segunda-feira, 31 de agosto de 2009

RS: Vice-versa de setembro de 2009

Duas ilustradoras pintam com perguntas e respostas o vice-versa de setembro. Uma nasceu e reside em Porto Alegre. A outra é paulista, mas reside no interior do RS e, além de ilustras, escreve. Em comum? O gosto pelas cores e imagens nos livros infantis. Com vocês, Laura Castilhos e Monika Papescu.

Monika pergunta. Laura responde.

Monika - Com certeza você nasceu com o “dom” para arte. Você acreditava nisso quando pequena ou foi seguindo na onda das tias artistas?

Laura - Acho que a opção pela arte ocorreu por dois motivos: vocação e estímulo por parte das tias Wanita e Zuleida. A oportunidade de frequentar uma escolinha de arte durante muitos anos também foi decisiva nesta minha escolha. 

M - Por que você hesitou em se deixar levar pelas artes quando da escolha da faculdade? 

L - Talvez por não ter, na minha família, e tão pouco no meu círculo de amigos, exemplos de profissionais da área de arte (o velho mito de que arte não dá dinheiro). 

M - Na sua fase de estudante a ditadura estava em pleno vigor. Isso fez alguma diferença no seu desenvolvimento artístico? 

L - Ainda que tenha participado de alguns eventos políticos no tempo da faculdade, meu trabalho artístico nunca foi engajado politicamente. 

M - Se você não tivesse sido convidada para ilustrar uma coleção para a editora Projeto, você acha que teria entrado no mundo da literatura? 

L - Sinceramente não sei Monika. Muitos professores comentavam que meu trabalho era muito ilustrativo (na época a onda era abstrata). Eu já pensava em ser ilustradora, mas desconhecia completamente o mercado editorial. 

M - Como é seu processo de desenvolvimento das ilustrações assim que recebe um texto? Você se comunica com o autor na fase da criação? 

L - Quase nunca. Geralmente procuro ler inúmeras vezes o texto. Logo parto para o Boneco no qual já trabalho a divisão do texto e da ilustração. 

M - Já pensou em ser autora e ilustradora de uma obra? 

L - Tenho muita vontade de escrever e ilustrar livros. No momento me dedico a ler obras infantis e juvenis. Também frequento a maravilhosa Confraria Reinações, coordenada por Caio Riter. Lá tenho aprendido muito sobre literatura. 

M - Seus filhos influenciam no seu processo criativo? 

L - Muito e isto é muito positivo. Alice e Francisco são extremamente críticos. Adoram ler e desde pequenos têm muito contato com a imagem e o texto literário. Assim que dão seus pitacos. 

M - Você acha que seu estilo está concretizado ou percebe alguma mudança desde o início da sua carreira como ilustradora? 

L - Ainda que concorde que o artista desenvolve um estilo pessoal, espero que meu estilo nunca se concretize completamente. Acho que devemos nos contaminar e conhecer estilos diversos. 


Laura pergunta. Monika responde.

Laura - Desde pequena cresceste num ambiente propicio às artes. Qual foi tua primeira escolha profissional?

Monika - Desde pequena eu fazia desenhos e quadrinhos para jornaizinhos e, como participava de movimentos juvenis, fazia os logos dos grupos, dos eventos e todos os tipos de cartazes. Isso quer dizer que eu não escolhi a arte como minha profissão, acho que foi ela quem me escolheu. Mas, acredite ou não, eu também prestei para agronomia na faculdade. Ainda bem que não entrei, pois eu morro de aflição de minhoca. 

L - Poderias contar um pouco mais sobre tua experiência como estudante de ilustração em Londres?

M - A forma como os ingleses trabalham as cores e as imagens é muito diferente da nossa, assim como a relação com as crianças. Existe a total formalidade ou a total despirocagem. Eu tive aula com dois ilustradores bem tradicionais que desgostavam por completo das minhas cores, intensas, e valorizavam as cores com baixa intensidade de luz. Mas eles eram muito ricos em passar informações e discutir, incansavelmente, sobre cada trabalho. Depois disso fui fazer um BTEC em graphic design onde a coordenadora do curso era totalmente underground e muito entusiasmada, isso nos dava ânimo para criar mais ainda, cada um no seu estilo, e explorar várias mídias desde o trabalho impresso até a animação. Em ambos os cursos os professores nos passavam muitas dicas de exposições, artistas, eventos e concursos. Um deles eu até ganhei; era um cartaz para divulgar a área infantil do “London Transport Museum”.
A vantagem de ser estudante em Londres é a facilidade de acesso a todas as culturas e aos lugares, pelo preço e transporte.

L - O que iniciou primeiro, a Monika escritora ou ilustradora?

M - Com certeza a ilustradora. Eu comecei a desenhar e pintar antes mesmo de aprender a escrever. Eu ficava atrás de meu pai assistindo ele a pintar horas e horas e o acompanhava nas aulas de pintura com modelo vivo. Mas ele nunca me ensinou técnicas. Somente falava se quisesse aprender a pintar teria que ser por conta própria, observando e experimentando até descobrir minha própria maneira de fazer. Mas o pintar por pintar não me satisfazia, eu queria aplicar as pinturas e desenhos em alguma coisa. Assim descobri a animação, a ilustração de matérias em revistas e por fim a ilustração de livros. O escrever veio bem depois. Eu sempre gostei de ouvir histórias e inventar histórias, até que experimentei colocá-las no papel, e continuo experimentando.

L - És paulista e atualmente vives em uma zona rural perto de Porto Alegre. Enquanto profissional esta mudança "territorial" trouxe alterações nas relações de trabalho (com as editoras, por exemplo)? 

M - Os contatos ficam um pouco mais difíceis, dependo do e-mail para tudo. Acredito que se estivesse morando na cidade teria mais trabalho com as editoras de livros e revistas, pois o corpo a corpo ainda é o que funciona melhor. Também não participo de eventos e encontros, somente das feiras de livros. É o preço da escolha. Mas eu trabalho muito bem por e-mail e tenho alguns parceiros de trabalho espalhados pelo Brasil, e isso graças à Internet.

L - E a vivência no campo, em uma vida bucólica e fora da loucura dos grandes centros, influencia estilisticamente teu trabalho?

M - No campo não temos a loucura da cidade, mas tem a loucura do campo. Além do meu trabalho urbano eu ainda cuido das 20 galinhas e ajudo a cuidar dos outros bichos. E tudo isso influencia muito. Não só nas minhas histórias, onde os personagens são todos tirados daqui, mas principalmente nos materiais e cores. Eu gosto de usar as plantas, cascas, terra, e o que encontro, nas ilustrações e estou sempre observando as cores. Parece que as cores no campo são mais intensas, tem mais contraste, são mais presentes do que as cores na cidade. Aqui não tem o cinza para amenizar a paisagem e tem espaço. Eu não conseguiria criar num ambiente apertadinho, sou muito espaçosa.

L - Tens conhecimentos em distintas áreas, cenografia, animação, ilustração, literatura. Atuas em projetos culturais e educativos. Como administras tudo isto, e de que modo estes saberes contribuem na criação de teus livros?

M - Eu também trabalho na APAE! 
A minha ilustração é muito conceitual, por isso encaro como variação sobre o mesmo tema. A cenografia e os bonecos nada mais são do que a ilustração tridimensional em outra escala, as animações são os mesmos desenhos em movimento e a literatura é a ilustração descrita em palavras. A vida é uma ilustração em várias linguagens. Nós a criamos, a damos movimento e amplitude. E depois de publicada não tem mais como mudar, é passar para a próxima. Existe uma relação entre cada área que atuo, eu aprendo em uma e aplico na outra, tudo é muito próximo. E para administrar tudo isso existem os dias da semana, cada dia é para uma coisa e meu dia começa às 5:30 da manhã, antes do Don Aderbal de la Crista Roja cantar. Os livros são o resultado de toda essa experiência.

L - Poderias descrever a relação que a Nina tem com a mãe ilustradora e escritora?

M - A Nina é minha parceirona. Desde os 3 meses de idade ela me acompanha nas feiras de livros e encontros com crianças e ela ocupa 70% da minha prancheta de desenho e me deixa espremidinha no cantinho. A Nina opina bastante e eu presto muita atenção no que ela diz. É como se fosse uma co autora do meu trabalho.

L - Quais são teus projetos futuros? Tens algum livro saindo do forno?

M - Meu projeto mais doido é mudar de cidade. Estou trabalhando para mudarmos para o interior de São Paulo até o início do ano que vem. Isso implica em emprego e trabalhos com ilustração e com as APAES da região. 
Ano que vem sai um livro com texto meu e outro ilustrador, o que para mim é bem estranho, mas gosto da ideia. É sobre Don Aderbal de La Crista Roja, meu galo carijó que canta bem pequenininho e sempre fora de hora. Também tem um projeto meu antigo ressuscitado com dois outros parceiros e estamos esperando pelo resultado do Fumproarte. E por último, pelo menos até agora, estou esperando a resposta de outra editora de Minas para um livro cuja história é da Nina e eu coloquei o texto e ilustrei. Vai ser o primeiro livro dela, árvore ela já plantou de monte, só falta mais uns 20 anos para ter o filho.

Postado por H

Um comentário:
 Danilo Macedo Marques - 35 anos disse...
Adorei esta entrevista, parabéns às duas!!!
2 de setembro de 2009 06:47

sábado, 29 de agosto de 2009

RJ: Zé Zuca convida para a Oficina "Voz, Comunicação e Expressão"


Zé Zuca convida para a oficina Voz, Comunicação e Expressão.
Local: Centro Cultural Justiça Federal
Será entre os dias 02 de setembro e 16 de outubro, com um encontro por semana,utilizando sempre as quartas-feiras e, excepcionalmente,no final do curso, duas sextas-feiras.
Horário: 19 horas
Maiores informações: 8893 3208 ou zezuca@terra.com.br

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

RS: Mostra de ilustrações na Feira

Os visitantes da 55ª Feira do Livro de POrto Alegre poderão conferir a IV edição da exposição Cores e Formas que contam Histórias, promovida pela Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEI-LIJ).

Os trabalhos de 25 ilustradores associados poderão ser vistos de 30 de outubro a 5 de novembro, das 9h às 21h, no Hall da Casa do Pensamento (Armazém A do Cais do Porto). A mostra já recebeu convites para viajar pelo Brasil em eventos ligados à leitura, com o objetivo de mostrar a importância das ilustrações nos livros para crianças e jovens e de incentivar o gosto pelos livros.

A AEI-LIJ, criada em 1998, reúne escritores e ilustradores de literatura infantil e juvenil de todo o país. Possui representantes regionais em alguns estados que defendem os interesses da classe e buscam parcerias com entidades.

Confira o blogue das regionais da AEI-LIJ na coluna à direita e saiba o que anda acontecendo em prol da Literatura Infantil e Juvenil Brasil afora. 

Postado por H 

terça-feira, 25 de agosto de 2009

RS: Editoras da França se opõem a projeto da Google

BERLIM - Depois de esbarrar na oposição de três gigantes do setor de tecnologia - Amazon, Microsoft e Yahoo -, o projeto da Google para digitalizar milhões de livros e colocá-los na internet - em análise pela Justiça dos EUA - encontra resistências também na Europa, por parte de editoras francesas, mostra reportagem do Globo nesta segunda-feira. 

Associações de escritores na Alemanha, Áustria e Espanha planejam encaminhar ao judiciário americano argumentos contrários ao projeto. O prazo para recebimento de objeções é 4 de setembro, e a decisão final sobre o caso deverá sair em 7 de outubro, informou no domingo o "New York Times". 

Amazon, Microsoft e Yahoo! estariam prestes a unir forças para se opor a um acordo que pode transformar o Google na principal fonte online para muitos trabalhos literários, criando a maior biblioteca virtual do mundo . As três devem se unir à coalizão Open Book Alliance, liderada pela organização sem fins lucrativos Internet Archive, que tem se oposto publicamente ao acordo firmado em 2008 entre o Google e editoras e autores e já digitalizou mais de 1,5 milhão de livros, tornando todos disponíveis de graça. 

De acordo com Alain Kouck, diretor-executivo da editora francesa Editis, a segunda maior do país, a empresa não aceita o acordo fechado entre a Google e as associações de escritores e de editoras americanas, que permite à empresa de internet fazer cópias digitais de uma extensa lista de livros, inclusive de autores europeus. Após o acerto, feito no ano passado, a Google já digitalizou 1,5 milhão de livros. É este acordo que está sob análise da Justiça dos EUA. 

A Google já é alvo de uma ação legal na França, movida em 2006 pela editora La Martinière, na qual alega que o projeto infringe direitos autorais. A Associação de Editores Francesa apoia a ação, que tem julgamento previsto para 24 de setembro deste ano. 

Já no Reino Unido, onde muitas editoras têm fortes vínculos com os EUA, as empresas têm evitado confronto direto com a Google. 

Fonte: O Globo de 24/08/2009

Postado por H 

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

RS: Livros novos



Em 1897, o escritor irlandês Bram Stoker inspirou-se em Vlad e criou a personagem principal do romance "Drácula", popularizando o mito do vampiro. Seriam apenas fragmentos da imaginação criativa de um escritor? Ou há uma verdade oculta nesse relato? Quais mistérios eles escondem por gerações? 

Christian David, associado AEILIJ-RS, integra a antologia Draculea - o livro secreto dos vampiros, com o conto Rinaldo. All Print Editora. O lançamento ocorreu dia 22 de agosto, no Bardo Batata, Rua Bela Cintra, 1333 - Jardins - SP/SP.

Postado por H 

domingo, 23 de agosto de 2009

RS: Associada AEILIJ lança Concurso de ilustração

A escritora Jacira Fagundes lançou nesta quinta-feira em seu site o projeto “Histórias que pintam” e o “I Concurso Menino do Livro”, que objetivam mostrar a crianças e adolescentes a importância da ilustração como elemento essencial ao texto, especialmente para livros infanto-juvenis.

O projeto vai apresentar a obra “O Menino do Livro” a estudantes de 7 a 14 anos, mostrando que os livros são também um produto para o mercado editorial. A atividade contempla a contação da história e a leitura comentada sobre as ilustrações. Com a discussão sobre o livro, os participantes são estimulados à expressão artística, de acordo com interesses e habilidades. 

Para incentivar os jovens a desenhar, o “Menino do Livro”, personagem da obra de mesmo nome, apresenta mais uma de suas `invencionices`: um concurso para escolher os ilustradores para o novo livro infanto-juvenil de Jacira Fagundes, “Histórias que Pintam”, que será lançado no próximo ano.



Postado por H 

sábado, 22 de agosto de 2009

RJ: Exposição de Ilustração "Cores e Formas que Contam Histórias - AEILIJ 10 Anos"

Confira as imagens que fazem parte da Exposição "Cores e Formas que Contam Histórias - AEILIJ 10 Anos".
Caso deseje promover esta exposição, entre em contato com a associada Marília Pirillo pelo e-mail marilia@laboratoriodedesenhos.com.br ou com a Diretoria da AEILIJ através do site www.aeilij.org.br.


Ana Raquel

Andrea Ebert

Angela Leite de Sousa

Angelo Abu

Anielizabeth

Carlos Avalone

Constança Lucas

Fabiana Salomão

Fabio Sgroi

Fabio Sombra

Hermes Bernardi Junior

Jô Oliveira

Laura Castilhos

Mari Inês Piekas

Marília Pirillo

Maurício Pereira

Maurício Veneza

Monica Fuschuber

Rubem Filho

Rui de Oliveira

Salmo Dansa

Sandra Pina

Sandra Ronca

Sandro Dinarte

Thais Linhares

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

RS: Finalistas ao Jabuti

O Prêmio Jabuti é a principal chancela de excelência do mercado editorial brasileiro. 

Criado em 1958, o Jabuti é o mais tradicional prêmio do livro no Brasil. O maior diferencial em relação a outros prêmios de literatura é a sua abrangência: o Jabuti não valoriza apenas os escritores, mas destaca a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro. As 21 categorias do Jabuti 2009 contemplam não só estilos – Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil – mas também a Tradução, a Ilustração, a Capa e o Projeto Gráfico.

Ontem, 20, saiu a lista com os 10 finalistas de cada categoria. 

Na categoria Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil

KROKÔ E GALINHOLA
BRINQUE-BOOK 
MATÉ 

Na categoria Juvenil, quatro aeilijianos são finalistas:

BRINCOS DE OURO E SENTIMENTOS PINGENTES
EDITORA BIRUTA LTDA.
LUIZ ANTONIO AGUIAR 

MEU PAI NÃO MORA MAIS AQUI
EDITORA BIRUTA LTDA.
CAIO RITER 

CONVERSA DE PASSARINHOS
EDITORA ILUMINURAS LTDA.
ALICE RUIZ S / MARIA VALÉRIA VASCONCELOS REZENDE 

Na categoria Infantil. 

NO RISCO DO CARACOL
AUTÊNTICA EDITORA LTDA
MARIA VALÉRIA REZENDE E MARLETTE MENEZES 

UM RINOCERONTE DOBRADO
EDITORA PROJETO
HERMES BERNARDI JR 

Parabéns aos finalistas! Vamos torcer?


Postado por H 

RJ: Lançamento do livro "A formosa princesa Magalona e o amor vencedor do Cavaleiro Pierre de Provença", de Rui de Oliveira


Rui de Oliveira lançará, no dia 27 de agosto, quinta-feira, o livro "A formosa princesa Magalona e o amor vencedor do cavaleiro Pierre de Provença", de sua autoria, editado pela Ygarapé Editorial.

O evento acontecerá na Estação das Letras, a partir das 17h 30 min e contará com uma exposição das ilustrações originais de Rui de Oliveira, além de um breve relato sobre o processo de criação do livro.
O endereço da Estação das Letras é:
Rua Marquês de Abrantes, 177
Bairro do Flamengo

Postado por AEILIJ - RIO DE JANEIRO às 10:33  

Um comentário:

Anônimo29 de junho de 2010 13:55
amei esse livro

RJ: Fábio Sombra lança o livro "Curupiras, sacis e outras criaturas fantásticas das florestas"


Neste sábado, dia 22 de agosto, o autor Fábio Sombra lançará seu livro "Curupiras, sacis e outras criaturas fantásticas das florestas", editado pela Rocco.

O evento acontecerá no Museu da República, Catete, a partir das 15h 30 min.
Anotem o endereço:
Rua do Catete, 153 - Catete

RJ: Lançamento do livro "Bonifácio, o porquinho", de Marília Pirillo


Neste domingo, dia 23 de agosto, acontecerá o lançamento do livro "Bonifácio, o porquinho" da escritora e ilustradora Marília Pirillo, editado pela Martins Fontes.

Será na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, a partir das 16 horas, com direito a contação de histórias e sessão de autógrafos.

Anotem o endereço:
Av. Afrânio de Mello Franco, 290
2º Andar
Leblon

terça-feira, 18 de agosto de 2009

DF: Lançamento Coletivo de Autores Associados


Caros leitores,

vocês estão convidados para o lançamento coletivo. Vejam o convite!

Esperamos vocês! Teremos muitas atividades interessantes durante o evento.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

RS: Memória da Literatura Infantil e Juvenil


A arte, qualquer que seja, porque é arte, instiga a ver mais do que vêem os olhos, a ouvir mais do que podem os ouvidos, a gostar, cheirar, tatear de formas várias. Como ensina Manoel de Barros, em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos, o verbo tem que pegar delírio.

A literatura infantil e juvenil tem como essência, pelas palavras e pelas imagens, pôr em evidência as fantasias, indagações, mistérios que povoam e produzem infâncias e crianças, sonhos dormidos e acordados. Esse é seu delírio.

Assim como tudo, ela tem histórias. Tem sua história e as histórias daqueles que fizeram suas histórias de história. Um mundo de narrativas que se fazem e se contam e se recontam. 

Fosse o querer registrar a história da literatura infantil e juvenil desde sempre, seria impositivo voltar séculos atrás e indagar como, em cada época, os homens e mulheres perceberam a criança e a embalaram com suas vozes. Ou tomar como marco as primeiras histórias intencionalmente escritas para os pequenos, algo que, como apontam os especialistas, terá passado entre o final do século XVIII e início do século XIX. Limitando-nos ao Brasil, podia-se, reconhecendo em Lobato seu símbolo maior, buscar a história desde então. São opções que faz o historiador conforme a finalidade do que se quer iluminar. 

Então, reconhecendo um movimento original de recriação da arte literária para crianças e jovens iniciado no final dos anos sessenta e que, deste então, expandiu-se, cresceu, modificou-se, enraizou-se na história social e cultura brasileira, a opção foi buscar a história oral daqueles que vêm fazendo esse movimento. Escritores, ilustradores, livreiros, críticos, líderes. Mas não a “história oficial”, e sim a história feita da muitas histórias de vida dessa gente.

Assim há que reconhecer que sequer se trata de fazer aparecer a história da literatura infantil e juvenil deste período, curto e intenso. Seria mais preciso dizer que o que se põem em evidência neste espaço são umas muitas trajetórias de umas tantas pessoas que fizeram esta história e as histórias que a compõem. 

Visite. Saiba mais em http://www.museudapessoa.net/pt/home.
Postado por H 

RS: Livros novos

Rebeca e sua rabeca, o novo livro de Celso Sisto, ilustrado por Cristina Biazetto, já está à disposição dos leitores nas melhores livrarias do País. Rebeca aprendeu com seu avô Isidoro a tocar rabeca. Ele mesmo fez uma especialmente para ela. Ela toca para lembrar de um outro tempo de amor. Editora Salesiana/2009.

O que você está esperando para "ouvir o som" desse livro?





No limite dos sentidos, o novo livro de contos de autoria da associada AEILIJ-RS, Jacira Fagundes, já tem data prevista para o lançamento. Será no dia 16 de setembro, a partir das 19 horas, na Livraria e Café Letras & Cia.

Agendem-se. A Editora Movimento e a autora ficarão felizes com a presença dos amigos, familiares, parceiros de literatura, todo o povo conhecido a até os não conhecidos. Aguardem convite!





Postado por H 

domingo, 16 de agosto de 2009

DF: Movimento por um Brasil Literário

Olá, caros Escritores, Leitores e Brasileiros!

"O Manifesto por um Brasil literário é uma iniciativa de um grupo de instituições e pessoas envolvidas com a leitura literária no país. Este documento pretende ampliar o debate em torno da importância da leitura de livros de literatura, acolher propostas e engajar o maior número de pessoas em torno desta causa. É o primeiro passo para a criação de um Movimento por um Brasil literário."

Convido-os a visitar o site e assinar o manifesto. Aproveitem para assistir ao video com o depoimento do nosso querido autor Bartolomeu Campos de Queiroz.

http://www.brasilliterario.org.br/index.php

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

RS: Governo vai mudar compra de livros


Passa quase despercebida uma alteração importante preparada pelo governo nos programas de compra de livros para bibliotecas. De acordo com comunicado expedido em junho pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, da Fundação Biblioteca Nacional, o programa de revitalização de bibliotecas do Ministério da Cultura vai mudar. O documento – que circula, festivamente, de mão em mão em algumas regiões do País, fazendo a alegria de editores e escritores locais – informa que só metade dos livros será escolhida pelo governo. O restante, diz a coordenadora Ilce Cavalcanti, caberá a uma comissão formada pelos estados contemplados.

A notícia é pra lá de boa. Só falta o governo contar pra todo mundo.


Postado por H 

RS: Snel: o preço do livro caiu!

O Sindicato Nacional dos Editores e Livreiros e a Câmara Brasileira do Livro têm a satisfação de divulgar os resultados da pesquisa anual sobre Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro encomendada à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo.

Os resultados da pesquisa apontam três grandes tendências:

1. A evolução positiva do setor editorial em todos os seus segmentos ao longo de 2008. Esta evolução acompanhou de perto a evolução da economia brasileira como um todo;

2. A evolução positiva se processou no contexto de um significativo aumento na concorrência entre as editoras. O aumento na concorrência é refletido nas principais variáveis apuradas;

3. Entre estas variáveis, a mais notável é o preço. A FIPE apurou “queda generalizada em termos reais (mas que se verifica também em termos nominais) dos preços médios praticados pelo setor editorial” num largo período, começando em 2004.

Postas estas três grandes tendências reveladas na pesquisa, cabe ressaltar alguns dados específicos, que expressam e definem estas tendências.

A) De 2007 para 2008 houve aumento substantivo, de 13,3%, no número de títulos publicados. Pela primeira vez, foi ultrapassada a marca de cinquenta mil novos títulos lançados em um ano;

B) No mesmo período houve queda de 3,17% no número de exemplares produzidos. Mas esta queda se deve única e exclusivamente à redução expressiva, de 18%, no número de exemplares produzidos pelo setor de Livros Didáticos em 2008. Esta produção menor, por sua vez, se deve ao fato de quem em 2007 o Governo Federal comprou livros para o Ensino Fundamental, e em 2008, comprou livros para o Ensino Médio, que tem um número significativamente menor de alunos. Se desconsiderarmos esta variação nos programas de compra do Governo Federal, houve um aumento de cerca de 20% no número de exemplares produzidos pelo setor em 2008;

C) Ainda no que concerne o número de exemplares produzidos em 2008, cabe ressaltar que o crescimento esteve integralmente concentrado nos títulos novos. No que diz respeito às reedições, houve queda substantiva no número de exemplares produzidos. O aumento no número de exemplares dos lançamentos, a queda no número de exemplares das reedições, somados ao aumento no número de títulos lançados, refletem o incremento na intensidade da concorrência entre as editoras em 2008, dando continuidade a uma tendência que vem se manifestando há vários anos;

D) De 2007 para 2008 o faturamento do mercado como um todo cresceu 9,7% em termos nominais e 4,9% em termos reais (ou seja, deflacionado pelo IPCA educação, papelaria e leitura do IBGE), expansão compatível com o crescimento real de 5,1% do PIB no período. Este crescimento foi maior nos segmentos de Livros Religiosos e dos Livros Científicos, Técnicos e Profissionais, e menor nos segmentos de Livros de Interesse Geral e Livros Didáticos;

E) De 2007 para 2008 houve crescimento no preço médio nominal de 8,4% (3,8% em termos reais). Este aumento se deve única e exclusivamente às compras governamentais, uma vez que os livros comprados pelo Governo Federal para o Ensino Médio em 2008 tiveram preço médio (e número de páginas) significativamente maior do que os exemplares comprados para o Ensino Fundamental em 2007. Excluindo as compras de Livros Didáticos pelo governo, a elevação do preço médio de 2007 para 2008 foi de 0,88%, bem abaixo da variação do IPCA educação, papelaria e leitura do IBGE para o ano, que foi de 4,56%, o que caracteriza uma redução de 3,68% no preço médio real no período;

F) No que concerne a questão do preço dos livros, a FIPE produziu para a pesquisa deste ano uma série histórica demonstrando a evolução dos preços médios nominais e reais no período de 2004 a 2008. A FIPE apurou, como demonstram as tabelas e gráficos das páginas 20,21 e 22 do relatório sobre 2008 (produto 2), que “mesmo considerando-se os valores correntes, isto é, sem deflacionamento, verifica-se queda nos preços praticados pelo setor editorial em todos os seus subsetores ao longo do período 2004-2008”. Se considerarmos os valores reais, ou seja, deflacionados, fica ainda mais evidenciada “a queda generalizada em termos reais dos preços médios praticados pelo setor editorial” entre 2004 e 2008. Excluindo-se as compras de livros didáticos pelo governo, que sofrem variações conforme a faixa etária dos alunos contemplados a cada ano, ou seja, considerando os preços praticados nas vendas ao mercado, a FIPE apurou uma queda do preço médio efetivo entre 2004 e 2008 de 24,5% no segmento de livros didático, 22,4% no segmento de obras gerais, 38% no segmento de livros religiosos e 23,3% no segmento de livros científicos, técnicos e profissionais. Esta queda contínua do preço médio do livro, consequência do aumento contínuo na concorrência entre as editoras, foi certamente facilitada pela desoneração do PIS e da COFINS sobre o livro, determinada pelo Governo Federal e o Congresso em 2004. Estes dados são tão mais relevantes tendo em vista as recentes discussões sobre a evolução do preço médio do livro no Brasil. O SNEL e a CBL esperam que estes dados de clareza indiscutível, apurados com total independência e rigor científico pela FIPE, acabem com a divulgação de informações inconsistentes e sem fundamento técnico sobre esta questão;

G) Cabe ainda observar que os dados claramente positivos no que concerne o número de títulos lançados, exemplares produzidos e faturamento global do setor editorial em 2008, não incorporam os efeitos da crise econômica global, que, embora deflagrada em setembro de 2007, só se fez sentir no padrão de consumo de livros no Brasil, a partir do final do primeiro trimestre de 2009.

(Reprodução autorizada mediante citação da 'Brasil que Lê - Agência de Notícias')
Contato: agencia@brasilquele.com.br

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RS: Manifesto Por um Brasil Literário



Primeiro passo para a criação de um Movimento por um Brasil literário

O Manifesto por um Brasil literário é uma iniciativa de um grupo de instituições e pessoas envolvidas com a leitura literária no país. Este documento pretende ampliar o debate em torno da importância da leitura de livros de literatura, acolher propostas e engajar o maior número de pessoas em torno desta causa. É o primeiro passo para a criação de um Movimento por um Brasil literário.





Platéia aplaude o escritor Bartolomeu Campos de Queirós após a leitura do "Manifesto por um Brasil literário", de sua autoria. Fotos: Zé Gabriel

Leia o Manifesto. Assista o escritor Bartolomeu Campos de Queirós realizando a leitura do Manifesto na FLIP 2009. Assine, participe! http://www2.brasilliterario.org.br/pt/home


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