quinta-feira, 29 de abril de 2010

SP: Álbum do Blog- Reunião AEILIJSP 28/04/2010



Meus caros,

Nossa reunião de 28 de abril na Assembleia foi excelente, começando com as sugestões para o homenageado 2010. Eis os nomes que surgiram: Ziraldo, Eva Furnari, Pedro Bandeira, Edmir Perrotti, Maurício de Souza, Ruth Rocha e outros. Particularmente, gostei muito da sugestão do escritor Manuel Filho,que não esteve presente, mas, mandou seu recado: o voto dele vai para Francisco Marins, o escritor da juventude. Estou pesquisando vida e obra do autor e depois divulgarei os dados cbtidos.

Falamos a respeito da parceria que a AEILIJSP poderá começar com a Praler, apoiando a vinda de uma exposição de ilustradores aqui para S. Paulo, no Parque da Água Branca. Sem dúvida, o que causou entusiasmo entre os autores foi o bate-papo com a Ceciliany, da FTD. Perguntei a ela o motivo da recusa das editoras em publicar livros de poesia. Ceciliany nos explicou que tem encontrado resistência por parte dos professores em adotar livros de poesia porque não se sentem à vontade para trabalhar com a linguagem poética. Que coisa, não? A seguir, transcrevo a fala do nosso conselheiro Edson Gabriel e suas considerações sobre nosso encontro.


Oi pessoal,

De fato nossa reunião de ontem foi muito boa. Pouca gente, como sempre. Uma pena, pois acho que o grupo poderia se fortalecer mais. De qualquer forma, vamos como dá, sem apressar o rio, pois ele, como disse um sábio filósofo índio, ele corre sozinho.

Duas e meia pequenas observações.
Primeira: além dos nomes já citados, rolou uma sugestão de se homenagear os livreiros pioneiros especializados em LIJ. Talvez uma homenagem coletiva a vários deles. Gostei muito dessa idéia. Dos profissionais do livro, o nome que me parece se encaixa bem no nosso propósito é o da Ruth Rocha. Mas, como disse a condessa Rê Sormani, vamos fermentando e ver o que dá.

Segunda: o bate papo com a Ceciliany foi ótimo. Em cima do que queríamos. Eu particularmente gostei muito da sua resposta à minha pergunta-comentário sobre a literatura para jovens. Entendo que a literatura infantil brasileira é fartamente brindada com talentos da palavra e da imagem e da produção, com produtos belíssimos. Mas não vejo a literatura juvenil, apesar dos talentos - que são muitas vezes os mesmos profissionais - com esse brilho. Ela respondeu que também vê dificuldade em encontrar textos interessantes para esse público e que nos catálogos acabam prevalecendo clássicos e adaptações. (Claro que aqui estou tratando do assunto bem sinteticamente.) E deu dicas ótimas (pena que não é tão fácil assim!) para quem quiser escrever um bom texto juvenil: entrar de cabeça no mundo da moçada, saber o que se passa na cabeça e na emoção do jovem, lidar bem com a linguagem, num sentido criativo, amarrar bem a história e ... surpreender sempre. Taí, quem se habilita!???

Meia observação(final): os nossos coquetéis são gostosíssimos. Às vezes tenho a ligeira sensação de que a gente se reúne para comer e beber e falar abobrinha, usando como desculpa a pauta da aeilijpaulista. Será que estou errado?

Abraços
Edson Gabriel 


Abaixo, duas fotos da Ceciliany, palestrando, e algumas outras com o pessoal que estava presente: Edson, Danilo, eu, Nireuda, Alina, a Rosana, futura associada, Maria Luiza, Maria Amália e Fábia.

Um beijo,
Regina Sormani








2 comentários:

Danilo Macedo Marques30 de abril de 2010 05:57
Sabe que eu sou da turma do fundão né? risos...
Gostei muito do encontro , da palestra da Cecilliany...
Ah, o Edson também é gente boa, risos...
Sucesso a todos... As fotos estão ótimas... tomara que haja outro encontro logo!

Aline30 de abril de 2010 12:52
Sou estudiosa e divulgadora da LIJ e gostei muito do que li sobre a palestra da Ceciliany. Realmente, precisamos de mais estímulo e investimento na LJ. Adoraria ter ouvido as dicas que ela deu!

RS: Troféu Amigo do Livro - Registro fotográfico

Fotos: Luiz Ventura


Anna Claudia Ramos, presidente da AEILIJ, recebendo o troféu das mãos do patrono da 55a. Feira do Livro de Porto Alegre, o autor Carlos Urbim.

Anna Claudia Ramos, Marilia Pirillo - Diretora de Cultura da AEILIJ e Hermes Bernardi Jr. - Coordenador Regional AEILIJ/RS, compartilhando a honraria.

O escritor e associado AEILIJ/RS Dilan Camargo, Carlos Urbim, Marilia Pirillo, Sônia Zanchetta - Coordenadora da Área Infantil da Feira do Livro de Porto Alegre, Anna Claudia Ramos, João Carneiro - Presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro e Hermes Bernardi Jr. 


Postado por H

RS: Convite - Moedas para o barqueiro


terça-feira, 27 de abril de 2010

SP: Convocação para reunião da AEILIJ SP dia 28/04/2010

Queridos aeilijianos,

Faremos a primeira reunião da nossa regional, dia 28 de abril de 2010, quarta, na Assembleia Legislativa de São Paulo, sala Teotônio Vilela. Às 19 hs, abriremos a pauta com assuntos de interesse da classe, inclusive, recolhendo sugestões a respeito do próximo homenageado. Como vocês devem saber, esse projeto começou em 2007, em parceria com o deputado Carlos Giannazi e na ocasião, homenageamos Tatiana Belinky. Em 2008 foi a vez de Nelly Novaes Coelho e em 2009, José Mindlin. Também falaremos sobre o espaço que a Praler vai oferecer aos ilustradores, em maio, no Parque da Água Branca. Às 20 hs, a Ceciliany da FTD fará uma palestra e para finalizar,a AEILIJ SP oferecerá um pequeno coquetel.

Estão todos convidados.

Um abraço,
Regina Sormani

quarta-feira, 21 de abril de 2010

SP: Quintas (4)




QUINTAS



Página Semanal de Marciano Vasques




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NO DIA 
EM QUE BEIJEI 
TATIANA BELINKY



No dia em que beijei a Tatiana Belinky, em que estive pela primeira vez com a  querida vovó do Brasil, a que um dia foi a menina louca por livros, em que a chamei de meu amor e pude abraçá-la, nesse dia também conheci pessoalmente o Chico dos bonecos, e meu coração foi invadido pelas Meninas do Conto na alegria.

No dia em que a beijei, o beijo do leitor apaixonado, nesse mesmo dia, porque a alma é grande, Orilde Hofmann estava lendo o livro de Erich Fromm. Sozinha em sua casa lendo "Análise do Homem".
Porque a alma é grande percorri como num filme os meus enganos, destinos que fui tecendo por esta grandeza na qual não há estudioso que venha a se debruçar.
Quisera planejar um escrito, escrever um texto acadêmico, quisera poder organizar a dor. Como tenho tanto que agradecer à vida! Só tenho que agradecer. Queria ser puro agradecimento, poder passar aos que lêem, que vendavais e festas repousam no alto da minha solidão escolhida, quando para a literatura retorno.


Ah, os grupos fechados de poetas! O silêncio, os amigos, os poetas da ternura, ou seja, da resistência, pois assim é a ternura, palavra que nos diz rocha, firme, dura, resistente. É comum a palavra mudar semanticamente, porém algo nela fica, e na ternura ficará sempre o rochedo primordial, principalmente na ternura do poeta. Pois afinal, ternura que se desfaz, que se transforma em areia, não é ternura, é plágio, pirataria do coração.
A palavra é exorcista, o medo é vencido pela palavra, a magia jamais abandonou a palavra. Ela que abre a porta, é ela que afugenta o medo, o medo do lobo, o que na literatura infantil de Chico Buarque vira bolo. Mas há outros chapeuzinhos, algumas trocam o chapéu por uma fita verde no cabelo. E a menina decide seguir atrás de suas asas ligeiras. Tudo era uma vez, disse o senhor Guimarães Rosa, que nasceu no quase fim de junho e junho já se aproxima. O homem que morreu de enfarte três dias depois de pronunciar um discurso falando os valores essenciais da vida.
Há quem diga que me preocupo demais com certas coisas, respondo que se não for assim a vida não vale a pena. Há várias formas de se enganar a vida, de passar o tempo, mas a vida é ferrenha. Demasiada autêntica, exige que seja preenchida com o verbo, isto é, não tem sentido se não for satisfeita, e isso só é possível por intermédio do verbo viver. 

Na mitologia da criação do mundo foi o verbo que fez a vida, isto está claro em Gênesis: o verbo faz a luz, luzifica o mundo. A luz se põe e fica no mundo através da palavra. O Deus bíblico é o Deus da palavra. Ele se apresenta ao mundo através dela, Ele está nela. A forma da sua apresentação é poética, profundamente literária. Palavra se manifestando belamente.
Por ser a vida regida pelo verbo viver, ela passa a significar a falta de acomodação, o que quer dizer mais ou menos o seguinte: não dá para não se preocupar com o que na vida está. A vida exige vida por um gesto de atenção a ela mesma.
 
Alfelizabeto, felicionário, palavras que invento. Depois penso em cair na estrada, penso que muito antes de surgir essa idéia em meu coração, tive o privilégio de cair nas estrelas. 
Fui me tornando adulto, o que fui percebendo ao reparar alguns pensamentos estragados, apodrecidos. 

Na canoa da vida, pensamento bom às vezes vira inveja. Mas inveja é coisa do alheio. E aqui, afinal, ainda estou com o rostinho redondo da Tatiana Belinky em meu pensamento. Encontrar alguém assim tão lindamente na altura dos seus anos de vida, é festa.
 
Por ter um compromisso tático com o filósofo e com o poeta, um compromisso de sobrevivência, um contrato mental, então a morte não me interessa, não me interessa como assunto, não suporto a idéia de estar com alguém que insista no assunto morte. Tenho plena consciência da sua inevitável chegada em todos os seres, mas o compromisso verbal de quem se aproximou dos poetas é com a vida.
Esse compromisso se dá pela leitura, pela palavra escrita, é ali que conheço e me aproximo do poeta, e então selo o pacto da vida.
 
Deve ser tão bonito ser Tatiana Belinky! Deve ser algo assim parecido com ter sido Paulo Freire. São pessoas que se tornam personagens, pessoas que não podem ser traídas. Se você trai Paulo Freire, por exemplo, é problema. Estou querendo dizer que haverá sempre um último porto, uma última resistência. Ou seja: ou a morada da ética está dentro de você, ou então...
 
Alguém na solidão de um apartamento lendo Erich Fromm, a vovó de rosto redondinho falando doçuras: nossa época não é totalmente descabida.



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RS: Convite: Por que ler os clássicos infantis?


segunda-feira, 19 de abril de 2010

SP: Pé de meia literário (8)

A dupla formação do educador: leitor e mediador

Quem acha que a vida é moleza, espie um pouco essa dupla mão da estrada do educador envolvido em ensinar seus alunos a gostarem de ler. Ao mesmo tempo em que vai se firmando como leitor, aprende e repassa o que aprendeu para formar outros leitores. Uma estrada de mão dupla: de um lado caminha o leitor e do outro lado caminha o mediador. Aprendendo a ler, o educador vai se fazendo leitor; descobrindo os caminhos da mediação, vai se fazendo um mediador.

Como leitor, o educador vai acumulando experiência de saborear textos, de encontrar saberes guardados, de lidar com o desejo e com a escolha. Sobretudo, o educador vai se fazendo leitor descobrindo o convite ao prazer da aprendizagem que todo texto faz.

Como mediador, o educador vai encontrando caminhos, formas e jeitos de se colocar entre o leitor aprendiz e o texto. Primeiro, bem perto, bem próximo, quase no meio, entre o leitor e o texto, de forma a sentir a respiração do aprendiz em seus contatos com o texto. Depois, ligeiramente mais distante, mas ainda quase ao lado, ouvindo o compasso dos olhos do leitor aprendiz. Finalmente, distante, ausente, mas ainda próximo, acompanha a precisão do tato na escolha feita pelo leitor, agora mais do que um aprendiz, do próprio caminho no diálogo com o texto.

A vida é assim: a gente aprende e ensina. Aprende com quem já sabe um pouco e ensina quem sabe outro pouco. Aprende com o colega educador do lado, com o recado no mural, com a página marcada do texto lido antes por alguém, aprende com o jogo de olhares dos aprendizes. E aprende consigo próprio. Além de aprender, o educador, leitor e mediador, ensina quem sabe pouco e quem sabe muito. Sabendo pouco ou muito, sempre há espaço para aprender com alguém por perto. Quem ainda não percebeu essa condição da vida, precisa pensar sobre isso. Rapidamente. Quem acha que sabe tudo, sabe pouco. Quem acha que sabe pouco, está pronto para aprender muito. E vai descobrindo, aprendendo, prestando atenção, ensinando, tomando cuidado. De repente pensa que está aprendendo, mas está mesmo é ensinando. E quando pensa que está ensinando, ah! está mesmo é aprendendo.

Aprender e ensinar. Ser leitor e mediador ao mesmo tempo solicita ao educador carinho pelo texto, olhar de curiosidade, persistência e paciência na acomodação constante dos novos sentidos. Solicita ouvidos atentos para a diversidade e pluralidade e demanda amorosidade na dose certa para acompanhar perguntas, dúvidas e indecisões.

Para encerrar esse dedo de prosa, fica um mote para você refletir, na esteira do pensamento pra lá de conhecido de Guimarães Rosa, que escreveu e disse, por entre sertões e veredas “mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”: educador mesmo é aquele que se faz leitor e se dispõe à mediação.

Assim, assim, educadores vão se fazendo mediadores e leitores e enchendo nosso pé de meia literário com seu trabalho nas escolas do nosso país.


EDSON GABRIEL GARCIA
(educador, escritor e leitor nas muitas horas quase sempre vagas)

RS: Oficial

lma. Senhora
Anna Cláudia Ramos
Presidente da
Associação de Escritores e Iustradores de
Literatura Infantil e Juvenil – AEI-LIJ
Rio de Janeiro

               Senhora Presidente:

            Temos o prazer de comunicar a Vossa Senhoria que a AEI-LIJ foi escolhida, por unanimidade, pela diretoria da Câmara Rio-Grandense do Livro, para receber o título de “Amigo do Livro de 2009”, no âmbito das homenagens que a entidade presta, anualmente, como parte das comemorações pelo Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, instituído pela Unesco (23 de abril).

               A escolha se deve à efetividade do trabalho desenvolvido por essa entidade na área da promoção da Literatura Infantil e Juvenil. Ao adotar, como bandeira, a importância da qualidade estética na produção de livros para crianças e jovens e de um espaço especial para a Literatura na escola, a AEI-LIJ passou a despertar a consciência sobre estas questões entre educadores e mediadores da leitura em âmbito nacional.Pesou, ainda, para a escolha, a sólida parceria entre a AEI-LIJ e Câmara Rio-Grandense do Livro, que tem se traduzido em ações concretas como o Seminário Por um espaço especial para a Literatura na escola, que terá sua segunda edição na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre.

              Nestas condições, esperamos poder contar com sua  prestigiosa presença na solenidade a ser realizada, no Auditório Erico Verissimo, do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (Rua Riachuelo, 1.257), na sexta-feira, dia 23 de abril, às 20h30min, ocasião em que lhes será entregue o troféu a que fazem jus.
                        
               Atenciosamente,
               João Manoel Maldaner Carneiro
               Presidente CRL

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SP: Canto & Encanto da Poesia - Por que tão louca?

Olá, pessoal!

O Canto & Encanto de abril apresenta uma poesia inédita de Glória Kirinus.
Grande abraço, obrigada!
Regina Sormani


Por que tão louca?


A xícara sem asa e cedilha

um dia já foi

fina louça.

SP: Quintas (3)

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A NECESSIDADE E A UTOPIA



“O que transformou o mundo não foi a utopia, foi a necessidade”
José Saramago

 
Da narrativa oral da Alemanha foi recolhido um caso de utopia. Duas crianças são por seus pais na floresta abandonadas. Pais que passam por privações terríveis. Para que os pequenos de fome não morram, eles os largam na mata. 
Os irmãos encontram uma casa coberta e recheada de doces. Tudo nela é feito de guloseimas. O telhado, as paredes. Pirulitos, sorvetes e delícias de todos os tipos.



Em circunstâncias de desespero aparentemente instransponíveis o humano inventa utopias. Quando se torna flagelado pela fome e pela miséria absoluta e diante de situações calamitosas e sem saídas, torna-se utópico. Cria em sua mente coletiva as utopias.

Há na história humana os incontáveis exemplos. Lugares paradisíacos banhados por rios de águas cristalinas, terra onde o coentro eliminará a fome, salsichas caindo das árvores, rios caudalosos nos quais o vinho se agita, e telhados de doçuras. 

Nas histórias e nas lendas deparamos-nos com diversas utopias que podem não ser vistas como tais. Casar com um príncipe e viver como uma princesa num reino encantado é uma forma de utopia da alma humana, presente, sobretudo nos contos de fadas.

O bebê quando nasce não sabe nada de utopias, que não é uma idéia inata, um arquétipo da mente humana, como não são outras idéias, quaisquer que sejam, todas edificadas em camadas como palimpsestos na alma. São construções culturais. A maioria surgida da necessidade primordial.

O bebê procura instintivamente o seio gigante da mãe. A criatura que se apresenta diante dele, puro ser sensorial, é na realidade um gigantesco seio à sua disposição. Isso é necessidade, é por ela que ele sobrevive, porque procura o seio, essa é a sua motivação para a vida. Se de utopia nos seus primeiros dias vivesse morreria.

As satisfações das necessidades vitais representam a condição imediata de sobrevivência. Você sobrevive porque é feito de necessidades. O dia que não mais as tiver com certeza morrerá, ou melhor, já terá morrido. É a mãe da vida, no inicio representada pela figura da fêmea.

Fêmea feita de leite e de afagos que implantam a necessidade de afeto e de carinho. Fêmea a levar na boca o alimento para o filhote. A necessidade se apresenta como fêmea.

Quando as necessidades não são atendidas eis que surgem as utopias, não como substitutos, mas como atenuantes, paliativos, galhos onde o humano possa se agarrar para sobreviver na árvore da vida, que de frondosa passa a flagelo, a desgraça, a abandono, a esquecimento.

Um caso de utopia contemporânea: o humano das utopias fortalecendo-se diante da figura carismática de um governo.
Governos populistas lidam bem com isso. Apresentam projetos paternalistas e assistencialistas que passam a atender à necessidade imperiosa de utopias coletivas quando seres miseráveis e de condições ultrajantes não têm condições concretas de lutarem sequer para o atendimento de suas necessidades. 
Na impossibilidade de alcance da satisfação das necessidades, a mente humana, - maravilhoso prodígio do mundo -, elabora utopias.

Mas elas podem tornar-se perigosas, pois poderiam engendrar fanatismos, caravanas por desertos, seitas, buscas insensatas; e templos poderiam ser erguidos sobre os destroços da natureza humana, que passaria a ser controlada pela vontade coletiva expressa e catalisada por representantes da dor represada.

Todas as utopias da história humana pela literatura e pela filosofia registradas são importantes enquanto documentos do imenso patrimônio cultural do homem. Seja a Republica platônica, a utopia de Thomas More, as cidades imaginadas por um filósofo nos anos de prisão, a terra prometida, os reinos além do mundo, o paraíso.

Todavia a necessidade edificou mundos. Bibliotecas foram erguidas por causa da necessidade de se preservar a riqueza cultural da humanidade. Livros foram censurados e queimados por causa da necessidade de tiranos de se perpetuarem no poder.

Sabe por si mesmo o bebê que todo o progresso da sua existência está na incessante busca da satisfação das suas necessidades básicas. O seu intelecto manifesta-se gloriosamente em sua primeira ação cultural: o ato de sugar.

Até ir ao cinema para se distrair faz parte de uma necessidade. A da alegria passageira que muitas vezes substitui a felicidade autêntica, que só pode ser alcançada no pleno desenvolvimento do potencial do Ser.
Até espalhar a dor e o sofrimento pode ser uma resposta ao atendimento de uma necessidade que não pôde ser satisfeita no curso normal da vida: o afeto, a proteção, a segurança e o amor na infância.

Eis duas realidades da natureza humana. A necessidade a mover o mundo. A utopia como protagonista das forças paralisantes.



MARCIANO VASQUES 



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RJ: AEILIJ recebe prêmio, por unanimidade, da Câmara Rio-Grandense do Livro

AEILIJ recebe prêmio, por unanimidade, da Câmara Rio-Grandense do Livro. Leia a carta abaixo!

Ilma. Senhora

Anna Claudia Ramos
Presidente da
Associação de Escritores e Iustradores de Literatura Infantil e Juvenil  AEILIJ 

Rio de Janeiro

Senhora Presidente: 

Temos o prazer de comunicar a Vossa Senhoria que a AEILIJ foi escolhida, por unanimidade, pela diretoria da Câmara Rio-Grandense do Livro, para receber o título de "Amigo do Livro de 2009", no âmbito das homenagens que a entidade presta, anualmente, como parte das comemorações pelo Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, instituído pela Unesco (23 de abril).

A escolha se deve à efetividade do trabalho desenvolvido por essa entidade na área da promoção da Literatura Infantil e Juvenil. Ao adotar, como bandeira, a importância da qualidade estética na produção de livros para crianças e jovens e de um espaço especial para a Literatura na escola, a AEILIJ passou a despertar a consciência sobre estas questões entre educadores e mediadores da leitura em âmbito nacional. Pesou, ainda, para a escolha, a sólida parceria entre a AEILIJ e Câmara Rio-Grandense do Livro, que tem se traduzido em ações concretas como o Seminário Por um espaço especial para a Literatura na escola, que terá sua segunda edição na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Nestas condições, esperamos poder contar com sua prestigiosa presença na solenidade a ser realizada, no Auditório Erico Verissimo, do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (Rua Riachuelo, 1.257), na sexta-feira, dia 23 de abril, às 20h30min, ocasião em que lhes será entregue o troféu a que fazem jus.

Atenciosamente, 
João Manoel Maldaner Carneiro 
Presidente

sábado, 10 de abril de 2010

SP: Página do Ilustrador - Fabiana Salomão

PÁGINA DO ILUSTRADOR 2

Neste mês trazemos aos navegantes do Blog,
Fabiana Salomão...

"Como todo bom brasileiro tem que ser um pouco artista e malabarista para viver e sobreviver, eis-me aqui, para dividir um pouco das minhas peripécias no mundo das ilustrações!"
"Essas ilustrações foram feitas para o livro A Bela Adormecida, Coleção Conto Ilustrado da Editora Scipione."

"A técnica usada foi tinta acrílica e guache."


Para conhecer mais o trabalho de Fabiana Salomão, visite:http://fabianasalomao.blogspot.com

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SP: Vice-Versa de Abril de 2010

Meus caros,

Participam do Vice-Versa de abril, os escritores: Márcia Leite (SP) e Caio Riter (RS)
Agradeço aos dois!
Grande abraço a todos,
Regina Sormani


Márcia Leite

Caio Riter


Caio Riter pergunta, Márcia Leite responde 

1. Quais suas principais preocupações quando você se lança à escrita de um texto para adolescentes? É diferente de escrever para crianças? 

Minha principal preocupação, quando escrevo para adolescentes, é escrever uma boa história. E considero boa história aquelas que possam fazer alguma diferença na vida do leitor, que o desacomodem um pouco do mundo onde estava sentado, que o provoque a ponto de que ele tenha vontade de acrescentar uma vírgula – ou reticências–, onde antes havia colocado um ponto final. Em outras palavras, preocupo-me em criar uma história em que tema e linguagem se complementem da melhor maneira, de modo com que o leitor adolescente possa sentir algum tipo de cumplicidade com seus personagens, com o enredo.
Lembrei-me de que no filme “Tiros em Columbine”, em que o diretor Michael Moore focaliza a tragédia ocorrida naquele colégio, surpreendi-me com a resposta do controverso artista Marilyn Manson, que, cá para nós, não seria considerado um bom modelo para os jovens pela maioria dos pais e educadores, e no entanto me presenteou com um excelente ponto de partida para as reflexões que me orientam na hora em que me coloco na frente do computador com a intenção de escrever um texto para adolescentes. Ao ser questionado sobre o que os jovens de Columbine precisavam, o cantor respondeu, sem pestanejar, que se deveria indagar a esses próprios jovens o que eles queriam. Em outras palavras, dar voz e escutar o que os adolescentes têm a dizer. 
Não tenho dúvidas de que os jovens reconhecem quem sabe falar com eles, porque identificam nessa “fala” um movimento anterior de escuta e respeito, e que pode acontecer pelo diálogo com os pais, com um professor, uma letra de música, um programa de televisão... um livro. 
De certa maneira, tomadas as especificidades da faixa etária, do repertório de vida, do fôlego de leitura e das condições de compreensão leitora, creio que não há tanta diferenças entre escrever para adolescentes ou para crianças. Para mim as preocupações são as mesmas: escrever uma boa história, com personagens intensos e convincentes. 

2. Em sua opinião, existe tema tabu, quando se pensa a literatura infanto-juvenil? Você se impõe alguma autocensura ao escrever, tipo: "Bah, acho que ninguém publicará texto sobre tal assunto"? Qual, na sua opinião, é seu livro mais polêmico em relação à temática? Por quê? 

Na minha opinião não existem temas tabus, existem temas sobre os quais os adultos evitam falar com as crianças ou adolescentes. E, veja bem, são os adultos que rotulam os temas como apropriados ou impróprios. Isso por que todos os temas, tabus ou não, estão no entorno de qualquer leitor, direta ou indiretamente, tenha ele 5 ou 50 anos. 
Não me censuro, ao contrário, me sinto atraída por ter a chance de problematizar por meio da literatura, e com literariedade, temas que precisam ser abordados simplesmente estão aí, porque fazem parte da vida.
Felizmente o mercado editorial tem se mostrado mais receptivo a todos os tipos de temas, coisa que não acontecia há bem poucos anos. Tenho escrito e publicado textos que trazem temáticas complexas, como drogas, iniciação sexual, bulling, homossexualidade, famílias homoafetivas, morte, abandono, doenças crônicas, portadores de necessidades especiais, famílias desestruturadas e desestruturantes, gravidez etc. Como vê, de uma forma ou de outra, quase todos os textos que me interessam são, digamos assim, polêmicos para o censo comum.
Ë difícil afirmar qual é dos meus livro é o mais polêmico em relação à temática abordada, depende tanto dos dos valores e do ponto de vista dos leitores, não? Posso, no entanto, afirmar que o livro “Do jeito que a gente é”, publicado em 2009 pela editora Ática, precisou de alguns meses até que fosse “autorizado” a sua edição. Eu nunca escrevi uma história pensando se meu leitor seria um garoto ou uma garota. Sempre acreditei que escrevia para leitores e ponto. Um dia, me dei conta de que a literatura juvenil no Brasil não contemplava realmente todos os seus leitores. Fui pesquisar e descobri que os livros para adolescentes nunca apresentavam personagens cuja orientação sexual não fosse heterossexual.
Ou seja, os leitores que não se enxergavam nesse modelo de relação menino/menina nunca poderiam contar com a experiência intransferível que a literatura nos propicia, de conseguirmos dialogar com o texto, projetando-nos nele, reconhecendo-nos na vida de seus personagens. Por isso escrevi uma história em que um dos protagonistas é homossexual. Assim, ele pode dar alguma voz aos garotos e garotas que precisam esconder sua sexualidade para que possam ser respeitados nas salas de aulas, nas suas famílias, entre seus amigos. Infelizmente a homossexualidade só é tabu porque ainda vivemos em uma sociedade que alimenta o preconceito e a intolerância a tudo que não é igual. Acredito no papel transformador da literatura e nas portas que se abrem com as novas gerações de leitores. 

3. No universo da literatura infantojuvenil, percebe-se que muitos textos são mais textos de histórias do que de personagens, ou seja, a preocupação maior parecem ser as ações e não o mergulho no "eu" dos personagens. Quando você escreve, o que mais a atrai: as ações ou o universo interior das personagens? Por quê? 

Concordo com você, há mais textos de histórias do que de personagens. Mas acho que nós dois, Caio, não fazemos parte desse clube. Cada vez mais me reconheço como uma escritora que trabalha com a as diferentes manifestações e representações do mundo interior. Meus personagens vivem intensamente dentro deles, muitas vezes até mais do que no “mundo” real. A importância dos relacionamentos, dos afetos e das transformações são temas sempre presentes em tudo o que escrevo. 
Nunca tive e não tenho a expectativa de que um livro ou um personagem seja capaz de ensinar valores ou desbancar atitudes. Acredito que personagens e histórias podem sim ajudar o leitor a se conhecer melhor e a entender com mais clareza algumas situações com as quais convive, seja no seu mundo exterior ou no interior. 
Talvez, sendo bem otimista, a literatura, possa vir a ser uma das boas maneiras de se propiciar alguma forma de autoconhecimento e transformação.
Eu, por exemplo, creio que fui salva pela literatura, parece romântico, sei bem, mas era nos livros que eu me refugiava desde muito nova, e foram eles que me desafiaram e me ajudaram a ver que existiam mundos e vidas bem diferentes da que eu conhecia. 
Já que estamos fazendo uma entrevista “virtual”, posso ceder à tentação de acrescentar um trecho de um texto maravilhoso de Bartolomeu Campos Queirós, chamado O livro é passaporte, é bilhete de partida:
“Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. Esse abraço a partir do texto é soma das diferenças, movida pela emoção, estabelecendo um encontro fraterno e possível entre leitor e escritor. Cabe ao escritor estirar sua fantasia para, assim, o leitor projetar seus sonhos.
(...) Reconheço, porém, um momento em que se dá o definitivo acontecimento: a certeza de que o mundo pessoal é insuficiente. Há que buscar a si mesmo na experiência do outro e inteirar-se dela. Tal movimento atenua as fronteiras e a palavra fertiliza o encontro”. 

4. Escrevemos juntos a coleção Historinhas Bem... E, como você mesma disse, foi um grande desafio produzir um texto à distância e a quatro mãos. Assim, repito a pergunta: como foi tal experiência pra você? 

Fizemos uma estranha e fecunda parceria, não é mesmo? A partir de uma consigna bem limitada (tema e foco narrativo em 1ª pessoa) conseguimos fazer milagres. Meu grande desafio foi me libertar do seu fantasma, ou seja, tentar ignorar que você também estava escrevendo uma história para o mesmo livro, com um personagem que vivenciaria situações que poderiam ser semelhantes ou totalmente distintas das que eu estava construindo. Por que, se eu me deixava contaminar pelo seu fantasma, corria o risco de travar. O fato de não nos comunicarmos enquanto escrevíamos foi uma estratégia que facilitou esse descolamento. A troca só de dava quando o texto estava concluído e deixamos para nosso editor a incumbência de nos orientar. Claro que poderíamos palpitar no texto do outro se quiséssemos, mas houve uma espécie de acordo não dito que nos levou ao mesmo procedimento: os livros teriam a impressão digital dos autores em suas histórias. Assim fui perdendo o medo do fantasma do Caio Riter e a coisa deslanchou.
Outro desafio, para mim, não sei se para você também, foi o de tentar. trabalhar de um jeito divertido e simples com emoções muito verdadeiras, muito sérias e por isso muito humanas.
Foi uma experiência e tanto, e espero que possamos repetir outras tão prazerosas e desafiantes como essa. 


Márcia Leite pergunta, Caio Riter responde.

1. De que maneira o leitor Caio Riter influenciou o escritor Caio Riter? 

A leitura entrou na minha vida, não sei bem como. Livros eu não tinha em casa, mas havia em minha infância uma mãe contadora de histórias, e gibis, e fotonovelas, e a fascinação por ouvir e ler histórias, dos mais diferentes tipos. Creio que estes textos estão presentes na pré-história do leitor Caio. Na verdade, o desejo de inventar mundos ficcionais, de inventar realidades possíveis, filtradas pelo meu olhar, começou a brotar em mim graças aos livros que, então, já eram necessidade. Passava dias e noites envolvido com a leitura e comecei a experimentar escrever histórias, as quais não eram mostradas a ninguém. Ofício silencioso e solitário. Muito do Caio-Leitor, com certeza, reside no Caio que escreve. Há na leitura o maior (e grande) aprendizado da escrita. 

2. Muito se fala de transpiração X inspiração, planejamento X intuição, disciplina X criatividade e outros pares como esses quando se procura descrever o processo de escritura. Qual dos lados da balança você solicita mais quando escreve? Como é seu processo de escritura? 

Com certeza, sou aquele tipo de escritor que o Dufrenne definiu como escritor-artesão. A inspiração é apenas um pequeno (mas necessário) ponto de partida: pode ser o desejo por tratar de certo tema; pode ser uma cena, ou frase, ou situação presenciada e/ou experienciada; pode até mesmo ser a encomenda de uma editora. O restante (que eu julgo principal, e sem o qual não temos história alguma) é planejamento. 
Costumo arquitetar meus livros a partir de duas perguntas básicas: o que contar? Como contar? Na busca de tais respostas, articulo ações, personagens, trama e a cena final. Esta, geralmente, é a deflagradora da escrita. Se sei para onde conduzirei a narrativa, sinto-me “pronto” para me envolver com a criação daquele texto. Assim, o planejamento, sobretudo quando produzo textos maiores, é de fundamental importância no meu processo de escrita. Não que ele seja uma camisa-de-força. Não. É uma bússola, um mapa. E estes, por vezes, podem sugerir ou provocar algum desvio na rota, porém jamais uma mudança completa de rumo, pois aí a viagem seria outra e não aquela para a qual me preparei. Não acredito naquele processo de criação mais intuitiva, pelo menos o meu não é assim. Jamais abro mão de ser o condutor da travessia. Eu, o autor. 

3. Sei que você é quase um escritor-caixeiro-viajante, desses que vive na estrada, sempre disposto a dialogar com os leitores que o solicitam. Qual o maior saldo desses encontros para vc? 

Os encontros com os leitores sempre é rico. É a partir deles que sinto como minhas histórias e meus personagens vão ao encontro do leitor, pois, na maioria das vezes, escrevo para mim, escrevo por que sinto necessidade de dizer certas coisas, e de dizê-las da minha maneira. Assim, quando há sintonia entre o meu desejo e o daquele que me lê, tudo parece contribuir para o sucesso do livro. E, sempre que penso em sucesso de um livro, penso na sua capacidade de deleitar o leitor e de levá-lo a pensar sobre o mundo que o cerca, sobre si, sobre o outro.
Ah, e sem contar que, muitas vezes, o contato com os leitores vai além. Vários se tornam amigos, me adicionam nos seus orkuts, trocam ideias via msn e, por vezes, até viram personagens, como ocorreu com o Tadeu, de “Meu pai não mora mais aqui”.
Gosto deste contato com os leitores; ele é combustível. Quero sempre ser um escritor que exista e, para isso, preciso que minhas histórias sejam lidas, façam ecos nos corações dos leitores, criem neles o desejo de quero mais. 

4. Escrevemos uma coleção (“Historinhas bem...”) à distância e a quatro mãos. Para mim foi um grande desafio durante todo o processo. Como foi essa vivência para você? 

Com certeza, grande desafio. Produzir uma coleção que previa duas histórias em cada livro, ambas com o mesmo tema, apenas com o diferencial de dois olhares distintos: um feminino (o seu); outro masculino (o meu), e não ser repetitivo (visto que todas as histórias deveriam ter um narrador em 1ª pessoa) foi tarefa árdua. Todavia, prazerosa. Escrever tem sempre, acho, esta aura de desafio: será que daremos conta da história que nos vai por dentro? Será que as palavras escolhidas darão conta daquilo que desejamos escrever?
Confesso que quando recebi o convite, fiquei entre temeroso e atiçado. Era algo novo. Era algo a ser feito em parceria, mas não explicitamente a quatro mãos. Afinal, as escritas foram isoladas, cada um de nós tendo as premissas para a escrita, mas sem qualquer contato com a história que o outro estava produzindo. Uma sintonia mais de ideias, mais de perceber os caminhos possíveis de escrita, a fim de respeitar a criatividade sua e do outro. E isso tudo sem qualquer troca de palavras do tipo: bah, como tá a tua história? Experiência única até agora. Mas que, se possível, pretendo repetir.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SP: A AEILIJ é Amiga do Livro

Queridos aeilijianos,

A Câmara Rio-Grandense do Livro premiará nossa AEI-LIJ como "Amiga do Livro", em cerimônia que irá acontecer dia 23 de abril de 2010, às 20 hs e 30 min, no auditório Érico Veríssimo do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano.

A AEI-LIJ SP parabeniza a todos: direção, conselheiros e associados por mais esta conquista.

Um abraço,
Regina Sormani

SP: Mural - Abril de 2010


NÚMERO 8 - ABRIL DE 2010

O Mural é uma agenda cultural mensal,
editada conforme os eventos surgem.
Amigo associado de qualquer cidade do Estado de São Paulo, contribua...
aguardamos notícias dos eventos do interior.
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ROSANA RIOS CONVIDA:

08 de maio, sábado – das 14h às 19h
Jornada Dragões

Biblioteca Viriato Correa.



Rua Sena Madureira, 298 - próximo à estação Vila Mariana do Metrô (Linha Azul)

14h – Palestra: Os Dragões no Imaginário do leitor de fantasia – no Auditório. Com Rosana Rios.

16h – Exibição do filme “O Cavaleiro e o Dragão” – no Auditório.

17h – Tarde de autógrafos e coquetel do lançamento do livro “Sete perguntas para um dragão”, de Rosana Rios (Editora Prumo) – no Espaço Temático.

19h – Encerramento.

Os Dragões no Imaginário do leitor de fantasia
Dragões são provavelmente as criaturas míticas mais apreciadas pelo público leitor e cinéfilo. Seres dracônicos existem em mitos de civilizações antiqüíssimas e no folclore de povos afastados uns dos outros, do Oriente ao Ocidente, de Norte a Sul. Por que as pessoas são tão fascinadas por criaturas enormes e que teriam o poder de cuspir fogo? Por que os dragões nas histórias orientais são benéficos, enquanto os mitos ocidentais os mostram como destruidores? E São Jorge, existiu de verdade ou sua vida também é lendária? Vamos analisar alguns mitos de dragões e suas raízes, buscando entender o fascínio que eles apresentam para nós.
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II SARAU DE POÉTICAS INDÍGENAS

Casa das Rosas
Sábado, dia 24 de abril, 15h.
Curadoria da querida amiga e escritora Deborah Godemberg. Este evento é dedicado à Cabanagem.
Quem estiver em São Paulo não pode deixar de ir.
Participarão do evento: Daniel Munduruku, Juju Mura e Carlos Tiago Mawê, além do antropólogo Leandro Mahalem de Lima.
Haverá muita poesia, artesanato, dança, livros e muito mais.
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17 de MAIO, SEGUNDA, das 19h30 às 21h30O Brincar e a Imaginação Poética
Livraria da Vila
Rua Fradique Coutinho, 915
(11) 3814-5811

- Brincar – a palavra inventiva – é inteligência poética;
- Imaginação – a criação de outras realidades;
- As condições necessárias para se iniciar um texto literário;
- Portas abertas para a imaginação – o exercício do Palavroscópio
Com Regina Gulla, 
poeta e psicanalista, autora de Contos de Organza; do Manifesto do Sonhador; do Zelador de Sonhos (literatura para crianças) e outros. Coordena aOficina de Criação Literária Gato de Máscara, no Atelier Gato de Máscara, Vila Madalena, e em instituições como as Bibliotecas Municipais de São Paulo e SESC; é fundadora da BILIGA –Biblioteca de Inventação Interativa on Line Gato de Máscara, aberta 24hs no
site www.gato-de-mascara.

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BIBLIOTECAS COM CONTAÇÃO
E OUTROS EVENTOS

DIA 24, SÁBADO|

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA FEIRA DE LIVROS DO MERCADO MUNICIPAL
A contadora de história Andréa Sousa encantará o público da feira com maravilhosas histórias.
/ BP Belmonte. Dia 24, sábado, às 10h e às 14h.

TEATRO: ZEZÉ PORCARIA
Espetáculo de Teatro de Bonecos para crianças que conta a história do menino Zezé, um garoto comum e sua relação com os alimentos e as chamadas "porcarias", nos seus primeiros anos de vida. Tudo acontece na cozinha da casa de Zezé, onde os móveis e os alimentos têm vida e se relacionam com o cozinheiro que conduz a trama enquanto faz o jantar, executando o som ambiente com seus utensílios e manipulando alguns bonecos sonoros. A trajetória vai desde a barriga da sua mãe, passa pelas primeiras impressões com os alimentos até o encontro com as chamadas "porcarias", quando recebe o apelido de Zezé Porcaria. A partir daí, Zezé passa por diversas situações que o levarão para novas aventuras e descobertas.
Público a partir de 3 anos. Duração: 50 min.
/ BP Hans Christian Andersen. Dia 24, sábado, às 16h.

|DIA 25, DOMINGO|

FEIRA DE TROCA DE LIVROS E GIBIS
Traga seus livros e gibis para a feira de troca e renove sua coleção!
Só não valem livros didáticos ou em mau estado de conservação.
/Parque Anhanguera. Domingo, 25 de abril, domingo, das 10h às 15h.

|DIA 27, TERÇA|

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: METAMORFOSE
Com Grupo Cantando Histórias .
A capacidade de se reinventar e alçar vôo. Histórias são como convites da sabedoria a nos conduzir aos caminhos do conhecimento, da felicidade e da realização pessoal. O grupo trabalhará contos e cantos que abrangem novas possibilidades de superação.
/ BP Hans Christian Andersen. Dia 27, terça, às 10h e às 14h.

ELÉIA LEU
Em edições quinzenais, os poetas Berimba de Jesus, Caco Pontes, Gabriel Kerhart, Gabriel Kolyniak, Pedro Tostes e Valter Vitor coordenam uma roda de leitura, oferecendo um cardápio de poemas, organizado em torno de temas que propiciam a interlocução entre diversas linguagens, escolas e modos de fazer e pensar poesia.
/ BP Alceu Amoroso Lima. Dia 27, terça, das 19h30 às 21h30.

SERVIÇO:
/ Biblioteca Pública Hans Christian Andersen. Av. Celso Garcia, 4142, Tatuapé. Tel. 2295-3447. Veja como chegar.
/ Biblioteca Pública Belmonte. Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro, Zona Sul. Tel. 5687-0408 / 5691-0433. Veja como chegar.
/ Biblioteca Pública Cassiano Ricardo. Av. Celso Garcia, 4200, Tatuapé, Zona Leste. Tel. 2092-4570 / 2092-9952. Veja como chegar.
/ Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima. Rua Henrique Schaumann, 777, Pinheiros, Zona Oeste. Tel. 3082-5023. Veja como chegar.
/ Parque Anhanguera. Avenida Fortuna Tadiello Natucci, 1000 - Perus, Zona Norte.

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PROJETO PRALER – PRAZERES DA LEITURA


PRALER CIDADANIA
Programa Jovens Urbanos no Metrô Santa Cecília
Quinta-feira, 15 de abril, das 15 às 17 horas.

Você sabia que as estações de Metrô, além de transporte, também oferecem cultura? Muitas estações de São Paulo têm exposições permanentes de artes plásticas, bibliotecas públicas e atividades culturais. O PraLer agora está entre essas atividades. No dia 15 de abril, levaremos um grupo de jovens em situação de vulnerabilidade social, da ONG Comunidade Cidadã, para conhecer a biblioteca e espaço cultural da Estação Santa Cecília do Metrô. Como sempre, o passeio encerra com uma atividade de incentivo à leitura, dessa vez com Nireuda Longobardi, que falará sobre a literatura de cordel e ensinará os jovens a fazerem suas próprias gravuras. Nireuda Longobardi é artista plástica e escritora; o livro com texto e xilogravuras de sua autoria, Mitos e lendas do Brasil em cordel (Editora Paulus), foi selecionado para o catálogo da FNLIJ para representar o Brasil na Feira de Bologna 2010.

PRALER NO PARQUE
Parque da Água Branca pela União da Arte
Domingo, 18 de abril, das 11 às 13 horas.

Em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), o PraLer levará mais um grupo de crianças para conhecer o Parque da Água Branca e participar de contação de histórias. O grupo do Centro para Criança e Adolescente para União da Arte ouvirá histórias do Brasil, Japão e Europa.
Narradoras: Danielle Barros e Débora Carolyne.
Histórias: “Pequetito” (conto japonês), “A formiguinha e a neve” (conto acumulativo), “A margarida esperta” (Irmãos Grimm), “O peixinho encantado” (conto popular brasileiro) e “A menina que queria ser bonita” (conto inglês).

PRALER CIDADANIA
Crianças das Escolas Municipais no Museu Lasar Segall
Quinta-feira, 22 de abril, das 10 às 12 horas.

O PraLer levará um grupo do quarto ano ao Museu Lasar Segall. O passeio, visita e atividade de incentivo à leitura foram elaborados pela equipe de Ação Educativa do Museu, coordenada por Anny Christina Lima, em parceria com a educadora Mônica Cardim e Raphael Giannini, do PraLer. O resultado será uma visita focada na leitura.

EVENTO ESPECIAL PRALER
Dia Internacional do Livro na Biblioteca de São Paulo

Sexta-feira, 23 de abril, das 16 às 19 horas.

No Dia Mundial do Livro, o projeto PraLer – Prazeres da Leitura receberá um grupo de gestantes e mães com bebês de colo para participar de um evento muito especial. As mães serão orientadas pela especialista Luciana Franco sobre a importância da leitura na primeira infância, enquanto isso os próprios bebês participarão de uma atividade de leitura de histórias. Para completar, uma contação de histórias para as mamães e seus bebês.

PRALER NO PARQUE
ONG Projeto Filhos de Buda no Parque Buenos Aires
Domingo, 25 de abril, das 11 às 13 horas.

Quem quiser conhecer o projeto PraLer e ainda ouvir histórias no parque, pode participar do evento programado para o último domingo do mês, no Parque Buenos Aires. O grupo da ONG Filhos de Buda, que trabalha com crianças carentes da Favela do Chiclete, na Raposo Tavares, assistirá ao “Rodamoinho Poético”, apresentação daCia. Rodamoinho, com histórias de tradição oral, poemas, músicas e adivinhas.
Narradores: Fabiano Assis e Renata Flaiban.

PRALER CIDADANIA
Sarau de poesia no CIC Norte
Quinta-feira, 29 de abril, das 10 às 12 horas.

Desta vez é o PraLer quem visitará o CIC Norte – Centro de Integração da Cidadania, um programa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania que visa proporcionar o acesso à Justiça, por intermédio de serviços públicos de qualidade para a população e o incentivo à cidadania comunitária. Serão reunidos jovens da própria comunidade, entre 14 e 17 anos, que frequentam o Ensino Médio, para participar de um sarau organizado pelo projeto PraLer – Prazeres da leitura em parceira com o projeto Mapa da Poesia, ambos administrados pela Poiesis – Organização Social de Cultura. Na ocasião, os jovens terão a oportunidade de apresentar seus próprios textos e textos de outros autores.

Sobre o pojeto PraLer – Prazeres da Leitura

O PraLer leva atividades de incentivo à leitura a várias regiões da cidade de São Paulo e promove o intercâmbio cultural, visando eliminar barreiras sociais e geográficas entre a população e os polos de cultura da capital.

O projeto atende grupos agendados, em parceria com instituições sociais e educacionais que trabalham com adolescentes, jovens em situação de risco, grupos de terceira idade, público inclusivo, além do público espontâneo.

Por meio de passeios e visitas monitoradas, a população se apropria dos locais públicos que a cidade oferece, como parques, museus, bibliotecas e livrarias, onde são realizadas atividades como oficinas de leitura e escrita, contação de histórias, apresentações teatrais e musicais e criação literária. As atividades também são levadas para dentro das instituições.

Nosso objetivo é criar o hábito da leitura como um ato de prazer, garantindo o acesso qualificado da população à cultura e à educação.

O PraLer é um projeto da Secretaria de Estado da Cultura, administrado pela Poiesis – Organização Social de Cultura. Para agendamento de grupos e mais informações, envie um e-mail para: contato.praler@poiesis.org.br, ou acesse o site: www.praler.org.br. Todas as atividades são gratuitas.
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REINAÇÕES:
CONFRARIA DA LEITURA
DE TEXTOS
INFANTO-JUVENIS



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LANÇAMENTO DO SITE MEMÓRIAS DA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL
bastidor inédito da trajetória de autores, ilustradores e editores consagrados

Evento de inauguração reúne precursores da classe literária brasileira, que prestam homenagem aos 90 anos da autora Tatiana Belinky.

14 de abril, às 19h, no Auditório do SESC Vila Mariana, o Museu da Pessoa realiza o lançamento do web site Memórias da Literatura Infantil e Juvenil, evento que reúne precursores da classe literária brasileira e oferece uma oportunidade única de interação entre o público e a obra de autores e ilustradores clássicos como Ana Maria Machado, Pedro Bandeira, Ricardo Azevedo, Ruth Rocha, Ziraldo, dentre outros.
Mais informações aqui:
http://www.cronopios.com.br/site/lancamentos.asp?id=3928
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VOCÊ CONHECE O BOSQUE DA LEITURA?
Bibliotecas a céu aberto, nos parques da cidade:

Bosque da Leitura do Carmo
Parque do Carmo
Av. Afonso de Sampaio e Souza, 951
Itaquera 08270-000 São Paulo, SP
Horário de Funcionamento: sábados e domingos, das 9h30 às 16h

Bosque da Leitura do Ibirapuera
Parque do Ibirapuera
Av. República do Líbano, 1151 - Portão 7 (ao lado do Viveiro Manequinho Lopes)
Ibirapuera 04501-000 São Paulo, SP
Horário de Funcionamento: domingos, das 9h30 às 16h

Bosque da Leitura da Luz
Parque da Luz
Rua Ribeiro de Lima, 99
Bom Retiro 01122-000 São Paulo, SP
Horário de Funcionamento: sábados e domingos, das 9h30 às 16h

Bosque da Leitura Santo Dias
Parque Santo Dias
Rua Jasmim da Beirada, 71, COHAB Adventista
Alt. do 4800 da Estrada de Itapecirica
Capão Redondo 05868-580 São Paulo - SP
Horário de Funcionamento: domingos, das 9h30 às 16h

Bosque da Leitura Cidade de Toronto
Parque Cidade de Toronto
Av. Cardeal Mota, 84
City América – Pirituba, São Paulo - SP
Horário de Funcionamento: domingos, das 9h30 às 16h
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CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS

Era uma vez 1,2,3 - Acordando Histórias
Com Rita Nasser
A contação de histórias pretende proporcionar aos participantes um contato especial com as histórias, formando um público ouvinte e futuro leitor. Impulsionará também o contador “adormecido” que existe em cada um.
Dia 13 de abril às 10h e às 13h30

METAMORFOSE
Com Grupo Cantando Histórias
A capacidade de se reinventar e alçar vôo. Histórias são como convites da sabedoria a nos conduzir aos caminhos do conhecimento, da felicidade e da realização pessoal. O grupo trabalhará contos e cantos que abrangem novas possibilidades de superação.
Dia 27 de abril às 10h e às 14h

TEATRO

A Rainha da Neve
Cia. do Mar
Realizado a partir de manipulação de bonecos e outros objetos cênicos.
Um gênio do mal inventa um espelho que possui a estranha propriedade de transformar em pessoas más e arrogantes todos aqueles que se mirem nele. Enquanto isso, Gerda e Key, duas crianças, plantam e cuidam das rosas e das flores que existem no jardim de suas casas quando, repentinamente, o espelho do mal se quebra e um dos estilhaços atinge Key que muda completamente seu comportamento, tornando-se uma criança perversa. Um dia Key sai para esquiar na neve e é raptado por um grande trenó branco: é a rainha da neve que o leva para morar com ela no castelo da neve. Gerda dá pela falta do amigo e sai para procurá-lo e, nesse percurso, viverá muitas aventuras.
Público de 4 a 10 anos. Aproximadamente 50 minutos.
Dias 15 de maio e 26 de junho às 16h
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OFICINA DE ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO
A oficina alia informações teóricas e práticas sobre a produção audiovisual contemporânea e proporciona conhecimentos e experiências próprias ao aluno no desenvolvimento de argumentos e roteiros para obras narrativas de ficção em cinema.
Para interessados maiores de 18 anos. Serão duas turmas: terças (em 16 aulas de 3h) e sábados (em 12 aulas de 4h).
Cada candidato pode se inscrever em apenas uma turma. 20 vagas por turma.
Turma 1: A partir de 13/04, terças, das 18h30 às 21h30, com Thaís Fujinaga.
Turma 2: A partir de 17/04, sábados, das 10h30 às 14h30, com Roney Freitas.

Como participar:
A avaliação será baseada no preenchimento da ficha de inscrição, descrição de hábitos culturais e carta de intenções. Não será requisitada experiência anterior.
Inscrições na biblioteca, pessoalmente, do dia 1º ao dia 10 de abril, de segunda a sexta das 8h às 17h e sábado das 9h às 16h.

*Roney Freitas é formado em Audiovisual pela ECA-USP. Trabalha no mercado profissional audiovisual desde 2003, atuando como diretor e roteirista. É coautor do roteiro do longa-metragem “Paulicéia”, entre outros. Dirigiu o curta-metragem “Laurita”, contemplado no Programa Petrobras Cultural e desenvolve novo projeto de curta-metragem com roteiro premiado no programa de Fomento da Prefeitura de São Paulo.
**Thais Fujinaga é formada em Audiovisual pela ECA-USP. Seus roteiros foram contemplados no concurso de curta-metragem da Prefeitura de São Paulo em suas duas últimas edições. Dirigiu dois curtas em 35mm: “Hoje é o seu dia” (2008) e “A visita” (2009) e acaba de iniciar os preparativos de seu terceiro filme.


SERVIÇO:
Biblioteca Pública Roberto Santos. 101 lugares. Rua Cisplatina, 505, Ipiranga, Zona Sul. Tel. 2273-2390. Veja como chegar.
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REVISTA "EM CARTAZ", A PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA CIDADE DE SÃO PAULO, PARA DOWNLOAD
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/EmCartaz_34%20site_1270492021.pdf