Um Papai Noel de saco cheio!
Edson Gabriel Garcia
Fico imaginando como seria a vida sem natais e sem papais noéis. Seria sem graça, já que o bom velhinho ajuda a encantar a vida de todos nós... ou seria mais interessante pois teríamos desde cedo a oportunidade de viver a vida como ela é? Pois é nunca consegui chegar a conclusão alguma. Aliás, desde os meus tempos de pai de filhos pequenos, convivi com essa dúvida cruel e atroz. Acabei optando, por razões nada originais, por desmascarar o bom velhinho, explicando desde cedo aos meninos e à menina que o papai Noel deles, bom ou ruim, era eu mesmo e que o presente desejado, tinha que ser desejado dentro dos limites possíveis e propostos, já que a grana para isso sairia do orçamento nosso. De qualquer forma curtimos bons natais, inventando outras formas de viver esses dias natalinos e noelinos. E todos eles (meus três filhos) sobreviveram e nem por isso são pessoas diferentes das outras.
Enfim, por essas e por outras, é que o tal Papai Noel – mesmo hoje que a minha barba branca e meu saco cheio me aproximam no quesito simpatia ao bom velhinho – nunca me desceu redondo pela goela abaixo (alguém poderá até insinuar que isto teria a ver com a minha infância pobre... trauma...etc).
O fato é que hoje, neste dezembro casmurrento, cheio de chuvas torrenciais, que viram pelo avesso minha doce Sampa e que não perdoam sequer as luzes natalinas, fico pensando se não podíamos arrumar alguma coisa bastante interessante para o Papai Noel fazer, já que cada vez mais o consumismo imposto e infartante tira da criançada o sabor da imaginação.
Pensei, pensei e descansei.
Pensei, pensei e ponderei.
Pensei, pensei e ... bingo! Claro! Por quê, não? Encher o saco do Papai Noel! Epa! Peraí! Não é isso que você está pensando. Estou falando de encher o saco do Papai Noel ,,, de livros! E sugerir a ele que passe o resto dos dias distribuindo livros de presente de natal para a meninada.
Oxalá dessa forma, mudando o destino do Papai Noel, mudaremos o destino do país, enchendo-o de novos leitores, fazendo crescer o nosso Pé de Meia Literário.
Para pensar e sonhar.
Sampa, dezembro de 2009
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