quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SP: Canto & Encanto da Poesia - Alakazam

O blog paulista, no mês de janeiro, apresenta a poesia da escritora Rosana Rios, associada da regional SP.
Obrigada pela participação e um grande beijo.
Regina Sormani 


ALAKAZAM

Voei o mundo num tapete mágico,
as mil e uma noites revivi;
visitei xeques, sultões e califas
para cumprimentá-los aprendi:

Shalam Aleikam!
Aleikam Shalam!

Histórias de Sherazade eu ouvi
enquanto alguém dizia: Alakazam!

Vi o sol se pôr atrás dos minaretes,
vi o sol nascer e pintar a manhã;
senti as areias do deserto, quentes,
onde passam camelos, 
caravanas
e os mercadores sempre em seu afã;
Ouvi os encantadores de serpentes
Enquanto alguém dizia: Alakazam!

Havia gênios presos nas garrafas,
havia grutas cheias de tesouros,
havia príncipes que se curvavam
e me diziam: Shalam Aleikam!

Havia djins e magos
poderosos,
havia palácios esplendorosos
Enquanto alguém dizia:Alakazam!

Fechou-se o livro, acabou-se a história
e mesmo Sherazade se calou.
Foi-se o Oriente intenso dos meus sonhos
quando a realidade retornou...

Mas a palavra mágica não morre:
se eu me lembrar, ela não será vã.
Para acordar as mil e uma noites,
Sei que basta eu dizer: Alakazam!

Alakazam
in "Palavras Mágicas". SP: Studio Nobel, 2010.
Poemas de Rosana Rios. Ilustrações de Mariana Massarani.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SP: Pé de meia literário (5)

Edson Gabriel Garcia

Novas Bandeiras Desfraldas

Conheço Pedro Bandeira há um bom tempo, desde a época em que ele trabalhava na Editora Abril participando da edição de revistas para crianças e jovens, a Recreio – que ainda existe - e uma outra, para jovens, já extinta, da qual não mais me lembro o nome. Naquela época ele já era a pessoa envolvente que é hoje.

Cruzamos os nossos caminhos algumas muitas vezes, ele sempre muito generoso com os colegas de profissão. Lembro-me de duas ocasiões, em especial. Uma delas, ao longo dos anos 98 e 99, em que ele, eu, Vinícius Caldevilla e Márcia Kupstas nos reuníamos, uma vez por mês, sempre num final de tarde que virava parte da noite, para conversar sobre livros, literatura, textos, edições e coisas demais dessa vida. Conversávamos, comíamos e bebíamos para matar a sede, que ninguém é de ferro. Desses encontros surgiram alguns textos publicados aqui e ali e sobraram boas lembranças. A outra ocasião foi no dia 14 de novembro de 2003, data em que ele, natural de Santos, foi homenageado com o título de Cidadão Paulistano pela Câmara Municipal de São Paulo. Outra boa lembrança que guardo dele.
O Pedro, um dos autores de nossa geração mais lido, vendido, comprado, adorado, indicado, comentado, publicado etc, dono de um texto que chama a moçada à leitura, tem sempre um ensinamento para todos nós. Recordo de sua insistência em dizer que melhor do que publicar em muitas editoras era concentrar as publicações em uma casa editorial. Facilitaria a negociação, o respeito e a atenção seriam maiores. E não é que tinha mesmo razão!

Mais recentemente, eis o Pedro com novas bandeiras desfraldadas, tendo o seu livro O Fantástico Mistério de Feiurinha, um clássico, descoberto pelo cinema e transformado em filme para a meninada. A experiência e a aprendizagem não acabaram aí. Com o olhar atento, mirando no futuro, ele amarrou a adaptação do livro para o cinema com outras pequenas amarrações: a obrigatoriedade de citação do nome do autor da obra literária nas peças publicitárias, a citação explicita do nome do livro e do autor em uma novela da mais assistida rede de televisão brasileira e agendamento de entrevistas com ele, autor de um livro para crianças, em programas e jornais lidos e vistos por adultos. Ou seja, o Pedro Bandeira marcando presença nos espaços quase nunca oferecidos para a literatura infantil e juvenil. E dessa forma contribuindo para nossa discussão em busca do respeito – há muito merecido – que a literatura infantil e juvenil ainda não tem no mercado editorial e no imaginário brasileiro.

Que venham mais bandeiras desse nosso querido amigo, um verdadeiro bandeirante, um cara que conhece bem o gosto do enorme sucesso, mas que não fecha as portas da sua carreira para si próprio e sempre que pode está conosco na luta. Ele é um baita pé de meia literário.

Para pensar, mudar e cobrar atitudes.

Sampa, janeiro de 2010

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

SP: Mural 5 - Janeiro de 2010


NÚMERO 5 - JANEIRO DE 2010

O Mural é uma agenda cultural postada todo início de mês,
porém, editada ao longo do mês conforme os eventos surgem.
A agenda das bibliotecas é renovada semanalmente.
Amigo associado de qualquer cidade do Estado de São Paulo, contribua... aguardamos notícias dos eventos do interior. 

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NOVO LIVRO DE MARCIANO VASQUES

LETRAS SAPECAS

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NOVOS LIVROS DE ELIANA MARTINS


Entrevistar uma escritora parecia ser muito simples para Manuela e Guilherme. Mas não foi. Em certo ponto da conversa, a escritora desaparece, o cenário muda e eles vão parar no meio das obras da construção de Brasília; quando ainda nem eramnascidos. Como e por que teriam voltado no tempo?
Essa é a trama do meu livro, que acaba de sair pela Editora Salesiana:
VIAGEM AO TEMPO DOSCANDANGOS.
Foi escrito em comemoração aos cinquentenário da capital do Brasil; que acontece este ano.
Para adoções escolares ou público em geral, mande um e-mail para:vendaslivros@editorasalesiana.com.br



O REI MIDAS E A PRINCESA LIA
é meu primeiro livro pela Editora Mundo Mirim. Fiquei muito feliz com a qualidade do livro, das lindas lustrações da Tatiana Paiva; misturando várias técnicas.
Na verdade, a história é umareleitura que fiz do mito grego do Rei Midas. O mito conta que o Rei Midas era louco por ouro, até que apareceu um mago e deu a ele o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro. O rei, é claro, ficou felicíssimo e foi correndo contar a novidade à suafilhinha, a princesa Lia. Mas quando a abraçou...
Você já desconfiou ? Mas leia a história e veja o que aconteceu depois disso.
Um super beijo e volte breve por aqui, pois mais livros novos virão.
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HQ EM PAUTA - ENCONTRO DE PROFISSIONAIS E LEITORES DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Com exibição de documentário, exposição, palestra, mesa redonda, bate-papo com autores, lançamento de livro e sessões de autógrafos.
Dia 16, sábado, a partir das 11h

Programação:
11h: Documentário "Dom João Carioca" (canal Futura)
12h30: Horário de almoço
13h30: Abertura da exposição "História do Brasil em Quadrinhos: Proclamação da República - Bastidores e curiosidades históricas"
14h: "Conteúdos históricos e adaptações de obras literárias para HQ ao longo do tempo", com o editor Franco de Rosa
15h: "Conteúdo histórico e literário: a nova identidade da HQ nacional?", mesa redonda com o desenhista Spacca e o jornalista Paulo Ramos, sob mediação do jornalista Jota Silvestre
16h30: Os bastidores da HQ - "História do Brasil em Quadrinhos: Proclamação da República", com o roteirista Edson Rossatto, o desenhista Laudo e o colorista Omar Viñole.
18h: Sessão de autógrafos com os convidados.



SERVIÇO:
Biblioteca Pública Viriato Corrêa.
 101 lugares. Rua Sena Madureira, 298, Vila Mariana, Zona Sul. Tel. 5573-4017. Veja como chegar.

Toda a programação é gratuita.
 Visite nosso site:www.bibliotecas.sp.gov.br

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ROTEIROS DOS ÔNIBUS BIBLIOTECA DE SP
Horário de atendimento das 9h30 às 15h

Zona Sul

2ª feira
  • Av. Dona Belmira Marin, 3865- Parque Brasil - Grajaú - Estacionamento do supermercado Compre Bem
  • Estrada do M'Boi Mirim, altura do nº 4250 - Jardim das Flores - Jardim Ângela, ao lado da Base da Polícia Militar

3ª feira
  • Rua Emerico Lobo de Mesquita, s/nº - Jardim Vaz de Lima - Jardim São Luís

4ª feira
  • Praça José Boemer Roschel, s/nº - Vila São José - Cidade Dutra, próximo à Praça José Shunck e ao lado do supermercado Compre Bem

5ª feira
  • Rua José Maria Pinto Zilli, s/nº - Jardim das Palmas - Vila Andrade, próximo à estrada do Campo Limpo
  • Rua Marmeleira da Índia, s/nº- Capão Redondo, próximo ao Parque Santo Dias

6ª feira
  • Praça João Beiçola da Silva, altura do nº 700 – Jardim Ana Lúcia - Cidade Dutra, próximo à Avenida Lourenço Cabreira

Sábado - roteiro quinzenal*
  • Praça Fernando Braga Pereira da Costa - Avenida Cupecê, altura do nº 5947 - Jardim Jabaquara - Jardim Miriam
  • Praça Luiz Cunha Moreira, s/nº - Cidade Ademar (Próximo a Rua Salvador Rodrigues Negrão)

Domingo - roteiro quinzenal*
  • Praça Alcindo Rocha Campos, s/nº - Jardim Taquaral - Campo Grande (Alt. do 1300 da Av. Noss Sra. do Sabará)
  • Rua Rafael Correia Sampaio, s/nº, Jardim Palmares - Pedreira
Zona Leste


2ª feira
  • Rua Paulo Tapajós, altura do nº 210 - Itaim Paulista

3ª feira
  • Rua Barros Penteado, 403 - Jardim Iguatemi
  • Av. Alfredo Ribeiro de Castro, s/nº - Vila Sílvia – Cangaíba, próximo à Avenida Engenheiro Goulart

4ª feira
  • Av. Kumaki Aoki, s/nº - Jardim Helena - Praça Craveiro do Campo, junto ao terminal de ônibus

5ª feira
  • Rua Lázaro Gonçalves Fraga, s/nº - Pq. Santo Antonio – São Mateus, esquina com Praça João Galli

6ª feira
  • Av. Baronesa de Muritiba, altura do nº 750 - Parque São Rafael
  • Rua Joaquim Meira de Siqueira, s/nº - Jardim Nossa Senhora do Carmo - Parque do Carmo, próximo à Avenida Mar Vermelho

Sábado - roteiro quinzenal*
  • Av. das Alamandas, s/nº - Cidade A. E. Carvalho (Em frente à E.E. Prof. Nilton Cruzeiro)
  • Praça Ermida, s/nº, - Jd. Nair - São Miguel Paulista (Próximo a Rua José Gory)


Domingo - roteiro quinzenal*
  • Avenida dos Metalúrgicos, s/nº - Cidade Tiradentes (Esquina com Avenida Leandro)
  • Av. Alziro Zarzur, s/nº, Pq. Savoy – Cidade Líder

Zona Norte


2ª feira
  • Praça Augusta Vitória, s/nº - Jardim Brasil – Vila Medeiros, ao lado da base da Polícia Militar

3ª feira
  • Rua Professor José Soares de Mello, s/nº - Cachoeirinha

4ª feira
  • Alameda dos Canários, s/nº - Tremembé - Praça Recanto Verde
  • Rua José Brito de Freitas, s/nº - Vila Bandeirantes - Casa Verde

5ª feira
  • Praça Luiz José Junqueira Freire, s/nº - Vila Penteado - Freguesia do Ó, atrás do Sacolão da Vila Penteado

6ª feira
  • Rua Deputado Emílio Carlos, 1700 - Brasilândia, próximo à Rua do Inverno

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* Atenção: Os roteiros de sábados e domingos são quinzenais. Mais informações pelo telefone 11 2291-5763

O projeto ônibus-biblioteca possibilita que pessoas de regiões mais distantes tenham acesso a livros, periódicos e gibis. São quatro ônibus com roteiros estabelecidos de acordo com a ausência de bibliotecas públicas na região e também por sugestão da população local.Leia mais sobre a História do Ônibus-Biblioteca em São Paulo.
Informações ao público:Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas
Coordenadora: Marta Nosé Ferreira 11 2291-5763
Assistência: João Batista de Assis Neto 11 8300-7827
e-mail:smbonibusbiblioteca@prefeitura.sp.gov.br

Acompanhe a experiência da escritora e ilustradora Nireuda Longobardi no ônibus Biblioteca:
http://nireuda.blogspot.com/2009/12/onibus-biblioteca-libre-liga-brasileira.html
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VISITE, CONHEÇA E FREQUENTE OS MUSEUS DE SÃO PAULO

Um passeio inesquecível como é seu intuito de resgatar a memória e fazer permanente o que existiu de melhor

Capela do Morumbi
Exposições diversas, destacando-se, nos últimos dois anos, a de instalações de artistas contemporâneos.
Avenida Morumbi, 5387
Morumbi
(011) 3772-4301
Horário de Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h.
http://www.museudacidade.sp.gov.br/capeladomorumbi.php

Casa do Grito
A casa tem sido tradicionalmente vinculada à cena do "grito" de D. Pedro I pela independência do Brasil em 1822
Pça. do Monumento, s/nº - Ipiranga, São Paulo, SP
(011) 2273 4981
Atividades: Exposições diversas com temas relacionados à cidade de São Paulo.
Horário de Visitação: de terça a domingo, das 9h às 17h
Visita orientada. Entrada franca
http://www.museudacidade.sp.gov.br/casadogrito.php

Centro Cultural São Paulo Inaugurado em 1982, o Centro Cultural São Paulo - concebido originalmente para ser uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade - transformou-se em um equipamento multidisciplinar, abrigando espetáculos de teatro, dança, música, cinema e exposições de artes visuais.
Rua Vergueiro, 1000
Paraíso
(11) 3397-4002
http://www.centrocultural.sp.gov.br

Pinacoteca do Estado Seu acervo tem cerca de 4 mil peças, e é significativo, especialmente para São Paulo, uma vez que reúne trabalhos de artistas paulistas, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino e Oscar Pereira da Silva, além de obras representativas de Cândido Portinari, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. O Pavilhão das Artes, localizado no Parque do Ibirapuera, também faz parte da Pinacoteca e abriga exposições de grande importância artística.
Praça da Luz, 2 - Jardim da Luz
(11) 3324-1000
Aberta de terça a domingo das 10h às 17h30, com permanência até as 18h
Grátis aos sábados.
http://www.pinacoteca.org.br

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano Horário de Visitação (Acervo): terça a sexta-feira: das 11h às 17h; sábado e domingo: das 10h às 17h
Parque e Salão de Chá: terça a domingo: das 11:30 às 18h
Toda primeira terça-feira de cada mês a entrada é gratuita.
(11) 3742-0077
Avenida Morumbi, 4077
http://www.fundacaooscaramericano.org.br/

MAM
Museu de Arte Moderna de São Paulo
 Parque do Ibirapuera, portão 3 - s/nº
(11) 5085-1300 Fax: (11) 5085-2342
Bilheteria: terça a domingo e feriados das 10h às 17h30
Visitação: terça a domingo e feriados das 10h às 18h
Gratuidade para menores de 10 e maiores de 65 anos, sócios do MAM e funcionários das empresas parceiras
Entrada Gratuita aos Domingos
http://www.mam.org.br

MASP
Museu de Arte de São Paulo
 Na sede atual do MASP, inaugurada em 07 de novembro de 1968 com a presença de S.M. a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, podem ser apreciadas obras de pintores da escola italiana como Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli e Bellini; de pintores flamengos como Rembrandt, Frans Hals, Cranach ou Memling, e espanhóis como Velazquéz e Goya. Do movimento impressionista há várias obras de Renoir, Manet, Monet, Cézanne e Degas. Dos pós-impressionistas é possível apreciar vários quadros de Van Gogh ou de Toulouse-Lautrec. O MASP é um dos poucos museus do mundo onde pose der apreciada a coleção completa de esculturas de Edgar Degas.
Av. Paulista, 1578 (Estação Trianon - MASP do Metrô)
Cerqueira César
(11) 3251.5644 / Fax. (11) 3284.0574
Horário de Visitação: Quinta-feira, das 11h às 20h. Terça, quarta, sexta, sábado, domingos e feriados, das 11h às 18h. (a bilheteria fecha com uma hora de antecedência)
http://www.masp.art.br/

Museu de Arte Contemporâneada Universidade de São Paulo Rua da Reitoria, 160
Cidade Universitária
(11) 3818-3039 Fax (11) 3812 0218
Com mais de 5 mil obras em seu acervo, entre óleos, desenhos, gravuras, esculturas, pinturas, cerâmicas e tapeçarias, o MAC é o maior museu da América Latina especializado na produção ocidental do século XX.
Horário de Visitação: 3ª a 6ª das 10h às 19h; sábado, domingo e feriado das 10h às 16h
http://www.mac.usp.br

Museu de Arte Sacra Av. Tiradentes, 676
Luz
(11) 3326-1373 Fax: (11) 3326-2006
Têm o objetivo de divulgar e preservar um dos mais importantes acervos museológicos do patrimônio sacro brasileiro. Tem um conjunto de cerca de 4 mil peças, dentre as quais 800, provenientes das principais igrejas e de capelas do Estado de São Paulo e do Brasil, encontram-se em exposição.

Memorial da América Latina Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 (Metrô Barra Funda)
Barra Funda
(11) 3823-4600
http://www.memorial.org.br

Museu de Arqueologia e Etnologiada Universidade de São Paulo Conta em seu acervo com cerca de 120 mil objetos e imagens referentes à cultura material da América com ênfase ao Brasil, do Mediterrâneo, do Médio Oriente e da África, abarcando uma extensão temporal que vai da Pré-História até nossos dias. São máscaras, amuletos, armas, cerâmicas, pinturas, adornos, vestimentas, utensílios domésticos, instrumentos musicais e de trabalho que, além da vitalidade de sua expressão visual, exigem um esforço contínuo de pesquisa para serem analisados e compreendidos. O conjunto de peças referentes às sociedades indígenas brasileiras é de especial interesse, tanto em virtude de sua heterogeneidade quanto da riqueza expressiva.
Av. Prof. Almeida Prado, 1466
Cidade Universitária
(11) 3091-4901
http://www.mae.usp.br/

Memorial do Imigrante Rua Visconde de Parnaíba, 1.316
Mooca
(11) 6693-0917 6692-1866 6692-7804 6692-2497 6692-9218 Fax: (11) 6693-1446
Horário de Visitação: De terça a domingo das 10h às 17h (inclusive feriados)
www.memorialdoimigrante.sp.gov.br

Museu Brasileiro de Escultura Av. Europa, 158
Jardim Europa
(11) 3081-8611
Espaço cultural dinâmico, projetado pelo Arquiteto Paulo Mendes da Rocha e jardins de Burle Marx. Tem uma arquitetura arrojada , acervo permanente de 11 obras e uma vida cultural intensa com oficinas de pintura, escultura, gravura, recital de piano aos domingos às 16h, cursos de Historia da Arte, feira de antiquidade e exposições de artistas renomados internacionalmente. Tem uma café delicioso e presentes personalizados.
http://www.mube.art.br/

Museu da Casa Brasileira Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
Jardim Paulistano
Horário de Visitação: terça a domingo, das 10 às 18 horas
(11) 3032-3727 3032-2564 3032-2499
Criado em maio de 1970 com a denominação Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, mudou sua denominação em 1971 para Museu da Casa Brasileira. Seu objetivo principal é a formação de um centro de pesquisas sobre os equipamentos, usos e costumes da casa brasileira, com exposição permanente de seu acervo.
http://www.mcb.sp.gov.br

MIS
Museu da Imagem e do Som de São Paulo
 Av. Europa, 158
Jd. Europa
(11) 3062-9197 3088-0896
Horário de Visitação: de Terça a Sexta das 14h às 22h; Sábados e Domingos das 11h às 20h. Entrada Franca.
http://www.mis.sp.gov.br/

Museu do Theatro Municipal Foi implantado com o objetivo de coletar, classificar, conservar e divulgar através de exposições e publicações, documentos textuais, fotografias e objetos referentes às atividades do Teatro Municipal desde a sua inauguração em 1911.
Viaduto do Chá/Praça Ramos de Azevedo
Centro
(011)239-3815
Horário de Visitação: das 9h às 17h
www.teatromunicipal.sp.gov.br

Museu Lasar Segall Rua Berta, 111
(11) 5574 7322 Fax 5572 3586
O Museu Lasar Segall, idealizado por Jenny Klabin Segall – viúva de Lasar Segall – foi criado como uma associação civil sem fins lucrativos, em 1967, por seus filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. Está instalado na antiga residência e ateliê de Lasar Segall, projetados em 1932 por seu concunhado, o arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik.
http://www.museusegall.org.br/

Museu do IpirangaMuseu Paulista da USP Parque da Independência, S/N
Ipiranga
(11) 6165-8000 FAX: (011) 6165-8051/6165-8054
O Museu Paulista conta com um acervo de mais de 125.000 unidades, entre objetos, iconografia e documentação arquivística, do seiscentismo até meados do século XX, eixo para a compreensão da sociedade brasileira, a partir do estudo de aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para a análise de problemáticas pertinentes às três linhas de pesquisa a que o Museu se dedica: Cotidiano e Sociedade; Universo do Trabalho; História do Imaginário.
http://www.mp.usp.br

Oficina Cultural Oswald de Andrade Rua Três Rios, 363
Bom Retiro
(11) 3221-5558 / 3222-2662
Oferece diversos eventos culturais como palestras e debates, além de workshops e oficinas de temas como fotografia, cinema, teatro e artes plásticas, laboratórios de criação e cursos, como, por exemplo, o de linguagem fotográfica.
Funcionamento: segunda a sexta-feira - 8h às 22h; sábados - 13h às 18h e domingos - 14h às 18h 

Paço das Artes O Paço das Artes, ligado à Escola de Comunicações da Universidade de São Paulo , é um espaço de exposição e registro da arte contemporânea, nacional e internacional. O Paço das Artes está situado em uma antiga estrutura de concreto que passou por obras de recuperação. Atualmente ocupa uma área total de 2.136 m².
Av. da Universidade, 1
Cidade Universitária
(11) 3814-4832

Solar da Marquesa de Santos Rua Roberto Simonsen, 136-B, Páteo do Colégio
Centro
(11) 3396-6047
Exposições permanentes e temporárias, consulta ao Arquivo de Negativos, Projeto Terceria Idade, Serviço Educativo, atividades voltadas à preservação do patrimônio histórico e cultural paulistano, projeção de vídeos e apresentações musicais.
Horário de Visitação: De terça a domingo, das 9h às 17h
www.museudacidade.sp.gov.br/solardamarquesadesantos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

SP: Canto & Encanto da Poesia - Infância

Meus queridos,

Simone Pedersen é a autora da poesia "Infância" que faz parte do livro Fragmentos e Estilhaços, publicado pela editora In House.
Parabéns, Simone e obrigada por participar.

Grande abraço em todos,
Regina Sormani


Infância

Ouvir a água escorrendo
Sentir o cheiro do ar molhado
Pescar sem chapéu
Sonhar sem telhado

Deixar a alma lavando
Soprar bolinhas de sabão
Andar sem guarda-chuva
Levar os sapatos na mão

Regar a chuva com lágrimas
Banhar-se vestida a rodar
Cansada de gargalhar

Olhar as nuvens no céu
Escalar o arco-íris
Voltar a ser feliz.

Simone Pedersen

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

SP: Vice-Versa de Janeiro 2010

Queridos Aeilijianos,

Feliz 2010!!
O Vice-Versa, nesta 18ª edição, apresenta as entrevistas das escritoras da RegionalSP:
Fabia Terni e Maria Amália Camargo. 

Reunimos até agora 36 autores que por aqui passaram deixando seus depoimentos, que enriqueceram ainda mais o nosso blog. Que venham mais escritores e ilustradores! Esperamos por todos.

Muitos beijos,
Regina Sormani

Fabia Terni

Maria Amália Camargo


MARIA AMÁLIA CAMARGO entrevista FABIA TERNI 


1) Fábia, você é bibliotecária por formação. Tornou-se inevitável viver em meio aos livros e começar a escrever? E por que escrever para crianças? 

Tornei-me bibliotecária porque sempre gostei de livros, do acesso à informação, e de poder ajudar terceiros a encontrá-la quando necessitavam dela. Este gosto pelos livros era estranho pois organizava-os desde menina mas... não os lia propriamente. Fui uma criança em constante movimento. Não possuía a calma necessária para ler. Na adolescência comecei a sentir o gosto por algumas poesias da literatura inglesa e americana, pois estudei sempre nesta língua. No meio do caminho rascunhei umas histórias e poemas, os quais guardava a sete chaves. Usava a escrita, para acalmar a grande ansiedade que brotava das injustiças que via por todo lado, e para aceitar as mágoas e as frustrações que todos sentem mais cedo ou mais tarde, mas jamais pensei em ser escritora. 
Apesar de conviver com leitores, o gosto pela leitura surgiu na maturidade, e o contato com a nossa literatura brasileira, veio durante o aperfeiçoamento em literatura infanto-juvenil graças à grande mestra, Dra. Nelly Novaes Coelho. 
Porque escrever para crianças? Boa pergunta Maria Amália. Por um feliz revés do destino, fui parar numa biblioteca infanto-juvenil americana. Apavorei-me como uma criança, pois além de não conhecer esta literatura nem em português e nem em inglês, o motivo porque os macaquinhos não gostavam de escovar dentes, ou as taturanas não queriam ir à escola, não fazia parte do meu repertório de dúvidas existenciais. Então aos 40 e tantos anos, comecei a ler de verdade todos aqueles livros que catalogava quando criança. E qual na foi o meu espanto ao perceber que longe de ser apenas graciosas historinhas infantis, autores como Lobato, St, Exupéry, Dr. Seuss, Lygia Bojunga e tantos outros, tinham algo a dizer além do que estava no título de seus livros!! Então senti a necessidade de começar a escrever para crianças, pensando que seria muito fácil. 
Ouço já as risadinhas dos mais experientes... Ledo engano. Batalhei por 10 anos totalmente no escuro, pois não conhecia editores, nem autores e não tinha ainda o hábito de freqüentar Bienais e outras Feiras de livros. Apanhei muito, verti muitas lágrimas, mas hoje, com 7 livros publicados (3 dos quais no catálogo da Feira de Bolonha), um no prelo, 2 em análise, um em fase final de polimento, e outros dois iniciados, sinto que estou realmente no caminho para tornar-me uma boa escritora. E sem dúvida a aquisição de alguns títulos pela FDE e pelo PNBE são um grande incentivo para continuar tentando.

2) Bicharada em Perigo (publicado em 2007 pela Girafinha) é um livro que apresenta ilustrações de diversos artistas. Fale um pouco sobre essa relação com os ilustradores das suas obras. Tem algum ilustrador (brasileiro ou estrangeiro) com quem gostaria muito de trabalhar? 

Para ser sincera, só conheci alguns dos excelentes ilustradores da Girafinha no dia do lançamento do livro. E mesmo aí, só compareceram alguns. Gostaria muito que houvesse um diálogo com o (a) ilustrador (a) enquanto o livro está sendo diagramado, mas este não me parece ser o hábito, pelo menos entre autores iniciantes. 
Conheci apenas virtualmente, uma fabulosa poeta, ilustradora, artista plástica, escritora e revisora mineira que aceitou a idéia de ilustrar meu próximo livro. Uma de suas técnicas, a de trabalhar com retalhos, fez do seu livro premiado sobre a Estrada Real um primor. Tenho grandes esperanças que nossa parceria se torne realidade. 

3) Livro infanto-juvenil é literatura? Existem muitos títulos de má qualidade no mercado, mas, que recado você daria àqueles que comparam TODA a produção literária infantil à bula de remédio ou a um livro de receitas? 

Certamente o gênero infanto-juvenil faz parte da literatura. Dá mesma forma como há péssimos exemplares na literatura adulta, eles acontecem também na literatura infanto-juvenil. Não tive a oportunidade de conhecer ninguém que fizesse isso, mas se encontrasse convidaria esta pessoa a ler um livro infanto-juvenil junto comigo para mostrar-lhe o que existe nesta literatura que não consegue captar sozinho. 

4) Com que freqüência você escreve? E, do que precisa pra botar a mão na massa? Já ouviu aquela pergunta “ah, você é escritor, mas, trabalha com o quê?”

Tento escrever todos os dias, mesmo que ainda não tenha adquirido a disciplina necessária para fazê-lo. Mas nos dias em que não escrevo propriamente, pesquiso para novos assuntos ou corrijo trechos já escritos. Dialogar com escritores também faz parte de “escrever”, assim como inteirar-se do que outros escrevem. Freqüentar livrarias, bibliotecas, feiras de livros e palestras literárias também é nosso feijão com arroz.
Para botar a mão na massa preciso de calma e tranqüilidade interna, o que consigo após ter-me livrado dos problemas corriqueiros domésticos, não atendendo o telefone, nem o interfone (celular nem pensar, não dou meu # pra ninguém) e deixando os emails, mesmo os profissionais, para o final do dia. Estabeleci um dia no qual “só escrevo” e neste dia os porteiros sabem que só devem me chamar se o prédio estiver pegando fogo!. 
Mas, Maria Amália você ainda não me perguntou “o que faz com que eu queira botar a mão na massa”? E aqui vem aquelas sensações maravilhosas que os escritores e poetas sentem através de uma palavra dita por alguém especial, um gesto de uma criança num parque, umas notas longínquas que ecoam uma linda ou terrível lembrança, uma passagem de um livro que nos chama a querer dialogar com o que está escrito, uma poesia, uma flor, enfim todas as manifestações que nos causam espanto, maravilha, dor, angústia, felicidade, etc. etc. etc. 


FABIA TERNI entrevista MARIA AMÁLIA CAMARGO 

1) O que você faz numa escola onde encontra crianças que não gostam de ler?

Nunca encontrei alguma criança que falasse abertamente “detesto ler”. Costumo trabalhar com um público mais novo nas escolas ou em outros eventos. Creio que, para os alunos de primeira, segunda série, não existe tanta resistência em abrir um livro como com as crianças mais velhas. Para os pequenos, o livro ainda é uma novidade. Vejo que o problema está na obrigação. Eu, por exemplo, adorava ler por conta própria, mas detestava aquilo que me era imposto. E essa imposição começou na quarta série com livros muito mal trabalhados em sala de aula. Até podiam não ser tão chatos assim, mas acabaram se tornando difíceis de engolir porque contavam como parte da avaliação. Não havia bate-papo sobre o enredo, sobre as personagens, era tudo a seco. 
Acho que a leitura deve ser mostrada como uma atividade prazerosa, enriquecedora, sem cobranças. À partir do momento em que relacionamos à literatura com outras disciplinas - música, geografia, teatro, história, artes plásticas, etc – a curiosidade vem à tona. Basta boa vontade e um pouco de criatividade para que a leitura se transforme num passatempo, numa fonte de conhecimento e não numa atividade maçante. 

2) Qual foi o maior cheque já recebido com a venda de livros? E qual é o livro? Que mensagem quis passar com ele?

O Laranja pêra, couve manteiga foi um livro que me rendeu bons frutos. Não lembro exatamente o valor do cheque, mas foram mais de cinco mil exemplares vendidos para o “Minha Biblioteca” da Prefeitura de São Paulo. Ele também foi vendido para o governo do Espírito Santo, para o “Ler e Escrever” - do governo de São Paulo, entre outros programas de incentivo à leitura. 
Quando pequena, eu era uma criança “insuportável” - como diz meu irmão - pra comer; ficava horas à mesa pra terminar de comer meio prato. Ao elaborar o livro, o fiz pensando nas crianças que torturam os pais na hora das refeições. Quis fazer uma brincadeira com o nome das comidas, tentando mostrar o lado, não só saudável, mas também lúdico de uma refeição. O que dizer de uma “ervilha torta”, de um “macarrão cabelo de anjo” ou de um “queijo cavalo”? Dá pra montar cada cardápio...
Sempre achei essa mensagem muito clara, até o dia em que, um passarinho me contou haver encontrado o trabalho duma aluna do curso de Literatura Infantil da USP na internet (uma publicação num blog de dois professores dessa mesma disciplina). Nossa, fiquei lisonjeada; afinal, ainda sou uma iniciante e esse é o meu primeiro livro. O texto da aluna ía muito bem até a hora da análise. Descobri que eu estava incentivando o consumismo! Que o Laranja-pêra era uma ode ao capitalismo. Céus! Não sabia que ir à feira é um estímulo ao consumo! Pena que tiraram o site do ar, contando assim, parece surreal... 

3. Conte alguma experiência notável com crianças, seja numa escola quando vai como autora, seja numa Feira Literária, etc.

Uma vez, realizei uma oficina para trinta crianças duma escola pública, com idades entre oito e dez anos. Pela faixa etária, achei que todas fossem alfabetizadas e então pedi dez voluntários pra participarem duma brincadeira de “tangolomango” no palco do teatro. Cada uma deveria ler, lá na frente, uma frase. Para minha surpresa, mais da metade que se ofereceu para brincar, não era alfabetizada. Foi uma situação bem embaraçosa porque as professoras começaram a ficar bastante agitadas, assustadas. Eu não estava entendendo nada até começar a ouvir um murmurinho: “eles não sabem ler, eles não sabem ler...” Mas as crianças não estavam nem aí: as que liam com muita dificuldade tentaram, tentaram, sem nenhuma vergonha de errar. E as que já tinham alguma noção de leitura, em vez de darem risada, ajudavam os colegas soprando as sílabas, uma a uma, pacientemente. 

4) Qual um novo assunto que você deseja explorar talvez sim, talvez não, para um próximo livro? O que te atrai deste assunto? 

Xi, tem tanta coisa... Tenho várias histórias engavetadas, outras tantas começadas, assuntos diversos, sem meio e sem previsão de fim. Não consigo terminá-las, sempre surge um novo tema. Mas um assunto que me dá comichões para trabalhar, e ao mesmo tempo um pouco de medo, é falar sobre viajantes e grandes exploradores. O que me atrai neste assunto é saber que, infelizmente, nunca terei coragem para ser assim, destemida - rs. Quer coisa melhor do que criar uma boa história pra matar a frustração de não ser aquilo que gostaria?


Um comentário:

manuel marques1 de janeiro de 2010 13:23
Um ano novo cheio de felecidade paz e amor.
Abraço.