1) Fale um pouco sobre o começo do seu trabalho com LIJ.
Meu primeiro
livro infantil surgiu a partir de um trabalho de final de curso da FGV, o Publishing Management. Eu precisava criar
um produto relacionado a qualquer área do mercado editorial. Resolvi entregar
um livro editado e publicado. Assim nasceu
A barca dos feiosos (Ponteio), com ilustrações de Zeka Cintra, em 2011,
hoje sem editora, sobre uma rainha maluca que decide criar uma barca para
abolir os feios de seu reino mixuruca. Além de ser divertido, o que para mim é
o mais importante, o livro é uma espécie de alegoria da Primeira Guerra; a
diversidade, a intolerância e a omissão dos bons são alguns dos conceitos ali
submersos. Trabalhar com infantis e juvenis são um estado de graça: as ideias
me aparecem a toda a hora e de repente. A
barca, por exemplo, foi o resultado de um sonho. Acordei com tudo pronto.
Só faltou escrever.
2) Três livros seus para quem não te conhece.
Nina e a lamparina (DSOP), ilustrado por Cecília Murgel, sobre o medo do escuro, vencedor do kit escolar da cidade de Belo Horizonte. Muitas escolas de diversos cantos do país têm utilizado o livro de formas imprevistas, como um colégio de Goiás, que, do primeiro ao sexto ano, direcionou a obra para uma matéria de empreendedorismo!
A misteriosa mansão do misterioso Senhor Lam (Vieira & Lent), também ilustrado por Cecília Murgel, trata do tema da solidariedade diante de uma tragédia coletiva e foi inspirado nas paisagens deslumbrantes da Patagônia, para onde viajei em 2014.
Meu trabalho mais recente é A Repolheira (Aletria), sobre uma vendedora de repolhos, triste e solitária, em um período mais ou menos localizado no que poderia ser a Idade Média, em um país distante e gélido. As transformações da personagem são a grande surpresa da história, ilustrada pela espanhola Raquel Diaz Reguerra.
A misteriosa mansão do misterioso Senhor Lam (Vieira & Lent), também ilustrado por Cecília Murgel, trata do tema da solidariedade diante de uma tragédia coletiva e foi inspirado nas paisagens deslumbrantes da Patagônia, para onde viajei em 2014.
Meu trabalho mais recente é A Repolheira (Aletria), sobre uma vendedora de repolhos, triste e solitária, em um período mais ou menos localizado no que poderia ser a Idade Média, em um país distante e gélido. As transformações da personagem são a grande surpresa da história, ilustrada pela espanhola Raquel Diaz Reguerra.
3) Quais os seus planos para os próximos cinco anos?
Pretendo dar continuidade a uma trilogia juvenil. Acabei de finalizar o primeiro, que se chama Amor de longe, e ainda é um original. Uma história que tem como cenário a cidade de Porto Alegre, onde morei nos anos 1980. Os juvenis são um grande desafio, que tenho descoberto com alegria, até por conta da influência das minhas filhas, com 10 e 12 anos, que crescem com meus livros.
Mais informações em http://claudianina.blogspot.com.br.
Foto: Arquivo pessoal