o destino do país, enchendo-o de novos leitores, fazendo crescer o nosso Pé de Meia Literário.

Para pensar e sonhar. 

Sampa, dezembro de 2009

SP: EDSON GABRIEL GARCIA fala sobre leitura e literatura em Várzea Paulista.


O escritor e membro da AEILIJ-SP EDSON GABRIEL GARCIA fez uma palestra, no dia 09 de dezembro, para os educadores da rede municipal de ensino do município de Várzea Paulista. Na palestra, o escritor, que também é consultor para programas de formação de leitores e de educadores, abordou a importância da leitura e da literatura na atuação profissional dos educadores. O evento fez parte da III Jornada de Educação, promovida pela Secretaria Municipal de Educação do município de Várzea Paulista. No local, o Espaço Cidadania, foi montada uma exposição com trabalhos dos alunos e professores da rede municipal, com destaque para várias atividades ligadas à leitura e produção de textos.

domingo, 13 de dezembro de 2009

RJ: Mais um presentinho de Natal!

Desta vez, quem mandou o presente de Natal foi o ilustrador, escritor e vice-presidente da AEILIJ, Maurício Veneza!


SP: Conto Coletivo



Primavera em Sampa é o primeiro de uma série de contos criados por escritores e ilustradores da nossa regional.Este conto foi escrito por: Eliana Martins, Nireuda Longobardi, Manoel Filho, Regina Sormani e ilustrado por Danilo Marques.


PRIMAVERA EM SAMPA

Ipês, azaléias, patas - de- vaca, marias - sem- vergonha, damas da noite, camélias, manacás e tantas mais...
Flores que desabrocham por todos os lados, anunciando que a primavera chegou, tomando conta dos jardins, parques e quintais da nossa querida Sampa.
Contrariando seu apelido de Selva de Pedra, em um canto escondido do Brás, zona pobre e fabril, onde as fábricas se distribuem, enfileiradas, uma pequena planta brotara timidamente. Dentre as tantas outras que haviam chegado com a primavera, ela
passara despercebida, não fosse o lugar e a forma como nascera: da rachadura da parede de uma casa abandonada.
Certamente, se a planta tivesse brotado do lado externo da casa, poderia absorver a água da chuva e do orvalho.
Mas, não! Ela nasceu para o lado de dentro. E vinha verdinha e forte.
Escurecia quando Claudenir chegou à casa. Deixou sua caixa de engraxate ali, na porta e foi conversar com Verdinha:
— Demorei, né, minha linda? Mas, já voltei! Olha aqui a sua aguinha....
Então, pegou uma velha caixa de manteiga cheia dágua e borrifou na planta:
— Eta gostosura!
Claudenir bebeu a água que restou. Seu estômago roncava. Vasculhou os bolsos e encontrou um único biscoito.
Enquanto comia, viu um ratinho no buraco da parede. Teve dó do pequeno que o observava. Tirou um pedaço do biscoito e depositou na saída do buraco. Ficou olhando o rato comer até que ele desapareceu na fenda.
Claudenir forrou o chão com um papelão que estava dobrado num canto da parede. Deitou, cobrindo-se com uma velha manta. Uma rajada de vento trouxe algumas flores que entraram pela janela quebrada, espálhando-se sobre o garoto.
Flores de um majestoso ipê amarelo que ocupava quase todo o espaço do pequeno jardim da casa abandonada.
Com um sorriso nos lábios, Claudenir deu boa noite à sua amiga Verdinha e ficou a pensar....
Deitado, observando a luz acesa dos apartamentos dos prédios vizinhos, imaginou que estava em outro lugar. Em casa, onde era o seu lugar, deitado na cama simples, porém, bem arrumada, com lençóis limpos. Podia até sentir o cheiro do chá de camomila que a mãe fazia antes de dormir e do qual ele tanto gostava.
O sono chegou, e nele, Claudenir embarcou, ainda sorrindo.
Mas, não era sorrindo que ele chegava aos seus sonhos. Esses tinham a péssima mania de trazer de volta o seu passado, lembrando-o das razões que o levaram até aquela vida. Talvez não precisasse dormir numa cama de papelão se não tivesse contado à sua mãe o que vira. 
Como se arrependia do momento em que abrira a boca. Será que ela, algum dia, iria perdoá-lo? 
Pensou em tudo o que acontecera. Lembrou cada detalhe do flagrante que dera no padrasto, naquela noite em que voltava da escola e presenciara aquela cena. 
Na esquina, bem perto do ponto do ônibus, tinha reconhecido o padrasto que, armado, assaltava uma pequena mercearia. Era ele mesmo, o padrasto, Claudenir sabia. Mesmo com um capuz cobrindo o rosto, havia reconhecido a voz ameaçadora. 
Muito mais tarde, o padrasto chegou em casa com dinheiro, peças de presunto, queijo e bebidas. 
No dia seguinte, Claudenir contou tudo para a mãe. Para sua surpresa, ela não acreditou e depois de uma discussão colocou o filho na rua. 
Foi no meio dessas recordações que o sono chegou e o garoto adormeceu, exausto.
Acordou e percebeu que tinha que fazer alguma coisa para mudar aquela situação. 
Lavou o rosto na água armazenada num balde e com as mãos em concha derramou um
pouco do líquido na amiga Verdinha, dizendo:
— Até já, menina! Vou ganhar meu dia.
Claudenir apanhou sua caixa de engraxate e saiu para a rua. No meio da quadra havia uma banca de revistas e jornais. Estava passando por ali quando sentiu algo arranhar seu pescoço. Voltou-se, assustado e percebeu que a gola da sua camisa havia se enroscado num galho de árvore.
Era o galho de um pé de pata-de-vaca repleto de flores brancas que se debruçava por sobre a banca de jornais. Enquanto Claudenir aspirava seu perfume, alguém chamou:
— Menino! Aqui, na banca. Venha cá, não se assuste!
— O que o senhor deseja?
— Esse galho agarra todos que passam. Mas, está tão bonito que fiquei com pena de cortar! Epa! Espere aí... você é o Claudenir, estou certo?
Assustado, o garoto concordou:
— Sou....mas, como...
— Calma! Acabei de ver sua foto no Sampa News. Sua mãe está te procurando. Seu padrasto foi denunciado e preso, acharam provas contra ele.
— Nossa! Preciso voltar pra casa! Mas, não tenho dinheiro, estava indo procurar fregueses para engraxar...
— Eu empresto e depois você me paga, combinado? Corra! Vá pra casa!
— Obrigado, moço! Aceito, sim. 
Minutos depois, já dentro do ônibus que o levaria pra casa, lembrou-se que nem sabia o nome daquele novo amigo que o ajudara. Com o nariz apertado contra o vidro da janela, ia olhando, encantado com as flores que via nas praças, nos quintais, colorindo a vida lá fora. Afinal, era primavera na metrópole! Lembrou-se do ipê amarelo, da pata-de- vaca que arranhara seu pescoço e .... da sua amiga Verdinha, a planta que havia brotado dentro da casa em ruínas. Falou alto:
— Vou voltar lá, amanhã! Trarei um vasinho com terra e assim poderei levá-la comigo. . . também vou passar na banca e acertar contas com meu amigo. Estou indo pra casa! Não vejo a hora de chegar lá e encontrar minha mãe.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

RJ: Série Natalina - continuando a abrir os presentes...

Desta vez, quem nos prestigia com um belo presente é a Sonia Rosa.

O poema a seguir faz parte do livro Palavras Encantadas, da Editora Zit.


Papai Noel

Teve um tempo
tanto tempo...
que Papai Noel
visitava nossa casa
todos os anos

Minha mãe
acordava a gente
com um sorriso nos lábios
e cheiro de rabanada nas mãos

Certo Natal
quando fomos acordados 
para as surpresas de sempre
o "bom velhinho"
já havia ido embora
visitar outras casas

Mas o que dizer
daquele cheiro de rosas
que invadiu nossa casa
assim... tão de repente?

Foi naquele Natal
que descobrimos
que o nosso Papai Noel
era uma mulher...


Postado por AEILIJ - RIO DE JANEIRO às 14:52

Um comentário:

Thais Linhares12 de dezembro de 2009 10:07
Lindo, lindo, lindo! Uma flor de poesia! Beijos pra Sonia Rosa e pra ti, Annie!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

SP: Confraternização AEI-LIJ SP 2009



Nosso encontro de final de ano aconteceu na Tratoria Moema, um belo e acolhedor restaurante que oferece aos frequentadores cardápio variado preparado com carinho.
Conversamos muito, e, em meio à degustação, até sobrou um tempinho para pensar em futuros projetos. Gente, a comida estava deliciosa! É experimentar para crer!
Naquele momento de alegria e descontração, fizemos um brinde, desejando a todos um Natal de paz e um Novo Ano de realizações.
Cada associado recebeu do Marchi uma caricatura feita ali, na hora. Eu ganhei da Nireuda lindas velas natalinas. Obrigada, Ni! Agradeço também aos que lá compareceram e tornaram nossa confraternização mais colorida.
Ah! Tenho que completar relatando que nos despedimos saboreando a já tradicional
e imperdível pizza de sorvete da Tratoria Moema. HUMMMMMMM!











Barquinho de iguarias orientais.


Buffet de saladas, uma verdadeira delícia!


Massas preparadas e aquecidas individualmente pela "Chef"


Decoração lateral do restaurante "Tratoria Moema", no estilo Gaudi.


Este enfeite natalino foi presente da ilustradora Nireuda Longobardi.

Um comentário:

  1. Ai que saudade da minha gente! Da minha turma querida, do meu São Paulo da ex-garoa e atual tromba d´água.Daqui, das terras fluminenses, continuo bandeirante, treze listas da gema.
    FELIZ NATAL,QUERIDOS!

SP: Um texto natalino

UM NATAL ASSIM...

Para uns, a data máxima da Cristandade, para outros, uma data puramente comercial. Pelo menos é mais visível hoje o aspecto mercantilista. Para alguns, nem uma coisa nem outra: apenas um momento de harmonia interior e de preparo para a passagem do ano, quando então o planeta terá cumprido mais uma translação em torno do astro Rei.

Mas, é nós? Que acreditamos no manto da poesia a cobrir as nossas cidades, nós que esperamos pela sociedade onde os homens voltem a ter o olhar do menino. Nós estamos preparados para o Natal? Qual deles?

Fugir da corrente nem pensar. Estamos no mundo, e por mais que não queiramos ele está em nós. Corrida para os presentes, cartão de crédito, crediários, dívidas, panetones...É o espírito do capitalismo dando a sua contribuição. Mas há um Natal a nos espreitar, o tal manto a nos aguardar. E é ele que nos interessa. Um Natal onde o presente renasça com sorriso na esquina do futuro, e rememore os bons momentos.

Para os que acreditaram na justiça e agiram em retidão, para os que divulgaram a poesia, e acreditaram na literatura infantil como o diferencial de aproximação entre adultos e crianças. Para os que não se omitiram diante das falcatruas, os que não sacrificaram o intelecto em benefício de um cargo, para os que acreditaram que sempre vale a pena a conversa, para os que não silenciaram diante do talento do outro, e aplaudiram com olhos marejados o sucesso de um amigo. Para os que não formaram grupinhos fechados e abriram o coração para que todos pudessem divulgar a sua palavra, para os que não usaram os seus relacionamentos em benefício próprio mantendo em silêncio o nome do outro, acreditando piamente que, ao não ser citado, o outro revela a sua própria inexistência, para os que lutaram a cada dia por um mundo menos violento, mesmo que apenas ofertando um sorriso, para esses, e para nós, um Feliz Natal. 

Um Natal autêntico, que ultrapasse o sentido religioso, e possa aproximar os homens pela vontade de organizar a felicidade e a alegria. Um Natal que possa permanecer em cada alma, durante o ano, que perfure os bloqueios dos preconceitos, e abra frestas e festas entre as intempéries da rotina, permitindo a cada um que varra os porões da mente, refaça sempre a sensatez onde pedem caos, e remova os entulhos do medo e da incerteza.

Um Natal que seja além da eterna teimosia de se acreditar em confraternizações, e depois, poucos dias depois, permitir que a intenção seja esmagada no cotidiano. 

Um Natal que nos identifique com o mais puro querer, com a mais sincera vontade, com a palavra justa, precisa e necessária, que nos devolva o analgésico da amizade verdadeira, a voz acalentada a nos dizer que a vida sempre valerá a pena, um Natal onde possamos ver o menino com seus cabelos bailando na valsa dos eucaliptos, saltando valetas a correr em busca da felicidade, onde possamos contemplar a menina abrindo o seu livro repleto de cores e de palavras, e alargando a luz da sala com o seu sorriso encantado. Nós, da AEI LIJ PAULISTA, desejamos de coração um feliz Natal, assim, de amor.

MARCIANO VASQUES

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

RJ: Séria Natalina AEILIJ - RJ

A AEILIJ-RJ deseja a todos um Natal de paz, luz, fraternidade e reflexão.
E para comemorar esta data tão especial, a partir de hoje, até os fins dos festejos natalinos serão postados belíssimos textos e imagens que nossos associados de todo o Brasil gentilmente nos cederam, trazendo a este espaço a magia e a beleza do espírito de natal.

Para dar início a esta Série Natalina, a mensagem que a ilustradora Patrícia Melo nos mandou em forma de imagem.


RJ: Fundação Biblioteca Nacional apresenta: "Leitura em debate: A poesia para crianças e jovens"


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SP: Vice-Versa de Dezembro de 2009

Agradeço a participação das escritoras Georgina Martins (RJ) e Eloí E. Bocheco (SC) neste Vice-Versa de Dezembro.

Georgina Martins

Eloí E. Bocheco


Respostas de Eloí E.Bocheco

1. O que é literatura para você?

Meu primeiro contato com a literatura foi através da tradição oral . Eu devia ter uns oito anos quando me dei conta que havia uma grande diferença entre as palavras que saíam da boca dos contadores de histórias e declamadores, nos serões, em Duas Pontes, onde passei a infância, e as palavras dos textos referenciais apresentados na escola.
Ouvindo aquelas histórias e poemas eu sentia que as palavras tinham um outro modo de dizer, que eram mais vivas, pulavam , dançavam e podiam encantar, comover, arrebatar. Embora não soubesse elaborar, sentia que havia uma enorme diferença. E, inclusive, me ressentia da falta de tato da escola para lidar com os saberes das crianças que moravam no campo, como eu. Foi uma decepção saber que sombrinha-de-cobra chamava-se cogumelo e que só deveríamos usar “esta” palavra que era “certa, real e comprovada”. “Sombrinha-de-cobra” não era “certa, real e comprovada”, mas, nomeada assim pela cultura popular, era mágica. Quando eu perguntava à minha vó como é que as cobras, tão compridas, podiam usar sombrinhas tão curtas – ela explicava que o maior bem de uma cobra é a cabeça e, neste caso, a sombrinha era perfeita. 
Desde este primeiro encontro com a literatura, em suas fontes orais, criei um vínculo que seria para sempre. Cresci sentindo a literatura como um suprimento lúdico – e era assim para grandes e pequenos. Depois de um dia pesado na roça, as pessoas se sentavam ao luar, em tempos de calor, e ao redor do fogo-de-chão, no inverno, para ouvir histórias, declamar, e cantar. Era a hora da beleza, da “outra palavra”, da palavra que, de certo modo, salvava a todos, redimia, da rotina pesada.
Quando fui fazer o antigo ginásio descobri a literatura escrita e me encantei até a raiz dos cabelos com as palavras inventadas, agora, registradas em papel e tinta. Acho que a literatura, para mim, foi desde sempre alimento e salvação. Durante a síndrome de pânico a literatura ladeou com a sertralina no processo de cura. Não largava as Metamorfoses de Ovídio, Don Quixote, os livros de Mark Twain ( altamente curativos), Orlando Furioso ( um bálsamo) os livros de Cecília Meireles e dezenas de outros que se revezaram para me ajudar a sair do buraco. Do mesmo modo que leio para me salvar, também escrevo com esse intuito. Talvez por isso meu livro Pedras Soltas seja livro de cabeceira de muitos leitores, segundo eles próprios me confessam. A Kataherine Paterson, uma autora que amo, fala sobre esse poder curativo da literatura e José Marti também, no que concordo inteiramente. 

2. Eu acredito que um escritor escreve sempre uma mesma história que é a dele, ou seja, mesmo quando conta algo que a princípio não tem nada a ver com ele, o escritor está ali presente, costurando pedaços de sua vida na vida de seus personagens. O que você pensa sobre isso?

Só posso falar da própria experiência de escrever e nela me baseio para concordar que a vida do autor, de algum modo, está presente no que ele cria, mesmo que a história não tenha nada a ver com ele. Se crio e dou de mamar a meus personagens durante dias, meses, anos, é esperado que eles tenham algo do meu DNA não é mesmo? Depois desmamam e vão pelo mundo, mas vão com marcas indeléveis de seu criador. 

3. Como é para você ser escritor em um país como o Brasil?

Desde os dezesseis anos, quando comecei a lecionar e lutar para envolver gentes pequenas e grandes com livros, aprendi que, no Brasil, livro – e livro literário – tem que ser descoberto, mostrado, apontado, levado e, em muitos casos, lido COM. Gosto muito do título de um Concurso da FNLIJ que é “LEIA COMIGO!”. Num país sem tradição de leitura, como o nosso, é imprescindível LER COM crianças, jovens, velhos na escola, na casa, na praça, nas bibliotecas, nas livrarias, nos cafés, nas ruas, nas salas de ferramentas... 
Então, ser escritor, num país como o Brasil requer um trabalho de ajudar o próprio livro a ser descoberto pelos leitores, já que não há uma prática arraigada de leitura espontânea. Uma pessoa pode passar toda a formação básica e universitária sem pisar numa livraria. As bibliotecas das escolas têm recebido acervos ótimos nos últimos tempos, mas noto que( em muitos casos) os livros chegam, são postos nos armários e, muitas vezes, não são lidos. “Ah, tem esse livro na minha escola?!!!” Hoje não há mais a questão do acesso ao livro, como nos anos de 1960, acho que o nó górdio tá na dinamização dos acervos, mostrar as obras, tirar das prateleiras e espalhar no chão, nas mesas, nos varais, nos corredores, no pátio. A cultura de leitura é adquirida, não acontece por mágicas e, para se estabelecer há um longo caminho. Só livros à mancheia não bastam. Centenas de obras desaparecem no sumidouro que são as bibliotecas sem bibliotecários. 
Acho que a internet é uma grande aliada dos escritores. No meu caso que tenho complicações de saúde e não posso mais ( ou posso pouco) divulgar os livros que edito, valho-me da blogosfera , que considero valiosa para dar notícias dos livros publicados.

4. Você sabe que sou sua fã, de carteirinha e tudo; por isso tenho muita curiosidade em saber como é o seu processo de criação. De onde e como você retira tantas imagens poéticas, como em Beatriz e Pedras Soltas?

Huizinga diz que a poesia habita as regiões lúdicas do espírito. Acho que todo poético vem dessas regiões. Escrevo sobre o que me arrrebata, atravessa e corta. O Pedras Soltas é quase um acerto de contas poético com a vida. É a memória macerada, decantada e pegada no pulo pela experiência presente com pitáculos do nonsense, que não sei de onde vem, mas desconfio que tenha a ver com vivências da infância . Convivi com adultos que eram lúdicos e não sabiam contar uma coisa qualquer sem exagerar nas tintas, na boca deles tudo ficava fora de si e engraçado. Aquilo me fascinava. Minha mãe, por exemplo, até para dizer que sumiu a tesoura da casa, fazia um piseiro poético tipo assim: “chamem, chamem todos os cachorros, chamem as galinhas, avisem a vaca, chamem o pato pra achar a tesoura que eu sozinha nunca vou achar”. Não é à toa que às vezes sinto que estou escrevendo pela mão de minha mãe. 
A memória de profa. influi em muitos pontos de Beatriz – tive alunas que eram leitoras vorazes como essa personagem, e alunos como Samuel. Também conheci muitas “Guiomares” maravilhosas lutando pelo direito à leitura literária, nos lugares mais inóspitos e anti-leitura. 


Respostas de Gina Martins

1. Como surgiu a leitora Georgina, a profa. e a escritora? 

Comecei a ler com quatro anos de idade pelas mãos de minha mãe. Uma mulher que só cursou até o 2ª série do antigo primário, mas que adorava declamar poesias. O maior desejo dela era ser professora, mas a vida lhe reservou o lugar de empregada doméstica em casa de gente muito rica, no Rio de Janeiro, logo depois do fim da guerra.
Aprendi com ela que o livro era a coisa mais importante do mundo. Em nossa casa o conhecimento era a nossa religião. 
A primeira vez que li uma palavra inteira foi em uma viagem de bonde: feliz eu li a palavra fubá, estampada nos cartazes de propaganda nas paredes do veículo. Costumo dizer que essa foi a minha primeira viagem coma leitura.
Minha mãe e meu pai me contavam muitas histórias e causos num tempo em que não havia televisão em nossa casa. Não tínhamos dinheiro para comprar livros, mas meu pai me comprava revistinhas de banca de jornais e minha mãe me levava em bibliotecas. Foi assim que nasceu a leitora.
A professora, acho que foi conseqüência. Sempre quis ensinar pra todo mundo as coisas que eu aprendia então resolvi ser professora.
Com o tempo veio a vontade de escrever profissionalmente, para poder contar pra todo mundo sobre as coisas que sinto, que vivencio; sobre o que me deixa triste e sobre o que me alegra.

2. O que a move a escrever?

Uma vontade enorme de mudar o mundo, de acabar com os preconceitos, com a desigualdade social, com a fome, com a miséria e com a injustiça.

3. Como você gostaria que seus livros fossem lidos nas escolas?

Tenho ficado muita satisfeita com o resultado dos trabalhos que os professores fazem com os meus livros. Acho que cada livro pede um tipo de leitura e a leitura que fazem dos meus livros tem me agradado bastante.

4. Na história de leitura de seus livros pelo país afora, que fatos, curiosidades, acasos, descobertas tem acontecido e que chegam até você? 

Tem um livro meu, O menino que brincava de ser, que é muito especial. Já recebi notícias de como ele foi importante pra mexer com a vida de alguns leitores, e também dos pais desses leitores, pois o livro fala de aceitação das diferenças. É uma história sobre um menino que deseja ser menina.
Foi o primeiro livro de lit. infantil que foi comentado em uma revista GLS e isso foi muito bom. Dei uma entrevista para a Revista e foi a melhor entrevista que dei até hoje.
Além desse, tenho um outro, Com quem será que me pareço, que mostra os bichos que se parecem com as crianças, então coloquei o mico-leão-dourado se parecendo com um menino bem lourinho, só para mostrar que, assim como os humanos, há macacos louros, negros e brancos; e isso tem dado muito bom resultado.


4 comentários:

Gina Martins1 de dezembro de 2009 10:31
Este comentário foi removido pelo autor.

Gina Martins1 de dezembro de 2009 10:33
Oi, Regina, 
adorei o convite e agora o resultado.
Gostei muito de, pelo menos virtualmente, estar presente nesta cidade que amo tanto.
Costumo dizer que sou paulista de coração.
Beijos

Georgina Martins1 de dezembro de 2009 16:09
http://avedoparaiso.blogspot.com/

Marilza Conceição1 de dezembro de 2009 17:50
Adorei o Vice Versa de dezembro. Parabéns às escritoras Georgina e Eloí pelos emocionantes depoimentos sobre a Literatura e a vida.
Muito bom conhecer os escritores de todo o Brasil através da organização da Regina Sormani.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

RJ: Lançamento do livro "O Véu" de Luís Eduardo da Matta

Os lançamentos acontecerão em dois dias diferentes:
02 de dezembro (quarta-feira), na Livraria da Vila, Alameda Lorena, São Paulo.
04 de dezembro (sexta-feira), na Livraria da Travessa, Shopping Leblon, Rio de Janeiro.

Horário: 18h 30 min

Para saber mais, acesse:

SP: Mural 4 - Dezembro de 2009


NÚMERO 4 - DEZEMBRO DE 2009

O Mural é uma agenda cultural postada todo início de mês,
porém, editada ao longo do mês conforme os eventos surgem.
A agenda das bibliotecas é renovada semanalmente. 
Amigo associado de qualquer cidade do Estado de São Paulo, contribua... aguardamos notícias dos eventos do interior. 
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CONVITE (aos associados e quem mais quiser participar da nossa confraternização)


ALMOÇO DE NATAL - DIA 08 DE DEZEMBRO
O restaurante mudou de nome, chama-se: Tratoria Moema.
Fica na Av. Jacutinga 432
quase esquina com Gaivota. Chega-se lá pela Gaivota que começa na República do Líbano,
na mão de quem vai do Parque Ibirapuera para o Jabaquara e termina lá embaixo quase
chegando na Bandeirantes. Tel: 5051 50 23

Preço supimpa : 7,90 incluindo sobremesa ( pizza de sorvete) ou
12,90 incluindo churrasco. Bebidas à parte.

Confirmem pesença com Regina: resormani@gmail.com

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OFICINA DE NATAL Inspirados no conto 'Era uma vez, três' que faz parte do livro "Um ônibus pra lua" - Sá Editora, de Eliana Sá e Nireuda Longobardi, as crianças vão fazer colagens sobre a viagem dos reis até Belém, seguindo a estrela-guia. Cada criança poderá montar seu desenho e depois todos vão colar em um painel maior, que ficará exposto na Livraria. 
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A peça teatral “A CIDADE DAS CANTIGAS”, de autoria De Marciano Vasques, baseada em seu livro de mesmo nome, será apresentada no dia 2 de DEZEMBRO, no teatro do CEU QUINTA DO SOL.
A direção é de Renata Lima Souza.
O CEU Quinta do Sol fica na Avenida Luís Imparato com a avenida Olavo Egídio de Souza Aranha, Vila Císper, Penha, zona Leste.


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Destaques da semana:

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS - A MAIS BELA HISTÓRIA DE TODOS OS TEMPOS
A sala de contos ambientada como estrebaria é palco para contação de histÓrias de Natal, para todas as idades, com a contadora Andréa de Sousa.
/ BP Belmonte. Dia 03, quinta, às 14h30

TEATRO - ISTO NÃO É UM CACHIMBO Com Cia. Truks (45 min )
Inspirado na obra do pintor belga René Magritte, a peça dá vida às imagens desse mestre surrealista e leva o nome de sua mais célebre pintura: "Isto não é um cachimbo". 12 anos.
/ BP Monteiro Lobato. Dia 04, sexta, às 20h30

ATELIÊ ARTÍSTICO LIVRE Com Camila Gadelha, artista e educadora
De forma lúdica as crianças serão sensibilizadas para o contato com a natureza e com o meio ambiente e serão convidadas a utilizar técnicas diversas, como colagem e pintura, aliadas a jogos e brincadeiras. Para crianças.
/ BP Raul Bopp. Dia 05, sábado, das 10h30 às 13h

TEATRO - O PAÍS DOS DEDOS GORDOS Com bonecos manipulados, com o Grupo Guardiões do Sonho
A história de Rubem Alves nos fala de um reino feliz e devotado às artes e ciências. Por ocasião do nascimento da princesinha, o Rei não convida a bruxa malvada da floresta para o seu batizado. Ela, enfurecida, lança um feitiço contra a princesinha: a bruxa faz com que o dedo "SEU VIZINHO" da princesa cresça, cresça e cresça... A partir de 2 anos.
/ BP Hans Christian Andersen. Dia 05, sábado, às 16h

MÚSICA - CHORINHO POR TODO CANTO Com Grupo Noite Clara. Paula da Paz (voz), Cláudio Donato (violão 6 cordas), Rubens Allan (violão 7 cordas), Tigrão (cavaquinho), Bira Nascimento (gaita cromática e flauta transversal), Rafael F. Lima (pandeiro) e Samba San (percussão).
Formado há dois anos (maio de 2009), o Grupo Noite Clara desenvolve o Projeto Chorinho por Todo Canto, financiado pela Secretaria Municipal de Cultura através do Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais), realizando apresentações em espaços culturais diversos da periferia da Zona Sul de São Paulo. O Grupo lança seu primeiro trabalho interpretando canções de Leonardo Azevedo, compositor que expressa como poucos as melhores facetas da ligação entre o passado e a linguagem contemporânea.
/ BP Alceu Amoroso Lima. Dia 05, sábado, às 19h

TEATRO - GIGANTE Com Cia. Truks (45 min)
Os moradores de um vilarejo estão assustados com a aparição de um gigante, que durante a noite se alimenta de seus sonhos e seus talentos. Livre.
/ BP Monteiro Lobato. Dia 06, domingo, às 11h

TEATRO - FÁBULAS DE IAUARETÊ Com Cia. Duberrô
É história do escritor indígena Kaká Werá Jecupé. Através de uma viagem pelo caminho do guerreiro Iauaretê, os personagens das tramas vivenciam desafios, etapas e passagens que são fundamentais na transformação de cada indivíduo.
/ BP Padre José de Anchieta. Dia 06, domingo, às 11h

TEATRO - ESSA TAL HISTÓRIA Com o Núcleo Cosmopolita de Teatro
Um poderoso rei aguarda a chegada de um escritor para criar e contar a história de seu reino e glória como em alguns contos de fada. Porém um andarilho que acaba de chegar ao reino é confundido com tal escritor, mudando o rumo dessa tal história. A partir de 07 anos.
/ BP Álvares de Azevedo. Dia 06, domingo, às 11h

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS - CIRCO DE SOMBRAS Com a Cia. Quase Cinema
Apresentação de cinema de sombras dentro de uma tenda, pequenas histórias de contos de fada. De maneira lúdica une as diferentes linguagens. Livre.
/ BP Cora Coralina. Dia 06, domingo, às 11h

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS - CONTOS BRASILEIROS Com a Cia. Conto em Cantos
Um espetáculo de histórias formado pelos contos de tradição oral. "O Menino e a Coca" narra a história de um menino que começa sua trajetória com uma coca e termina com uma viola; "História de Orgulina" conta como uma moça perdeu tudo o que tinha por causa de seu orgulho; "Por que o Cachorro é Inimigo do Gato... E o Gato do Rato" relata como um rato curioso pôde causar a inimizade desses três animais; "O Macaco e a Boneca de Cera" conta a história do macaco encrenqueiro que foi parar na barriga da moça.
/ BP Hans Christian Andersen. Dia 08, terça, às 10h e às 14h

EXPOSIÇÃO GRAFITEMAS
A exposição apresenta painéis com poemas visuais transpostos para a linguagem do grafite, confeccionados durante oficina realizada em outubro e novembro na biblioteca sob a coordenação do Coletivo Dulcinéia Catadora.
/ BP Alceu Amoroso Lima. De 2ª à 6ª feira, das 8h às 19h / Sábados das 9h às 16h. Até dia 12 de dezembro

SERVIÇO:
Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima.
 Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, Zona Oeste. Tel. 3082-5023.Veja como chegar.
Biblioteca Pública Belmonte. Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro, Zona Sul. Tel. 5687-0408 / 5691-0433.Veja como chegar.
Biblioteca Pública Hans Christian Andersen. Av. Celso Garcia, 4142, Tatuapé, Zona Leste. Tel. 2295-3447. Veja como chegar.
Biblioteca Pública Raul Bopp. Rua Muniz de Souza, 1155, Aclimação, Zona Sul. Tel. 11 3208-1895. Veja como chegar.
Biblioteca Pública Infanto-Juvenil Monteiro Lobato.Rua General Jardim, 485, Vila Buarque, Centro. Tel. 3256-4122.
Biblioteca Pública Álvares de Azevedo. Pça. Joaquim José da Nova, s/nº, Vila Maria, Zona Norte. Tel. 2954-3118.
Biblioteca Pública Padre José de Anchieta. Rua Antonio Maia, 651, Perus, Zona Oeste. Tel. 3917-0751.
Biblioteca Pública Cora Coralina. Rua Otelo Augusto Ribeiro, 113, Guaianazes, Zona Leste. Tel. 2557-8004.

Toda a programação é gratuita. Visite nosso site:www.bibliotecas.sp.gov.br
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VISTE, CONHEÇA E FREQUENTE OS MUSEUS DE SÃO PAULO

Um passeio inesquecível como é seu intuito de resgatar a memória e fazer permanente o que existiu de melhor 

Capela do Morumbi 
Exposições diversas, destacando-se, nos últimos dois anos, a de instalações de artistas contemporâneos.
Avenida Morumbi, 5387
Morumbi
(011) 3772-4301
Horário de Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h.
http://www.museudacidade.sp.gov.br/capeladomorumbi.php

Casa do Grito
A casa tem sido tradicionalmente vinculada à cena do "grito" de D. Pedro I pela independência do Brasil em 1822
Pça. do Monumento, s/nº - Ipiranga, São Paulo, SP
(011) 2273 4981
Atividades: Exposições diversas com temas relacionados à cidade de São Paulo.
Horário de Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h
Visita orientada. Entrada franca
http://www.museudacidade.sp.gov.br/casadogrito.php

Centro Cultural São Paulo Inaugurado em 1982, o Centro Cultural São Paulo - concebido originalmente para ser uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade - transformou-se em um equipamento multidisciplinar, abrigando espetáculos de teatro, dança, música, cinema e exposições de artes visuais.
Rua Vergueiro, 1000
Paraíso
(11) 3397-4002
http://www.centrocultural.sp.gov.br

Pinacoteca do Estado Seu acervo tem cerca de 4 mil peças, e é significativo, especialmente para São Paulo, uma vez que reúne trabalhos de artistas paulistas, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino e Oscar Pereira da Silva, além de obras representativas de Cândido Portinari, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. O Pavilhão das Artes, localizado no Parque do Ibirapuera, também faz parte da Pinacoteca e abriga exposições de grande importância artística.
Praça da Luz, 2 - Jardim da Luz
(11) 3324-1000
Aberta de terça a domingo das 10h às 17h30, com permanência até as 18h
Grátis aos sábados.
http://www.pinacoteca.org.br

Fundação Maria Luisa e Oscar AmericanoHorário de Visitação (Acervo): terça a sexta-feira: das 11h às 17h; sábado e domingo: das 10h às 17h
Parque e Salão de Chá: terça a domingo: das 11:30 às 18h
Toda primeira terça-feira de cada mês a entrada é gratuita.
(11) 3742-0077
Avenida Morumbi, 4077
http://www.fundacaooscaramericano.org.br/

MAM
Museu de Arte Moderna de São Paulo
 Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº
(11) 5085-1300 Fax: (11) 5085-2342
Bilheteria: terça a domingo e feriados das 10h às 17h30
Visitação: terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Gratuidade para menores de 10 e maiores de 65 anos, sócios do MAM e funcionários das empresas parceiras
Entrada Gratuita aos Domingos
http://www.mam.org.br

MASP
Museu de Arte de São Paulo
 Na sede atual do MASP, inaugurada em 07 de novembro de 1968 com a presença de S.M. a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, podem ser apreciadas obras de pintores da escola italiana como Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli e Bellini; de pintores flamengos como Rembrandt, Frans Hals, Cranach ou Memling, e espanhóis como Velazquéz e Goya. Do movimento impressionista há várias obras de Renoir, Manet, Monet, Cézanne e Degas. Dos pós-impressionistas é possível apreciar vários quadros de Van Gogh ou de Toulouse-Lautrec. O MASP é um dos poucos museus do mundo onde pose der apreciada a coleção completa de esculturas de Edgar Degas.
Av. Paulista, 1578 (Estação Trianon - MASP do Metrô)
Cerqueira César
(11) 3251.5644 / Fax. (11) 3284.0574
Horário de Visitação: Quinta-feira, das 11h às 20h. Terça, quarta, sexta, sábado, domingos e feriados, das 11h às 18h. (a bilheteria fecha com uma hora de antecedência)
http://www.masp.art.br/

Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo Rua da Reitoria, 160
Cidade Universitária
(11) 3818-3039 Fax (11) 3812 0218
Com mais de 5 mil obras em seu acervo, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, pinturas, cerâmicas e tapeçarias, o MAC é o maior museu da América Latina especializado na produção ocidental do século XX.
Horário de Visitação: 3ª a 6ª das 10h às 19h; sábado, domingo e feriado das 10h às 16h
http://www.mac.usp.br

Museu de Arte Sacra Av. Tiradentes, 676
Luz
(11) 3326-1373 Fax: (11) 3326-2006
Têm o objetivo de divulgar e preservar um dos mais importantes acervos museológicos do patrimônio sacro brasileiro. Tem um conjunto de cerca de 4 mil peças, dentre as quais 800, provenientes das principais igrejas e de capelas do Estado de São Paulo e do Brasil, encontram-se em exposição.

Memorial da América Latina Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 (Metrô Barra Funda)
Barra Funda
(11) 3823-4600
http://www.memorial.org.br

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo Conta em seu acervo com cerca de 120 mil objetos e imagens referentes à cultura material da América com ênfase ao Brasil, do Mediterrâneo, do Médio Oriente e da África, abarcando uma extensão temporal que vai da Pré-História até nossos dias. São máscaras, amuletos, armas, cerâmicas, pinturas, adornos, vestimentas, utensílios domésticos, instrumentos musicais e de trabalho que, além da vitalidade de sua expressão visual, exigem um esforço contínuo de pesquisa para serem analisados e compreendidos. O conjunto de peças referentes às sociedades indígenas brasileiras é de especial interesse, tanto em virtude de sua heterogeneidade quanto da riqueza expressiva.
Av. Prof. Almeida Prado, 1466
Cidade Universitária
(11) 3091-4901
http://www.mae.usp.br/

Memorial do Imigrante Rua Visconde de Parnaíba, 1.316
Mooca
(11) 6693-0917 6692-1866 6692-7804 6692-2497 6692-9218 Fax: (11) 6693-1446
Horário de Visitação: De terça a domingo das 10h às 17h (inclusive feriados)
www.memorialdoimigrante.sp.gov.br

Museu Brasileiro de Escultura Av. Europa, 158
Jardim Europa
(11) 3081-8611
Espaço cultural dinâmico, projetado pelo Arquiteto Paulo Mendes da Rocha e jardins de Burle Marx. Tem uma arquitetura arrojada , acervo permanente de 11 obras e uma vida cultural intensa com oficinas de pintura, escultura, gravura, recital de piano aos domingos às 16h, cursos de Historia da Arte, feira de antiquidade e exposições de artistas renomados internacionalmente. Tem uma café delicioso e presentes personalizados.
http://www.mube.art.br/

Museu da Casa Brasileira Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
Jardim Paulistano
Horário de Visitação: terça a domingo, das 10 às 18 horas
(11) 3032-3727 3032-2564 3032-2499
Criado em maio de 1970 com a denominação Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, mudou sua denominação em 1971 para Museu da Casa Brasileira. Seu objetivo principal é a formação de um centro de pesquisas sobre os equipamentos, usos e costumes da casa brasileira, com exposição permanente de seu acervo.
http://www.mcb.sp.gov.br

MIS
Museu da Imagem e do Som de São Paulo
 Av. Europa, 158
Jd. Europa
(11) 3062-9197 3088-0896
Horário de Visitação: de Terça a Sexta das 14h às 22h; Sábados e Domingos das 11h às 20h. Entrada Franca.
http://www.mis.sp.gov.br/

Museu do Theatro Municipal Foi implantado com o objetivo de coletar, classificar, conservar e divulgar através de exposições e publicações, documentos textuais, fotografias e objetos referentes às atividades do Teatro Municipal desde a sua inauguração em 1911.
Viaduto do Chá/Praça Ramos de Azevedo
Centro
(011)239-3815
Horário de Visitação: das 9h às 17h
www.teatromunicipal.sp.gov.br

Museu Lasar Segall Rua Berta, 111
(11) 5574 7322 Fax 5572 3586
O Museu Lasar Segall, idealizado por Jenny Klabin Segall – viúva de Lasar Segall – foi criado como uma associação civil sem fins lucrativos, em 1967, por seus filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. Está instalado na antiga residência e ateliê de Lasar Segall, projetados em 1932 por seu concunhado, o arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik.
http://www.museusegall.org.br/

Museu do Ipiranga Museu Paulista da USP Parque da Independência, S/N
Ipiranga
(11) 6165-8000 FAX: (011) 6165-8051/6165-8054
O Museu Paulista conta com um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação arquivística, do seiscentismo até meados do século XX, eixo para a compreensão da sociedade brasileira, a partir do estudo de aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para a análise de problemáticas pertinentes às três linhas de pesquisa a que o Museu se dedica: Cotidiano e Sociedade; Universo do Trabalho; História do Imaginário.
http://www.mp.usp.br

Oficina Cultural Oswald de Andrade Rua Três Rios, 363
Bom Retiro
(11) 3221-5558 / 3222-2662
Oferece diversos eventos culturais como palestras e debates, além de workshops e oficinas de temas como fotografia, cinema, teatro e artes plásticas, laboratórios de criação e cursos, como, por exemplo, o de linguagem fotográfica.
Funcionamento: segunda a sexta-feira - 8h às 22h; sábados - 13h às 18h e domingos - 14h às 18h 

Paço das Artes O Paço das Artes, ligado à Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo , é um espaço de exposição e registro da arte contemporânea, nacional e internacional. O Paço das Artes está situado em uma antiga estrutura de concreto que passou por obras de recuperação. Atualmente ocupa uma área total de 2.136 m².
Av. da Universidade, 1
Cidade Universitária
(11) 3814-4832 

Solar da Marquesa de Santos Rua Roberto Simonsen, 136-B, Páteo do Colégio
Centro
(11) 3396-6047
Exposições permanentes e temporárias, consulta ao Arquivo de Negativos, Projeto Terceria Idade, Serviço Educativo, atividades voltadas à preservação do patrimônio histórico e cultural paulistano, projeção de vídeos e apresentações musicais.
Horário de Visitação: De terça a domingo, das 9h às 17h
www.museudacidade.sp.gov.br/solardamarquesadesantos.php