segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

RS: Exposição de Ilustrações e Minibiblioteca Itinerante

Relação dos Escritores e Ilustradores que participarão da Exposição de Ilustrações e Minibiblioteca Itinerante no Projeto "Tecendo Histórias, Traçando Ideias" da 1ª Coordenadoria Regional de Educação


     CARLA PILLA
     CATHERINE DE LEON
     CELSO SISTO
     FERNANDA PEDRAZZI
     HERMES BERNARDI JR.
     JACIRA FAGUNDES
    JORGE HERRMANN
    JORGE LUIS MARTINS
    LEILA PEREIRA
    LETÍCIA MOLLER
    LIZA CALDEIRA PETIZ
    MAÍRA SUERTEGARAY
    MARION CRUZ
    MARÔ BARBIERI
    MARTINA SCHREINER
    MONIKA PAPESCU
    NILVA FERRARO
    PAULA MASTROBERTI
    ROSANE CASTRO
    VLADI ARAÚJO


Postado por Jacira Fagundes

domingo, 20 de janeiro de 2013

RS: Vice-Versa de janeiro de 2013

Neste 1º Vice-versa de 2013, Gláucia de Souza – escritora – e Carla Pilla – ilustradora – nos contam suas trajetórias e traçam um paralelo entre o trabalho com o texto e com a ilustração.

Gláucia vem do Rio de Janeiro. Reside em Porto Alegre desde 1994. Autora de vários livros e muitas vezes premiada. Carla é ilustradora de livros infantis e infantojuvenis desde 2008.

Viveu por dois anos no Rio de Janeiro e atualmente está de volta a Porto Alegre."


Carla pergunta. Gláucia responde.

Carla -  Quando criança, você já inventava histórias? Quando nasceu a coceirinha de colocar a imaginação no papel?

Gláucia - Na verdade, eu não inventava bem histórias, mas gostava de as ouvir. Eu costumava inventar poemas, porque achava que era uma brincadeira bem divertida procurar pelos sons das palavras e ver como eles se combinavam. Nasci numa época em que a escola não proporcionava muitas situações de vivência artística para as crianças (aulas de Artes em geral). Assim, todas as vezes que eu podia, e que a professora pedia para levar um poema, eu escrevia um eu mesma. Também escrevia outros para as pessoas da minha família, quando queria dar um presente para elas. Aos poucos, essa coceirinha foi se tornando um coceirão e vi que, se não tinha parado de escrever, talvez pudesse querer ser escritora! Gostava muito de ouvir as histórias da Coleção Disquinho (além das histórias lidas e contadas pela minha família), que eram histórias em versos e musicalmente ricas. Muitas tinham arranjos de Radamés Gnatalli, conhecido músico, compositor e maestro.

Carla -  Você viveu sua infância e adolescência no Rio de Janeiro. Como escritora, o que acredita que trouxe na bagagem para Porto Alegre?

Gláucia - Trouxe na minha bagagem a minha infância, a minha adolescência e algo da minha juventude. Eu me graduei no Rio e também lá fiz mais outros estudos. Comecei a ser professora e a escrever. Mas o que mais me marcou, como acho que à maioria das pessoas, foi a infância.  Trouxe na minha bagagem de infância, os blocos de rua de Vila Isabel durante o carnaval. As caminhadas que dava por esse bairro com minha família. Os passeios que fazia de bicicleta pelas ruas do Grajaú, em cujas calçadas caíam tamarindos e tamarindos. As visitas à Biblioteca do bairro... As brincadeiras na vila em que morava: andar de patins, brincar de pique e tantas coisas mais. Também tenho lembrança de um Rio de Janeiro mais tranquilo, em que as pessoas deixavam as portas de suas casas abertas e se sentavam para conversar. Acho que todas essas imagens vêm sempre juntas às cantigas e às brincadeiras de rua que fazíamos na escola. De certa forma, essas lembranças sonoras são um pré-nascimento da poesia entre as crianças. Comigo também foi uma iniciação poética.

Carla -  Você publicou seu primeiro livro há uns 15 anos, certo? De lá pra cá, como foi sua trajetória no mundo dos livros infantis?

Gláucia - Como a de todos os que trabalham com livro: trabalho, trabalho, trabalho. Escrita e reescrita. Leitura, troca de ideias... E os momentos mais especiais: os de conversar com os leitores (grandes e pequenos) e de ver se o que se trabalhou deu fruto. Ouvir as críticas e retornar para trabalhar mais um pouco! Organizar esse tempo para quem não é só escritora se torna um tanto difícil, mas possível, pelo menos até agora...

Carla -  Além de escritora, você participa de diversas atividades vinculadas ao livro. Pode nos contar quais são elas?

Gláucia - Sim, como sou professora também, sempre procuro atuar na formação de leitores. Trabalho a quase vinte anos no Colégio de Aplicação da UFRGS, que tem como proposta, assim como toda a Universidade, não só o ensino , mas a pesquisa e extensão. Através da UFRGS, venho tendo a oportunidade de fazer várias parcerias, dentre elas a que temos já há anos com a Câmara Rio-Grandense do Livro. O curso “Tessituras: formação de mediadores de leitura”, por exemplo, já está na quarta edição, três das quais em parceria conosco. Também já estivemos em Arroio dos Ratos, a convite da Secretaria de Educação e Cultura, para a formação de um conselho de leitura. Fora isso, através da pesquisa, tive oportunidade de investigar sobre as possibilidades de proporcionar aos estudantes situações de leitura e de criação de poesia. Como autora, fico muito contente por poder participar de diferentes programas de leitura: Adote um Escritor,  Fome de Ler, Lendo pra Valer, LeiturAção, Conversando com o Autor, Caravana da Leitura etc. Tenho conhecido muitas escolas, com seus professores, funcionários, estudantes e familiares, todos envolvidos na tarefas de fomentar a leitura. Também tenho visitado feiras de livros, inclusive tendo a alegria de ser convidada a ser Patrona de duas: em Morro Reuter e em Arroio dos Ratos. Há também as comunidades escolares das EMEFs Pastor Frederico Schasse (em Morro Reuter) e Dr. Mário Sperb (em Dois Irmãos) que me homenagearam dando o meu nome a suas bibliotecas. Sempre que posso, vou a essas escolas, por ocasião das suas feiras literárias. Todos esses momentos de interação com os leitores são muito ricos e me alimentam, tanto como autora, quanto como professora.

Carla -  Gláucia, nos fale mais sobre seu envolvimento com o Traçando Histórias.

Gláucia - Essa é mais uma das parcerias que temos com a Câmara Rio-Grandense do Livro. Como a Traçando Histórias é um evento consagrado nacionalmente no meio da Ilustração, são vários os ilustradores que vêm a Porto Alegre para esse evento, que é bienal. Então, surgiu a ideia de, em parceria com a Câmara, proporcionar o encontro desses profissionais com mediadores de leitura (professores, bibliotecários, estudantes, interessados em geral). Assim, pensamos que esses mediadores de leitura, ao conhecer a prática e as reflexões dos ilustradores e seus processos de criação, podem fomentar com mais propriedade a leitura de imagem. Sabe-se que o livro endereçado à infância é cada vez mais um gênero híbrido, feito a, no mínimo, quatro mãos: as do escritor e as do ilustrador. Ambos são igualmente autores desses livros. Como quem ajuda na coordenação dessa Programação Paralela à Traçando Histórias, também eu, escritora, enriqueço minhas leituras e penso em como minha prática de escrita dialoga com a de criação de imagens dos meus colegas. Minha função na Programação Paralela é ajudar na organização do evento e na sua realização, tornando possível, assim, a parceria entre a instituição que represento (CAp UFRGS) e a Câmara Rio-Grandense do Livro.


Gláucia pergunta. Carla responde.


Gláucia -  Sabemos que a formação de um ilustrador não ocorre através de um curso específico, mas da busca pessoal de artistas com diferentes formações. Como você descobriu que queria ser ilustradora? Como foi sua formação enquanto ilustradora?

Carla - Sempre gostei de desenhar e, quando criança, fui uma leitora voraz de livros infantis. Não acho que um dia me descobri ilustradora, mas sim que um dia resolvi assumir esse caminho. 
Gostava de Artes Plásticas, mas achava que deveria fazer uma faculdade com mais mercado de trabalho. Acabei me formando em Publicidade e Propaganda e trabalhei por alguns anos como web designer, sempre levando a ilustração como uma atividade paralela. Quando assumi a gerência de projetos da empresa, passei a sentir muita falta de exercer meu lado criativo, e acabei optando pelo caminho arriscado que por tempos adiei: a ilustração como profissão.
O ano da virada foi 2006. Eu já havia cursado Especialização em Expressão Gráfica na PUCRS (aliás, meu trabalho de conclusão foi sobre ilustração de livros infantis), feito diversas aulas de desenho, algumas disciplinas no Instituto de Artes da UFRGS, estudo da figura humana... resolvi abrir uma empresa individual e por a mão na massa. Trabalhei bastante em projetos diversos, fiz muitos contatos, mas o primeiro livro infantil só foi confiado a mim quase um ano depois.
De lá para cá, as portas foram se abrindo. Continuei o aprendizado: um curso de ilustração de livros infantis na Central Saint Martins College of Art and Design, em Londres; aulas de aquarela com Renato Alarcão no período em que morei no Rio de Janeiro; sem falar na troca com colegas da Grafar, SIB e AEILIJ, que também foi fundamental.
Depois de ilustrar mais de vinte livros infantis e infantojuvenis, entre editoras de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, fico feliz em ter seguido meu coração. E pretendo continuar a formação, aprendendo sempre! Se minha paixão é trabalhar com ilustração, as novas técnicas, experiências e descobertas são o que mantém a chama acesa!

Gláucia -  Ao pegar um texto para ilustração, como ocorre o seu processo de composição das imagens do livro? Você costuma criar as ilustrações apenas, ou também os projetos gráficos?

Carla - Cada texto tem seu ritmo, sua personalidade, e na leitura eu já vou visualizando cores, formas, sutilezas... 
Como trabalho com alguns traços e técnicas diversos, sugiro alguns caminhos com base em meu portfólio e procuro sempre saber se existe alguma preferência da Editora ou mesmo do autor. Troco algumas ideias: vamos fazer o livro em aquarela? Vamos usar colagem?
Em alguns casos faço apenas as ilustrações, em outros o projeto gráfico completo. Gosto quando tenho liberdade de decidir se uma frase vai aqui ou na página seguinte, se uma área fica em branco... a distribuição do texto e das imagens nas páginas também é uma forma de narrativa. Se não tenho essa possibilidade, peço o boneco do livro e procuro pensar em ilustrações que aproveitem bem as áreas disponíveis.
Então mergulho na imaginação, faço esboços, pesquisas, me empolgo e me perco nas horas do dia... até chegar a um boneco com a aplicação de todos os esboços da ilustração. Os esboços aprovados vão para a mesa de luz servir de base para as ilustrações finais. Aí me empolgo e me perco nas horas de novo, manchando as unhas de cola e tinta...

Gláucia - Você tem belos trabalhos de ilustração no Caderno Donna, para a coluna de Martha Medeiros. Nas páginas dessa coluna, você tem de se expressar através de uma imagem (ou conjunto de imagens) em um curto espaço de tempo. Como é o seu processo de criação de ilustrações para as crônicas de Martha Medeiros. 

Carla- Trabalhar com jornal é um processo bem mais dinâmico! Recebo o texto com alguns dias de antecedência, mas tenho por volta de 24 horas para preparar a ilustração. Procurei criar um estilo para ilustrar as crônicas usando o traço das personagens, a técnica de aquarela e os “cordões literários”. Além de definirem uma identidade visual para as páginas, esses elementos servem para mim como guias iniciais.
Uma das características da página da Martha é a liberdade na diagramação. Então, sempre me informo se o anúncio da página vai ser horizontal ou vertical (o que altera a área disponível para o texto e ilustração), e procuro elaborar um esboço que aproveite a área de forma divertida ou inusitada. Troco ideias com a diagramadora; simulamos a aplicação da ilustração na página e muitas vezes fazemos ajustes para deixar mais harmônico. A partir do esboço ajustado, faço a ilustração final em caneta e aquarela, ajusto alguns detalhes por computador e pronto!

Gláucia - No seu ponto de vista, qual o papel da ilustração em um livro endereçado ou não à infância?

Carla - Nossa, poderia responder essa pergunta por diversos ângulos... vou escolher um só, tá bom?
Acredito que, assim como aprendemos a ler, também aprendemos a ver. Em um livro, tanto texto quanto ilustração, contribuem para o entendimento de um assunto, para levantar questionamentos ou atiçar a imaginação. Assim como a criança vai desenvolvendo a capacidade de leitura  e compreendendo textos cada vez mais complexos e abstratos, ela também desenvolve a capacidade de “ler imagens” em diversos níveis, desde bebê até a adolescência. Mas isso pode e deve ser estimulado. Uma criança que cresce cercada por bons livros, com ilustrações caprichadas e variadas, tem chances de se tornar um adulto mais criativo, com mais capacidade de abstração, que compreende um pouco melhor o mundo que o cerca e consegue saboreá-lo com seus olhos.

Gláucia - Você está desenvolvendo novos projetos para esse ano? Conte para nós um pouco sobre eles.


Carla - Após quase três meses sem desenhar em função de uma clavícula quebrada, estou cheia de trabalho e feliz da vida! Tenho em produção dois livros infantis: “Buuu, Bruxas”, que será o quarto livro que ilustro para a autora Lisete Johnson, e “As Aventuras dos Irmãos Miguel”, primeiro livro que ilustro para a Global. Para a Feira do Livro de Porto Alegre devo ilustrar também o segundo livro da Coleção Primeiras Aventuras, da Editora Cassol.
Se os ventos forem favoráveis, este ano se inicia também a produção da série de animação Bolota & Chumbrega, da qual sou co-autora e diretora de arte. Já produzimos um piloto do desenho animado em 2010, e recentemente ele foi selecionado pela Ancine para a produção de mais 12 episódios. Estamos esperando a liberação para iniciar uma correria boa, que deve envolver toda uma equipe de artistas e animadores por pelo menos um ano.

Além disso, planejo publicar o primeiro livro de tiras com meus personagens Pelica e Felpudo, do Filé de Gato. As tiras completam três anos em abril de 2013, e já foram publicadas na Zero Hora e revistas especializadas. Está na hora de virarem livro, com direito a material inédito e outros filezinhos. Só que, como todo projeto mais autoral, muitas vezes falta tempo para produzir... será que dá?


Postado por Jacira Fagundes

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SP: Mural - janeiro de 2013



NÚMERO 35 - Janeiro de 2013
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NOTICIAS DE ASSOCIADOS
Colega associado, de toda parte do Pais e fora,
 se tiver uma noticia para nós,
por favor nos envie para que possamos divulgar.
Jamais se sinta desprezado;
sua noticia pode não estar aqui
porque não sabemos a respeito dela,
nos ajude.
Obrigado. 
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CONCURSO DE TEXTOS
 
FUNDAÇÃO DORINA NOWILL
 

Participe do Concurso Descreviver 2013, promovido pela Fundação Dorina!
Escreva um conto de até duas páginas com o tema “O Braille e Eu” narrando a sua relação
 com o Sistema de leitura Braille.
Envie o seu conto até 25 de fevereiro de 2013.
 
Por e-mail para concursocultural@fundacaodorina.org.br ou
Pelo correio para Centro de Memória Dorina Nowill – Rua Doutor Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino – São Paulo/SP CEP: 04037-001.



 Confira mais informações AQUI.
 
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II FESTIVAL DE CONTADORES DE HISTÓRIAS
CCBB - RJ
 

Dia 19 as 17h.
Senhas meia hora antes.
 
Programação completa AQUI.
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OFICINAS, CURSOS, WORKSHOPS 

MARÍLIA PIRILLO - A ILUSTRAÇÃO NA LITERATURA INFANTIL

Marília Pirillo, grande ilustradora de belíssimas obras repletas de sensibilidade e perfeccionismo, que vem encantando leitores de todas as idades com suas imagens nos traz mais um curso...

A Ilustração na literatura infantil

Qual a função da ilustração em um livro para crianças? Seria simplesmente enfeitá-lo tornando-o um objeto de consumo atrativo, bonito? Seria despertar a curiosidade e o desejo de lê-lo? Seria explicitar, explicar ou facilitar a leitura? Ou seria, ainda, ampliar o número de possíveis leituras de um livro ou, em paradoxo, limitar o número destas leituras, ao impor- lhe imagens?

O objetivo da oficina é aguçar o olhar para a leitura de imagens nos livros para crianças e jovens, buscando encontrar algumas das suas possíveis funções.

Conteúdo a ser abordado, dividido em tópicos:

1. Um pouco de história:
Quando surgiram os primeiros livros ilustrados para crianças e quais suas funções na sociedades: as fábulas, os contos maravilhosos, os contos populares, as cartilhas e a doutrinação. O conceito de infância, seu surgimento e suas mudanças ao longo da história, e o conceito de livro infantil e juvenil.

2. O que é literatura para a infância?
Para que serve a literatura?
Literatura tem idade?
Classificação de livros para diferentes faixas etárias ou por experiência de leitura.
Diferenças entre o texto didático/ documental e o texto literário.

3. As possíveis funções da ilustração nos livros para crianças e jovens.
Diferenças entre a ilustração didática/documental e a ilustração do livro literário.
A imagem com a função de ampliar as leituras

4. O ilustrador enquanto leitor.
A adaptação das linguagens textual/ visual.
O ilustrador e suas escolhas: as cenas, cores, ângulos, estilos, proporções, enquadramentos, técnicas e materiais utilizados.
Fugindo dos esteriótipos e buscando um novo olhar.
A ilustração à serviço da narrativa.

5. O jogo da fantasia e o pacto entre o leitor e o livro.
Recursos de texto e de imagens que brincam com o leitor e a leitura.
Lendo imagens nas entrelinhas.

Inscrições, clique AQUI!
 
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WORKSHOP DE CONFECÇÃO DE FANTOCHES
BETO ARTE E ESPUMA:

"No proximo dia 21/01/2013
eu estarei ministrando um Workshop de confecção de fantochesem espuma, sera aqui em Praia Grande, vagas limitadas. o curso terÁ 3 hs de duração com direito a levar o seu fantoche.
 O valor do curso é 150,00
contatos pelo email fantochesdobeto@hotmail.com


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OFICINA DO LIVRO - O LIVRO PASSO A PASSO
 
Dos originais à livraria e ao livro eletrônico. Neste curso, ministrado pelo editor e escritor Paulo Tedesco, serão apresentadas soluções para quem produz ou deseja produzir um livro, as questões envolvendo os originais e suas revisões, o direito autoral, as técnicas de diagramação e capa, a parte gráfica, e, por fim, as questões mais atuais no mercado editorial do Brasil e do mundo.
 

 Informações: 

Docente(s): Paulo Tedesco 

Quando: Dias 19, 21, 26 e 28 de fevereiro, terças e quintas, das 19h30 às 21h30 

Vagas disponíveis: 20 

Duração: 8h/a (2h/a por encontro) 

Valor(es):

Inscrições até o dia 31 de janeiro:
R$ 280,00 (público geral)
R$ 252,00 (professores e estudantes)
A partir do dia 1º de fevereiro:
R$ 308,00 (público geral)
R$ 278,00 (professores e estudantes)

Inscrições, AQUI.
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COMO MONTAR
E ADMINISTRAR COM SUCESSO
UMA EDITORA

JOÃO SCORTECCI

19/01/2013 - Sábado

O negócio do livro. Mercado editorial: direitos e deveres de cada um. A relação Autor x Editora. Montando uma editora: mobiliário, capital inicial e capital de giro. Impostos, obrigações e isenções fiscais. Produção e etapas de uma publicação. Formatos e tipos de Papéis. Orçamento e acabamento gráfico.

A distribuição e os principais canais de comercialização. Mega tendências e oportunidades. A Internet e o fenômeno da Cauda Longa. Quando imprimir offset ou Digital. Web-to-Print, pequenas tiragens e o livro sob demanda.
 
Docente: João Scortecci
Horário: das 9h00 às 16h00 – 1 hora de intervalo 

Sala de Aula: Rua Dep. Lacerda Franco, 253
 
Preço único: R$ 180,00

Próximo a Rua Cardeal Arco Verde  
CEP 05418-010 - Bairro de Pinheiros, São Paulo, SP

Metro Faria Lima - saída Teodoro Sampaio

 
Mais informações e inscrições:

Escola do Escritor
escoladoescritor@escoladoescritor.com.br
www.escoladoescritor.com.br
Telefone: (11) 3032.8300
 

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OFICINA DE CRIATIVIDADE
SEBRAE
    
VENHA DESENVOLVER O SEU POTENCIAL CRIATIVO E DESCUBRA OS ASPECTOS QUE ESTÃO BLOQUANDO A SUA CRIATIVIDADE.
PARTICIPE DA OFICINA GRATUITA DE CRIATIVIDADE DO SEBRAE
 
OBJETIVOS:
· Identificar soluções/possibilidades para uma mesma situação exposta;
· Exercitar o processo criativo individual e coletivamente;
· Elaborar um projeto criativo.

PROGRAMAÇÃO:
Dia 21/01 das 09h00 às 18h00
ou
Dia 28/01 das 09h00 às 18h00

LOCAL:
Sebrae – Rua Coronel Fernando Prestes n° 47 – Centro – Santo André/SP (próximo ao Calçadão Oliveira Lima)

Faça já a sua inscrição GRATUITA através do 0800 570 0800 0800 570 0800 ou (11) 4990-1911
Esperamos por você!!!


2 comentários:

  1. Adorei a agenda do mês! Pena que duas das que muito queria participar serão em Porto Alegre e São Paulo, respectivamente.
  2. Gracias por compartir la información.
    que tengas un buen fin de semana.
    saludos.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

NE: Mais quadrinhos com um toque pernambucano

O ilustrador pernambucano Laerte Silvino acaba de trazer para os quadrinhos, em uma publicação da Editora Peirópolis, o texto da obra "I-Juca Pirama", clássico do escritor Gonçalves Dias. No ano passado, Silvino adaptou, com imenso sucesso de público e de crítica, obra de Machado de Assis. Vale a pena conferir. Vejam abaixo a matéria publicada no Diário de Pernambuco.

NE: Férias com muita leitura! Em Olinda...


Teve início nesta 2a feira a programação da Colônia de Férias Literária da Casa do Livro Infantil e da Leitura de Olinda (CLILO). Distribuídas por faixas etárias e por temáticas de leitura, a cada semana até o final do mês de janeiro, as crianças de Olinda, em especial das comunidades circunvizinhas (Amparo, Guadalupe e Bonsucesso), terão uma semana de férias bastante diferente: com muita magia, leituras, imaginação, papo com autores e oficinas de criação. E o melhor de tudo: inteiramente gratuito! As inscrições são feitas diretamente na Casa que mantém ações permanentes de formação de leitores durante todo o ano.

A CLILO fica localizada na Rua São João, 310 (Largo do Amparo), Olinda, bem defronte da sede do Clube Vassourinhas. Informações (81) 3494-6488

RS: Edital de Exposição de Ilustrações e Mini-Biblioteca Itinerante

A 1ª Coordenadoria Regional de Educação do Estado do Rio Grande do Sul - 1ª CRE – criou o Projeto “Tecendo Histórias, Traçando Ideias”, a ser desenvolvido em 2013, que integra um conjunto de ações de incentivo à produção artística no âmbito educacional.

A Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AEILIJ/Regional RS – é uma das entidades convidadas a participar do projeto, e para tanto, cria o Edital para participação de seus associados na ação: Exposição de Ilustrações e Respectivas Obras – nos moldes de mini-biblioteca itinerante, nas 11escolas selecionadas pela1ª CRE e na Casa de Cultura Mário Quintana.


EDITAL

Da finalidade:

Escritores e ilustradores associados da AEILIJ-Regional RS, fundamentados na interação entre palavra e imagem de forma abrangente e inclusiva, concorrem para a realização de uma exposição de trabalho literário em LIJ que objetiva:
- assegurar visão completa da obra literária constituída por texto e ilustração
- habituar a comunidade escolar – alunos, pais, professores e comunidade – ao convívio com a literatura, arte e cultura em seu ambiente escolar

Farão parte da exposição:

- Os livros de literatura infantil e juvenil de autoria de escritores associados, inscritos e selecionados
- As ilustrações criadas e publicadas em livro pelos ilustradores associados, inscritos e selecionados
          
- Estão habilitados a participar da exposição de ilustrações e mini-biblioteca itinerante, todos os escritores e ilustradores associados ativos da AEILIJ/ Regional RS.

Da inscrição e seleção dos participantes

1. A participação dos autores de imagem ou de texto será assegurada mediante preenchimento de ficha de inscrição. (anexo 1)

2. Cada escritor de LIJ poderá inscrever de 01 a 03 obras diferentes de sua autoria, de preferência, ilustradas por ilustrador associado ou pelo próprio escritor como ilustrador.

A ficha de inscrição se fará acompanhar de 01 a 03 exemplares de cada obra inscrita. Os livros inscritos não serão devolvidos; serão doados posteriormente, através da 1ª CRE, às bibliotecas das escolas.

Não serão aceitas coletâneas de vários autores de texto.

3. Cada ilustrador de LIJ poderá inscrever de 01 a 03 obras onde conste ser o ilustrador, de preferência, obra de autoria de escritor associado ou de sua própria autoria como escritor.

A ficha de inscrição se fará acompanhar de 01 a 03 exemplares de cada obra inscrita. Os livros inscritos não serão devolvidos; serão doados posteriormente, através da 1ª CRE, às bibliotecas das escolas.

Não serão aceitas coletâneas de vários autores de imagem.

4. O trabalho do ilustrador será restrito a exposição de 01(uma) ilustração já publicada em livro.

5. No caso em que não haja número suficiente de ilustradores habilitados, se recorrerá à seguinte situação:

- Aceitação de ilustração publicada em livro de LIJ por ilustradores não associados, desde que estes se comprometam a associarem-se até a data de 30 de janeiro de 2013.

- As condições expressas nos itens 3 e 4 valem para os ilustradores não associados.

6. As ilustrações deverão ser entregues:

- Em arquivo próprio, em CD, com ficha de identificação à parte (anexo 2) onde conste nome do ilustrador, título do livro e autor do texto, técnica utilizada na ilustração e ano.

- Deverão apresentar resolução mínima de 300 DPI e tamanho proporcional a uma folha A3, com orientação à escolha – vertical ou horizontal.

- Deverão ser entregues no Protocolo da 1ª CRE – Av. Farrapos, 151 – endereçadas ao Departamento Pedagógico – aos cuidados da Assessora Pedagógica Patrícia Langlois

- A impressão e montagem definitiva das ilustrações, em formato único, serão realizadas pela 1ª CRE

 Da apresentação da exposição

1. As ilustrações serão apresentadas em formato único, com indicações de nome do ilustrador, título do livro e autor do texto, técnica utilizada e ano

2.  A mini-biblioteca itinerante – conjunto das obras selecionadas - ficará disposta nas escolas participantes, de forma segura, em local que ofereça acesso ao manuseio pela comunidade escolar e visitantes e sob total responsabilidade da 1ª CRE.

3. A exposição e a mostra de mini-biblioteca ocorrerão no período de março a setembro de 2013 e terão o caráter itinerante. As apresentações se farão em sequência nas 11 escolas selecionadas pela 1ª CRE e na Casa de Cultura Mário Quintana.

4. Caberá à comunidade escolar, responsabilizar-se pela solenidade de abertura, ações de visitação, estudo e outras atividades a critério da mesma, durante o tempo em que cada escola estará sediando a exposição e a mini-biblioteca itinerante.

Cronograma

Das inscrições:

As inscrições serão feitas através de preenchimento de ficha de inscrição, enviadas por email  a   jamafag@terra.com.br no período de 09 a 18 de janeiro de 2013
As obras inscritas deverão ser entregues e  protocoladas no mesmo período no endereço da 1ª CRE,  abaixo indicado

Da seleção:

A seleção dos profissionais inscritos, será realizada no período de 18 a 24 de janeiro. A  comunicação dos resultados  será postada no blog da AEILIJ Regional na data de 24 de janeiro

Da Entrega das ilustrações:

Não serão recebidos originais. O CD, com arquivo próprio e identificação, deverá ser entregue até a data de 30 de janeiro no seguinte endereço:

1ª CRE - Av. Farrapos, 151, Porto Alegre – Departamento Pedagógico – Aos Cuidados de  Patrícia Langlois – Assessora Pedagógica
      
       
Porto Alegre, 07 de janeiro de 2013
    
Jacira Fagundes

Coordenadora da AEILIJ-Regional RS
Email: jamafag@terra.com.br
(51) 32333504/ 99547388
  

EXPOSIÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E MINI-BIBLIOTECA ITINERANTE
FICHA de INSCRIÇÃO – anexo  1

AUTOR: __________________________________________________
E-MAIL: _________________________________________________
ENDEREÇO:
Rua _____________________________________________________
Nº___________________
TELEFONES ______________________ BAIRRO ______________________ CEP __________
CIDADE ____________________________________

ESCRITOR (  )         ILUSTRADOR (  )

Obra ou obras que deseja inscrever:
_________________________________________    Infantil (  )  Juvenil (  )
__________________________________________  Infantil (  )  Juvenil(  )
__________________________________________  Infantil (  )  Juvenil(  )

Data da inscrição: _______________________


FICHA DE IDENTIFICAÇÃO – anexo 2

Ilustrador _________________________________________________
Livro ______________________________________________________
Autor _____________________________________________________
Editora _______________________________________________________
Técnica _____________________________________________________
Ano ___________________________________________________



Postado por Jacira Fagundes

domingo, 6 de janeiro de 2013

SP: Quem conta um conto... - Edson Gabriel Garcia

Oi, pessoal, feliz 2013 para todos!

E para comemorar a chegada do novo ano, uma história linda do associado paulista, escritor Edson Gabriel Garcia.
Mergulhe nela e descubra de obde vinha aquele

BARULHINHO

– Putz, que saco!
Todo mundo concordou com a reclamação da Silvana. Tanto concordaram que nem sua mãe, sempre atenta e pronta para dar broncas por causa da linguagem pouco cuidada da filha, disse coisa alguma. Estavam todos, pai, mãe e as duas filhas, sentados no cômodo apertado em que ficava a televisão, aguardando o início do programa mais comentado dos últimos tempos, uma dessas porcarias quaisquer, um reality show de gosto duvidoso. Enfim, gostar ou não, perder tempo com bobagens, encantar-se diante das tolices da telinha, tudo isso é um problema de cada um e naquele momento a família Piedade dos Santos achava-se na bronca.  
– Será que vai demorar? – perguntou a mãe.
Nenhuma das respostas foi convincente, nem sábia, nem certeira. Apenas falas evasivas, solidárias entre si.
– Quem sabe? – disse o pai.
– Nunca se sabe! – disse a outra irmã.
– Na última vez, demorou muito... – disse a Silvana, sem muita certeza, pois não se lembrava.
O fato é que ficaram os quatro, por alguns instantes, sem saber o que fazer, o que falar, o que pensar. Na verdade, nos tempos atuais, nossa dependência da energia elétrica é tamanha que, quando ela falta, parece que a vida está a um passo do fim. A claridade artificial das lâmpadas some e todos os eletrodomésticos perdem sentido, o elevador para em um andar qualquer e, o mais complicado de tudo, a televisão, companheira de todos os solitários, emudece. E aí bate o desespero: ninguém sabe o que fazer, o assunto some, a conversa acaba, todo mundo fica sem ação.
– Putz! Que saco! – repetiu a Aninha, irmã da Silvana.
Saco cheio de silêncio. Sem energia elétrica, só sobrou um escuro esquisito e um silêncio meio estranho. O pai delas até arriscou puxar assunto, voltou longe na história, ficou lembrando episódios da primeira infância das meninas. Não agradou e ninguém se entusiasmou. A mãe tentou ajudar, fez gracinhas, contou duas piadas quase sem graça nenhuma e nem assim a conversa rolou. Sugeriu uma pipoquinha de micro-ondas, mas cadê micro-ondas... Os quatro ficaram, então, na pequena saleta, no escuro, sem assunto, aguardando a energia voltar para iluminar seus espíritos, aquecer sua conversa e trazer a vida de volta.
Mais de uma hora depois, dois tocos de velas quase no fim, e nada da energia elétrica. Como já passava das dez horas da noite, decidiram dormir. Cada qual foi para o quarto com a esperança distante de que no dia seguinte tudo voltaria ao normal. Eles se acomodaram em suas respectivas camas e um outro silêncio estranho tomou conta de tudo, logo após as últimas recomendações do pai sobre os perigos de incêndio e a necessidade de apagarem as velas.
Em pouco tempo não se ouvia quase nada entre as paredes. Aninha, como sempre, dormia depressa e deixava todo o sossego do mundo para a irmã. A Silvana acomodou-se na cama, puxou o cobertor até a metade do peito e ficou pensativa, esperando o sono chegar. Mas no meio do silêncio, um barulhinho diferente de todos os que ela conhecia começou a ocupar sua atenção.
Era um barulho desconhecido, parecia...
“Parece o barulho do apagador apagando a lousa”, pensou a Silvana. Não um apagador qualquer, não uma lousa qualquer, não uma aula qualquer. O barulho lembrava o ritmo calmo da professora de português, a Rosa Maria, depois de encher a lousa de exercícios chatos de gramática, procurando um espaço para escrever outra anotação, subindo e descendo o pequeno apagador... chuap... chuap...
Silvana descartou a possibilidade de ser o barulho do apagador da Rosa Maria, afinal já era bem tarde da noite e a escola, além de ficar meio distante, já estava fechadinha, fechadinha da silva. Então, Silvana aprumou as orelhas, tentou captar melhor o som para então identificá-lo. Parecia...
“Parece o barulho da Helô comendo seu lanche na hora do intervalo.” Ela sempre fazia um barulho esquisito mastigando o pão e o recheio, passando a língua na boca... slap... slap...
De novo, Silvana pensou bem e descartou essa possibilidade. O barulho da Helô era mais escandaloso e mais nojento. Além do que, a uma hora daquelas, ela já devia estar dormindo, dorminhoca como ela era.
Bem, se não era uma coisa nem outra, só podia ser... só podia ser...

“Só pode ser o meu pai lendo o jornal. Ele faz mais barulho mexendo, dobrando e virando as folhas do jornal do que a torcida do Corinthians em dia de jogo e vitória do timão” – pensou Silvana. Mas como seu pai poderia ler naquele escuro? Não era isso, não!
“Nem a Aninha andando pra lá e pra cá naquela sandália de couro velha irritante, croc... croc... croc. Ela está aqui do meu lado dormindo gostosamente. Nem o Zé Marcelo comendo batatinha frita, crec... crec... crec. Não há cheiro de batatinha no ar e o Zé Marcelo deve estar na casa dele a pelo menos uns dois quilômetros de distância. Nem a Solanginha apontando o lápis com aquele apontador de lâmina cega e gasta, gastando sem parar a madeira e o grafite do lápis, rac... rac... rac. Imagine, a Solanginha faz isso na aula de Educação Artística só pra irritar o professor Melo. Mas essa aula é às terças-feiras, nove horas da manhã, e hoje é quinta-feira, quase onze horas da noite. Também não é o Rodriguinho com aquele barulho insuportável estalando os dedos o tempo todo, plec... plec... plec. Ele não se atreveria a passar por aqui tarde da noite e fazer esse barulhinho perto de mim. Ele sabe que não suporto! Será o Rock, meu bichano invisível, avisando que vai sumir de vez? Ou será...”

Silvana soltou a imaginação, em busca de uma explicação para o barulho. Soltou as lembranças, o pensamento, o conhecimento. Foi longe e voltou, andou, andou e retornou. Só então, lá no guardadinho de sua memória ela achou ter localizado a origem do barulho.
“Mas será mesmo isso que estou pensando? Esse crac... crac... parece... Credo! Será?”

Aquele barulhinho no silêncio estranho e solitário do seu quarto parecia o barulho dos mortos-vivos mordendo, rasgando carne e quebrando os ossos dos vivos naquela série de sucesso de tevê...  
“Meu Deus, não pode ser! Isso só existe na imaginação doida dos escritores e roteiristas de televisão! Mas... o barulho é igualzinho, igualzinho!”

O barulho era idêntico. E foi ficando cada vez mais próximo dela. Cada vez mais. Silvana puxou o cobertor e cobriu a cabeça, apesar do escuro e do abafado da noite. Tudo foi ficando estranho, confuso, novos barulhos, a cabeça atrapalhada, ela suando, suando, o barulhinho chegando, cada vez mais. Então, no meio do desespero... ela acordou!

Era madrugada, todo mundo dormia e a energia elétrica havia voltado.

– Ufa! Ainda bem que a vida voltou ao normal – respirou aliviada, antes de dormir, feliz, outra vez.  

 Edson Gabriel Garcia
Sampa, calor dos bravos neste começo de 2013, entre contos e outras invenciones, sonhando com um mundo melhor.


Postado por Eliana Martins às 17:02  
Um comentário:

Regina Sormani7 de janeiro de 2013 04:18
Edson, meu caro amigo!
Excelente como sempre.
Abração!!!!
Regina Sormani

SP: A história de Heitor (12)

Capítulo XII
Final

O lobo delimitou seu território, um território vasto e bem afastado, que podia levar um dia inteiro para percorrer. Num dos limites passava um largo braço de rio, onde sempre havia peixes, aves, insetos, moluscos. Por todo lado encontrava fartura de caça e de frutos. Sempre havia novas plantas comestíveis crescendo, pois o lobo em suas andanças, ao eliminar as fezes, espalhava sementes dos frutos que comia.
Várias vezes a lua mudou de tamanho no céu, indicando que o tempo passava e as estações mudavam.
Chegara o tempo em que as folhas caem. No solo, elas apodreceriam para renovar os nutrientes. Logo no começo, enquanto os animais pisavam nelas ou em algum galho seco que caíra, provocavam estalidos. Era preciso cautela na hora de caçar ou toda espera era inútil porque a presa conseguia escapar. Mais fácil era caçar no capinzal, na faixa de terra plana, antes de chegar às margens do rio.
Certo dia, na parte de campo aberto, num ponto afastado de seu território, o lobo avistou uma coisa estranha. Ele estava no alto de uma colina, numa laje de pedra, observando o movimento nos campos, em posição de alerta, à procura de uma refeição. Nos territórios vizinhos, outros lobos faziam a mesma coisa. 
Aquele bicho estranho tinha patas que rodavam e olhos amarelos e brilhantes. Era enorme, além de desconhecido, e foi chegando devagar. O lobo procurou um lugar onde pudesse ficar bem escondido, mas continuou a observar.
De dentro daquela coisa, saíram alguns humanos, com pele esverdeada muito parecida com a dos lagartos.  Eles abriram a barriga daquele bicho que rodava e de dentro dela tiraram algumas coisas que colocaram no chão. Ele não podia entender o que estava acontecendo. Era muito diferente do perigo e muito diferente do que acontecera no lugar onde havia comida pronta. Misturado aos cheiros estranhos, o vento trouxe um odor familiar.
Na planície os humanos conversavam em voz baixa. Estavam preocupados, pois uma decisão definitiva havia sido tomada. Eles cumpriam a missão de soltar naquela parte mais protegida do cerrado os últimos animais que haviam criado em cativeiro, para ajudar a repovoar o cerrado com animais saudáveis...
Depois de alguns dias, ele cruzou novamente com Cacá.
– Soube do que aconteceu, Toró? Temos novos habitantes por aqui. Eles vêm de lugares distantes como sua mãe e têm uns nomes estranhos, como você e sua família, mas alguns deles já estão adotando nomes locais.
O lobo ficou curioso e disse:
– Gostaria de conhecê-los.
– Qualquer dia você encontra um deles por aí. Nunca se sabe...
Cacá estava certo. Pouco tempo depois, já no meio do outono, o lobo estava caçando quando avistou uma jovem loba. Ela era alta, com uma bela pelagem ruiva, um corpo perfeito, rápida e esperta, linda demais. Além disso, ela era muito desembaraçada e quando ele chegou perto, ela se apresentou sem rodeios:
– Olá, estranho, meu nome é Tina! E você, quem é?
– Meu nome é Toró, Heitor Toró, mas estamos no cerrado. Pode me chamar de Toró!

Aqui a história começa

Nilza Azzi


Postado por Regina Sormani às 12:14  
Um comentário:

Regina Sormani7 de janeiro de 2013 04:14
Nilza querida!
Adorei A história de Heitor. Parabéns, minha amiga.
Bjs da Regina Sormani

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SP: Técnicas de Ilustração - 04 - Digital

Olá pessoal!

Continuo recebendo ilustrações com o passo a passo da técnica utilizada.
Esta embalagem do  picolé de uva para a Lafrutta foi feita pelo artista paulistano Gilberto Marchi por meio de técnica digital.


O trabalho inicial foi feito no Illustrator com a ferramenta gradient mesh. Essa ferramenta, para quem não conhece, permite que se trabalhe com variações de degradées através de uma rede, na qual cada cruzamento das linhas  é formado por curvas Bézier e ativa uma fusão da cor de base com a segunda cor utilizada. É bem complicado para se trabalhar cada ponto, controlando os balancins para que as fusões fiquem perfeitas. Dessa maneira, cada uva tem centenas de pontos formados pelos cruzamentos das linhas da rede. Após todo o trabalho no Illustrator, o artista trabalhou no Photoshop para dar um blur (amaciado) nas linhas mais duras.  
Esse trabalho poderia ter sido feito integralmente no Photoshop, mas na época em que esta arte foi feita, os recursos eram bem menores.

Um abraço a todos!

Regina Sormani