ALENTEJO PROFUNDO - Estação de Funcheira nos anos 80 - JOTA ENE - PORTUGAL
PALAVRA FIANDEIRA INTERNACIONAL
PÁGINA DE MARCIANO VASQUES
ANO 1 - Nº1 - 25 DE SETEMBRO DE 2009
Sonhares e dizeres. Aqui é um espaço da Palavra, dos que a têm como construção do mundo, dos que ofertam uma razão poética para contribuir com a edificação de uma vivência onde possa vigorar com mais autenticidade a vida. Um artista circense? Um escritor de Literatura Infantil? Um artesão das cores? Um músico?
Quem ouviremos por aqui? Iniciamos uma jornada de tons e verbos, onde encontraremos os que zelam pelo fazer e pelo ser, através da invenção que nomeia o mundo: a palavra.
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PALAVRA FIANDEIRA INTERNACIONAL? Sim, sabemos que a alma da poesia nos acolhe e nos protege, que a Literatura Infantil encanta os olhos da criança, conhecemos a valentia dos que tecem histórias para os pequenos, e compreendemos que era necessário um espaço que atendesse ao coração do mais exigente leitor . Eis que aqui surge uma palavra límpida, onde o entrevistado é laçado numa busca dos corações que vagam e se "arriscam a vingar na cidade grande". Se busca um espaço onde o mais importante não é apenas os "prêmios e concursos que ganhei", dê uma parada aqui e acione o olhar necessário para que sejamos mais fortes. Com você, a primeira edição de Palavra Fiandeira Internacional!
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Mitinha Gaitera ou Carmen Ezequiel? Quem afinal foi a escolhida para abrir a PALAVRA FIANDEIRA INTERNACIONAL? Sim, entrevistei a Carmen Ezequiel. E que entrevista saborosa!, parecendo em certos momentos com o "bolo acabado de fazer saindo do forno". Conhecer mais da alma portuguesa sempre foi uma vontade feliz. E aqui Carmen se expõe, lindamente, atendendo da foma mais natural o cerne da Palavra Fiandeira. E falamos de Educação, de crianças, da tecnologia, e ela citou Drummond, nunca é demais lembrar que ele está a nos educar com seu jeito mineiro do mundo.
Criada nas mágicas planícies do Alto Alentejo, a entrevistada nos oferta a generosidade do olhar de quem está com sua presença contribuindo para o aperfeiçoamento do humano coração. Gaitera de poemas, de ternura, de força suave e determinada, a falar dos que escrevem em Portugal e das coisas profundas que nos levam para a vida mais autêntica, almejada pela alma. Para você, entrelaçada nas palavras, Carmen Ezequiel.
PALAVRA FIANDEIRA INTERNACIONAL
EDIÇÃO 1 - CARMEN EZEQUIEL
1. Quem é Carmen Ezequiel e quem é Mitinha Gaiteira?
Carmen Ezequiel sou eu. Sou o que vêem. Esta presença física que se vai construindo emocionalmente, na esperança de chegar a outros. Como tem sido difícil, Mitinha Gaiteira surge para me ajudar. Assim, como Renata Oblié.
A Mitinha é uma sonhadora, pode-se dizer que é o meu eu mais alegre, brincalhão, que gosta da rima e de trocadilhos. Mas, que fala de coisas muito sérias.
Já a Renata é mais crítica, mais impulsiva, emotiva nas palavras, provocadora; sempre com a intenção de criar reação nos outros. Renata também pinta de vez em quando.
Pode-se dizer que são personagens que foram ganhando vida nas vidas de quem as acompanha.
2. "Nos meandros da tecnologia, colhemos pessoas fantásticas", assim você me disse. Fale-nos desse mundo tecnológico que também aproxima os poetas e as pessoas com a alma encharcada de arte.
Como boa amante do livro, do papel e da caneta, somente na necessidade é que me vi forçada a ingressar neste mundo das novas tecnologias. Reconheço, em demasia, a sua utilidade e hoje já não dispenso o meu portátil. Também, todo o meu trabalho profissional gira em torno do online e dos ficheiros, compatados e descompatados, de forma a utilizarmos a informação mais adequada e atempadamente.
Mas, como em tudo na vida, há que impôr limites e há que saber parar, evitando a tão famosa condição de dependente. Isso deveria funcionar para tudo o que se passa ao nosso redor.
Surpreende-me que os jovens de hoje não respeitem coisa alguma e façam da internet e jogos de computador a sua vivência natural. A meu ver virtual! E, sem a orientação dos mais velhos; porque infelizmente há muita maldade nestes meandros das tecnologias; que se desresponsabilizam com a falta de tempo ou outra desculpa qualquer. (mas, fiquemos por aqui, porque este tema tem pano para mangas)
Pessoalmente, tenho-me deparado com pessoas fantásticas e criado boas amizades. Claro que, tenho sempre algum cuidado, pois já me aconteceu, por diversas vezes, encontrar pessoas possessivas, carentes, com necessidades em tudo diferentes das minhas.
Necessito de estar actualizada e as novas tecnologias são-me muito úteis. Apesar disso, não vivo em função delas… para mim é sempre mais importante o alguém que criou, para outro alguém que o utiliza; e que somos nós, as pessoas, que importam mais. As novas tecnologias ajudam, o curioso é que ainda necessito de um bloco ou caderno na minha mala para uma eventualidade. E, em casa, apraz-me registar os meus apontamentos com a minha pena tingida de preto…
Por vezes, sinto saudades de receber uma carta…
3. Você quer com a palavra mudar o pensar do mundo. Como vê a força da poesia no mundo atual?
Esta afirmação foi uma promessa que fiz a mim própria. Algures, numa altura da minha vida em que o significado tinha uma conotação muito mais agressiva, e que, ao longo dos anos foi lapidado para melhor.
Penso que a poesia podem ser todas as formas de que, cada pessoa, em seu tempo, em seu lugar, utiliza para fazer o bem; sem nada esperar receber; que tenha fé ou esperança num mundo melhor.
Quando me esqueço da força que a poesia tem, cito Drummond: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra.”
4. O que é Chirimóia?
Chirimóia é um indivíduo sem importância.
Os portugueses; povo que outrora foi vencedor e conquistador de terras; necessita a meu ver, mas tampouco sem entender, de dar relevância a estatutos e cargos profissionais. Todos são doutores e engenheiros. E fazem questão de relembrar quem não o é…
Irrita-me solenemente! Na sua maioria, todos padecem de humildade, pelo tal desrespeito para com a pessoa em si.
5. Você é guardadora de estrelas. O que faz uma guardadora de estrelas?
Lamento, mas não sou guardadora de estrelas. Acredito, porém, que tenho uma estrela que me guarda e me alenta sempre que necessito.
6. Suas músicas favoritas são: o canto dos passarinhos, o silêncio da brisa, o poder e a força das águas. isso quer dizer que você tem um profundo envolvimento com a natureza. De onde vem essa forma de ser no mundo?
Do fato de ter sido criada nas mágicas planícies do Alto Alentejo. Isso permitiu-me contactar com a natureza, respeitá-la e enaltecê-la. Foi e tem sido uma aprendizagem.
7. As cores da ternura dão esperanças aos homens. A ternura tem força no mundo hoje? Ela ainda é necessária como uma força no universo?
Então não? Mais do que tudo. Comportamento gera comportamento. É curioso observarmos que, se respondermos a um comportamento agressivo, de forma calma e dócil (assertiva, por assim dizer); o outro ficam sem saber como reagir. A nossa natureza inata, a de criar conflitos…
Pelo menos, funciona comigo que, de quando em vez, tenho alguns ímpetos de agressividade. É algo que trabalho diariamente para contrariar.
8. Seu poema "Cuidados Paliativos" foi utilizado numa exposição de postais no hospital onde trabalha. Fale desse brotar da poesia e como concilia esses dois universos?
Tudo o que é feito com amor é poesia.
Esses dois universos são paralelos; que se cruzam todos os dias, em determinado momento.
Quando entro no hospital deixo as minhas preocupações pessoais de lado; assim como, quando chego a casa; é como se existisse uma barreira que me impede de levar as situações que me perturbaram no local de trabalho, protegendo-me, para que não interfiram com o meu bem-estar pessoal e familiar.
9. Você quer chegar com a poesia àqueles que muitas vezes se esquecem de olhar o outro como ser humano. Essa sua contribuição poética pode ajudar na mudança do olhar?
Quero acreditar que sim. Sei que tento, e tenho tido algumas críticas, bem positivas, relativamente à emotividade dos meus textos. Se chorarem, ou rirem, ou… nada sentirem… o que importa é que há sempre uma reação que inevitavelmente leva a refletirem e, já tenho visto algumas alterações de comportamento.
10. Também fala das asneiras que temos feito ao mundo, e acredita que investir na criança pode ser o caminho para a construção de um mundo melhor. Diante dessa perspectiva, como vê a Educação em seu país atualmente? Ela contempla essa sua crença?
Infelizmente não. E correndo o riso de ofender quem é pai e mãe; considero que a tal desresponsabilização que falei antes começa se encontra no seio familiar. O conceito de família evoluiu, e colocou a responsabilização dos pais e educadores, a transmissão de valores e o conceito de partilha e respeito pelos outros, num grande baú fechado a sete chaves para que as crianças não lhe mexam. As crianças de hoje! Os adultos de amanhã!
São claras as falhas no sistema educacional em Portugal. Essa é uma realidade que conheço cara a cara, com três docentes na família. Mas é premente que a educação (re)nasça no seio familiar.
Recuando no tempo, não tão longe assim, recordo-me de que eu nunca faltei ao respeito a ninguém e que, nunca uma palmada ou açoite, me tenham ferido o ego. Muito pelo contrário…
Quem deve orientar… quem deve incutir valores… quem se deve responsabilizar o não faz… vamos, depois culpar quem? (pois, porque o português tem sempre de culpar alguém)
Vamos culpar as crianças? De amanhã? Que nos esquecemos de educar ontem?
11. Seus textos encantam os que têm o tórax em poesia e os que amam a palavra. Mas a palavra está no mundo. O encantamento é ainda uma poderosa força no mundo?
Enquanto crianças sim. Depois o encantamento passa a ter outro nome: provocação. Esse encantamento que falas dos meus textos há quem os considere de provocação. Daí que o encantamento e simplicidade das crianças passem para a complexidade e mesquinhez dos adultos.
Nós complicamos muito.
12. Literatura Infantil é coisa apenas para crianças?
Nãaaaoooooo! Acho que todos aqueles que se acham maduros e adultos deveriam, na sua agenda, programar um tempo para relembrar o ser criança.
13. A vida é também amiga do artista? Para você, quais são os grandes obstáculos hoje para o artista ou o que vive em condição de poesia?
Eu vivo em estado de poesia… não em condição dela. Talvez, porque, provavelmente, nunca me sustentaria só dela. Isto em Portugal! Poucas são as pessoas que lêem e compram livros de poesia. Até eu, que adoro, sou muito seletiva nas minhas escolhas e entre dois livros prefiro um romance.
Até compreendo o porquê. Somos obrigados nas escolas a estudar textos complexos de poesia. Que ninguém percebe. Difíceis de ler. E sempre que há obrigatoriedade, criam-se alguns dissabores e desenvolvem-se barreiras neste campo literário. Depois, quem quer saber dos desamores de outros?
Aqui, e atualmente, todos escrevem, mesmo que não tenham nada para dizer. Somente porque fazem programas de televisão, ou cantam umas músicas, ou são VIP’s ou, sei lá o quê; publicam e dão o nome em livros e mais edições de livros, vazios, sem conteúdo, sem assunto ou teor; numa banalização tal; mas que toda a gente compra. Poesia, isso é complicado e, mais ainda, muito caro!
Já participei em antologia, em colectânea e, muito recentemente, num livro da minha autoria (tudo poesia, claro!.) Em todos eles tive que comparticipar e investir monetariamente. Sem quase retorno, satisfaço-me com o simples reconhecimento.
Não há valorização do trabalho daqueles que se iniciam neste mundo da poesia. Os concursos são pouco divulgados e extremamente exigentes.
14. Autor e cidadão são personagens diferentes? Ou um texto sempre traz alguma revelação da pessoa que escreve?
Depende. Se o autor assim o quiser.
15. Qual a importância da Língua na unidade de um povo, na sua própria identidade?
A língua é a identidade de um povo. O português, poliglota por natureza, perdeu um pouco essa noção. Em qualquer local a que vamos, esforçamo-nos para falar a língua desse país e, até mesmo no nosso próprio país, fazemos o mesmo.
Recebemos muito bem e somos extremamente acolhedores… para o turista… de fora.
16. Quando sentiu pela primeira vez a presença da poesia em sua vida?
Há muito tempo atrás. Quando era uma jovem inexperiente e me refugiava dos meus problemas e frustrações de adolescente.
17. Como a Literatura pode aperfeiçoar alguém? Estou me referindo à Literatura, ao grandes romances, à Poesia...
O meu livro SER – sobreviver em ruptura é o resultado desse aperfeiçoamento.
Florbela Espanca foi a minha grande mentora.
“Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!”
Em determinada altura, identifiquei-me bastante com ela. A partir daí, Isabel Allende e Paulo Coelho moldaram-me a mente.
18. Qual o significado real da Poesia hoje, num mundo de tantas inversões de valores, tanta confusão, tanto avanço tecnológico, etc... Ou seja, a Poesia ainda é necessária?
A poesia é sempre necessária. Independentemente da evolução dos tempos e da forma como ela é passada.
A mudança faz bem, temos de a aceitar e contemplá-la também.
19. A velocidade da tecnologia está abalando conceitos como Direitos Autorais, e até interferindo na emoção, visto que, por exemplo, pode se conseguir em minutos qualquer música que se queira. Fale-nos sobre isso.
Isso é a consequência da evolução dos tempos. Se as pessoas passam todos o tempo em torno do que consideramos tecnologia (quer seja a internet, o IPOD, o telemóvel e notebook, o computador, a TV interativa,…) há que chegar perto dessas pessoas. E, se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé.
20. Pode nos falar de pelo menos uma obra que tenha influenciado a sua vida e o seu Ser?
Tenho várias que me têm influenciado ao longo da vida.
“Verónica decide morrer”, de Paulo Coelho, deu-me um grande impulso para ir de encontro às minhas ideologias, numa altura em que arrisquei vingar na cidade grande.
“O Principezinho”, de Saint-Exupéry, lido em idade já adulta, mas que me permitiu manter a simplicidade que nós, em crianças, entendemos do mundo que nos rodeia.
Muitos outros…
21. O que é para você a felicidade?
A felicidade é um conceito tão complexo aos olhos da humanidade. Quase que foi criado pelos homens, como mais um problema, para que estejamos sempre em conflito interior.
Não entendemos que a felicidade não existe nos outros, ou nos bens que adquirimos; mas no nosso íntimo, no nosso ser. E, felicidade, pode ser qualquer coisa…um sorriso, uma breve brisa do mar, ou o cheiro dos bolos acabados de fazer, que saiam do forno da nossa cozinha…
Felicidade do prazer de dar esta entrevista e falar contigo, que lês.
22. Fale aos leitores de Palavra Fiandeira sobre o que é para você a paixão.
É um amar com muita força! (sim, é uma piada minha com os meus irmãos!)
23. Confidencie-nos algo que muito a entristece.
O egoísmo da humanidade!
24. Na década de 80, o movimento literário alternativo explodiu no mundo. Poetas de todos os lugares publicaram e divulgaram a poesia em folhetos, revistas xerocadas e até mimeografadas. Hoje surge um novo fenômeno, que são os blogueiros. Como vê a ocorrência desse fenômeno e a sua validade enquanto movimento de divulgação poética?
Marciano Vasques, conhecemo-nos por acaso? A importância é aquela que se dá a quem está a ver, ouvir ou sentir e a validade só depende do sentimento mútuo.
Se não tivesse criado os meus blogues; se outros não me tivessem convidado para os seus blogues; se tu não tivesses entrado nesses mesmos blogues; esta entrevista não aconteceria.
Qual é a importância disso?
25. Deixe uma mensagem para o leitor de Palavra Fiandeira.
“As pessoas que singram neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam.” George Bernard Shaw.
Nestes últimos tempos esta é uma frase que me acompanha sempre. Obrigada.
Postado por MARCIANO VASQUES às 17:51
8 comentários:
Maria25 de setembro de 2009 01:28
As palavras sinceras...de pureza e nova filosofia do ser. Entendo-as como um nova vontade, possivel, de existir. Sem as limitações criadas por esta sociedade capitalista...e fora de moda!!Gosto sempre de te ler nas conversas com os outros minha irmã.
Cátia
JOTA ENE25 de setembro de 2009 03:17
Parabéns amigo, pela entrevista.
Quanto à foto, bela escolha... disponha sempre.
Um abraço e bom f-d-s
ZezinhoMota25 de setembro de 2009 03:42
Gostei de ler aquilo que a sua sensibilidade deitou cá para fora.
E nos mostrou um pouquinho de si.
Seja feliz.
ZezinhoMota
Fernando Reis Costa25 de setembro de 2009 06:54
Li com muito apreço a sua entrevista. ***
"Tudo o que é feito com amor é poesia." ***
Estas palavras são suas, Carmen Izequiel!
E sinto que TUDO o que Você faz e diz "é pura poesia" no sentido mais rico do termo.
Parabéns, amiga!
Um abraço.
Fernando
Francisco e Mafalda29 de setembro de 2009 02:24
Adorei amiga...:-) Quem te conhece sabe q tu és tudo aquilo que transmitiste... és sem dúvida um ser maravilhoso. Beijinhos grandes da tua amiga Ana Rita
Elaine Barnes7 de outubro de 2009 17:00
Gostei bastante de ler todas as entrevistas no blog. Fiquei agora conhecendo pessoas que talvez sem esse espaço não conheceria. Eu sou uma aprendiz. Uma amiga psicanalista fez o blog pra mim e pediu que eu postasse coisas antigas que eu havia guardado em papeis amarelados pelo tempo e escrevesse coisas novas no intuito de organizar as idéias para trabalhar meu lado masculino já que o feminino intui e cria. Precisava da ordem. E assim faço. Acabei adorando e me sentindo feliz,mesmo sem ser uma poetisa e escritora. Conheci muita gente boa e excelentes escritores. Vou aprendendo a escrever melhor,ainda tenho bastante dificuldade,mas,me comunico como sei e expresso meus sentimentos e emoções tal qual estão dentro de mim. Ordenar não é fácil rs... bjs
Elaine Barnes7 de outubro de 2009 17:09
Marciano,vi que está seguindo meu blog e quero agradecer. Por curiosidade gostaria muito de saber como chegou até ele, através de quem? Me sinto honrada de tê-lo como seguidor viu! bjs
Mitinha Gaiteira12 de outubro de 2009 05:07
Ainda não dei o meu testemunho... Deixo-o aqui para o juntar a outros que se sentiram tocados pelas palavras,... pelo SER.
Nesta entrevista fala-se de poesia, com poesia, sem esforço, sem rimas, sem técnica. Mas sente-se a poesia. Desta "estranha forma de vida" que me vai ficar bem guardada:
"Penso que a poesia podem ser todas as formas de que, cada pessoa, em seu tempo, em seu lugar, utiliza para fazer o bem; sem nada esperar receber; que tenha fé ou esperança num mundo melhor."
Não há fim, só o infinito, em cada um...
Obrigado Carmen
(Paula e Sofia)
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