terça-feira, 31 de maio de 2011

RS: A 1a. antologia da AEILIJ está nos trilhos!

Capa: Xilogravura de Nireuda Logobardi; Trilho: JP Veiga.

Trem de histórias 

A união faz a força! A primeira antologia da AEILIJ surgiu dentro da lista de discussão da Associação. Era final de março quando Thais Linhares, Tonton e JP Veiga começaram o papo que originou o livro. Em dois meses conseguimos estar com ele pronto, com 20 textos e 20 ilustrações de 37 associados, a tempo de ser exposto no 13º Salão da FNLIJ. 

Todos os participantes da antologia se envolveram na produção do livro. Angela batizou. JP indicou a editora. Danilo ofereceu a diagramação. Regina e Nireuda cederam ilustrações extras. Tonton redigiu o termo de cessão. Anna Claudia escreveu a apresentação. Anie mergulhou no projeto, apesar do prazo apertado, logo depois de chegar de viagem. Maurício sugeriu conversar com a Diléa. Kika correu atrás de scanner em Cabo Verde. Bia entrou para a Associação. Zé cobrou prazo da galera. Sandra sugeriu as filipetas. Cris ajudou com as imagens. Alguns convidaram ilustradores. E todos incentivaram e aplaudiram cada passo do projeto. Foi um prazer organizar o trabalho dessa turma bacana com o talento saindo pelas orelhas. 

O resultado é um lindo livro com contos, crônicas e poemas que tratam sobre trens, bondes e outros veículos que rodam sobre trilhos. A publicação ficou por conta da Caki Books, editora que lançará o livro em formato e-book e impresso sob demanda. 

Boa leitura para todos! Tchoo-Tchoo! 

Alexandre de Castro Gomes – escritor 

Postado por H

segunda-feira, 30 de maio de 2011

RJ: Apresentação do livro "Trem de Histórias"

Apresentamos a CAPA da primeira antologia da AEILIJ, criada sobre uma linda xilogravura da Nireuda Longobardi.

Trem de Histórias traz 20 textos e 20 ilustrações de 37 autores aeilijianos, que se uniram para realizar esse trabalho. 

O livro, direcionado ao público infanto-juvenil, contém contos, crônicas e poesias relacionados a trens, bondes e outros veículos que rodam sobre trilhos. A apresentação é de Anna Claudia Ramos e a organização da antologia é de Alexandre de Castro Gomes.

Tem uma barata no trem!, de Alexandre, está lá, junto com Trem dos unicórnios, de Zé Zuca, Resgate, de Alina Perlman, Minha primeira viagem de trem, de Rosana Rios, A noite dos cometas, de Adriano Messias, O condutor, de Simone Pedersen, Esse trem que me falta na lembrança, de Luiz Antonio Aguiar... Somos autores do Rio, de São Paulo, de Minas Gerais, de Brasília, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Pernambuco e até de Cabo Verde, na África!

Os ilustradores, entre eles Fabiana Salomão, Laz Muniz, Mauricio Veneza, Márcia Széliga, Sandra Ronca, JP Veiga, Cris Alhadeff (que ilustrou uma crônica da Eliana Martins) e outros craques das cores, abusaram da criatividade e contribuíram com ilustrações em nanquim, xilogravura, computador, lápis de cor, aquarela, spray, canetinhas, técnicas mistas... O livro está bom demais!

Trem de Histórias sairá em junho pela Caki Books (http://www.cakibooks.com.br/) e poderá ser comprado através do site da editora, e nas lojas Gato Sabido e Amazon, nos formatos e-book e impresso com capa dura.

Eis os aeilijianos responsáveis pelo sucesso do projeto:
Adriano Messias - Alessandra Pontes Roscoe - Alexandre de Castro Gomes - Alina Perlman - Ana Cristina Melo - Angela Leite de Souza - Anielizabeth - Antonio Nunes (Tonton) - Bia Salgueiro - Carla Pilla - Claudia Gomes - Cris Alhadeff - Danilo Marques - Eliana Martins - Fabiana Salomão - Felipe Vellozo - JP Veiga - Kika Freyre - Laz Muniz - Luiz Antonio Aguiar - Marcelo Queiroz - Márcia Széliga - Marilza Conceição - Mauricio Veneza - Monika Papescu - Naná Martins - Nilza Azzi - Nireuda Longobardi - Regina Gulla - Roney Bunn - Rosana Rios - Sandra Ronca - Sandro Dinarte - Simone Bibian - Simone Pedersen - Soraia Ljubtschenko Motta - Zé Zuca.

SP: Mural - Junho de 2011



NÚMERO 20 - JUNHO DE 2011

O Mural é uma agenda cultural postada todo início de mês,porém, editada ao longo do mês conforme os eventos surgem.A agenda das bibliotecas é renovada semanalmente.
Amigo associado de qualquer cidade do Estado de São Paulo,
contribua...
aguardamos notícias dos eventos do interior.
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CONVITE DE MONIKA PAPESCU


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A MINISTRA DA CULTURA
ANA DE HOLANDA
O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
GALENO AMORIM
A PRESIDENTE DA CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO
KARINE PANSA
CONVIDAM


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Alforje é o nome do novo disco do cantor e compositor pernambucano Aldy Carvalho.
É também sinônimo de bisaco, bornal, capanga, apetrecho de muita utilidade para o sertanejo, que nele transporta parte de sua alma.
No caso do disco, segundo o próprio Aldy: “Todos nós carregamos um alforje e nele nossas coisas, tangíveis e intangíveis, materiais e imateriais, preciosidades, significantes e significados.
Na nossa jornada, seja no início ou já bem longe léguas percorridas, de partida ou de chegada, todos carregamos um alforje.”
A música de abertura, Patuscada, é um arrasta-pé em ritmo de embolada, temperado de bom humor. Mas é na música Sina de Cantador, que poderia batizar o álbum, onde aparece a referência seminal: “No meu alforje trago as cartas/ Tal qual os riscos da palma da mão/ Guardando segredos da vida / No meu peito o canto habita/ Sina de Cantador”.
Não por acaso, neste Alforje, entre outros passageiros ilustres, destaca-se o mestre da cultura popular Valdeck de Garanhuns, responsável por um pregão impagável que resgata as “conjuminâncias medievais”, na música Forró do Zé Limeira.
Aldy pertence à categoria que os críticos musicais, em especial os estabelecidos no Centro-Sul, classificam como “regionais”, e que eu, com sobradas razões, considero universal.
O que contém este Alforje
1. Patuscada
2. Voo De Passarinho
3. Grotinhas
4. Sina De Cantador
5. Passo Falado
6. Giralume
7. Canção Da Varanda
8. Estrada De Aveloz
9. Retirada
10. Balada Lanceada
11. Sabia
12. Beijo De Melancia
13. Forro Do Ze Limeira
14. Marias
15. A Bênção MadrinhA

O CD Alforje pode ser adquirido no site da Livraria Cultura.
Nota: O show de lançamento do álbum Alforje será no dia 04 de Junho, a partir das 20h, em Itapecerica da Serra. Ingresso a R$ 10,00.
Mais informações: 11 4667-8736.
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O Escritor na Biblioteca
O Projeto foi criado com o intuito de aproximar os autores de seus leitores através de bate-papo informal, em que os escritores falam de sua vida e obra e respondem os questionamentos do público. O projeto já recebeu grandes nomes da literatura nacional, como Rosana Rios, Ferreira Gullar, Lya Luft e Pedro Bandeira, além de nomes internacionais como o moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa.


Laudo Ferreira Júnior
O escritor, desenhista e roteirista já ganhou, ao longo de sua carreira, prêmios na área de histórias em quadrinhos, como “Prêmio HQ Mix” de melhor Graphic Novel e o “Prêmio de Melhor HQ” da Sociedade Brasileira de Artes Fantásticas. Entre suas obras estão a trilogia “Yeshuah”, “A voz do louco”, “Subversivos: Companheiro Germano” e “Histórias do Clube da esquina”.

Mario Dimov Mastrotti

É caricaturista, cartunista, quadrinista, professor e editorialista. Tem suas tiras publicadas em jornais desde 1975 e organizou livros como “Humor Brasil 500 Anos”, “2001 - Uma Odisséia no Humor” e “Humor pela Paz e a Falta que ela faz”. Desde 2005, Mastrotti é presidente do Salão de Humor Internacional de Paraguaçu Paulista. Atualmente publica no Jornal Paulistano, Revistas Casual e Nosso Papel.

Biblioteca Amadeu Amaral
Dia 7 às 14h

Biblioteca Padre José de Anchieta
Dia 15 às 14h


Alessandro Buzo
Escritor, apresentador do quadro "Buzão – Circular Periferia" no Programa Manos e Minas da TV Cultura e diretor do filme “Profissão MC”, Buzo lançou seis livros, sendo o último "Hip Hop – De dentro do movimento". Além disso, é proprietário da Livraria Suburbano Convicto e organizador da Coletânea “Pelas Periferias do Brasil”.
Márcia Tiburi
É graduada em Filosofia e Artes e mestre e doutora em Filosofia. É também professora do programa de pós-graduação em Arte, Educação e História da Cultura da Universidade Mackenzie e colunista da Revista Cult. Entre seus ensaios encontram-se “As Mulheres e a Filosofia”, “Filosofia Cinza”, “Filosofia em Comum”, “Filosofia Brincante” e “Diálogo/Desenho”. Escreveu os romances “Magnólia”, “A Mulher de Costas” e “O Manto” que compõem a Trilogia Íntima. Em maio lançou seu ensaio “Olho de Vidro – A televisão e o estado de exceção da imagem”, um trabalho relacionado à pesquisa que fez enquanto trabalhou na televisão.

Biblioteca Helena Silveira
Dia 18 às 10h

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Aguardamos novidades, lançamentos e programações a serem divulgadas.
Este espaço é seu.

sábado, 28 de maio de 2011

NE: Trem de Histórias - a primeira antologia da AEILIJ

Prezados frequentadores deste blog, 

Tenho a imensa satisfação de anunciar, em primeira mão, a edição da primeira antologia da AEILIJ - Trem de Histórias, trazendo 20 textos e 20 ilustrações de 37 autores aeilijianos, que se uniram para realizar esse trabalho em prol da nossa querida Associação.

A bela capa foi criada sobre uma linda xilogravura da Nireuda Longobardi. O pra lá de competente gerenciamento do projeto coube ao cheio de energia Alexandre de Castro Gomes (http://alexandredecastrogomes.blogspot.com/)

O livro, direcionado ao público infanto-juvenil, contém contos, crônicas e poesias relacionados a trens, bondes e outros veículos que rodam sobre trilhos. A apresentação é da Anna Claudia Ramos (atual presidente da entidade).

Meu conto, Um trem para as meninas, conta com uma maravilhosa ilustração da também pernambucana Kika Suassuna e tem a companhia de Tem uma barata no trem!, de Alex, Trem dos unicórnios, de Zé Zuca, Resgate, de Alina Perlman, Minha primeira viagem de trem, de Rosana Rios, A noite dos cometas, de Adriano Messias, O condutor, de Simone Pedersen, Esse trem que me falta na lembrança, de Luiz Antonio Aguiar... e muitos outros. Somos autores do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, e até de – passagem por – Cabo Verde, na África!

Os ilustradores, entre eles: Fabiana Salomão, Laz Muniz, Mauricio Veneza, Márcia Széliga, Sandra Ronca, JP Veiga, Cris Alhadeff (que ilustrou uma crônica da Eliana Martins) e outros craques das cores, abusaram da criatividade e contribuíram com ilustrações em nanquim, xilogravura, computador, lápis de cor, aquarela, spray, canetinhas, técnicas mistas... O livro está bom demais!

Trem de Histórias sairá em junho pela Caki Books (http://www.cakibooks.com.br/) e poderá ser comprado através do site da editora, e nas lojas Gato Sabido e Amazon, nos formatos e-book e impresso com capa dura! 

Eis os aeilijianos responsáveis pelo sucesso do projeto:

Adriano Messias - Alessandra Pontes Roscoe - Alexandre de Castro Gomes - Alina Perlman - Ana Cristina Melo - Angela Leite de Souza - Anielizabeth - Antonio Nunes (Tonton) - Bia Salgueiro - Carla Pilla - Claudia Gomes - Cris Alhadeff - Danilo Marques - Eliana Martins - Fabiana Salomão - Felipe Vellozo - JP Veiga - Kika Freyre - Laz Muniz - Luiz Antonio Aguiar - Marcelo Queiroz - Márcia Széliga - Marilza Conceição - Mauricio Veneza - Monika Papescu - Naná Martins - Nilza Azzi - Nireuda Longobardi - Regina Gulla - Roney Bunn - Rosana Rios - Sandra Ronca - Sandro Dinarte - Simone Bibian - Simone Pedersen - Soraia Ljubtschenko Motta - Zé Zuca

A AEILIJ (http://www.aeilij.org.br/) é a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Tem regionais espalhadas por diversos estados do Brasil e funciona através de ações voluntárias de seus participantes.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

SP: Quem conta um conto... - Tonton

Um barato...

Por Antonio Nunes (Tonton)


Eles estavam que estavam... Hormônios em ebulição. Plena noite de sábado. O desejo à flor da pele... Como os pais dela não davam sopa — e nessa idade não se pode dar sopa mesmo, não é verdade? —, os dois adolescentes decidiram ir para o único lugar cabível por aquelas horas. Chegaram ao shopping e foram direto para a bilheteria do cinema. Até que a fila não estava das maiores... “Ainda bem!” — devem ter pensado eles... Bom, se entretiveram com alguns beijinhos enquanto a fila andava.

— Qual o filme e a sessão? — perguntou a moça da bilheteria.

— Qual o filme e a sessão? — voltou a insistir, agora já não tão cordial quanto antes.

— O da sessão mais próxima, o que começar primeiro! — respondeu ele, como se buscasse a confirmação dela, ao que foi aprovado com um balançar de cabeça.

Bilhetes em mãos, lá foram eles para mais uma fila. Bom, pelo menos tinham tempo para mais alguns beijinhos. E quem nunca trocou beijinhos no cinema enquanto as pipocas estouravam?

Bom, bilhetes em mãos, pipocas em outras, lá foram eles para a sala de exibição, bem para o fundo, para a última fileira de assentos, para que pudessem namorar sossegados, é claro.

Aí, sabe como é, né?, o filme que rola, o rolo no filme, rola daqui, rola de lá, vai dando aquele barato... e a coisa vai rolando... e o filme vai passando sem ser visto. Quem se importa com isso nessa idade? Cinema é lugar para namorar, não é para assistir filme! Estou errado? Se eles estivessem a fim mesmo de ver um bom filme — cuja definição, para eles, não sei se se alinha com a sua ou com a minha —, eles teriam locado um DVD. Não é verdade?!?

Namoro de adolescência é um barato, não é mesmo? Boas lembranças... Não sei se vocês as têm, mas as minhas, nem conto... Põe barato nisso! No escurinho do cinema, tudo pode acontecer!

Aí, de repente, mais que de repente, a namoradinha solta um grito horrorizada! Como se não estivesse acreditando no que estava acontecendo. Logo de imediato, uma outra menina, bem à frente dela, também dá um enorme grito quando sente o líquido escorrer-lhe pelo pescoço, atingindo-lhe bem por trás da nuca. “Meu Deus, o que será do meu cabelo?” — deve ter pensado ela, poucas horas depois de ter gasto quase todo o dia no salão de beleza. Afinal, era sábado.

Com os gritos, formou-se um escândalo, e a sessão foi interrompida. Acenderam-se as luzes. Todo mundo queria saber do ocorrido! E todo mundo olhava para trás, para as últimas fileiras, onde estavam as duas escandalosas que, juntas, iniciaram tudo e agora, constrangidas, tentavam acalmar-se do susto.

O namorado da primeira tentava achar a barata que pousara no ombro de sua namorada, enquanto o da outra tentava, com lencinhos de papel, enxugar-lhe os cabelos, infelizmente sem qualquer forma e encharcados, ensopados com o guaraná arremessado para o alto.

Pipoca e guaraná no cinema, uma combinação ótima, para baratas. Vocês sabem bem como é, né? Quase ninguém presta atenção pro final de filme e nem para a pipoca que acaba se esparramando pelo chão, o que é um prato cheio para as baratas. Aí, como tem comida de sobra, elas fazem a festa, elas se empanzinam. E têm que ser rápidas, têm que comer o quanto puderem enquanto o pessoal da limpeza não faz a faxina básica para iniciar a próxima sessão. Só que existem aqueles cinemas em que a limpeza entre sessões consecutivas não é lá essas coisas...

Aí, além da festa, tem sexo à vontade. Claro, de barriga cheia, o que mais elas têm a fazer? Se reproduzirem... E se reproduzem numa velocidade estupenda... Vida de barata se resume a isto: ou estão comendo ou fazendo sexo! Vocês conhecem algumas pessoas exatamente assim? Bom, é melhor deixar pra lá...

Se, naquele momento, a coitada daquela barata estivesse com o barato dela, nada disso teria acontecido. Mas, será que ela é uma barata amada? Será que ela já encontrou o seu barato-metade? Acho que não! Vamos colocar a campanha na rua e providenciar um barato para a barata!

Ah, pode não?!? Foi, me disseram... Eu que esqueci...

Ah, antes que me esqueça. Sabem por que a pipoca e o guaraná no cinema são tão absurdamente caros? Ainda não te explicaram? É porque, com tantas pipocas no chão, as salas têm de ser dedetizadas todos os dias... Eu acho que isso é quase um crime ambiental, mas deixa pra lá... Tenho mais o que fazer, vou comer as minhas pipocas que acabaram de estourar...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

RJ: 11° Encontro da Confraria Reinações

O livro que fará parte da roda de conversa desta vez será o Coração de Tinta, de Cornélia Funke.

Será no dia 21 de junho, a partir das 19 horas.
Local: Biblioteca Popular Municipal de Botafogo
Rua Farani, 53 - Auditório
Telefone: 2551 6911

RJ: Stela Maris Rezende e Globo Livros convidam

O lançamento será no dia 16/06, quinta-feira, às 16 horas, no Salão do Livro para Crianças e Jovens - FNLIJ.

Local: Centro de Convenções SulAmérica.

RJ: Rosa Amanda Strausz e Rui de Oliveira convidam


Lançamento do livro O Herói Imóvel, de Rosa Amanda Strausz e Rui de Oliveira, editado pela Rovelle.

Será no dia 25 de maio de 2011, às 19 horas, na Blooks Livraria - Arteplex Unibanco de Cinema.
Endereço: Praia de Botafogo, 316.

SP: Almanaque Primavera em Sampa na blogosfera

Gente querida!

Está no ar uma nova revista virtual, o Almanaque Primavera em Sampa que teve início com um projeto chamado Contos Coletivos Primavera em Sampa. Comecei a desenvolver essa ideia em 2009, reunindo trechos escritos pelos associados da regional paulista da AEILIJ, ou seja, um autor começa a escrever e outro continua, até a história terminar. Além dos contos coletivos, há quadrinhos, seção de Arte, seção Retrô, artigos e variedades.

Acessem: http://almanaqueprimaveraemsampa.blogspot.com

Boa diversão!
Um beijo,
Regina Sormani

quarta-feira, 25 de maio de 2011

RS: Apresentando a chapa candidata à diretoria da AEILIJ Nacional

Diretoria:

Presidente - Hermes Bernardi Jr.
Vice-presidente - Sandra Pina
Diretor Executivo - Dilan Camargo
Secretária Geral - Thaís Linhares
Tesoureira - Laura Castilhos
Coordenação de Estética e Cultura - Alex Gomes e Marilia Pirillo
Coordenação Jurídica - Gabriel Lacerda

Conselho Consultivo:

Ana Maria Machado
Anna Claudia Ramos
Bartolomeu Campos Queirós
Daniel Munduruku
Edson Gabriel Garcia
Luiz Antônio Aguiar
Maurício Veneza
Rogério Andrade Barbosa
Rosa Amanda Strausz
Rui de Oliveira
Vera Teixeira Aguiar

Coordenações regionais:

MG - Begê
PE - Antonio Nunes
PR - Marilza Conceição
RJ - Anielizabeth e Sandra Ronca
RS - Christian David e Jacira Fagundes
SP - Rosana Rios e Nireuda Logobardi

http://www.aeilij.org.br 

Abaixo, carta de apresentação da chapa Capacitação e Intercâmbio, candidata ao pleito de junho de 2011 para a gestão 2011 - 2013.

Postado por H 

RS: AEILIJ - Eleições 2011 - Chapa Capacitação e Intercâmbio

Caros aeilijianos,

Desde nossa integração ao grupo, primeiramente como associado e em seguida na coordenação regional RS, são oito anos de dedicação e empenho em consolidar a AEILIJ em nosso Estado. Muitos associados talvez não nos conheçam e, por isto, recuperamos alguns momentos importantes dessa nossa colaboração às diretorias anteriores. Ao chegarmos à coordenação, na gestão de Luiz Antonio, contávamos com três associados no Rio Grande do Sul. Fizemos um esforço integrado, sempre orientados por nossos presidentes e suas respectivas diretorias, no sentido de chamar outros autores de palavras e imagens para os debates, ouvir suas necessidades no que referia ao ofício e criar oportunidades de visibilidade à LIJ. Hoje somos vinte e três integrados aos mais de duzentos associados Brasil afora.

Integramos a AEILIJ regional à algumas das principais feiras de livros do Estado e conquistamos juntos um importante espaço de debates. O Seminário AEILIJ - "Por um espaço especial para a literatura na escola", em sua terceira edição, em 2011, durante a Feira do Livro de Porto Alegre, a maior feira a céu aberto da América Latina que tem em seu caráter a democratização e acesso à leitura. Além disso, sempre estivemos atentos às demandas de nossos associados da regional e criamos um canal de interlocução respeitosa com nossas diretorias a fim de defendermos tais demandas. 

Durante oito anos observamos, aprendemos, aprimoramos, refletimos juntos, como bem disse Anna Claudia. Atentamos para os passos alinhados de cada uma das diretorias e desenhamos um desejo. Um projeto que viesse a dar prosseguimento ao que já vem se anunciando desde o princípio até a chegada aos doze anos da instituição. Nesses oito anos vimos que a AEILIJ é resultado de um esforço mútuo e de muito trabalho. Consideramos, eu e Sandra Pina, muitos nomes para integrarem a nossa chapa. Consideramos profissionais que já tem seus pontos de vista e projetos que gostariam de dar prosseguimento numa perspectiva ainda mais ampla. Consideramos profissionais que, por suas ações individuais ou coletivas, só têm a estofar nosso projeto de Capacitação e Intercâmbio entre regionais. Temos a tecnologia a nosso favor. Pretendemos fazer bom uso dela, sem deixar de questionar o modo como nossa criação venha disponibilizar-se através dela ao leitor. 

Em oito anos acompanhamos atentos ao movimento cuidadoso de nossos presidentes, e iniciamos o desenho de um projeto que necessita da colaboração de todos. Nosso projeto intenciona dar mais corpo à voz de uma sigla nascida do desejo de um pequeno grupo, liderado por Rogério Andrade Barbosa, nosso primeiro presidente. E que cabe a nós, agora, a continuidade desse sonho.

Muitos dos nossos parceiros de diretoria, do Sul do Brasil, também são parte de um desejo de descentralização que a AEILIJ vem sinalizando, em atitude respeitosa aos esforços de todos nós. Nomes, talvez, desconhecidos da lista de discussões, embora tenham sido importantes no processo de consolidação da regional no que tange às parcerias e ações em prol da leitura e da qualificação de leitores. 

Propomos, para nossa gestão, que algumas regionais tenham dois coordenadores, visando o processo colaborativo. Quanto mais braços estiverem estendidos em apoio, mais tranquilo fica ignorar o cansaço durante o percurso. E entendemos que os coordenadores também precisam de auxílio, num processo horizontal de discussões das necessidades peculiares das regionais. Não somos uma massa uniforme, não somos rebanho, somos sujeitos de nossa própria história, embora precisemos de alinhamento sutil que o seja para irmos em alguma direção clara, assegurando todas as conquistas anteriores e outras que surgirão ou serão criadas por nós. 

Uma gestão tem apenas dois anos para tentar realizar, por vezes, voos ambiciosos. Sandra Pina e eu temos as melhores intenções. E, creio, aprendemos com os presidentes e vice-presidentes anteriores, a serenidade antes do impulso; a associação antes do eu; o debate político antes da euforia da festa. Embora distantes geograficamente, Sandra e eu nos conhecemos de longa data. Temos perfis que se somam. Temos voz ativa, mas conservamos ouvidos atentos. Temos vontade e pé no chão. 

O que nós desejamos para a AEILIJ é o melhor que possamos dar de nós. Mas esse melhor só pode vir à tona quando encontra eco. 

Contamos com vocês para fazer coro, seja avalizando, seja discordando, na perspectiva de encontrar soluções em vez de problemas. Na perspectiva de agregar, em vez de dividir. 

Agradecemos o apoio já manifesto em nossa lista de discussões e a credibilidade que depositam a todos nós da chapa inscrita.

    Hermes Bernardi Jr. e Sandra Pina
    candidatos



Postado por H 

RS: Notícias D'além mar, poish, poish.*


Estive ontem conversando com dois grupos de alunos na Escola Gil Vicente, no bairro da Graça, em Lisboa. Alunos das 5as e 6as séries (que eles chamam de 2º ciclo), que escolheram trabalhar com o meu livro “O casamento da princesa” (da editora Prumo) e alunos do ensino Médio (que eles chamam aqui de Secundária), que escolheram trabalhar com o meu conto “Ururau”, do livro “Ururau, praga e pica-pau (da editora Scipione). Escola pública, com arquitetura absolutamente bem cuidada e espaço físico de encher os olhos. O colóquio (como eles chamam esses encontros com autores) durou 1 hora e meia com cada grupo e foi num anfiteatro da escola, adequado para o momento, com alunos preparados, participativos e interessados. Ah, os professores todos juntos: não era hora de recreio ou intervalo inventado ou oportunidade para deixar os alunos “aos cuidados dos outros”, como muitas vezes acontece por aí! O encontro tinha ainda a chancela do CLEPUL, Centro de Literatura de Expressão Portuguesa da Universidade de Lisboa, do qual, participa a professora Maria Raquel Alvares, que promoveu a minha ida à Escola. Foi, sem dúvida, uma troca intensa, verdadeira, sem obrigatoriedade de cumprir atividades para projeto algum! Dá um gosto danado. É um verdadeiro presente para o escritor!

*Celso, Sisto, escritor, direto de Lisboa via FB.

Postado por H

domingo, 22 de maio de 2011

RS: Hermes Bernardi Jr. de site novo!

H de Hermes
H de Histórias

As páginas estão sendo escritas, mas já é possível folhear algumas delas e ver por onde se inscreve meu imaginário.

Na etiqueta Agah news você ficará sabendo de novidades quentinhas quando elas recém estiverem saindo do prelo.

Em fazendo um agah há músicas que gosto de ouvir enquanto escrevo ou desenho, e entrevistas que concedi por conta de alguns de meus lançamentos. Nesta etiqueta, também é possível visualizar ilustrações em processo.

Atenção, o livro H é mágico. O conteúdo de suas páginas se modifica de tempos em tempos, então não deixe de folheá-lo com certa frequência, ok!
Visite O livro H e saiba das novidades!

Fica meu desejo de um H de histórias incríveis pra você!

Postado por H 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SP: Canto & Encanto da Poesia - Romance XXIV ou da Bandeira da Inconfidência

Por TELMA GUIMARÃES www.telma.com.br 

Há alguns anos, recebi um convite para escrever sobre a Inconfidência Mineira. Tudo o que sabia da Inconfidência aprendi nos livros didáticos, numa época em que a ditadura conduzia o que era publicado. Assim, minha visão sobre os Inconfidentes precisava ser revisitada. Por alguns meses, li tudo o que pude sobre os Inconfidentes... E, encantada, redescobri, a poesia de Cecília Meireles, agora vista sob um olhar de liberdade. Visitei as cidades históricas e ao descer suas ladeiras, parecia ouvir o que a poeta sussurrava acontecer... “Atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas”....

O livro não foi publicado, mas tanto aprendi, curti, suspirei, sofri com a Inconfidência passada, desperta pelo poema intenso, que fica para sempre gravada essa bandeira de Cecília no peito.


Romance XXIV ou da Bandeira da Inconfidência
Cecília Meireles


Através de grossas portas,

sentem-se luzes acesas,

— e há indagações minuciosas

dentro das casas fronteiras:

olhos colados aos vidros,

mulheres e homens à espreita,

caras disformes de insônia,

vigiando as ações alheias.

Pelas gretas das janelas,

pelas frestas das esteiras,

agudas setas atiram

a inveja e a maledicência.

Palavras conjeturadas

oscilam no ar de surpresas,

como peludas aranhas

na gosma das teias densas,

rápidas e envenenadas,

engenhosas, sorrateiras.


Atrás de portas fechadas,

à luz de velas acesas,

brilham fardas e casacas,

junto com batinas pretas.

E há finas mãos pensativas,

entre galões, sedas, rendas,

e há grossas mãos vigorosas,

de unhas fortes, duras veias,

e há mãos de púlpito e altares,

de Evangelhos, cruzes, bênçãos.

Uns são reinóis, uns, mazombos;

e pensam de mil maneiras;

mas citam Vergílio e Horácio,

e refletem, e argumentam,

falam de minas e impostos,

de lavras e de fazendas,

de ministros e rainhas

e das colônias inglesas.


Atrás de portas fechadas,

à luz de velas acesas,

uns sugerem, uns recusam,

uns ouvem, uns aconselham.

Se a derrama for lançada,

há levante, com certeza.

Corre-se por essas ruas?

Corta-se alguma cabeça?

Do cimo de alguma escada,

profere-se alguma arenga?

Que bandeira se desdobra?

Com que figura ou legenda?

Coisas da Maçonaria,

do Paganismo ou da Igreja?

A Santíssima Trindade?

Um gênio a quebrar algemas?

Atrás de portas fechadas,

à luz de velas acesas,

entre sigilo e espionagem,

acontece a Inconfidência.

E diz o Vigário ao Poeta:

"Escreva-me aquela letra

do versinho de Vergílio..."

E dá-lhe o papel e a pena.

E diz o Poeta ao Vigário,

com dramática prudência:

"Tenha meus dedos cortados

antes que tal verso escrevam..."

LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,

ouve-se em redor da mesa.

E a bandeira já está viva,

e sobe, na noite imensa.

E os seus tristes inventores

já são réus — pois se atreveram

a falar em Liberdade

(que ninguém sabe o que seja).


Através de grossas portas,

sentem-se luzes acesas,

— e há indagações minuciosas

dentro das casas fronteiras.

"Que estão fazendo, tão tarde?

Que escrevem, conversam, pensam?

Mostram livros proibidos?

Lêem notícias nas Gazetas?

Terão recebido cartas

de potências estrangeiras?"

(Antiguidades de Nimes

em Vila Rica suspensas!

Cavalo de La Fayette

saltando vastas fronteiras!

Ó vitórias, festas, flores

das lutas da Independência!

Liberdade - essa palavra,

que o sonho humano alimenta:

que não há ninguém que explique,

e ninguém que não entenda!)

E a vizinhança não dorme:

murmura, imagina, inventa.

Não fica bandeira escrita,

mas fica escrita a sentença.


"Romanceiro da Inconfidência", Editora Letras e Artes - Rio de Janeiro, 1965, pág. 70.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SP: Página do Ilustrador - Marcelo Pimentel

MARCELO PIMENTEL

Foto de Pilar Castro 


Olá! Sou ilustrador e designer gráfico carioca formado pela Escola de Belas-Artes da UFRJ, tendo iniciado minha atuação no meio editorial em 1992 (é... já tem um tempinho). Sou associado da AEILIJ desde 1999 e fico muito grato pela oportunidade de apresentar aqui um pouco do que já produzi.
Durante minha formação acadêmica, tive o privilégio de assistir por um período as aulas do mestre Rui de Oliveira, que, como não poderia deixar de ser, foi uma grande influência no meu caminho rumo à ilustração.

Penso que são características do meu trabalho a variação constante de técnica e linguagem, além de uma certa predileção por textos que explorem a fantasia, o imaginário – contos folclóricos ou fábulas.
Há bastante tempo venho buscando também uma “brasilidade” maior em meus projetos, bebendo da nossa arte popular.

Ilustração para o livro RECEITA PARA PEGAR SACI (1ª edição), de Anna Claudia Ramos e Gabriel Campêlo. Ed. Ao Livro Técnico, RJ, 2001. Técnica: Acrílica e colagem.

Já expus na BIB – Bienal de Ilustração de Bratislava –, na Eslováquia, em suas edições de 1999, 2001 e 2003, assim como no Japão (BIB in Japan 2004).

Em 2001, o livro Mistérios da Pindorama – meu primeiro projeto com a autora Marion Villas Boas – recebeu o selo Altamente Recomendável da FNLIJ e foi selecionado para o Catálogo The White Ravens, da Biblioteca de Munique. 




Ilustrações para o livro MISTÉRIOS DA PINDORAMA, de Marion Villas Boas. Eds. Biruta e CultMix, RJ, 2000. Técnica: Nanquim e caneta preta.

Além de projetos editoriais, produzi ainda, em parceria com o amigo designer Henrique Cezar, identidades visuais para diversos eventos musicais no Centro Cultural Banco do Brasil - RJ.
Entre 2005 e 2009, dei uma “parada” na produção de livros (hoje o design e a ilustração não são mais a minha atividade principal). Mas, em 2010, a coleção O Mais Atual do Teatro Clássico – para a qual ilustrei o título Prometeu e Alceste – também recebeu o Altamente Recomendável da FNLIJ. Aos poucos, mesmo com uma produção pequena, dá pra se construir uma trajetória. Em 2011 vem mais coisa por aí.

TÉCNICAS DE TRABALHO

Tenho o costume de esboçar os desenhos (e os títulos) dos livros em tamanho bem menor do que sua dimensão final, ampliando-os depois para aproveitar a expressão daqueles “rabiscos”. Dificilmente concebo uma ilustração já na escala 1 X 1.
Após escanear o esboço, aparo algumas arestas no computador (photoshop) e interfiro com pincel na própria impressão do desenho já retocado digitalmente. Isso porque durante muito tempo meu traço tendeu a ser “certinho” demais (acho que a gente projeta no desenho boa parte da nossa postura pessoal). Como eu queria quebrar essa barreira, obter mais expressão, achei esse modo de preservar a espontaneidade que eu buscava, a partir de ampliações dos pequenos esboços. Se dá resultado, são vocês que vão dizer.

Quando ilustro, gosto de adequar meu traço ao tema do texto, buscando uma linguagem gráfica compatível com a atmosfera e o espaço/tempo em que se passa a narrativa. O mesmo vale para a tipografia do título, que em geral prefiro tratar à mão, evitando as fontes padrão dos computadores.




Imagino que seja gratificante quando o artista atinge um estágio no qual seu trabalho pode ser identificado – independentemente do estilo escolhido –, quando consegue imprimir uma marca pessoal em tudo que faz, mesmo utilizando linguagens muito diferentes entre si. Um dia eu chego lá (rss).

Ilustração para o livro QUIBUNGO, Coleção ESTÓRIAS DE ARREPIAR, de Marion Villas Boas. Eds. Rovelle e CultMix, RJ, 2011. Técnica: Nanquim e guache branco.

Bom, gente, concluindo, eu gostaria de já ter um site pronto, pra quem quisesse conhecer mais de mim ou do meu trabalho. Mas minha página ainda se encontra em projeto. Por enquanto, vocês podem dar uma olhadinha no que anexei ao site da AEILIJ, inclusive uma lista das obras já publicadas.
E, perdoem, mas ainda escrevo pela “antiga” ortografia (rss).
Grande abraço.



Para conhecer mais sobre o trabalho do ilustrador Marcelo Pimentel clique aqui






Um comentário:

  1. Oi Marcelo!
    Parabéns por seu trabalho. Gosto muito do seu traço vigoroso e expressivo. Continue nos presenteando com sua arte.
    Um grande abraço.
    Vera

terça-feira, 17 de maio de 2011

RS: Lançamento de Diáfana, de Celso Sisto

SISTO, Celso. Diáfana. Ilustrações de Rebeca Luciani. São Paulo, Scipione, 2010. 32 páginas.

Sinopse: "Danila costumava colecionar as palavras que achava bonitas. Certo dia, ao ouvir uma conversa entre sua mãe e sua tia, fica encantada com “diáfana”. Mas por trás dessa bela palavra, a garota percebe que o passado escondia alguns segredos. Intrigada, ela resolve investigar e acaba descobrindo a comovente história de uma amizade".

Postado por H 

SP: Mensagem - Eu, a janela e a chuva

Eu, a janela e a chuva 

Finalmente o dia amanheceu nublado, preguiçosamente cinza. Coloquei as cachorras para fora, antes que a grama molhada as impedisse da voltinha matinal. Alimentei os gatos e fui à sacada ver do alto o que estava acontecendo na praça do outro lado da rua. Os marrecos gritavam uns com os outros desesperadamente: “Corram, corram, a chuva vai chegar logo, precisamos encontrar um abrigo seco e seguro”. E, em segundos, desapareceram pelos túneis verdes de arbustos empoeirados, que estalavam ansiosos. 

Abaixo, no meu jardim, contemplei mais uma vez – como tenho feito há dias – o pássaro bicudo e alaranjado que está florescendo: a linda estrelícia que, vagarosamente, desperta em seu ninho de folhas verde-azuladas. Quando as primeiras gotas caíram de uma nuvem faceira, que não conseguiu esperar pelas amigas, eu vi a estrelícia abrir o bico e saborear o puro líquido do regador celestial. Acho que Ele nos presenteou com flores para sempre lembrarmos que temos alma, que existe muito mais importância nas Suas coisas do que nas que criamos. 

Entro no meu quarto, e por que não, como se adolescente fosse, volto a deitar-me, mas antes abro a janela e convido a paisagem a invadir meu dia como se fosse um quadro moldurado em madeira. Vejo a palmeira comprida por onde escorre a água da chuva, agora muito mais forte, e escuto a música torrencial que acusticamente me isola do mundo, transformando as paredes da casa em braços de mãe que me protegem. 

Eu amo a chuva. Quando chove, os vizinhos param de gritar, os cachorros não latem, telefones não tocam e os jardineiros desligam os cortadores de grama. Pausa. Aproveito o momento de solidão para esquecer-me dos afazeres e das preocupações. Nada mais existe além de mim, da janela e da chuva. A água, que purifica e acalma, tem esse poder de tirar todas as minhas dores. O sopro do vento conduz as folhas que marcham pela rua como numa manhã de sete de setembro. Com suas mãos, o vento lava os pés do mundo, em total humildade. O sol hoje está descansando no colo de outros povos, que o veneram depois de muitas águas.

Aqui, o ar úmido entra em nosso corpo, levando uma sensação de bem-estar aos pulmões tão cansados dessa seca recente. Água. Bendita água! 

Aos poucos, a chuva cessa, e a paisagem refrescada continua a sorrir. Escuto, agora, não mais a água escorrendo pelos muros invisíveis do meu mundo, mas carros que passam vez ou outra, um vizinho caminhando com o netinho que gargalha ao pular as poças no meio-fio e os pássaros a cantar. Um canto de celebração. Eles também são gratos por esse dia molhado, um oásis no meio da semana seca.

Simone Pedersen