Abelha
Qual abelha, da flor, querer-te-ia
doce, meu doce amor, de tal doçura,
que o mel que eu fabricasse fosse pura
delícia ao paladar, fosse iguaria,
inesgotável fonte de ternura...
E assim chegar-me a ti, dia após dia,
supondo que esse amor recriaria
a luz que minha alma inda procura.
Então a cor dourada do meu mundo,
em si, traria um brilho esplandecente
― a força criadora de uma aurora.
Mas isso é uma ilusão, sonho infecundo;
é voz de um sentimento que não mente,
mas baila, diz adeus, e vai embora.
Nilza Azzi
Nilza Azzi é escritora associada da AEILIJ SP
Parabéns!!!! A ABELHA é um primor. Adorei. Mil bjs,
Regina Sormani