segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SP: Era uma vez... Crisântemo amarelo



Alô, pessoal!
A história de hoje foi escrita pelo escritor Sérsi Bardari, associado da regional paulista da AEILIJ.
Boa leitura!
Um beijo,
Regina Sormani


Crisântemo amarelo

Sérsi Bardari
Ilustrações: Mirella Spinelli
Cortez Editora

Em uma chácara de veraneio nas redondezas de Sabaúna, no Estado de São Paulo, vive Rita Wittenberg, filha dos caseiros da propriedade.
O pai, ex-funcionário da rede ferroviária, luta com dificuldades para adaptar-se aos trabalhos rurais e enfrentar a própria depressão. A mãe, outrora vaidosa e com futuro promissor na sociedade mogiana, vê-se obrigada a trabalhar como operária em uma granja, deixando parte dos serviços da casa e do sítio para a filha fazer. Apesar da dura realidade, Rita encara os estudos com determinação. Nem mesmo os quatro quilômetros de estrada de terra a pé, para chegar à escola, a faziam desistir. Essa era a rotina da linda garota loira, descendente de alemães.
Uma dia, no entanto, o que parecia simples fatalidade revela-se o começo de novas perspectivas. Apaixonada por crisântemos amarelos, Rita jamais poderia imaginar que uma singela flor viesse a se tornar símbolo de seu desenvolvimento e abrir portas para um futuro repleto de possibilidades.
Mas, para chegar a esse ponto, Rita teve de crescer e passar pelas dores e alegrias que levam ao amadurecimento. O encontro do primeiro amor, o despertar da solidariedade, o valor de um verdadeiro amigo, a desilusão com certos ideais, o sabor de uma inusitada vitória: tudo isso está no caminho dessa garota, que busca encontrar seu lugar no mundo dos adultos.
Em paralelo à trajetória de Rita Wittenberg, Crisântemo amarelo traça como pano de fundo o desenvolvimento de um grupo de adolescentes nascidos  e  criados em uma região onde, muito antes da moda multiculturalista, a vida, os valores, a cultura já se desenvolviam de modo multicultural. Filhos e netos de alemães, italianos, japoneses, árabes, espanhóis e, obviamente, portugueses “miscigenam-se” nesse enredo de rito de passagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário