CAIPIROESIA
(Espécie de repente amoroso do folclore paulista, criado por Regina Sormani e assimilado por Eliana Martins).
Saudade pra mais de metro.
Já que ocê não vem e eu num vô...
Ficamo assim mermo, só de prosô
Uma lá e ôtra cá, cum amizade,
Pois nóis é amiga di verdade!
Gostô?
Gostei e respondo di vorta.
Num acho que nóis é amiga,
Mais irmã, meio torta.
Que num tem chove num móia,
nem medo de lambisgóia.
E nem memo tempo quente;
Se dá com toda gente.
Êta nóis! É bom pará,
senão começo a chorá!
Ou de cá ou de lá,
vamo se visitá?
Êta muié sem rodeio,
Que fala tudo qui pensa!
Se nóis continuá no proseio,
Num há di tê disavença.
Nossa amizade é jurada
E num se acaba por nada!
Chora não, cê é valente,
Bunitinha, inteligente...
Mais, as água vão rolá
E nóis vorta a se encontrá!
Deus te alumie minha amiga,
E a Mãe do Céu bendiga!
Cê é um doce de muié.
Inté!
2 comentários:
Nireuda Longobardi3 de março de 2010 07:02
Eita, que belezura!
Parabéns para as caipirinhas.
Beijos,
Nireuda.
Danilo Macedo Marques3 de março de 2010 09:27
As duas muié iscrivinhadêra
Tão longi, tão pertu, coisa dôrto múndu...
Êta modernidade, trem qui pula! Maravía!!!
Faiz bem in sidecrará de amor ansim, divéra!
Demonstra qui no coração lá nos profúndu
A lonjura só renova essa amizade todavia!
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