sábado, 30 de março de 2013

RS: Exposição da AEILIJ no Leopoldo Tietbohl

Caros associados:


A primeira instalação no dia 19 de março na Escola Estadual Ildefonso Gomes foi muito bacana. Todas as turminhas  da tarde compareceram para visitação e conversaram com os autores presentes.

Desta vez é na Escola Estadual Leopoldo Tietbohl. Participem!

Esperamos mais autores nesta 2ª instalação. 


Postado por Jacira Fagundes

sexta-feira, 29 de março de 2013

SP: Novo livro de Alina Perlman


E se... você tivesse em sua casa um quintal mágico, onde surgissem carneiros, dragões, princesas e até países distantes?

Se você ler o livro de Alina Perlman, com ilustrações de Orlando Pedroso, vai conhecer a história de Vera e Bruno.

Esses dois irmãos têm um quintal assim. Fica no fundo da casa deles e parece muito sem graça. Mas os irmãos passam mais tempo lá do que no quarto. E é com as palavras mágicas E se... que tornam tudo possível...

SP: Canto & Encanto da Poesia - Reflexão

Reflexão


já houve morte, crucificação
retomo a reflexão do nascimento
após tantos consumados séculos
a criança guarda esse segredo
uma vida da qual sou incapaz

mesmo que reis diariamente depositem
suas dádivas sagradas a meus pés
ao neonascidos a responsabilidade
de um mundo melhor, onde Jesus menino
possa ser um feliz bebê cor-de-rosa

o caminho, a verdade e a vida
são um só – Jesus caminho
caminho de Jesus crucificação

nem Judas, nem Tomé – sábia serpente
escolho serenamente deixar
Jesus salvar sempre incansável
famintos, inocentes, desvalidos
sem-lei, sem-terra, sem-teto
vasta lista sem fim

nem Pedro, nem João – mansa pomba
escolho o conforto de deixar
Jesus nascer a minha vida
(aquela pela qual sou responsável?)
– viver-morrer por mim

nilza azzi


Nilza Azzi é escritora associada da AEILIJ SP

terça-feira, 26 de março de 2013

NE: Ilustradores Latinoamericanos



Já está no ar o "Dicionário de Ilustradores Latinoamericanos". Um incrível apanhado do trabalho de ilsutradores de toda a América latina, desde o México, passando pela América Central, até chegar ao Brasil e aos demais países da América do Sul. Além de uma bela amostra da criatividade dos ilustradores listados, há um pouco de sua biografia, de sua produção, assim como formas de contato.

Vale a pena visitar: para conhecer um pouco mais do que fazem os demais colegas latinoamericanos, para descortinar novas possibilidades, bem como para encher os olhos de beleza. Recomendo!

Ah, em tempo: a listagem dos ilustradores está por sobrenome. Por exemplo: José da Silva, deve ser buscado como Silva, José da. Para acessar o Dicionário de Ilustradores Latinoamericanos, clique em http://www.smdiccionarioilustradores.com/index_i.php.

segunda-feira, 25 de março de 2013

SP: Canto & Encanto da Poesia - Abelha



Abelha


Qual abelha, da flor, querer-te-ia

doce, meu doce amor, de tal doçura,

que o mel que eu fabricasse fosse pura

delícia ao paladar, fosse iguaria,



inesgotável fonte de ternura...

E assim chegar-me a ti, dia após dia,

supondo que esse amor recriaria

a luz que minha alma inda procura.




Então a cor dourada do meu mundo,

em si, traria um brilho esplandecente

― a força criadora de uma aurora.



Mas isso é uma ilusão, sonho infecundo;

é voz de um sentimento que não mente,

mas baila, diz adeus, e vai embora.


Nilza Azzi



Nilza Azzi é escritora associada da AEILIJ SP 




Um comentário:

  1. Nilza, minha cara amiga!
    Parabéns!!!! A ABELHA é um primor. Adorei. Mil bjs,
    Regina Sormani

sexta-feira, 22 de março de 2013

NE: Brincar de Escrever - Ano 3


Tudo confirmado para mais uma edição do projeto Brincar de Escrever neste ano de 2013. 

A parceria da Rede Globo Nordeste e da Fliporto continua, com a curadoria literária de Antonio Nunes (Tonton) e com a participação de escritores e ilustradores de todo o país (associados da AEILIJ) para a avaliação dos textos dos pequenos autores.

E neste ano, há boas duas novidades:

1. A duração do projeto será ampliada e terá lugar de 01 a 26 de outubro;

2. As inscrições também poderão ser realizadas em terminais que estarão disponíveis na Casa do Livro Infantil e da Leitura de Olinda (CLILO), que fica no Largo do Amparo, n. 310 - na cidade alta.

A expectativa é ampliar a participação das crianças olindenses no certame, em especial daquelas residentes na vizinhança da CLILO.

A exemplo dos anos anteriores, o projeto contará com uma arena montada no Shopping Center Recife e com inscrições via interntet.

Para assistir ao clipe institucional e conhecer um pouco mais do Brincar de Escrever, cliquem aqui.

Agora é ir se preparando, com muita leitura e exercitando a escrita, e esperar outubro chegar. Aguardem!

segunda-feira, 18 de março de 2013

SP: Pé de meia literário (20)



30 anos do Programa de Salas de Leitura das Escolas Municipais de São Paulo

O Programa de Salas de Leitura das escolas municipais de ensino fundamental de São Paulo completam neste ano (2013) trinta anos de existência.  Na década de setenta, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo tinha um projeto chamado Programa Escola Biblioteca em prática em algumas escolas. Era um programa centrado em fichas de leitura, dezenas delas para cada livro. Os leitores liam um livro, que fazia parte do acervo, e respondiam durante a leitura a dezenas de fichas  centenas de perguntas. A leitura, do ponto de vista técnico, feita, mas o prazer de ler passava muito longe. Em 1983, há trinta anos atrás, algumas mudanças começaram a acontecer no ensino municipal paulistano. Ventos democráticos sopravam na política nacional, a ditadura dava seus últimos suspiros e  a educação discutia alguns dos princípios de antes. Um deles, o gosto  pela leitura e a organização dos espaços de leitura nas escolas. Uma equipe destacada pelo novo comando da secretaria de foi encarregada de avaliar o programa anterior e propor mudanças, em ritmo acelerado. A equipe, assessorada por professores das universidades públicas, estudou, avaliou, sentiu o momento e propôs: do programa centrado em fichas de leitura o passo seguinte era colocar a literatura no centro da leitura prazerosa. Para isso era necessário desmontar o programa anterior e apresentar uma nova proposta. Isso foi feito, acompanhando novas visões do ensino da língua na escola, ampliando a questão da leitura para a escola como um todo. Foi feita a proposta, baseada em três pontos: criar espaços adequados e amplos, formar permanentemente os professores responsáveis pelas atividades de leitura nesses espaços e ampliar o acervo. Estava assim criado o Programa de Salas de Leitura das escolas municipais de São Paulo. Algumas coisas foram deixadas para trás e outras precisavam ser feitas. De cara, entendeu-se que os espaços para as atividades de leitura não poderiam mais ser adaptados, escondidos, apertados. A Sala de Leitura merecia uma sala própria, do tamanho de uma sala de aula. Uma sala que pudesse acomodar mesas e cadeiras, prateleiras, muitos livros e...alunos e professores. A disposição dos móveis e dos livros ficou por conta da criatividade da equipe escolar. Os móveis novos começaram a chegar e os livros em boa quantidade. Também ficou entendido que cada Sala de Leitura deveria ter um – ou mais – professor responsável pelo espaço, pela organização e pelas atividades ali desenvolvidas. Não mais um professor qualquer, alguém afastado da sala de aula: um professor com perfil apropriado para o novo trabalho, principalmente alguém que fosse ou quisesse se formar como leitor. Escolhidos, esses professores tinham curso de formação inicial e, depois, permanentemente encontros bimestrais para troca de experiências, discussões, leituras, palestras, etc. A formação dos professores orientadores destas salas de leitura focava o prazer da leitura, a qualidade do material e das atividades, a diversidade de atividades, a freqüência semanal dos alunos ao espaço, o professor das classes como leitor parceiro e a visão da leitura como poderoso instrumento de aprendizagem. 
O acervo foi o outro ponto  desse tripé  que teve  um tratamento  especial. Paralelamente ao boom da literatura infantil e juvenil de autores brasileiros, os acervos começaram a crescer, a ter reposição anual e contar com a participação dos professores na indicação de livros para a compra. Variedade, diversidade, atualidade. Ao longo dos anos seguintes, o Programa de Salas de Leitura foi crescendo, cada ano com mais e mais escolas recebendo acervos, mobiliário e professores bem formados. O bicho pegou! Hoje, trinta anos e diversas administrações municipais depois, chuvas, trovoadas, raios, relâmpagos, nada abalou o programa, que continuou crescendo e se fortalecendo. É, certamente, o programa de incentivo à leitura e formação de leitores em redes de ensino públicas mais longevo de que se tem notícias. Sabe por que eu sei essas coisas? Porque eu estava lá, coordenando a equipe que legou para a história da educação municipal de São Paulo e do Brasil uma das experiências mais ricas, interessantes e duradouras. E, neste 2013, quando muitas redes públicas de estados ricos ainda patinam e não têm propostas minimamente razoáveis para a questão da leitura, eu troco a saudade pela certeza de que quando se quer é possível fazer e fazer bem feito. Os caras que descobriram ou - inventaram - o Brasil já sabiam: em se plantando tudo dá! Parabéns ao Programa de Salas de Leitura das Escolas Municipais de São Paulo e a todos os que de um jeito ou de outro contribuíram para essa história de sucesso.


EDSON GABRIEL GARCIA
Escritor e Educador


Postado por Regina Sormani às 12:14  
8 comentários:


Anônimo18 de março de 2013 14:25
Oi, Edson, que bom que você lembrou! Eu também estava lá e adorei cada momento. Alíás, tudo o que aprendemos e construímos como grupo ilumina a minha vida até hoje. Beijos a todos os companheiros. América

Danilo Marques19 de março de 2013 11:04
Grande EGG!!! Parabéns pelo texto!!!

Anônimo20 de março de 2013 19:56
Olá, Edson Gabriel!!
Só você mesmo para ter uma iniciativa maravilhosa como esta.O ex-jogador Romário estava totalmente enganado: ele não é O cara; você é O Cara!!!
Parabéns!!!
Abração!
Tadeu

Anônimo21 de março de 2013 06:11
Parabéns pelo texto Edson e obrigada por continuar incentivando essa molecada a ler. Obrigada também pela parceria com a Escola Zacaria. 
Um grande abraço!
Socorro Lacerda de Lacerda

Aquece a Escrita21 de março de 2013 09:16
À época (1979 a 1983) eu tive dimensão da competência e garra do Edson. Mas só hoje percebo que o colega entendia a dimensão histórica de um sonho e que isso faz a diferença. Saudade dos bons momentos de criação pedagógica e da juventude didática que vivíamos e possibilitávamos que outros compartilhassem.

Anônimo21 de março de 2013 11:11
Oi Edson, eu tb estava lá naquele início e foi bom relembrar. Ótima a sua iniciativa de refazer a trajetória.Algumas coisas n~]ao devem ser esquecidas.
Beijão da Lidia Izecson

wilma helena27 de março de 2013 08:49
Oi Edson. Adoraria que o Programa da sala de leitura chegasse à EMEI. Bjos Wilma

Anônimo1 de abril de 2013 14:16
Amigo querido,Parabéns!Sou sua fã!bjs
Silvana Canonico

domingo, 17 de março de 2013

RS: Tecendo histórias, traçando ideias


TECENDO HISTÓRIAS, TRAÇANDO IDEIAS, Projeto da AEILIJ- Regional RS em parceria com a 1ª CRE, terá abertura no dia 19 de Março.

A AEILIJ parabeniza os escritores e ilustradores participantes e convida a todos seus associados para evento da maior relevância.

"O ambiente interno da escola - com suas salas, corredores, pátios, paredes - é um espaço essencialmente coletivo e sua peculiaridade é que pode ser usado como recurso educacional. Sendo a vocação da escola o educar, parece óbvio que seu espaço e suas paredes também sirvam para o aprendizado do ler e do olhar."
             
                                                                                      Eva Furnari

quinta-feira, 7 de março de 2013

SP: Mural - março de 2013

 
 
NÚMERO 37 - Março de 2013
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NOTICIAS DE ASSOCIADOS

Colega associado, de toda parte do Pais e fora,
 se tiver uma noticia para nós,
por favor nos envie para que possamos divulgar.
Jamais se sinta desprezado;
sua noticia pode não estar aqui
porque não sabemos a respeito dela,
nos ajude.
Obrigado.
 
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ROSANA RIOS

COMPLETA 25 ANOS DE CARREIRA LITERÁRIA
E COMEMORA COM SEU LIVRO DE NÚMERO 130
 
 
"No dia 16 de março vou lançar meu livro número 130: "Contos de Fadas Sangrentos", coletânea de recontos que pesquisei, com cinco histórias clássicas e assustadoras...
Esse lançamento comemora meus 25 anos escrevendo livros para jovens e crianças, saga que começou em 1988 e parece que não termina mais...
Apareçam para comemorar comigo e comer bolo!

Quando: 16 de março de 2013, sábado, das 15h às 19h
Onde: Livraria da Vila - Rua Fradique Coutinho, 915 - Pinheiros
O quê: Tarde de autógrafos, Contacão de histórias, Palestra "Histórias Ancestrais: Raízes dos Contos de Fadas", coquetel e BOLO!

Todos os amigos são bem-vindos, sua presença me fará muito feliz."
Rosana Rios
CONFIRME SUA PRESENÇA 
NO CONVITE FEITO PELA AUTORA NO FACEBOOK, 
CLICANDO AQUI!

 
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NOTICIA DE MÁRCIA ZSÉLIGA

EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE CATÁLOGO
DO PROJETO FAZENDO ARTE,
NO HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE (CURITIBA - PR)
 
 
"Quero compartilhar o resultado de um trabalho delicioso que fui convidada a desenvolver com as crianças internadas do Hospital Pequeno Príncipe, em 2012, aqui em Curitiba, no projeto de oficinasFazendo Arte .Nos links abaixo está uma pequena parte do que foram os 3 meses de oficinas.
Duas exposições abriram hoje simultaneamente, com uma parte da produção que seguiu viagem para Nova York, na galeria Art at Format, outra no próprio hospital com o lançamento do belíssimo catálogo apresentando a produção das crianças.
No site do Pequeno Príncipe dá para interagir com alguns dos livros que foram produzidos durante as minhas oficinas. Um trabalho divertido e transpirando arte, que promoveu uma melhor atmosfera em ambiente hospitalar e revelando talentos mirins especialmente sensibilizados não só por estarem em tratamento mas também por serem acolhidos por uma equipe de profissionais transbordando amor e carinho.
Foi uma experiência maravilhosa estar nesse universo. Lá trabalhei com eles diversos livros de literatura que ilustrei e que fizeram muito sucesso. Entre eles: João e Maria de Barro e O Gigante Pequenininho, de Luiz Antonio Aguiar, Dona Salete de Copacabana e A Caixinha de Narizes, de Liana Leão, No Trilho do Trem e A Rua Barulhenta, de minha autoria, SXegredos do Coração, de Ana Luiza Baptista.
Agradeço a toda equipe do Hospital Pequeno Príncipe pela oportunidade, às crianças que, mesmo fragilizadas, vi ganharem um brilho especial no olhar e sorriso ao mexer nas tintas e criarem verdadeiras obras de arte e com isso colaborar numa melhor recuperação da saúde, e à Literatura cujo caminho escolhi para deixar ao mundo uma mensagem de mais amor, alegria e sonho.



Meu grande abraço e gratidão a todos que estiveram comigo de forma direta ou indireta participando de mais um lindo sonho realizado,

Márcia Széliga"


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COBRADORA DE ÔNIBUS E ESCRITORA DE LIJ 

NOTÍCIA APRESENTADA POR CHRIS ALHADEF (RIO) 


"Escrevo para apresentar o projeto de um amigo muito querido, Clementino Junior,
que está batalhando fundos para a produção de um documentário sobre a
trajetória da Sonya Silva, que está cobradora de ônibus mas nasceuescritora de livros infantis.
Para possibilitar a finalização deste filme, ele está usando o site catarse
para arrecadar fundos de uma forma muito simpática – pode-se doar a partir de 10 reais,
e receber nome nos créditos finais do filme como agradecimentos especiais.
Aqui vai um texto do Clementino, que explica a empreitada:
Conheci Sonya Silva há 8 anos, e desde a Bienal do Livro de 2005 venho registrando suas conquistas e derrotas na batalha para se firmar como escritora de livros infantis.
Esta Cobradora de Ônibus da linha 125 (Central/Gen.Osório) que escondeu da empresa o primeiro lançamento de seu livro para não perder o emprego, e ao ter
matéria publicada no RJTV viu sua história crescer na mídia, a empresa entender e apoiar sua iniciativa, e ela seguir para vários eventos, programas de TV, mas
ainda na batalha de vender seus livros praticamente de mão em mão, eventuais crises com editoras, criar o filho, ser apoiada pelo filho, enfim… quase uma década
da vida de uma escritora cujo talento progrediu, que acredita que a leitura salva vidas, mas que até agora batalha para modificar a própria através do seu sonho com os livros.
O documentário ANJO DE CHOCOLATE vem sendo captado em diversos formatos, do DV no início ao Full HD recente.
Expectativas viraram fatos, outras estão por se concluir… ou não, e este filme pretende mostrar acima de tudo o valor e o desejo de Sonya Silva de ser mais do
que o padrão que a sociedade reservou a esta escritora nascida no Morro do Escondidinho (Rio Comprido – Rio de Janeiro), filha do “Seu Miúdo”, ex-bancária,
ex-vendedora de quentinhas… e que segundo ela “está cobradora de ônibus mas nasceu escritora”.
beijos e obrigada."




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TREVO DE LEITURAS - MARÇO


"As águas chegam com o mês de março ou o mês de março chega com suas águas?
 O gostoso é que a chuva dessa vez é de belíssimas resenhas.
 E nossos resenhistas são:

 Cristina Villaça lê A menina que esqueceu que era gente, de Eduardo Loureiro Jr...

... que lê Meu amigo virtual, de Socorro Miranda...

... que lê Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu!, de Cristina Villaça.


Boa desgustação!

Cristina Villaça e Naná Martins
Coordenadoras do Trevo de Leituras



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LANÇAMENTO NA CASA DE LIVROS



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LANÇAMENTO NO ESPAÇO SATYROS

Dia 27, das 19 as 23hs.
Praça Roosevelt 214

 


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SARAU LA VIE LA IN CLOSE


SARAU DA VIELA
Dia 10 às 15hs.
Jd. Boa Vista - Morumbizinho - SP


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TROCA DE LIVROS NO VÃO LIVRE

Dia 09 às 13hs.
Vão livre do Masp

quarta-feira, 6 de março de 2013

PR: Projeto Fazendo Arte com a ilustradora Márcia Széliga, no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba



A ilustradora Márcia Széliga foi convidada a desenvolver com as crianças internadas do Hospital Pequeno Príncipe, em 2012, aqui em Curitiba, o projeto de oficinas Fazendo Arte. Foram os 3 meses de oficinas. 

Duas exposições abriram hoje simultaneamente, com uma parte da produção que seguiu viagem para Nova York, na galeria Art at Format, outra no próprio hospital com o lançamento do belíssimo catálogo apresentando a produção das crianças.

No site do Pequeno Príncipe,
http://www.fazendoarte.pequenoprincipe.org.br/, dá para interagir com alguns dos livros que foram produzidos durante as minhas oficinas.

Um trabalho divertido e transpirando arte, que promoveu uma melhor atmosfera em ambiente hospitalar e revelando talentos mirins especialmente sensibilizados não só por estarem em tratamento mas também por serem acolhidos por uma equipe de profissionais transbordando amor e carinho.

Foi uma experiência maravilhosa estar nesse universo. Márcia Széliga trabalhou com as crianças diversos livros de literatura que ilustrou e que fizeram muito sucesso. Entre eles: João e Maria de Barro e O Gigante Pequenininho, de Luiz Antonio Aguiar, Dona Salete de Copacabana e A Caixinha de Narizes, de Liana Leão, No Trilho do Trem e  A Rua Barulhenta, de sua autoria, SXegredos do Coração, de Ana Luiza Baptista.

A ilustradora está agradecida a toda equipe do Hospital Pequeno Príncipe pela oportunidade, às crianças que, mesmo fragilizadas, viu ganharem um brilho especial no olhar e sorriso ao mexer nas tintas e criarem verdadeiras obras de arte e com isso colaborar numa melhor recuperação da saúde, e à Literatura cujo caminho Márcia Széliga escolheu para deixar ao mundo uma mensagem de mais amor, alegria e sonho.

Postado há 6th March 2013 por Marilza Conceição

SP: Quem conta um conto... - Alexandre de Castro Gomes

Quem conta um conto dessa vez, é o Alexandre de Castro Gomes, um carioca que tem publicado muitas histórias "da hora". Até no email dele tem fantasia @eraumavez. É o escritor da vez, não fosse plágio diria que ele "é o cara". Vale a pena conferir!


Papa-defunto

Passou o corretivo no rosto para disfarçar as manchas da pele. O blush devolveu o jovial tom corado, necessário para o evento que se seguiria. Uma echarpe colorida cobriu o ferimento no pescoço. Estava pronta.

- O cabelo deve ser penteado para o outro lado.

Penteou o cabelo para o lado oposto e deu o serviço por terminado. Fechou o caixão e saiu.
Gilberto tinha um dom. A comunicação com os desencarnados só ocorria se estivesse próximo aos seus restos mortais. Uma vez que o corpo era levado, tal ligação era quebrada.
Sua funerária, a Bai-bai Serviços Funerários, era muito procurada. Tamanho sucesso era compreensível. Gilberto conseguia fazer com que os mortos ficassem com uma aparência tão boa que parecia até que eles mesmos se arrumavam, do jeitinho que faziam quando estavam vivos.
“Dê um recado para minha filha...”, “Nunca gostei desse vestido...”, “Quero ser enterrado com o meu relógio de ouro...”, “Achei o caixão cafonérrimo...” – Os pedidos eram seguidos à risca. O pobre homem não tinha tempo para mais nada. Seu dom se transformara em um fardo pesado demais para ser carregado. Até o dia...

- É você, Gil?
- Silvana? – perguntou surpreso.

Ela mesma. Deram o primeiro beijo aos quinze anos. Aos dezesseis os pais de Silvana desapareceram e a jovem acabou adotada por um casal da capital. Nunca mais se viram.
Naquela manhã, o responsável pelo necrotério do município lhe pediu que preparasse um corpo não reclamado que seria enterrado como indigente. Quem poderia imaginar?

- Meu Deus, Silvana, o que aconteceu contigo? – perguntou desolado.
- Ai, Gil! Minha vida foi tão confusa. Meus pais adotivos faleceram há alguns anos e fiquei sozinha. Sinto que busquei nosso amor juvenil em cada homem que tive. Quando vi que nunca te substituiria, larguei tudo e voltei. Assim que entrei com o carro no nosso antigo bairro, me desviei de um cachorro e caí no canal – respondeu a moça aos prantos. – Que desgraça!

Foi só então que ela se deu conta do que estava acontecendo.

- Espera aí! Como você pode estar falando comigo? Afinal eu morri ou não morri?
- Infelizmente sim – respondeu enquanto acariciava seu rosto machucado. - Daqui a pouco levarão seu corpo e não nos falaremos mais.

Gilberto explicou seu dom. Depois contou que passou anos tentando localizá-la. Nunca mais amou outra. Agora uma ironia do destino os impedia de estarem juntos novamente.

- E se não enterrarmos você? – antes que ela respondesse, ele continuou. – Ninguém aqui te conhece. Você mesma disse que não tem vínculos na capital. Posso guardar seu corpo no freezer do porão e molhar a mão do meu chapa Jurandir, o coveiro, para que ele enterre o caixão vazio. Assim ficaremos até o dia que eu der meu último suspiro e faremos a passagem juntos. O que você acha?

Silvana concordou. Por mais que aquele beijo da juventude nunca pudesse ser repetido, pelo menos teriam a companhia um do outro por alguns anos.

...

- Quem não tiver pedidos a fazer, pegue o tíquete preferencial. Fila para idosos aqui na esquerda. Anda gente, que hoje o Gilberto está super ocupado!

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10 comentários:

angela leite6 de março de 2013 05:31
Só mesmo você, Alex, para bolar uma história tão...necrofilamente boa! Parabéns!!! Adorei!!!
beijos,
Angela

Simone Alves Pedersen6 de março de 2013 05:32
Rs eu adoro seus textos "darks"!

Rosana Rios6 de março de 2013 05:34
Kkkkkkkk... muito bom!

Cris Alhadeff6 de março de 2013 05:53
Adorei! Parabéns!

Alexandre de Castro Gomes6 de março de 2013 05:57
Obrigado, galera! Beijos!

Marilia Pirillo6 de março de 2013 06:14
Eu acho que com o tempo a Silvana foi ficando meio "fria" com o Gilberto... Será que o amor sobreviveu? KKKKK! Adorei!

Márcia Széliga6 de março de 2013 06:16
Alex! Apaixonante! (G)Amei! Conta outras do Gilberto na comunicação com os mortos? Seu conto é bem daqueles que, quando termina, a gente fica a imaginar a continuidade da relação dos dois até que façam a passagem juntos. Imaginei por exemplo os papos que ele traria do trabalho para compartilhar com a amada... nossa! que viagem. Muito bom. GÊNIO!

Alessandra Roscoe6 de março de 2013 06:38
Genial, Alex! E tem a sua cara! Muito bom mesmo, adorei!!

Edna Bueno6 de março de 2013 07:14
Gostei muito! Ótimo!

Edna Bueno6 de março de 2013 07:33
Grande ideia continuar a história dos dois, na torcida.

terça-feira, 5 de março de 2013

PR: Reunião de trabalho - março 2013

Estiveram presentes na reunião da regional do Paraná da AEILIJ, no mês de março, os profissionais: María Rosana Mestre, Marcus Matumoto, Alexandra Barcellos e Marilza Conceição. Na pauta, a definição das atividades da II Jornada de Literatura e Arte da AEILIJ-PR na Poetria Livros e Arte. 



Postado há 5th March 2013 por Marilza Conceição

NE: A AEILIJ e as novas gerações


Estive, na manhã de hoje, em companhia da escritora Patrícia Vasconcellos (associada da AEILIJ/PE), no Instituto Federal de Educação de Pernambuco (IFPE) para um animado bate-papo com estudantes do Curso de Design Gráfico desta instituição, para falarmos sobre a literatura infantojuvenil, das relações entre os autores do texto e da imagem, bem como das ações e finalidades da AEILIJ.

Agradecemos o convite e a oportunidade, bem como o grande interesse demonstrado pelo alunado, razão pela qual o papo transcorreu descontraído e recheado de questionamentos para lá de instigadores. Foi muito bom participar deste encontro com as novas gerações de criadores que, atualmente, se dedicam a uma disciplina relacionada à engenharia de papel, na qual deverão versar textos de autores pernambucanos para o formato pop-up, dentre eles, o meu "Pepeia, a centopeia". Agora é esperar para ver o resultado.

Ah, já estão agendados novos papos para outros assuntos relacionados à cadeia criativa e produtiva dos livros infantis e juvenis. É sempre bom interagir com as futuras gerações de profissionais com os quais, muito em breve, poderemos estar trabalhando em um projeto conjunto. Contem conosco na caminhada!